Por Atílio Borón, no sítido da Adital:
A morte de Nelson Mandela precipitou uma catarata de interpretações sobre sua vida e obra, todas o apresentando como um apóstolo do pacifismo e uma espécie de Madre Teresa da África do Sul.
Trata-se de uma imagem essencial e premeditadamente equivocada, que ignora que após a matança de Sharperville, em 1960, o Congresso Nacional Africano (CNA) e seu líder, exatamente Mandela, adotaram a via armada e a sabotagem de empresas e projetos de importância econômica, mas sem atentar contra vidas humanas.