segunda-feira, 25 de agosto de 2014

Marina Silva em revista

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Por Luciano Martins Costa, no Observatório da Imprensa:

A imprensa abre a semana estimulando especulações sobre uma reviravolta nas perspectivas eleitorais com o ingresso da ex-ministra Marina Silva, do PSB, como candidata a presidente. Como não podem publicar o balanço do acompanhamento feito pelos comitês de campanha, porque a legislação pune com pesadas multas quem divulga números sem registrar a pesquisa na Justiça Eleitoral, analistas e repórteres saem a campo buscando informações que confirmem cada aposta. O resultado pode ser visto no modo como as principais revistas semanais de informação se referem ao novo quadro.

A emoção e o sonho de Marina Silva

Por Mauricio Dias, na revista CartaCapital:

Durante cinco dias, entre a manhã da quarta-feira 13 e o domingo 17, uma parte da população brasileira acompanhou, impactada, a cobertura do acidente que vitimou Eduardo Campos. O fim trágico do ex-governador de Pernambuco e, então, candidato a presidente da República foi narrado com emoção pelos apresentadores e repórteres de rádio e televisão.

O avião e a "canonização" de Campos

Por Bepe Damasco, em seu blog:

Nunca um funeral no Brasil foi tão sordidamente utilizado pela velha mídia para fazer política. Os corpos do ex-governador Eduardo Campos e de seus companheiros de infortúnio nem haviam sido encontrados, mas a Rede Globo dedicava horas de sua programação para promover a "santificação" do recém-falecido. Horas depois da tragédia a Folha de São Paulo despachou seus pesquisadores para as ruas, com o nítido objetivo de emplacar Marina Silva o quanto antes.

Foro de São Paulo e unidade da esquerda

Editorial do site Vermelho:

A Bolívia de Evo Morales sedia nesta semana o 20º Encontro do Foro de São Paulo. O evento desenvolve-se a partir desta segunda-feira (25) até a sexta (29). Mobiliza as atenções do conjunto das forças progressistas não só latino-americanas, mas de todo o mundo.

O tema central do encontro este ano é “Derrotar a pobreza e a contraofensiva imperialista, conquistar o bem-viver, o desenvolvimento e a integração na Nossa América”.

Alckmin esconde os problemas de SP

Do blog de Zé Dirceu:

Ele está conseguindo! A 41 dias do 1º turno da eleição de outubro o governador tucano de São Paulo, Geraldo Alckmin faz uma campanha para se reeleger, se escondendo. Nas grandes questões em que seu governo escorregou por omissão ou ineficiência administrativa, má gestão tucana mesmo, ele está passando ileso em todas. Não fala, não responde com consistência a respeito – a não ser com mantras – e nem é cobrado pela grande mídia, exceção da Folha de S.Paulo que tem abordado com seriedade algumas dessas questões.

Dilma e o tsunami Marina

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Por Luiz Carlos Azenha, no blog Viomundo:

Campanha eleitoral. A presidente Dilma Rousseff dá uma entrevista pouco usual no Palácio do Planalto, em pleno domingo. Hora de ocupar espaços na mídia. A Folha interpreta a declaração como resposta de Dilma a Marina Silva, que a respeito da propaganda eleitoral da petista afirmou que o Brasil não precisa de uma gerentona.

Bateu o desespero em Aécio Neves

Por Miguel do Rosário, no blog O Cafezinho:

A ascensão avassaladora de Marina Silva nos trackings das pesquisas dos partidos, alijando Aécio Neves do segundo turno, trouxe desespero à campanha tucana. Abandonando o discurso das “medidas impopulares” e da austeridade, o tucano agora começou a prometer dinheiro para todo mundo.

Estudantes terão R$ 3 mil em dinheiro contante, dados pelo governo federal, ao concluírem o ensino médio. Aposentados terão um “extra” para comprar remédios. O bolsa família será aumentado em 10%.

O braço direito de Marina Silva

Por Kiko Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:

Se com Eduardo Campos a “nova política” de Marina Silva já era pouco sustentável, em sua carreira solo fica cada vez mais evidente que isso é uma miragem, especialmente com toda as velhas raposas que a cercam e que nos últimos dias se transformaram em seu núcleo duro.

Um dos pivôs - provavelmente o mais importante - do rompimento com o secretário geral do PSB, Carlos Siqueira, é Walter Feldman.

Marina é o novo Jânio Quadros?

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

Hoje, 25 de agosto, é o aniversário da renúncia de Jânio Quadros e há quem procure fazer comparações com que viria a ser Marina Silva se viesse a eleger-se Presidenta da República.

Eu não vejo nenhuma semelhança, porque Jânio não era dócil e Marina, que não é doce, dócil é.

Miriam Leitão e o moleque da Veja

Por Renato Rovai, em seu blog:

O depoimento que Miriam Leitão deu sobre a tortura que sofreu na ditadura militar depois de 42 anos, ao jornalista Luiz Cláudio Cunha, é emocionante e triturante. A comentarista da Globo revelou detalhes sobre o que sofreu no quartel de Vitória (ES) e revelou o nome do chefe da equipe de torturadores, um certo Pablo. Mesmo codinome usado pelo tenente-coronel Paulo Malhães, morto recentemente e que havia revelado que usava em seus interrogatórios uma cobra apelidada de Miriam. Exatamente a mesma que utilizou para torturar Miriam Leitão, à época grávida de um mês.

Até onde o PT denunciará a mídia?

Por Eduardo Guimarães, no Blog da Cidadania:

A campanha eleitoral à Presidência em 2014 vem exibindo marcantes diferenças de todas as campanhas que ocorreram no país desde 1994, quando PT e PSDB passaram a se enfrentar diretamente naquela e em todas as eleições subsequentes.

Algumas dessas diferenças são mais visíveis e óbvias. Pela primeira vez após 5 eleições polarizadas entre tucanos e petistas, a disputa em segundo turno, se houver, pode não ocorrer entre PT e PSDB, só que em prejuízo deste último e em benefício do PSB.

A estranha fauna em torno de Marina

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Por Ricardo Kotscho, no blog Balaio do Kotscho:

Defensora radical do meio ambiente e das espécies em extinção, a presidenciável Marina Silva, abrigada temporariamente no PSB, está conseguindo reunir em torno da sua candidatura uma fauna das mais variadas do cenário político e econômico nacional.

Na primeira semana de campanha, desfilaram em seu comitê eleitoral, e até falaram em nome da candidata, banqueiros e socialistas, históricos bichos grilo e simpatizantes dos black bloc, aqueles rebeldes sem causa das "manifestações de junho", descontentes em geral, de ex-tucanos a ex-petistas, passando por venerandos dissidentes do PMDB - um saco de gatos, enfim.

Neca Setubal para presidente!

Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

Na década de 1960, quando os generais do regime de 64 multiplicavam provas de submissão perante o embaixador dos Estados Unidos, o jornalista Paulo Francis cunhou uma frase que ficou famosa: “chega de intermediários. Lincoln Gordon para presidente.”

Marina e a UDN, 60 anos depois

Por Rodrigo Vianna, no blog Escrevinhador:

A velha UDN tinha uma estranha fixação por militares. Os candidatos presidenciais udenistas - derrotados por Dutra (1945), Vargas (1950) e Juscelino (1955) – eram sujeitos que vestiam farda: Juarez Távora e Brigadeiro Eduardo Gomes.

Com um discurso moralista, os udenistas (civis ou fardados) colhiam a insatisfação das classes médias urbanas que detestavam as políticas sociais do trabalhismo. Algo parecido com o discurso do atual bloco demo-tucano (que chama Bolsa-Família de “bolsa-esmola”).

O sorriso de dona Nalvinha

Por Marco Piva

Dona Marinalva Gomes Filha (assim mesmo, com a no final) é sertaneja e tem 46 anos. Mora em Batatinha, uma comunidade do município de Paulo Afonso, na Bahia. Ninguém saberia da existência de dona Marinalva se ela não tivesse recebido em sua humilde casa ninguém menos do que o ex-presidente Lula e a presidenta da República, Dilma Roussef. Serviu carne de bode para a dupla de visitantes ilustres, inaugurando em grande estilo o fogão à lenha ampliado, uma das ações previstas no programa do governo baiano para melhorar as condições de vida da população rural do estado.

O desafio de reeleger Dilma

Por Wagner Gomes

Neste artigo quero conversar com os trabalhadores e trabalhadoras do estado de São Paulo, num momento crucial para a vida de todos. A eleição deste ano pode aprofundar um projeto de desenvolvimento livre, soberano, autônomo e um projeto de Nação grande, de cabeça erguida, sem submeter-se a interesses de outras nações como era feito o passado.

sexta-feira, 22 de agosto de 2014

A guerrilha das mídias alternativas

Por Altamiro Borges

Já há consenso nas esquerdas políticas e sociais brasileiras de que a mídia privada, controlada por meia dúzia de famílias, manipula informações e deforma valores. Ela atua como “aparelho privado de hegemonia do capital”, conforme a clássica definição de Antonio Gramsci. Ainda segundo o intelectual italiano, ela cumpre o papel de autêntico partido das forças da direita. Esta postura, que atenta contra a democracia, hoje é ainda mais agressiva. Como confessou recentemente Judith Brito, ex-presidente da Associação Nacional de Jornais (ANJ) e executiva do Grupo Folha, a velha mídia adota a “posição oposicionista” diante do governo Dilma, já que a “oposição está fragilizada”. Não é para menos ela também passou a ser rotulada de “PIG – Partido da Imprensa Golpista”, a partir de uma ironia difundida pelo irreverente blogueiro Paulo Henrique Amorim.

PT X PSDB: muito mais do que polarização

Por Osvaldo Bertolino, no site da Fundação Maurício Grabois:

A mídia tem apresentado a disputa pela Presidência da República este ano como uma clara polarização entre PT e PSDB. Mais do que uma questão partidária, no entanto, a polarização reflete a essência da sociedade brasileira. O quadro partidário brasileiro, desde o fim da ditadura militar, tem evoluído para uma "udenização" do PSDB e uma "petebização" do PT. O partido tucano surgiu como ala organizada dentro do PMDB quando Franco Montoro, eleito em 1982, assumiu o governo do Estado de São Paulo. Na ocasião, Orestes Quércia já era o principal líder do PMDB no Estado e aceitou, em nome da unidade, ser vice de Montoro.

A guerra titânica da mídia oposicionista

Por Jeferson Miola, no site da Fundação Perseu Abramo:

“A liberdade de imprensa é um bem maior que não deve ser limitado. A esse direito geral, o contraponto é sempre a questão da responsabilidade dos meios de comunicação. E, obviamente, esses meios de comunicação estão fazendo de fato a posição oposicionista deste país, já que a oposição está profundamente fragilizada. E esse papel de oposição, de investigação, sem dúvida nenhuma incomoda sobremaneira o governo”.
Maria Judith Brito, Presidente da Associação Nacional de Jornais, no jornal O Globo de 18/3/2010. É funcionária daFolha de São Paulo.

Os invisíveis no coração do império

Por Eugene Robinson, no site Outras Palavras:

Desta vez, o fogo vem da invisibilidade. Nossa sociedade espera que a polícia mantenha longe dos nossos olhos e mentes os afro-descendentes desempregados e com pouca educação formal. Quando, de repente, sobem ao palco, iluminado pelos flashes e pela centelha dos coquetéis molotov, simulamos surpresa.