segunda-feira, 13 de outubro de 2014

MTST declara voto em Dilma

Por Altamiro Borges

O grave risco do retrocesso fez despertar os movimentos sociais – mesmo os mais avessos às disputas no terreno eleitoral. Por todo o país, ativistas populares realizam centenas de reunião para organizar a campanha neste segundo turno das eleições presidenciais. O objetivo maior é derrotar Aécio Neves, expressão do que há de mais reacionário e fascistóide no Brasil. Há consenso de que uma eventual vitória dos tucanos representará violenta repressão aos movimentos sociais, retirada de direitos dos trabalhadores e servilismo diante das potências imperialistas. Mesmo com críticas à falta de ousadia do governo Dilma, a maioria do campo popular já declarou apoio à sua reeleição. Nesta segunda-feira (13) foi a vez do Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto, que tem dirigido vigorosas lutas pela moradia em São Paulo. Veja abaixo a nota do MTST:

Aécio vota contra salário mínimo

Armínio Fraga ataca bancos públicos

Por Miguel do Rosário, no blog O Cafezinho:

Tem apenas 1 minuto.

Escute o áudio de Armínio Fraga, já “nomeado” por Aécio Neves como seu eventual ministro da Fazenda, defendendo redução do papel dos bancos públicos. Ao final, uma frase com reverberações sinistras: “não sei bem o que vai sobrar ao final da linha, talvez não muito”.

Vai ser pior com Aécio: Voto Dilma!

Por Douglas Belchior, no blog Negro Belchior:

Tenho muito orgulho da minha origem. Família pobre, migrantes das Minas Gerais para São Paulo. Trabalhadores. A ética quase religiosa da honestidade me acompanhou desde criança através do ensinamento de minha mãe e meu pai. Desde os 9 anos de idade já trabalhava para ajudar em casa. Primeiro vendi geladinho (gelinho ou chup-chup, dependendo da região do país), na passarela da Estação Ferroviária de Ferraz de Vasconcelos, na grande SP. Depois, por dois ou três anos, vendi doces em uma barraquinha estrategicamente alocada na calçada do Super Mercado Janine, na Av. Lucas Nogueira Garcês, divisa de Poá e Ferraz, de propriedade de uma família de libaneses. E é daí que tenho minha mais tenra lembrança de envolvimento com a política.

Marina Silva, descansa em paz!

Por Laura Capriglione, em seu blog:

Acabou Marina Silva (1958-2014). Fundadora da Central Única dos Trabalhadores e organizadora do PT, além de amiga e fraternal companheira do líder seringueiro Chico Mendes, Marina Silva foi durante anos, dentro do campo da esquerda brasileira, a representante de uma utopia que tentou conciliar três vetores quase sempre desalinhados: o desenvolvimento econômico, a inclusão social e o respeito ao meio ambiente e às populações tradicionais.

Aécio Neves e o reino da fantasia

Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

Sete meses depois de fazer um editorial onde pedia a demissão de Guido Mantega, alegando que a medida ajudaria no crescimento da economia brasileira, até o jornal britânico Financial Times foi obrigado a reconhecer um fato relevante da campanha presidencial.

Levado para um confronto com Armínio Fraga, candidato a ministro da Fazenda na hipótese de Aécio Neves ganhar a presidência, Guido Mantega parecia condenado a um nocaute rápido, na semana passada. Aconteceu o contrário: Arminio é que foi embora atordoado.

O falso "choque de gestão" de Aécio

Por Fabrício Augusto de Oliveira, no site Brasil Debate:

O “déficit zero”, pilar central e símbolo de um ajuste fiscal estrutural e de eficiência da gestão pública do programa do Governo Aécio Neves, no estado de Minas Gerais (2003-2010), parece ter entoado, finalmente, o seu canto de cisne em 2013.

Naquele ano, o governo de Minas conseguiu a proeza de incorrer em déficit em todos os conceitos existentes: orçamentário, primário e nominal. Se forem confirmadas as projeções contidas na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), de 2014, de um déficit nominal de R$ 11 bilhões, neste ano poderá ser lançada a pá de cal no que dele ainda resta, pelo menos no que diz respeito à situação das finanças do estado.

Terminou a “semana Aécio”!

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

A fase que naturalmente viria depois do surpreendente resultado positivo alcançado nas urnas por Aécio Neves no primeiro turno terminou ontem, com a melancólica adesão de Marina Silva contorcendo-se em palavras pedantes para explicar como não a tendo atendido em nada, o PSDB terá seu voto e seu apoio, tudo o que disse antes que os tucanos não teriam, sem meias-palavras, devidamente gravadas.

Dilma e o PT vão enfrentar a Globo?

Por Rodrigo Vianna, no blog Escrevinhador:

A imprensa (comandada pela Globo) martela durante 24 horas acusações sem provas contra o PT. O partido de Dilma tem gente boa e ruim. O PSDB tem muito mais gente denunciada por corrupção. Mas por que só há denúncias contra o PT na véspera de eleição? Toda vez é assim…

A trincheira paulista nas eleições

Por Fernando Borgonovi, no site Vermelho:

Resisti bravamente à tentação de emprestar do escritor Marcos Rey o título deste artigo e chamá-lo, ironicamente, de “Malditos Paulistas”. Decerto, seria inócuo para reverter o ranço conservador que ora campeia no estado, e injusto com quem não comunga dos ideais obscurantistas, vote ou não na esquerda.

Eleições à luz da história antipovo

Por Leonardo Boff, em seu blog:

Nada melhor do que ler as atuais eleições à luz da história brasileira na tensão entre as elites e o povo. Valho-me da uma contribuição de um sério historiador com formação em Roma, em Lovaina e na USP de São Paulo o Pe. José Oscar Beozzo, uma das inteligências mais brilhantes de nosso clero.

Diz Beozzo: “a questão de fundo em nossa sociedade é a do direito dos pequenos à vida sempre ameaçada pela abissal desigualdade de acesso aos meios de vida e pelas exíguas oportunidades abertas às grandes maiorias do andar debaixo.

A imprensa na margem de erro

Por Luciano Martins Costa, no Observatório da Imprensa:

A assessoria de imprensa do Ibope faz reparos ao comentário produzido neste Observatório na última segunda-feira (6/10). Sob o título “A pesquisa desmoralizada”, o observador registrava a corrida dos dois institutos de pesquisa mais acreditados pela imprensa na tentativa de aproximar suas previsões da realidade mostrada pelas urnas. Claramente, a análise das intenções de voto às vésperas do primeiro turno desconheceu a onda de conservadorismo que se escondia por trás da maré que queria ser chamada de “nova política”.

domingo, 12 de outubro de 2014

A postura corajosa da bancada do PSOL

Por Altamiro Borges

No “Levante das Cores” – ato organizado por coletivos de cultura, ativistas digitais e movimentos sociais, que reuniu quase 2 mil pessoas no Largo do Arouche, no centro de São Paulo, neste sábado (11) –, dois discursos prenderam a atenção dos presentes. O deputado Jean Wyllys, que veio do Rio de Janeiro, afirmou que rejeitava a postura de Pôncio Pilatos, que “lavou as mãos e foi culpado pela morte de Jesus Cristo”, e reafirmou sua decisão de “apoiar Dilma”, apesar das críticas à falta de ousadia do atual governo. Outra liderança do PSOL, o ativista do movimento negro Douglas Belchior, enfatizou que estava presente para “evitar o grave retrocesso” que representa Aécio Neves para a juventude das periferias.

FMI ingressa na campanha de Aécio

Por Altamiro Borges

Christine Lagarde, a diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI) envolvida num escândalo de corrupção na França, resolveu aderir explicitamente à campanha de Aécio Neves. De Washington, onde participava de mais um evento dos agiotas, ela atacou: “Há muitos gargalos na economia brasileira e isso precisa ser enfrentado”. A declaração foi aplaudida pelo presidenciável tucano e pela mídia entreguista, que sempre adotaram um comportamento servil, de complexo de vira-lata, diante do FMI. No triste reinado de FHC, o Brasil ficou de joelhos três vezes para este organismo do capital financeiro. Arminio Fraga, o tzar da economia no eventual governo Aécio Neves, sempre foi porta-voz destes abutres!

Marina apoia Aécio e trai os sonháticos

Por Altamiro Borges

Como já era previsto, a ex-verde Marina Silva declarou neste domingo (12) o seu apoio ao cambaleante presidenciável do PSDB. Em comunicado à imprensa, ela listou uma série de propostas – que evidentemente não serão cumpridas – e concluiu: “Votarei em Aécio e o apoiarei, votando nesses compromissos, dando um crédito de confiança à sinceridade de propósitos do candidato e de seu partido”. O anúncio foi festejado pelo senador mineiro, que no sábado já havia obtido o apoio formal da família de Eduardo Campos. Os sites da mídia tradicional também soltaram rojões. Já muitos “sonháticos”, principalmente jovens, devem ter ficado decepcionados com mais esta traição da “nova política”.

Falta de água e o crime da imprensa

Por Altamiro Borges

A falta de água em São Paulo já atinge graus extremos, colocando em risco a própria saúde pública. Mesmo assim, a midiazona paulista não faz alarde sobre esta tragédia. A omissão é um verdadeiro estelionato eleitoral, mais um crime da velha imprensa. Ela visa livrar a cara do governador reeleito Geraldo Alckmin, do PSDB e, em especial, do cambaleante Aécio Neves. A Folha tucana publicou neste domingo (12) uma notinha, bem minúscula, informando que as torneiras já secaram até nos restaurantes de Pinheiros, bairro nobre da capital paulista. Vale conferir:

Aécio Never e o 'samba do aecioporto'

Corrupção tucana nunca é apurada

Semana pela democratização da mídia


Do site do Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação (FNDC):

Militantes, ativistas, entidades e movimentos sociais e sindicais ligados à democratização da comunicação preparam uma série de mobilizações para a Semana de Luta pela Democratização da Mídia, de 13 a 18 de outubro. Como no ano passado, o principal objetivo das ações é dar visibilidade ao Projeto de Lei de Iniciativa (PLIP) Popular da Mídia Democrática. O dia 17 (sexta-feira) concentrará as atividades da semana, por ser o Dia Nacional de Luta pela Democratização da Comunicação.

Como enfrentar a onda conservadora?

http://pataxocartoons.blogspot.com.br/
Por Guilherme Boulos, no site Outras Palavras:

O último domingo revelou eleitoralmente um fenômeno que já se observava ao menos desde 2013 na política brasileira: a ascensão de uma onda conservadora. Conservadora não no sentido de manter o que está aí, mas no pior viés do conservadorismo político, econômico e moral. Uma virada à direita.

Talvez, o recente período democrático brasileiro não tenha presenciado ainda um Congresso tão atrasado como o que foi agora eleito. O que já era ruim ficará ainda pior. O pântano de partidos intermediários, cujo único programa é o fisiologismo, cresceu consideravelmente. A bancada da bala e os evangélicos fundamentalistas tiveram votações expressivas em vários Estados do país.