terça-feira, 13 de janeiro de 2015

As tragédias e mortes que dão audiência

Por Leonardo Sakamoto, em seu blog:

Mantive, durante anos, na sala do meu escritório uma capa da revista Time retratando centenas de corpos espalhados no chão de Ruanda, vítimas do genocídio perpetrado pela maioria hutu contra a minoria tutsi em 1994. Nela, pessoas procuram por parentes e aves procuram por almoço.

O título era algo como “Este é o início dos últimos dias, o apocalipse'' – talvez uma tentativa de chamar a atenção dos Estados Unidos e Europa para o massacre através de um elemento simbólico que está no alicerce de sua fundação: o julgamento final do Novo Testamento.

Os desafios das (tele) comunicações

Editorial do site do Instituto Telecom:

Não há dúvidas de que a agenda dos próximos quatro anos do governo Dilma terá dois principais temas no setor de (tele) comunicações: a regulação da mídia e a universalização da banda larga. As declarações do novo ministro das Comunicações, Ricardo Berzoini, e da presidenta Dilma, ainda durante a campanha, reforçam essa tese.

A França e a falsificação histórica

Paco Catalán Carrión/Rebelión
Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

Antes de completar uma semana, a justa indignação diante do assassinato dos profissionais da revista Charlie Hebdo pode transformar-se num espetáculo inesquecível de falsificação histórica.

Submetidos a um longo passado de segregação, preconceito e violência, os 6 milhões de franceses que seguem a religião muçulmana agora são apresentados como a principal ameaça à segurança e ao progresso de seu país. Saudadas como reivindicações legítimas por várias décadas, suas aspirações a uma vida menos desigual, sem exclusão, passaram a ser vistas como inconvenientes e perigosas.

Ricardo Berzoini na linha de tiro

Por André Barrocal, na revista CartaCapital:

Entre uma no cravo e outra na ferradura, Dilma Rousseff escolheu Ricardo Berzoini para o Ministério das Comunicações. Ao assumir o cargo, o novo ministro afirmou que uma de suas prioridades será debater novas regras para os meios de comunicação frutos de concessão pública, tevê e rádio basicamente. É uma mudança de postura do governo em relação ao primeiro mandato. Ao assumir em 2011, a presidenta empossou no cargo Paulo Bernardo. Ambos, presidenta e ministro, irmanaram-se na falta absoluta de vontade de levar o tema adiante e o resultado foi o engavetamento de uma proposta elaborada no fim do segundo mandato de Lula por Franklin Martins.

Monopólio ou oligopólio da mídia?

Por Venício A. de Lima e Bráulio Santos Rabelo de Araújo, no Observatório da Imprensa:

Constituição, Art. 220. A manifestação do pensamento, a criação, a expressão e a informação, sob qualquer forma, processo ou veículo não sofrerão qualquer restrição, observado o disposto nesta Constituição.

(...)

§ 5º – Os meios de comunicação social não podem, direta ou indiretamente, ser objeto de monopólio ou oligopólio.


Desde outubro de 2010 tramitam no Supremo Tribunal Federal as Ações Diretas de Inconstitucionalidade por Omissão nos 9, 10 e 11 que pedem seja declarada a omissão inconstitucional do Congresso Nacional em legislar, dentre outros, sobre o § 5º do artigo 220 da Constituição Federal (CF88), mais de vinte e seis anos (hoje) após sua promulgação.

Juca de volta à Cultura. E aí?

Por Theófilo Rodrigues, no blog O Cafezinho:

“A cultura não pode ser dependente do departamento de marketing das grandes corporações”. Com esta frase Juca Ferreira marcou seu discurso de posse como ministro da cultura em cerimônia que acaba de ocorrer no Teatro Funarte Plínio Marcos.

Carrascos e censores na marcha de Paris

Por Vinicius Gomes, na revista Fórum:

Na esteira do assassinato de 12 pessoas na última quarta-feira (7) em Paris, entre elas dois policiais franceses e dez funcionários da publicação semanal satírica Charlie Hebdo, as ruas de diversas cidades francesas foram tomadas por quase 4 milhões de pessoas nesse domingo (11) que marcharam em solidariedade às vítimas e suas famílias e contra o terrorismo e pela defesa da liberdade de expressão. Em Paris, a manifestação contou com a presença de dezenas de líderes mundiais andando de braços cruzados em nome desses valores. Visualize aqui um rápido “quem-é-quem” de alguns dos que participaram.

TV Globo esconde o tucano Anastasia


Mais um tucano aparece na lista dos nomes citados nas investigações da Operação Lava Jato. Dessa vez, Antonio Anastasia (PSDB), atual senador e ex-governador de Minas Gerais, braço direito de Aécio Neves, ex governador de Minas Gerais, presidente do PSDB e senador, é suspeito de envolvimento no esquema de corrupção organizado pelo doleiro Alberto Youssef.

segunda-feira, 12 de janeiro de 2015

O terrorismo e a hipocrisia da mídia

Por José Reinaldo Carvalho, no site Vermelho:

Os atentados terroristas que ceifaram as vidas de jornalistas e funcionários do Charlie Hebdo, de policiais e populares numa mercearia em Paris são atos condenáveis, alvo do repúdio dos comunistas, das forças revolucionárias, autenticamente socialistas e democráticas em todo o mundo.

As manifestações espontâneas em solidariedade às vítimas são legítimas expressões de uma consciência progressista que se desenvolve a par com a liberdade, a crítica, a razão, a verdade, armas indispensáveis na luta contra as tiranias e o reacionarismo.

Marta Suplicy e as ironias da vida

Por Eduardo Guimarães, no Blog da Cidadania:

Naquela tarde de 2003, cheguei ao Teatro que a Folha de São Paulo mantém incrustado no chiquérrimo shopping de “bacanas” em Higienópolis para participar, a convite do jornal, de um seminário qualquer. À porta do Teatro, encontro Eliane Cantanhêde conversando com o psicanalista-colunista da Folha de São Paulo Contardo Caligaris.

A marcha e os idiotas da objetividade

Por Luciano Martins Costa, no Observatório da Imprensa:

A imprensa internacional ecoa na segunda-feira (12/1) a grande manifestação realizada em Paris no domingo (11), contra o terrorismo que vitimou 17 pessoas na França. O núcleo do protesto, claro, é o ataque à redação do semanário satírico Charlie Hebdo e seu significado mais imediato: o valor que se deve dar à liberdade de expressão versus o direito a preservar o sagrado. No entanto, temas correlatos como as tensões no Oriente Médio, disputas políticas na Europa e até reminiscências do colonialismo do século 20 entram em pauta.

O que atormenta a alma de Marta Suplicy

Por Paulo Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:

Enfim ficou claro o que está por trás da louca cavalgada de Marta Suplicy: o complexo de rejeição.

Numa entrevista ao Estadão, ela admitiu ter sido picada pela abelha da ambição quando ouviu de Lula, então presidente, que queria uma mulher para sucedê-lo.

Marta se viu com a faixa neste momento.

Um balanço do polarizado ano de 2014

Editorial do jornal Brasil de Fato:

O ano de 2014 ficará marcado na história do Brasil. Não somente pelo decepcionante desempenho da seleção brasileira na Copa do Mundo de futebol, mas entes de tudo, no plano da luta política. 2014 consolidou uma tendência surgida após as manifestações de junho de 2013: a crescente polarização da luta política em nosso país. Ou seja, consolidou a contradição entre os anseios do povo brasileiro pelo aprofundamento da cidadania política e social e o atraso das instituições da República enquanto obstáculos ao avanço das conquistas populares.

A rotatividade no trabalho no Brasil

Por Clemente Ganz Lúcio, no site Brasil Debate:

Rotatividade no mercado de trabalho é a substituição de um empregado por outro no mesmo posto de trabalho. No Brasil, as empresas têm total liberdade para contratar e demitir a qualquer momento sem precisar apresentar nenhuma explicação ao trabalhador. Basta pagar os custos da rescisão do contrato de trabalho.

As ameaças a uma blogueira feminista

Por Helena Martins, na Agência Brasil:

Mulher, professora, feminista. Há sete anos, Lola Aronovich começou a escrever em um blog opiniões sobre arte, política e, sobretudo, feminismo. Os textos ganharam repercussão por meio do Twitter, mas não geraram apenas debates.

Desde 2011, a blogueira tem sido vítima de seguidas ameaças de estupro, tortura e até mesmo morte. As tentativas de intimidação se intensificaram nos últimos meses, levando-a a procurar a polícia pela segunda vez para registrar um boletim de ocorrência.

'Charlei Hebdo': Somos todos o quê?

Por Saul Leblon, no site Carta Maior:

O emblema totalizante, ‘somos todos Charlie’, teve curta unanimidade no ambiente trincado de uma Europa onde, de fato, não há lugar para todos serem a mesma coisa em parte alguma.

Os números da exclusão em marcha no continente são suficientes para esfarelar essas ‘uniões’ nascidas da emoção da tragédia, como é o caso, mas que historicamente se mostram insuficientes para regenerar as partes de um todo que já não se encaixava mais.

Como recompor o cristal da liberdade, da igualdade e da fraternidade, diante de uma Europa unificada pela lógica do mal estar social?


O terrorismo e a liberdade de imprensa

Por Luis Nassif, no Jornal GGN:

Sobre liberdade de imprensa 1 - A tragédia do “Charlie Hebdo” – que matou 12 pessoas – foi um ato terrorista, não um atentado à liberdade de imprensa. Um dos últimos feitos da revista foi retratar a Ministra da Justiça da França, Chistiane Taubira, negra, como uma macaca, como maneira de denunciar a intolerância. No Brasil, a mídia tem sido a maior propagadora da intolerância.

Marta Suplicy e o futuro da esquerda

Por Valter Pomar, em seu blog:

É muito importante ler a entrevista que Marta Suplicy concedeu a Eliane Cantanhêde no dia 10 de janeiro de 2015.

Para os que conhecem os bastidores do Partido e do governo, há na entrevista tanto fatos sabidos, quanto "versões martistas" que mereceriam correções factuais ou de interpretação.

Contudo, embora a discussão sobre tais fatos e versões seja seguramente o mais saboroso, não é nem de longe o mais importante na entrevista de Marta.

Os mistérios das “malas” de Youssef

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

O depoimento do policial federal – Jayme Oliveira, o Careca – em que ele diz ter levado dinheiro em malas para Eduardo Cunha (líder do PMDB) e Antonio Anastasia ( braço direito de Aécio Neves) tem alguns pontos muito interessantes, além das revelações sobre o caráter “democrático” da propinagem de Paulo Roberto Costa.

O nepotismo descarado em Roraima

Por Altamiro Borges

As jornadas de junho de 2013, que levaram milhares de pessoas às ruas pelos mais distintos motivos, botaram medo em muitos governantes. Mas, pelo jeito, alguns não aprenderam nada com aquelas mobilizações. Na semana passada, ao tomar posse, a nova governadora de Roraima, Suely Campos (PP), anunciou a nomeação de 19 parentes para o seu secretariado. Ela desafiou as regras básicas que deveriam coibir o nepotismo na política brasileira. Entre os nomeados estão suas duas filhas, irmãs, primos e sobrinhos. Depois o mandatário não entende porque uma parte da população rejeita a política e os políticos e promove protestos, até violentos, diante dos palácios governamentais.