terça-feira, 3 de fevereiro de 2015

Alckmin/Dilma: Dois perfis, duas crises

Por Luciano Martins Costa, no Observatório da Imprensa:

O governo de Geraldo Alckmin venceu a crise de abastecimento de água no campo da comunicação. O governo de Dilma Rousseff perdeu em todas as crises que encara desde a posse em seu primeiro mandato, e corre o risco de enfrentar um processo de impeachment alimentado pela imprensa.

Geraldo Alckmin fala bastante, mas nada diz. Dilma Rousseff não fala, e quando fala não diz.

"Só o povo nas ruas evita o golpe"

Por Paulo Henrique Amorim, no blog Conversa Afiada:

Mais de 100 instituições brasileiras, entre elas a OAB, a CUT e a CNBB, firmaram uma Coalizão que propõe uma Reforma Política no Brasil a partir de inciativa popular.

Trata-se da Coalização pela Reforma Política Democratica, organizada por um grupo da Ordem dos Advogados do Brasil que conta com o ex-deputado constituinte Aldo Arantes, além de Cesar Britto, Claudio Pereira de Sousa Neto e Marcelo Lavenère.

MPL mira em Haddad; Alckmin agradece!

Por Lino Bocchini, na revista CartaCapital:

O Movimento Passe Livre promoveu, até o momento, seis manifestações na capital paulista em 2015. Defensor da tarifa zero para o transporte público, o MPL, no entanto, direcionou os seus atos especificamente contra a Prefeitura de São Paulo e o prefeito Fernando Haddad (PT). Três dos seis protestos começaram ou terminaram na sede do poder público municipal - o prédio do Banespinha, no Viaduto do Chá, no Centro de São Paulo. O último deles, dia 29, passou pelo prédio no qual mora a família de Haddad.

Dilma virou refém do Centrão

Por Luiz Carlos Azenha, no blog Viomundo:

Dois momentos singelos da política brasileira, no domingo, resumem o filme: mais do que nunca, somos reféns do Centrão. Aquele mesmo, do Sarney, agora revigorado pelo lobista Eduardo Cunha.

Lobista. É assim que se refere a ele o blogueiro Altamiro Borges.

Cunha foi o lobista das empresas de telefonia para detonar o Marco Civil da Internet, é lobista dos barões da mídia para bloquear a regulação do setor e será lobista das empreiteiras para garantir que a Operação Lava Jato não atrapalhe futuros negócios.

O mau cheiro que exala do Paraná

Por Bepe Damasco, em seu blog:

Estimulados pelo bombardeio de uma mídia campeã em manipulação, nove entre dez brasileiros batem palmas para a pretensa operação limpeza da política, espécie de "Mãos Limpas" à brasileira, conhecida como Operação Lava Jato. Como não simpatizo com movimentos de manada e desconfio dessas unanimidades construídas com base em mistificações, meias verdades, mentiras e linchamentos públicos, me preocupa cada vez mais o rumo da Lava Jato, estranhamente concentrada no Paraná, embora diga respeito a supostas ações criminosas ocorridas em vários estados brasileiros. Seja pelo massacre midiático, seja pelo eudeusamento de seu protagonista, lembra muito o mensalão de Barbosa. Não por acaso o juiz Sérgio Moro acaba de ser agraciado com o prêmio Faz a Diferença, das Organizações Globo.

Bienal da UNE e as ações da juventude

http://bienaldaune.org.br/hs/

Por Anderson Bahia

Arcos da Lapa, Rio de Janeiro. Um palco grande, tendas e milhares de rostos jovens e sotaques diferentes mudam o cenário rotineiro do local. Preenchido por moradores de rua e alcóolatras. No outro lado dos Arcos, o Circo Voador fervilha de vibração e entusiasmo sob a apresentação do espetáculo Macunaíma e, em seguida, ao som do sambista Arlindo Cruz. É 19h de 1 de fevereiro. Está aberta a 9 Bienal de Cultura da UNE, #VozesDoBrasil.

10 frases de Alckmin sobre racionamento

http://pigimprensagolpista.blogspot.com.br/
Do blog Diário do Centro do Mundo:

10 frases de Alckmin ao longo de 2014 sobre a questão da água, colhidas numa pesquisa do estudante Gustavo Lobato Rates:

1- “Sou contra (o racionamento), por motivos técnicos e sociais. Nós estamos num momento excepcional e a água está garantida.”

Ao jornal Estado de São Paulo, em 4 de agosto.

Malthus e a crise hídrica em São Paulo

http://pigimprensagolpista.blogspot.com.br/
Por Felipe Milanez, no site A Conta da Água:

A crise da água está prestes a chegar a proporções catastróficas. E, agora, a escassez deste recurso natural pode resultar em violência, guerras, saques. O desastre humano pela falta dos recursos naturais. É o que diz a prefeitura de São Paulo, de acordo com coluna de Monica Bergamo, na Folha de S. Paulo de 29 de janeiro, com o sugestivo título de: Prefeitura de São Paulo teme violência e saques por falta de água.

A ficha corrida de Eduardo Cunha

Por Luis Nassif, no Jornal GGN:

Vivem-se tempos bicudos. Uma das características contemporâneas é o da implosão do poder, tanto o político, como da mídia, das grandes corporações, dos sindicatos.

A Internet produziu um estilhaçamento geral nas formas tradicionais de organização social. E, antes do aparecimento da nova ordem, deixa um caos instalado, do qual a representação mais óbvia é eleição de Eduardo Cunha para presidente da Câmara, com apoio total dos grandes grupos de mídia.

A nova faca no pescoço de Dilma

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

Consumou-se o óbvio.

Eduardo Cunha teve uma vitória avassaladora, eleito em primeiro turno, com praticamente o dobro dos votos de Arlindo Chinaglia.

Não foi, propriamente, uma vitória da Oposição, mas uma vitória de oposição ao Governo.

Canalhas querem destruir a Petrobras

Por Mauro Santayana, em seu blog:

O adiamento do balanço da Petrobras do terceiro trimestre do ano passado foi um equívoco estratégico da direção da companhia, cada vez mais vulnerável à pressão que vem recebendo de todos os lados, que deveria, desde o início do processo, ter afirmado que só faria a baixa contábil dos eventuais prejuízos com a corrupção, depois que eles tivessem, um a um, sua apuração concluída, com o avanço das investigações.

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2015

Governabilidade depende das ruas

Editorial do site Vermelho:

A eleição do deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) para a presidência da Câmara dos Deputados impacta o quadro político nacional e torna ainda mais turvo o horizonte do desenvolvimento político do país.

Cunha venceu em primeiro turno, com 267 votos, quase o dobro dos 136 sufrágios colhidos pelo petista Arlindo Chinaglia. Chama a atenção que o deputado petista obteve menos votos do que o número de integrantes do bloco que liderava. Uma derrota do governo e das forças progressistas que o apoiam, principalmente do PT. A refletir sobre as causas e, sobretudo, agir para impedir que a instabilidade política que este fato gera dificulte a governabilidade da presidenta Dilma desde o início do segundo mandato.

Eduardo Cunha e um drink no inferno!

Por Miguel do Rosário, no blog O Cafezinho:

A eleição de Eduardo Cunha para a presidência da Câmara dos Deputados, pelo período de dois anos, me ajudou a convencer-me sobre uma necessidade urgente.

Sejamos estoicos.

O estoicismo significa, a grosso modo, aceitar as derrotas, os sofrimentos, os obstáculos, como inerentes à natureza e que devem ser, portanto, suportados com um espírito tranquilo e um coração firme.

Terceirização e o "espírito animal"

Por Altamiro Borges

O ministro Joaquim Levy, famoso por sua visão ortodoxa da economia, venera o "deus-mercado" e considera os direitos trabalhistas um estorvo. Recentemente, ele animou uma plateia de ricaços do Fórum de Davos ao afirmar que o "o modelo do seguro-desemprego está ultrapassado". Só recuou após ouvir críticas de outros integrantes do governo. Já na semana passada, num evento promovido pelo Bradesco, ele convocou o empresariado a resgatar seu "espírito animal" e garantiu que adotará todas as medidas para garantir o ambiente necessário a este resgate. Ele citou o ajuste fiscal como uma das medidas neste sentido. Talvez também quisesse falar sobre o seu empenho pela ampliação da terceirização nas empresas, mas foi mais contido... temendo um novo pito do Palácio do Planalto.

FHC e 'Veja' pregam golpe paraguaio

Por Altamiro Borges

Derrotada nas urnas em outubro passado, a direita está excitada com a possibilidade de derrubar a presidenta Dilma Rousseff através de um golpe "made in Paraguai" – via pedido de impeachment no Supremo Tribunal Federal (STF). Neste final de semana, dois representantes desta corrente deixaram explícita esta tática golpista. Em artigo publicado no Estadão, no domingo (2), o ex-presidente FHC, recalcado com sua abissal rejeição na sociedade, sinalizou com esta hipótese. No mesmo rumo, a criminosa revista "Veja" estampou na capa a manchete "Reação em cadeia", indicando que a sinistra Operação Lava-Jato pode resultar no impeachment de Dilma e na prisão de Lula.

Dez considerações sobre o novo Congresso

Por Leonardo Sakamoto, em seu blog:

De acordo com estudo do Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap), o Congresso Nacional empossado, neste domingo, é conservador socialmente, atrasado do ponto de vista dos direitos humanos, temerário em questões ambientais, liberal economicamente e pulverizado partidariamente.

Sobre isso, reuni algumas considerações oriundas de debates que venho travando, por aqui, há algum tempo:

Eduardo Cunha abre era regressiva

http://pigimprensagolpista.blogspot.com.br/
Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

Para entender o alcance da votação de hoje na Câmara de Deputados, convém compreender as propostas do candidato vitorioso, o deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ).

Ao derrotar Arlindo Chinaglia por 267 votos a 136, Eduardo Cunha cravou a vitória em primeiro turno e deu um golpe duro na agenda de medidas progressistas que o país debateu nos últimos anos.

As democracias e o direito à comunicação

Por Laurindo Lalo Leal Filho, na Revista do Brasil:

A regulação dos meios de comunicação é algo comum nas grandes democracias do mundo. Estados Unidos, Reino Unido, França, Alemanha, Portugal, Espanha, entre outros países, há várias décadas estabeleceram regras para o setor. A maioria busca atualizá-las constantemente para alinhar a legislação às inovações tecnológicas e às transformações sociais. Os britânicos, por exemplo, a cada cinco anos, em média, discutem e aprovam no Parlamento novas regras para a mídia eletrônica. E recentemente aprimoraram a regulação para os meios impressos.

O significado da vitória de Cunha

Por Najla Passos, no site Carta Maior:

Eduardo Cunha (PMDB-RJ) foi eleito presidente da Câmara neste domingo (1), com 267 dos 513 votos, dez a mais do que a maioria absoluta necessária para lhe garantir a vitória em 1º turno. Foi uma derrota importante para o governo da presidenta Dilma Rousseff, que o tem como desafeto e apostou todas as suas fichas na vitória de Arlindo Chinaglia (PT-SP).

Os jornalões e o DNA da História

Por Luciano Martins Costa, no Observatório da Imprensa:

Os jornais de sexta-feira (30/1) destacam, em suas primeiras páginas, o déficit das contas públicas que marca o encerramento do ano fiscal de 2014, a decisão da Petrobras de reduzir o ritmo de obras e a perspectiva de suspender o pagamento de dividendos aos seus acionistas, além de referências à disputa pela presidência da Câmara dos Deputados e, claro, novos registros sobre a crise de abastecimento de água na região Sudeste. O desemprego caiu para 4,8% no ano passado, mas apenas a Folha de S.Paulo cita esse fato na primeira página.