domingo, 1 de março de 2015

Dilma e a encruzilhada do Brasil

Por Saul Leblon, no site Carta Maior:

A via ortodoxa escolhida pelo governo para viabilizar o quarto mandato presidencial do PT está implantada e o paradoxo começa a dar frutos.

São ácidos.

O desemprego saltou de 4,3% em dezembro para 5,3% em janeiro; o governo acaba de anunciar um corte de 23,7% do orçamento do PAC e o BC deve aumentar a taxa de juro na próxima 4ª feira, para 12,75%.

A mídia e o fim da política

Por Luciano Martins Costa, no Observatório da Imprensa:

O olhar sobre o cotidiano da imprensa no Brasil, por meio da qual o cidadão pode acompanhar o desempenho de suas representações institucionais, tende a esconder uma realidade espantosa: a extinção da política. Esse fenômeno alcança outros campos que compõem tradicionalmente o chamado espaço público, como a cultura, a economia, a religião e outras formas pelas quais os indivíduos se interligam em comunidades no mundo contemporâneo.

Serra quer fatiar e vender a Petrobras

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

A entrevista de José Serra ao “dono da lista do HSBC” no Brasil, Fernando Rodrigues, é um strip-tease.

O vendedor da Vale – título que lhe foi concedido pelo próprio ex-presidente Fernando Henrique Cardoso – lista o que se tem de fazer com a maior empresa brasileira.

Vai falando meias-verdades, como a de dizer que a Petrobras está “produzindo fio têxtil”, vai circulando a presa, como um velho leão.

Maioria rejeita impeachment de Dilma

Por Eduardo Guimarães, no Blog da Cidadania:

A recente pesquisa Datafolha, divulgada no início do mês, atiçou delírios golpistas da mídia e da oposição ao mostrar queda pronunciada da aprovação a Dilma Rousseff. Apesar dos números negativos para a presidente, porém, essa pesquisa vem levando os derrotados (assumidos e enrustidos) na eleição presidencial do ano passado a cometerem vários erros de avaliação.

Estourou o cano da água em SP

Por Ivan Longo, no site SPressoSP:

Índios fazendo a dança da chuva, caminhão-pipa, Alckmin na banheira, 10 mil pessoas e movimento social na sede do governo: assim aconteceu a Marcha pela Água, convocada pelo Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto (MTST). Uma maré vermelha invadiu as ruas da zona sul da capital na noite desta quinta-feira (26) protestando contra o que entendem ser negligência do governo em não tomar medidas para conter a crise hídrica que assola o estado, principalmente as periferias.

Ato golpista: A volta dos mortos-vivos

Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

Preve-se que, no dia 15 de março, ocorram manifestações contra o governo Dilma. Seus organizadores, líderes e apoiadores são os derrotados pelas urnas de 26 de outubro de 2014. Este é o fato básico.

A democracia garante a liberdade de expressão e manifestação mas isso não basta para assegurar a legitimidade de um protesto.

O protesto contra a falta de água em SP

Foto: Gabriel Soares
Por Mariana Serafini, no site do UJS:

Mais de 15 mil pessoas se reuniram no Largo da Batata, na região Oeste da capital paulista, na tarde desta quinta-feira (26), e seguiram em direção ao Palácio dos Bandeirantes na grande Marcha pela Água. A mobilização encabeçada pelo MTST contou com a participação de movimentos sociais e partidos de esquerda. O governador Geraldo Alckmin recebeu uma comitiva para ouvir as reivindicações e se comprometeu em tratar com mais responsabilidade a crise hídrica para reduzir os impactos nas periferias.

Urge retomar a iniciativa política

Por Renato Rabelo, em seu blog:

Neste segundo mandato da presidenta Dilma Rousseff – será preciso avançar nas mudanças e nas reformas estruturais e, desde já, recobrar a iniciativa política e retomar o crescimento econômico.

No contexto da predominância global do sistema capitalista, é difícil às forças democráticas e populares chegarem ao centro do poder político estatal. Entretanto, é ainda mais difícil afirmar e consolidar um governo democrático de base popular, sobretudo, nas condições dadas do Brasil, onde se encontra um Estado formado por componentes de poder de forte influência conservadora e origem antidemocrática.

Mídia escondeu sonegação de R$ 502 bi

Por Miguel do Rosário, no blog O Cafezinho:

A confirmação de abertura da CPI do Suiçalão no Senado pode ser uma grande oportunidade.

Aliás, doravante podemos até mudar o nome dela para CPI da Sonegação.

Há algumas semanas, o Sindicato dos Procuradores da Fazenda Nacional (Sinprofaz), divulgou um estudo em que estimava a sonegação tributária no ano passado em R$ 502 bilhões.

Ricos devem pagar o 'equilíbrio fiscal'

Por João Antonio Felicio, no jornal Brasil de Fato:

Buscar o equilíbrio fiscal, a harmonia entre o que o Estado gasta e o que arrecada, mais do que uma preocupação constante, deveria ser uma orientação permanente de todos os governos comprometidos com o progresso e o bem-estar do seu povo.

Desequilíbrios fiscais podem ocorrer quando o Estado vai atrás de recursos para aplicar em políticas sociais, obras de infraestrutura, fomento à industrialização, produção de alimentos, etc. Afinal, os cofres públicos precisam estar sempre prontos para atender necessidades prementes como o são, entre outras, a educação, a saúde, o transporte, a moradia, o saneamento básico e a reforma agrária. Do contrário, sem investimento nestas áreas essenciais, parcela expressiva da população estaria condenada ao analfabetismo, às filas nos hospitais, ao caos urbano, à marginalidade. Mesmo com os inegáveis avanços que obtivemos na última década, essa ainda é, infelizmente, a realidade de dezenas de milhões de brasileiros.

Locaute dos caminhoneiros é golpe

Por Sandro Ari Andrade de Miranda, na Rede Brasil Atual:

Sempre que observamos um movimento paredista de caminhoneiros, a triste lembrança do Chile volta do passado. Na época, insuflados por uma ação da Agência Norte-americana de Inteligência, a CIA, um grupo de caminhoneiros realizou uma grande paralisação no país visando a conferir legitimidade ao golpe militar que culminou no assassinato do presidente, democraticamente eleito, Salvador Allende.

sexta-feira, 27 de fevereiro de 2015

O papel de Lula contra o golpe

Por Bepe Damasco, em seu blog:

De cara, reproduzo uma conversa presenciada por mim, na manhã tórrida de verão desta quinta-feira (26 de fevereiro) , entre um atendente de uma lanchonete da Zona do Sul do Rio e um típico representante da classe média antipetista e reacionária.

Trabalhador: Oi doutor, tudo bem? Este ano vai ser difícil para todo mundo, não é? Tem um professor da PUC que frequenta aqui que disse que quem tem algum dinheirinho não deve investir em nada. É melhor esperar para ver para aonde vai o país.

"Jornalista da Veja agiu como bandido"

Por Conceição Lemes, no blog Viomundo:

Nessa quarta-feira 25, a família de Frei Chico, irmão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, registrou um boletim de ocorrência contra o repórter Ulisses Campbell, da revista Veja, que durante três dias assediou-os.

“Foi um horror”, afirma Ivenis, esposa de José Ferreira da Silva, o Frei Chico, como é conhecido desde os tempos de metalúrgico em São Caetano do Sul, no ABC Paulista, há quarenta anos.

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2015

CPI da Petrobras convocará FHC?

http://pigimprensagolpista.blogspot.com.br/
Por Altamiro Borges

A bancada do PT protocolou nesta quinta-feira (26) o pedido para ampliar as investigações da CPI da Petrobras criada na Câmara Federal. A partir da “delação premiada” do ex-diretor da estatal, Pedro Barusco, de que o milionário esquema de propinas teve início em 1997, os petistas avaliam que é indispensável analisar as origens da corrupção na Petrobras. Durante o reinado privatista de FHC, várias medidas suspeitas foram tomadas na empresa – inclusive a que anulou os processos de licitação pública. Na época, até jornalistas da direita tupiniquim, como o falecido Paulo Francis, denunciaram que a Petrobras havia virado um antro de maracutaias, enriquecendo diretores da estatal e executivos das empreiteiras.

Suzane von Richtofen esfaqueia a Globo

Por Rodrigo Vianna, no blog Escrevinhador:

A Globo tentou transformar São Paulo x Danúbio numa atração noturna. Apesar do belo gol de Pato, que abriu a goleada por 4 a zero contra o time uruguaio pela Libertadores, o jogo não emplacou.

O Esporte e o Jornalismo da Globo, sob comando de Ali Kamel, estão cada vez mais ancorados nas novelas e nos programas de “entretenimento” (palavra horrorosa). Sem as novelas, o Bonner é apenas um rapaz vaidoso com mecha branca nos cabelos. Gasta seu tempo em tramas internas, afastando apresentadores e editores.

O golpe das fotos no ato da Petrobras



Por Paulo Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:

A questão é esta: por que os sites das grandes empresas jornalísticas deram apenas fotos em que aparecem apanhando os antipetistas que foram atazanar os manifestantes pró-Petrobras ontem no Rio?

Isso se chama torcida. Isso se chama descaro. Isso se chama trapaça. Isso se chama antijornalismo.

Crise política: Caminho é a luta

Por José Reinaldo Carvalho, no site Vermelho:

Na política, como na vida, nada é absoluto a não ser o movimento. E precisamente neste está contida a polarização como lei inexorável da luta política e social. É dos antagonismos que surgem as mudanças. A crise é o momento que precede as mudanças. Não se pode fugir nem da polarização nem das crises se se quer revolucionar a sociedade.

Quando o governo defenderá a Petrobras?

Por Breno Altman, em seu blog:

O ato comandado pelo ex-presidente Lula, na sede da ABI, dia 24 de fevereiro, foi uma relevante iniciativa.

Para começo de conversa, por sinalizar que as forças de esquerda têm sangue na veia e são capazes, mesmo tardiamente, de reagir à ofensiva conservadora em curso.

Caso realmente venha a ser o primeiro passo de uma caminhada sólida, aponta para real esforço, do bloco progressista, em retomar as ruas como trincheira avançada e primordial da disputa política.

E se Guido Mantega tivesse reagido?

Por Renato Rovai, em seu blog:

O ex-ministro Guido Mantega foi xingado e expulso de uma área comum no Hospital Albert Einstein, enquanto acompanhava sua esposa que faz tratamento de um câncer na Instituição.

Ao invés de anunciar a abertura de uma investigação e deixar claro que iria apurar quem foram os agressores, a direção do hospital publicou uma nota lacônica afirmando que: “recebe igualmente a todos, pacientes ou não”. Lastimável, principalmente por se tratar de um hospital da comunidade judaica, que sabe exatamente onde esse tipo de intolerância pode chegar.

Ódio da direita. E agora PT?

Por Gilberto Carvalho, na revista CartaCapital:

De repente, os ventos mudaram, as águas se agitaram, velas se romperam e o barco parece sem controle... muitas previsões de naufrágio. Sentimos a barra, clamamos por um comando milagroso, mas nuvens carregadas não permitem que se vislumbre nenhum sinal do sol.

Não é a primeira vez, nem a primeira tempestade, tampouco os marujos são inexperientes. Ao contrário. A vida os calejou impiedosamente, desde os primeiros movimentos. Agora, a conjunção de fatos parece insuperável: crise econômica com sabor amargo de inflação no cotidiano dos cidadãos e medo de desemprego, crise da falta de água e reiterada e cotidiana profecia de crise de energia, crise política no Parlamento, onde, como diria Zé Múcio, bezerro não reconhece vaca, crise na Petrobras, com suas calculadas gotas diárias de novidades delatadas, tomadas como verdades comprovadas, num martelar poderoso e insistente para pregar a imagem de um partido e um governo irremediavelmente na podridão da corrupção.