quinta-feira, 26 de março de 2015

Quando um tucano graúdo será preso?


Montaigne conta, num de seus ensaios, que dois candidatos a um posto na Grécia Antiga debatiam publicamente.

Um deles fez um discurso longo, minucioso. Quando a palavra foi para o outro este, laconicamente, afirmou: “Vou fazer as coisas que ele disse.”

Ganhou.

As pessoas queriam menos palavras e mais movimento, mais ação.

Governo não tem projeto sobre a mídia

Por Márcia Xavier, no site Vermelho:

O marco regulatório da comunicação em vigência no Brasil é da época do governo João Goulart. Época em que não havia internet e TV digital, entre outras novas formas de comunicação. Essa defasagem do tempo exige um novo marco regulatório, mas apesar dessa necessidade, o governo ainda não tem uma proposta de regulamentação da mídia.

O anúncio foi feito pelo ministro das Comunicações, Ricardo Berzoini, que participou, nesta quinta-feira (27) de uma comissão geral na Câmara dos Deputados. Ele disse que pretende abrir um debate sobre o assunto para elaboração de uma proposta que deve ser apresentada ao país.

Manchete do UOL e o tesoureiro do PSDB

Por Rodrigo Vianna, no blog Escrevinhador:

O que você acha que aconteceria se Delúbio Soares (ex-tesoureiro do PT) ou João Vaccari (atual tesoureiro) aparecessem numa lista de brasileiros com contas secretas na Suíça, ao lado de vereador, suplente de senador e outros políticos de menor expressão?

Qual seria a manchete? “Políticos de vários partidos têm contas na Suíça”. Não!!! Mil vezes não.

Ajustando o ajuste fiscal

Por Ismael Cardoso

Se é verdade que a crise econômica mundial abateu-se sobre nossa economia e que devido a este cenário desfavorável precisamos ajustar nossas contas, não é verdade que este pacote de ajuste fiscal enviado ao Congresso Nacional seja o instrumento mais eficaz para combater a crise.

O principal motivo para a ineficácia deste pacote fiscal é que ele penaliza o capital produtivo e os trabalhadores, beneficiando um setor que nunca produziu sequer um prego neste país, os banqueiros e os especuladores de maneira geral.

O familiar "Homo ignorans"

Por Ladislau Dowbor, no site Outras Palavras:

O homo sapiens todos conhecemos. Inclusive a maior parte da teoria econômica e das teorias das transformações sociais se baseia numa compreensão otimista de que o homem absorve conhecimentos, confronta-os com os seus objetivos racionalmente entendidos, e procede de acordo. Quando erra, analisa os erros e corrige a sua visão para não repeti-los.

Babilônia e a barbárie em nome de Deus

Por Leonardo Sakamoto, em seu blog:

Desculpem o atraso, mas só agora pude ler a nota de repúdio da Frente Parlamentar Evangélica contra o beijo protagonizado por Fernanda Montenegro e Nathália Timberg em uma cena da novela Babilônia, da rede Globo.

Uma ótima nota.

Ótima para nos lembrar que ainda temos momentos da mais completa barbárie.

O umbigo de Gilmar Mendes

Por Wálter Maierovitch, na revista CartaCapital:

1. O juiz dos juízes

Pegou mal entre juristas e operadores do Direito a entrevista do ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), ao jornal O Globo, publicada na terça 17. Nela, o ministro manifestou-se a respeito da ação direta de inconstitucionalidade (Adin) ajuizada pela OAB e sustentada na ilegitimidade das pessoas jurídicas para realizar doações em campanhas políticas e na tese de que as pessoas físicas devem estar sujeitas a um teto.

A contraofensiva dos movimentos sociais

Manifesto:

31 de março é dia da Plenária Nacional por Mais Democracia, Mais Direitos e Combate à Corrupção

Em defesa:

Dos direitos dos trabalhadores!

Da democracia!

Da reforma política!

Da Petrobras!

O recado da Globo ao juiz Sergio Moro

Por Cintia Alves, no Jornal GGN:

Enquanto juristas de todos os cantos do país criticam os métodos empregados por Sérgio Moro para obter delações premiadas na Operação Lava Jato, o grupo Globo, através do jornalista Merval Pereira, passa a mão na cabeça do juiz e dá aval ao que os advogados dos empresários envolvidos no escândalo chamam de “ilegalidades”. Os fins justificam os meios, faltou escrever Merval.

quarta-feira, 25 de março de 2015

Seis mitos sobre a redução da maioridade

Por Douglas Belchior, no blog Negro Belchior:

Mais uma vez propostas para a redução da maioridade penal estão em tramitação no Congresso. Após ser desarquivada em fevereiro, a PEC 171 foi levada à Comissão de Constituição e Justiça e da Cidadania (CCJC) da Câmara dos Deputados, onde deve ser aprovada.

Se confirmada a aprovação na CCJC, a proposta deve seguir para uma comissão especial e na sequência ir à plenária, onde precisa ser aprovada em dois turnos, antes de ser avaliada pelo Senado.

Reflexões acerca das marchas antigoverno

Por Tadeu Porto, no site Brasil Debate:

Não quero desqualificar as manifestações que vêm ocorrendo contra o governo atual, principalmente tendo a atual presidente Dilma e o partido dos trabalhadores como alvo. A priori, o mais importante de tudo é que as pessoas podem ir às ruas – ou varandas – se manifestar livremente. Mas, como nada é absoluto, queria trazer alguns itens para reflexão.

Terceirizado, um trabalhador brasileiro

A luta contra a redução da maioridade

Por Dandara Lima, no site da UJS:

O movimento estudantil repudiou a tentativa de criminalização da juventude nessa terça-feira (24), durante a audiência pública da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), na Câmara dos Deputados, sobre a PEC 171/93, que estabelece a redução da maioridade penal.

“A PEC tira a proteção que o Estado garante aos jovens de ter oportunidades iguais e permite que a juventude negra e pobre do Brasil seja perseguida e encarcerada”, avalia a presidenta da UBES, Barbara Melo.

O exército fantoche da PM de SP

Por João Quartim de Moraes, no site da Fundação Mauricio Grabois:

Quando a água ferve muito, vira vapor; quando esfria muito vira gelo. Chamar 100° a primeira transformação, 0° a segunda, é convenção, mas ebulição e congelamento são fenômenos naturais que expressam a dialética da transformação da quantidade em qualidade. Quando uma aglomeração humana se torna multidão, vira força social. Quanto maior a multidão, maior a influência que pode exercer na cena politica. Por isso os grandes trustes audiovisuais, que são safados, mas não são bobos, empenharam-se em subestimar descaradamente o número dos trabalhadores que participaram da manifestação democrática do dia 13 e em superestimar, com ainda maior descaramento, o tamanho da multidão reacionária que foi às ruas no dia 15.

Quem é a celebridade do "Vem pra Rua"

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

Assisti a “entrevista” do “líder” do Vem pra Rua” no Roda Viva, aliás um festival de “levantadas de bola” para a nova celebridade.

Para dizer, entre outras pérolas que foi Lula que inventou esta história de “pobres contra ricos” e “empregados contra patrões” no Brasil, o que daria para ganhar um troféu de ignorância histórica e cara de pau política. O vídeo está na internet.

Discreto charme dos abutres da Petrobras

Por Miguel do Rosário, no blog O Cafezinho:

Desde o início dos governos petistas, já foram criadas, pela oposição e pela mídia, inúmeras, incontáveis CPIs da Petrobrás.

Só nos últimos meses foram umas três ou quatro.

Os tucanos criam CPIs sobre a Petrobrás tanto para desgastar o governo quanto para chantagear as empresas que fazem negócio (e negociatas) com a estatal, conforme consta em denúncia de um dos delatores, segundo o qual o presidente do PSDB teria recebido R$ 10 milhões para “pegar leve” nas investigações de uma CPI.

Erro da Reuters e a blindagem da mídia

Da revista Fórum:

Uma gafe da agência de notícias Reuters está gerando repercussão nas redes sociais. Nessa segunda-feira (23), o veículo publicou em seu site uma entrevista com o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) e a suposta sugestão que o repórter fez à edição, em um primeiro momento, passou despercebida e não foi retirada do texto.

“Podemos retirar, se achar melhor”, escreveu o jornalista, entre parênteses, logo após um parágrafo que falava sobre a corrupção na Petrobras ao longo do “governo tucano”.

A imprensa e a receita da salsicha

Por Luciano Martins Costa, no Observatório da Imprensa:

“Os cidadãos não dormiriam tranquilos se soubessem como são feitas as leis e as salsichas.”

A frase, atribuída ao chanceler do império germânico Otto von Bismarck (1815-1898), poderia receber uma paródia muito a propósito: “Os cidadãos dormiriam mais tranquilos se soubessem como é feito o jornalismo”. Seria uma maneira de dizer que o noticiário pessimista induzido pela imprensa diariamente teria menos efeito no ânimo dos cidadãos se eles soubessem como é produzido.

terça-feira, 24 de março de 2015

"Quero ver nossa greve na Globo"

Do site do Sindicato dos Professores do Ensino Oficial de São Paulo (Apeoesp):

Nossa greve não tem a devida cobertura na maior rede de televisão do país. Por isso, a presidenta da Apeoesp, Maria Izabel Azevedo Noronha, a Bebel, encaminhou carta ao diretor de jornalismo da emissora (cópia anexa), pedindo coerência na cobertura do nosso movimento, em respeito aos milhares de professores que estão na luta.

Você também pode ajudar:

De quem é a culpa pelos 20% do JN?

Por Paulo Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:

Se Mino Carta citou Jesus numa conversa sobre os protestos, me sinto autorizado a fazer isso também.

Minha citação é: “Não julgue para não ser julgado.”

Penso, especificamente, nas grandes empresas de jornalismo.

A Globo, por exemplo. Acaba de sair a notícia de que o Jornal Nacional bateu na histórica marca de 20 pontos de Ibope – uma migalha para quem já teve duas, três vezes isso.