domingo, 5 de abril de 2015

Imbassahy, o casto, e a grana do metrô!

Por Altamiro Borges

A vida dos falsos moralistas não está nada fácil. Num dia eles posam de éticos; no outro, são denunciados por supostas falcatruas. Antônio Anastasia, chefão da campanha do cambaleante Aécio Neves, Agripino Maia, presidente nacional do DEM, e Ronaldo Caiado, o senador demo-ruralista, tiveram suas fantasias udenistas rasgadas recentemente. Já neste domingo (5), a Folha tucana informa que “empreiteiras são acusadas de desvios no metrô de Salvador”. Sem manchete de capa ou título garrafal, a matéria revela que a roubalheira teve início na gestão de Antônio Imbassahy, ex-prefeito da capital baiana. Atualmente, o famoso “carlista” é líder da bancada federal do PSDB e uma das vozes mais estridentes do parlamento no combate à “corrupção petista”. Haja cinismo!

O Jesus que não vai ressuscitar

Por Eduardo Guimarães, no Blog da Cidadania:

Se o Brasil precisava de um simbolismo para alertar a sociedade quanto à ascensão dessa direita hidrófoba, racista, misógina, homofóbica que estamos vendo, não precisa mais.

Escrevo no domingo de Páscoa. Hoje, pela fé cristã, a ressureição de Jesus Cristo completou 1982 anos. Filho da mulher chamada Maria, tombou vitimado pela ignorância, pela covardia e pela mesma ferocidade humana que quase dois milênios depois levaram um Jesus de novo.

O Jesus que a iniquidade humana levou na semana passada não era Cristo, não era loiro, branco nem adulto; era Ferreira, era negro e era uma criança.

Coxinistão, segundo a enciclopédia livre

Por Paulo Fonteles Filho, em seu blog:

Outros gentílicos também são utilizados: Fascisti, Coxinistano, Tucani, Tucanês e Bolsonariano.

O Coxinistão, oficialmente República do Coxinistão (em coxinistês: Coxinistan Republikasi), é um país esquizofrênico localizado no Higienópolis, na fronteira mental entre os Estados Unidos e o País das Maravilhas.

A sua capital é Cardosogrado.

Brasil e a "lei antiterrorista"

Por Mauro Santayana, em seu blog:

Volta-se a discutir, na mídia e no governo, a necessidade de se prevenir “ameaças terroristas” no Brasil e a intenção de se criar uma “lei antiterrorista”, que permita a órgãos de inteligência monitorar internautas, para saber se eles estão em contato com organizações internacionais.

Quando se diz “terrorismo”, é preciso saber quem está falando.

O Brasil mudou. A mídia, não

Por Ângela Carrato, no Observatório da Imprensa:

Em recente evento cultural em Belo Horizonte, o fotógrafo Sebastião Salgado fez algumas afirmações que não repercutiram na mídia. De acordo com ele, uma das grandes mudanças, senão a maior, na cena brasileira, diz respeito ao fato de “o governo federal não ser mais comandado por pessoas ligadas aos monopólios de comunicação”. Este é, inclusive, o motivo pelo qual, a seu ver, tantas denúncias de corrupção estão vindo à tona, enquanto no passado foram ignoradas ou abafadas. Ao contrário da maior parte da mídia brasileira, que diuturnamente tem previsto o caos, ele avalia que “o Brasil já é um grande país e está cada vez mais sério”.

Páscoa e a publicidade infantil

Por Lais Fontenelle, no site Outras Palavras:

Todo ano é a mesma coisa. Mal sai de cena o bom velhinho – incitando as crianças a desejar, e as famílias a comprar – e já entram o coelho e seus ovos. Entre as duas datas temos ainda o carnaval, que enche as vitrines mas também as ruas de cultura popular e alegria. Esse ano, contudo, algo surpreendente aconteceu. Ovos de chocolate decoravam prateleiras de supermercado ao redor do país já nas quentes férias de janeiro, antecipando a Páscoa. E por que isso aconteceu? Não é uma data fixa, 40 dias depois do carnaval? Seria porque as vendas de fim de ano não renderam bons lucros? Seriam as férias escolares o motivo? A resposta é difícil para nós, mas o mercado sabe, com certeza, o exato porquê.

Não, o Estado brasileiro não é grande

Por Andre Levy, no site Brasil Debate:

Que grande Estado é esse que não coleta esgoto de metade da população, que deixa 3 de cada 4 cidadãos à mercê de um sistema de saúde precário, e em que mais da metade dos escolarizados são analfabetos funcionais?

Quando se fala de tamanho do Estado no Brasil, frequentemente refere-se à carga tributária. E frequentemente quando se refere à carga tributária, fala-se da arrecadação fiscal como percentual do PIB. Mas serviço público não é custo variável; não fica mais barato quando o PIB decresce. O Estado continua pagando o mesmo número de professores, médicos, enfermeiros, policiais… Falar de carga tributária como percentual de PIB é como colocar o aluguel da padaria no custo do pãozinho.

sábado, 4 de abril de 2015

A luta por espaço para o rádio e a TV

Por Laurindo Lalo Leal Filho, na Revista do Brasil:

Disputas por territórios são contínuas na história da humanidade, dos tempos pré-históricos aos dias de hoje. A maioria sangrentas, muitas tornaram-se eternas, documentadas por historiadores ou romanceadas por grandes escritores. São territórios visíveis, quase sempre delimitados por fronteiras precisas, muito claras, pelas quais só se passa munido de autorização de quem as controla. Criam-se Estados nacionais e organizações multilaterais para dar um mínimo de estabilidade a esse tipo de posse, o que não exclui a permanência constante de disputas em várias regiões do planeta.

Demóstenes enfia o dedo em Caiado!

Por Altamiro Borges

Na marcha golpista de 15 de março, o senador Ronaldo Caiado (DEM-GO) desfilou pela Avenida Paulista vestindo uma camiseta com a estampa de uma mão com quatro dedos e o slogan: “Basta”. O traje, explicitamente preconceituoso contra o ex-presidente Lula, gerou críticas nas redes sociais. Alguns lembraram que, além de criador da União Democrática Ruralista (UDR) – uma organização paramilitar fundada em 1985 e acusada de incitar a violência no campo –, o político é médico e devia ser menos odioso. Só que a vida dá voltas e, agora, é o demo que leva o dedo na cara (!). Num texto demolidor publicado no jornal goiano “Diário da Manhã”, Demóstenes Torres, seu ex-compadre no falido DEM – que foi cassado no Senado devido às suas ligações com o mafioso Carlinhos Cachoeira – afirmou que Ronaldo Caiado “rouba, mente e trai”.

A “descomemoração” dos 50 anos da Globo

Por Altamiro Borges

A Rede Globo prepara uma overdose de eventos e lançamentos para comemorar os seus 50 anos de existência – em 26 de abril. O objetivo é reforçar a ideia do império midiático imbatível e onipresente, que faz a cabeça e o coração dos brasileiros. A emissora, porém, pode sofrer uma baita surpresa. De tanto manipular informações e deformar valores nestas cinco décadas, ela é hoje alvo de crescentes críticas da sociedade. Em todas as manifestações populares, seja numa passeata de professores em greve ou numa plenária dos movimentos sociais, o grito mais ouvido é o do “Fora Rede Globo”. Nesta quarta-feira, 1º de abril, “Dia da Mentira”, já houve um “esquenta” dos atos programados contra a emissora em abril. Agindo como a máfia, o restante da mídia fez silêncio. Mas as redes sociais ajudaram a informar e a criar o clima da “descomemoração”.

A mídia e a greve mundial no McDonald’s

Por Altamiro Borges

Está agendada para 15 de abril uma “greve mundial” contra a rede estadunidense de fast-food McDonald’s. A previsão é de que o movimento tenha a adesão de 200 cidades de 35 países. O motivo é a brutal exploração exercida pela multinacional, que paga míseros salários e adota inúmeras práticas lesivas aos direitos trabalhistas. Os trabalhadores brasileiros participarão da jornada.

Em meados de março, o sindicato da categoria (Sinthoresp) protocolou uma ação no Tribunal de Justiça do Trabalho de São Paulo exigindo o fim do acúmulo de funções e o pagamento do adicional por insalubridade. Houve protesto dos funcionários na Avenida Paulista e a população foi informada sobre a adesão à “greve mundial”. A mídia privada, porém, não deu maior destaque ao movimento. A multinacional é uma das maiores anunciantes do país, o que explica a cumplicidade da imprensa privada e venal!

sexta-feira, 3 de abril de 2015

Cunha, o ilibado, quer processar Nassif

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

Como era mesmo aquela frase do Rui Barbosa sobre “de tanto ver….” Ah, sim:

“De tanto ver triunfar as nulidades, de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça, de tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar da virtude, a rir-se da honra, a ter vergonha de ser honesto.”

Pois não é que o pró-homem da República, Eduardo Cosentino Cunha, está processando o jornalista Luís Nassif por dizer o que, há 20 anos, dele diz toda a imprensa brasileira, mas apenas quando lhe convém?

O protesto contra a Globo no Rio

Por Miguel do Rosário, no blog O Cafezinho:

Em 2014, a ânsia da Globo em mostrar manifestações contra o governo federal fez o jornal dar meia página para o protesto de um casal em Brasília.

Ontem ocorreram protestos contra a Globo em todo país, totalizando centenas de pessoas, e a divulgação ficará restrita às redes sociais e a uma sequência de fotos do UOL.

Como foi erguido o império da Globo

Por Paulo Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:

De tanto tratar os brasileiros como idiotas, a Globo parece que passou realmente a acreditar que somos todos imbecis.

É o que sugere um editorial a propósito da liberdade de expressão.

Nele, os Marinhos atacam, furiosamente, a regulação da mídia. E se colocam na posição de campeões do “jornalismo independente, que não vive de verbas oficiais”.

Os novos ídolos da imprensa

http://pigimprensagolpista.blogspot.com.br/
Por Luciano Martins Costa, no Observatório da Imprensa:

Uma das tarefas mais difíceis da observação da imprensa é interpretar a narrativa subjacente ao conjunto de textos e sua organização nas páginas dos jornais. Como os diários procuram abranger o máximo de temas que seus editores consideram importantes para compor a agenda pública, supõe-se que basta entender o contexto de cada caderno especializado para montar o quebra-cabeças proposto a cada dia.

O que o Ibope quer esconder?

http://pigimprensagolpista.blogspot.com.br/
Da coluna "Notas Vermelhas", no site Vermelho:

No mundo das agências de publicidade é corrente o comentário de que se não fosse o famoso “jabá” (educadamente chamado de “bônus por volume”), que a TV Globo distribui para as agências, a emissora estaria em grandes dificuldades, pois sua decadência em termos de audiência é cada vez mais evidente e tem quem insinue que o quadro seria ainda pior se não fosse a sólida parceria da Globo com o Ibope.

Apeoesp detona blogueiro da 'Veja'


A presidenta do Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp), Maria Izabel de Azevedo Noronha, divulgou uma carta aberta ao colunista da revista Veja Reinaldo Azevedo, na qual rebate ataques feitos contra ela e os professores em greve na rede pública e ensino paulista.

“O senhor acusa os professores e professoras de prejudicar nossos alunos por estarmos em greve. É preciso lembrá-lo de que a greve é direito constitucional e que cumprimos todos os ritos legais, comunicando-a às autoridades competentes, juntamente com nossa pauta de reivindicações”, diz a dirigente no texto. “O que o senhor entende de crianças pobres? Nós as conhecemos bem, ouvimos seus problemas e as aconselhamos, indo além da nossa função de ensinar. Elas são nossas amigas e nos apoiam.”

Mídia silencia no escândalo do Carf

http://pataxocartoons.blogspot.com.br/
Do blog de Zé Dirceu:

A grande mídia até deu no 1º dia – no da execução da Operação Zelotes desfechada pela Polícia Federal (PF) para apurar o que está sendo visto como o escândalo financeiro de maior volume da história do país. Os cálculos iniciais indicam que envolve nada menos que R$ 19 bilhões. A roubalheira funcionava no Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf) e era patrocinada por um conluio de funcionários da Receita Federal com grandes multinacionais e empresas gigantes nacionais.

Os paraísos fiscais e a evasão tributária

Por Clair Hickmann, na revista Teoria e Debate:

A série de reportagens recentes sobre o caso SwissLeaks (vazamentos da Suíça) põe em destaque o problema dos paraísos fiscais, que possibilitam a evasão de divisas, a sonegação de tributos e a lavagem de dinheiro. Essas práticas produzem efeitos nocivos sobre as finanças dos demais países e representam uma ameaça às instituições democráticas. Com o objetivo de contribuir para o debate, apresentamos algumas propostas para enfrentar o problema.


O falso moralismo de Raul Jungmann

Por Helena Sthephanowitz, na Rede Brasil Atual:

Na última terça-feira (31), o deputado Raul Jungmann, do PPS de Pernambuco – correligionário e conterrâneo de Roberto Freire –, juntou-se a colegas deputados do DEM e PSDB para bater na porta do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, para pedir que ele reconsidere sua decisão e peça abertura de inquérito para investigar se a presidenta Dilma Rousseff estaria de alguma forma envolvida no esquema de propinas na Petrobras, no âmbito da Operação Lava Jato, da Polícia Federal. Jungmann, aliás, é o autor do pedido. Mas se a preocupação do recém empossado deputado for moralização e zelo com a coisa pública, ele deveria começar dando o exemplo.