domingo, 12 de abril de 2015

Apesar da mídia, marcha golpista reflui!

Por Altamiro Borges

A mídia tucana bem que se esforçou ao máximo. Nos últimos dias, percebendo a queda do interesse nas redes sociais pelas marchas golpistas marcadas para domingo (12), ela tratou de produzir factóides contra o governo. As manchetes dos jornalões foram incendiárias. As emissoras de rádio, ocupadas por vários jagunços midiáticos – como a CBN e a Jovem Pan (já batizada de Ku Klux Pan) –, convocaram explicitamente os protestos. Já a TV Globo, que manda e desmanda no futebol, alterou até o horário das partidas do campeonato paulista. Todo este empenho, porém, não surtiu o resultado esperado. Os organizadores esperavam dobrar a presença nas marchas na comparação com as realizadas em 15 de março – que o jornal O Globo garantiu terem reunido 2,3 milhões de brasileiros “pela democracia”. Agora, o próprio UOL afirma que “protestos contra Dilma reúnem cerca de 560 mil”.

As hordas fascistas voltam às ruas

Por Altamiro Borges

As hordas fascistas voltaram às ruas neste domingo (12). No meio de desinformados, típicos otários, os líderes dos três principais grupelhos golpistas – Movimento Brasil Livre (MBL), Vem pra Rua e Revoltados Online – discursaram coléricos em defesa do impeachment da presidenta Dilma. Alguns radicalizaram ainda mais, exigindo um novo golpe militar. Houve até confronto, em Brasília, entre as duas gangues golpistas. Os mais patéticos, com suas mentes colonizadas, expuseram em cartazes e faixas as suas pregações em inglês – como que apelando para uma “intervenção cirúrgica” da Quarta Frota dos EUA. No geral, o que predominou foi a agressividade dos que perderam as eleições do ano passado. Kim Kataguiri, o infantil líder do MBL, chegou a esbravejar no carro de som na Avenida Paulista: “Não tem que fazer o PT sangrar, tem que dar um tiro na cabeça do PT”.

Impeachment na ‘Folha’: 50 demitidos!

Por Altamiro Borges

A Folha tucana, a mesma que apoiou o golpe e a ditadura militar, fez de tudo para dar uma mãozinha aos novos golpistas e às suas marchas pelo impeachment da presidenta Dilma. Nos últimos dias, ela só estampou manchetes inflamáveis. Neste domingo (12), data do protesto, a jornal usou o Datafolha – do mesmo grupo empresarial – para atiçar os recalcados: “Reprovação a Dilma estaciona; maioria apoia o impeachment”. Os jornalistas mais domesticados do diário, porém, nem puderam comemorar os resultados da nova “pesquisa”. Dois dias antes, muitos deles é que sofreram impeachment. A empresa da famiglia Frias – a mesma que até agora não explicou as contas secretas de um herdeiro no HSBC da Suíça – anunciou a demissão de inúmeros profissionais. De acordo com o sempre dócil Portal Imprensa, o facão deverá atingir até 50 repórteres.

Imagens grotescas das marchas golpistas

São Paulo, Av. Paulista. Fotos: Marcelo Camargo/Agência Brasil


O lucrativo negócio dos golpistas

Por Altamiro Borges

O jornal Estadão, que não esconde a sua simpatia pelas marchas golpistas contra o governo Dilma, publicou neste domingo (12) uma curiosa reportagem – assinada pelos jornalistas Ricardo Galhardo, Vamar Hupsel, Ricardo Chapola e Fábio Leite. Ela questiona as fontes de arrecadação dos grupos que organizaram os recentes protestos – que pedem desde o impeachment da presidenta até o retorno dos militares. “Embora cobrem transparência e lisura do governo federal, Vem Pra Rua, Movimento Brasil Livre e Revoltados On Line não fornecem nota fiscal de venda das camisetas que levam suas marcas e serão usadas por muitos manifestantes nos protestos de hoje. A comercialização das peças, bem como as doações recebidas, são as justificativas usadas por eles para financiar suas atividades”.

Marcelo Tas e a mentira terceirizada

Por Altamiro Borges

O apresentador Marcelo Tas, que abandonou o CQC antes das demissões da sua ex-equipe, nunca escondeu o seu ódio ao atual governo. Ele até ajudou a convocar o ato golpista de 15 de março. Nesta semana, porém, ele exagerou na dose do seu oposicionismo. Em sua conta no Twitter, ele responsabilizou a presidenta Dilma pela aprovação do projeto de lei 4330. “Os terceirizados agora poderão terceirizar, diz a nova lei da Pátria Educadora #DilmãoLiberouGeral”, postou o mentiroso terceirizado. De imediato, muitos internautas reagiram à patifaria do apresentador.

Professores debatem conjuntura e mídia

Do site da Contee:

A atual conjuntura política brasileira e o papel da comunicação dos movimentos sociais e sindical no enfrentamento à onda conservadora que assola o país foi o tema de abertura do 3º Seminário de Comunicação da Contee, que teve início hoje (10), em Belo Horizonte. O debate, que abordou também o papel das redes sociais no diálogo com a categoria e com a sociedade, estendeu-se por mais de quatro horas e possibilitou uma troca de experiências entre as dezenas de representantes das entidades filiadas à Confederação presentes no evento, de jornalistas a diretores.

O câmbio e a crise dos jornalões

Por Luis Nassif, no Jornal GGN:

Nos próximos dias haverá nova rodada de demissões nos principais jornais brasileiros – especialmente Estadão e Folha.

Em outros momentos, as demissões resultaram de erros estratégicos para se adaptar às novas tecnologias. Deste vez, é câmbio na veia.

A mídia e os roedores no Congresso

Por Luciano Martins Costa, no Observatório da Imprensa:

A semana termina em tom de pacificação. Na sexta-feira (10/4), os principais diários brasileiros acomodam melhor o noticiário sobre a crise política, registrando as primeiras ações do presidente do PMDB e vice-presidente da República, Michel Temer, no seu novo papel de mediador entre as várias correntes que formam a base aliada do governo no Congresso Nacional. Por outro lado, o noticiário se aprofunda na proposta de novas regras para contratações de funcionários terceirizados e há um desvio sutil no escândalo da Petrobras.

Os golpistas perderam a vergonha

Por Miguel do Rosário, do blog O Cafezinho:

Às vésperas das marchas do dia 12, a Folha publica uma malandríssima pesquisa em que aponta um suposto apoio da população ao “impeachment” da presidenta Dilma.

Malandríssimo por duas razões: para tentar estimular as manifestações de domingo, e porque a própria pesquisa induz as respostas.

Os 100 dias do governo Dilma

Por Ricardo Kotscho, no blog Balaio do Kotscho:

Os governos, por melhores ou piores que sejam, passam. Os países ficam.

É nisso que deveríamos pensar neste dia 10 de abril de 2015, uma sexta-feira: o que está em jogo no momento não é o destino de um governo, mas o futuro do nosso país.

Na nossa jovem democracia, que acaba de completar 30 anos, nunca tivemos os primeiros 100 dias de um novo governo tão tumultuados, com tantas crises e conflitos ao mesmo tempo, como neste Dilma-2.

A grande lambança e o sono dos justos

Por Saul Leblon, no site Carta Maior:

Na semana seguinte à vitória da Presidenta Dilma nas eleições de 26 de outubro de 2014 endinheirados intensificaram tratativas para mandar parte de sua riqueza para fora do país.

Dez dias após o pleito, o jornal Valor Econômico, na edição de 05/11/2014, publicava uma reportagem com o seguinte título: ‘Eleição impulsionou interesse em enviar dinheiro para fora’.

A busca da normalidade política

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

A normalidade da disputa política – que pode ser estridente, mas dentro das regras do jogo – começou a ser quebrada no Brasil poucos dias antes das eleições.

Até ali, assistimos à parcialidade escandalosa da mídia, o que não chega a ser uma novidade em nosso país.

Mas quando a Veja valeu-se da declaração de um criminoso contumaz, que jamais chegou sequer perto de Lula e de Dilma Rousseff para afirmar que “eles sabiam” dos casos de corrupção na Petrobras, sem nada mais senão uma declaração marota, genérica de um bandido.

As ameaças da onda conservadora

Editorial do site Vermelho:

A vitória de Dilma Rousseff em novembro de 2014 foi a vitória de uma agenda política que propugnava por mais direitos e mais democracia.

Diversos fatores obstaram até agora esta agenda. Uma insistente ofensiva golpista e antidemocrática do consórcio oposicionista formado pelo grande capital, mídia empresarial e partidos de direita, além de erros de condução política do próprio governo, estão entre estes elementos desestabilizadores.

A Globo e seu ovo de serpente

http://pigimprensagolpista.blogspot.com.br/
Editorial do jornal Brasil de Fato:

Em 2010, quando Maria Judi­th Brito, então presidente da Asso­ciação Nacional de Jornais (ANJ) e executiva do grupo Folha de S. Pau­lo, anunciou que a imprensa deveria assumir, de fato, “a posição oposi­cionista deste país, já que a oposição está profundamente fragilizada”, es­cancarou o ovo de serpente que es­tava sendo chocado.

Datafolha confirma a força de Lula

Por Eduardo Guimarães, no Blog da Cidadania:

Só há uma surpresa na pesquisa Datafolha feita e divulgada com o propósito evidente de vitaminar os protestos deste domingo. Perguntados sobre em quem votariam se Dilma caísse e fossem convocadas novas eleições, 33% declararam voto em Aécio Neves e 29% no ex-presidente Lula.

Como a margem de erro da pesquisa é de 2 pontos percentuais, o tucano e o petista estão tecnicamente empatados.

ENDC reúne 700 ativistas em BH

Foto: Sonia Corrêa
Por Felipe Bianchi, no site do Centro de Estudos Barão de Itararé:

Com 682 inscritos e todos os estados do país presentes, a cerimônia de abertura do 2º Encontro Nacional pelo Direito à Comunicação (ENDC) contou com muita representatividade na manhã deste sábado (11/4), no teatro do Instituto Metodista Izabela Hendrix, em Belo Horizonte. O ato contou com a presença de cerca de 30 representantes da política e de movimentos sociais que, em uníssono, ressaltaram a importância da luta pela democratização da comunicação no país.

sábado, 11 de abril de 2015

Globo, PM, FPF e a marcha golpista

Por Renato Rovai, em seu blog:

É impressionante como se perdeu completamente qualquer limite na tentativa apear a presidenta Dilma do governo. Neste domingo, os que pedem impeachment vão às ruas de novo em diversas partes do país. A mobilização pelas redes está muito menor do que nas vésperas de 15 de março e tudo indica que ao menos os atos de São Paulo e do Rio de Janeiro serão bem menores. Mas para que eles não sejam um vexame, principalmente em São Paulo, um vergonhoso esquema foi preparado para impulsioná-lo.


São Paulo, locomotiva em marcha lenta

Por Cida de Oliveira, na Revista do Brasil:

Não foi à toa que São Paulo passou a ser chamada de locomotiva do progresso. O estado que saiu na frente no processo de industrialização responde hoje por um terço da economia brasileira. Maior produtor industrial, com cerca de 30% do parque fabril em seu território, é dono da maior rede de comércio e serviços e detém a segunda maior produção agropecuária. Sedia ainda grandes universidades, como USP, Unicamp e Unesp, institutos de pesquisa onde é desenvolvida grande parte da pesquisa científica nacional, e o coração do setor financeiro e empresarial brasileiro.

O golpe branco do parlamentarismo

Por Roberto Amaral, na revista CartaCapital:

Antes da crise que está nos jornais, há a Crise da Política (assim com P maiúsculo para significar a grande política, a política maior, a política geral), pano de fundo de tudo o mais - das crises econômicas, até -, mãe das crises institucionais, que levam à ingovernabilidade. Num determinado momento, navegando por mares que se autocomunicam, as crises também se autocontaminam de tal sorte que passam a constituir um só fenômeno.