quarta-feira, 9 de setembro de 2015

Governo tenta acertar o passo

Por Tereza Cruvinel, em seu blog:

Semanas difíceis o governo Dilma já teve muitas, mas talvez em nenhuma, como na que passou, tenha derramado tanto leite no tapete. O governo enfileirou três erros graves, ao anunciar o corte vago de ministérios, a recriação da CPMF e o orçamento deficitário para 2016. O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, ensaiou deixar o governo e o mercado reagiu negativamente. Para completar, ampliou-se o mal estar entre a presidente (e seu grupo palaciano) e o vice Michel Temer. O esforço desta semana será para recompor os laços internos esgarçados e para definir, agora de forma mais planejada, os remédios para a crise fiscal.

terça-feira, 8 de setembro de 2015

A ação penal contra Paulinho da Força

Por André Richter, na Agência Brasil:

A Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) abriu hoje (8) ação penal contra o deputado federal Paulo Pereira da Silva (SD-SP), conhecido como Paulinho da Força Sindical. Por unanimidade, os ministros receberam denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR), por entenderem que há provas do cometimento dos crimes de lavagem de dinheiro e contra o sistema financeiro nacional.

A escalada golpista depois de agosto

Por Renato Rabelo, em seu blog:

As vozes de agouro golpistas anunciavam que agosto seria o prelúdio do fim do governo Dilma Rousseff. Sucedeu o contrário: uma trégua. A escalada golpista perdeu tônus e ganhou relativo isolamento, ou ainda mais se apagou a conclamação pela disparatada proposta de “renúncia”, e a rocambolesca prédica do tucano Aécio Neves ao exigir a convocação de “nova eleição”.

Também é verdade, a alternativa dos antigoverno é só o caos.

Quem tem medo de Jean Wyllys?

Por Murilo Cleto, na revista Fórum:

Em 1978, com História do medo no Ocidente, o historiador francês Jean Delumeau interrompeu um silêncio de séculos na academia, algo lamentado há pelo menos três décadas por Lucien Febvre, que se queixou por não haver, até então, “[...] uma história do amor, da morte, da piedade, da crueldade, da alegria”. É somente com a terceira geração da escola dos Annales, denominada História das Mentalidades, que o medo surgiu como objeto passível de investigação pela disciplina.

Os jornalistas e o choque de realidade

Do blog Conexão Jornalismo:

Um dia após o passaralho de dezenas (talvez centenas) de jornalistas na redação do Grupo Globo, o tema ainda reverbera forte nas redes sociais e entre jornalistas. Repórter com larga experiência em vários jornais do país, Marcelo Migliaccio faz uma análise dura, porém realista, do quanto a perda do emprego provoca em significativa parcela do universo profissional que, não raro, confunde o cargo, o posto alcançado, a ascensão profissional, com a própria personalidade. O choque de realidade que espera alguns daqueles que perderam seus empregos, e ingenuamente se deixaram confundir, pode parecer duro, mas se transformará necessariamente em um grande aprendizado. Leia o artigo:

O mundo ultrajado no pequeno Aylan

Por Tarso Genro

O pequeno Aylan está deitado de bruços numa praia da Turquia e sua cabecinha, de menino de três anos de idade, está apontada para o mar. Aylan está morto, mas parece querer voltar para a sua terra síria. É o pequeno Aylan Kurdi, de três anos de idade. numa foto que levou séculos para poder ser realizada, colorida, divulgada e, finalmente, bater em nossa porta para nos comover e perseguir para sempre. Séculos de violência colonial, monarquias protegidas pelas potências europeias, ocupações militares do ocidente, tráfico de armas originárias dos países ricos, regimes feudais de restauração colonial, construíram esta foto. Mais do que a foto que nos arrebata, construíram esta realidade de uma criança de três anos, inocente, pura, cheia de promessas de vida, morta e tombada, com a sua cabecinha orientada para o mar.

Quem leva Fábio Jr. a falar asneiras?

Por Paulo Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:

E eis que Fábio Jr. reaparece no noticiário.

O rosto, desfigurado de tantas plásticas, lembra estranhamente o de Michael Jackson nos últimos tempos. (Ou, numa leitura mais íntima, o de minha falecida Tia Zete.)

É a velha batalha contra o tempo.

Mas o que realmente chamou a atenção foi a mente. FJ como que implantou o cérebro de Lobão.

Aloysio Nunes e a invisibilidade na mídia

Do blog Viomundo:



Podemos chamar de “milagre da impunibilidade tucana na mídia”.

Leiam, primeiro, as manchetes de primeira página no Agora (extrema-esquerda) e Estadão (extrema-direita).

Depois, no miolo, a primeira página, a interna e o detalhe publicados pela Folha de S. Paulo.

Carta à presidenta Dilma Rousseff

Por Flávio Aguiar, de Berlim, na Rede Brasil Atual:

Cara Presidenta,

Fique. Um dia, um predecessor seu, é verdade que “no tempo do Rei”, antes de “no tempo do Império, teve a coragem de dizer “como é para o bem de todos e a felicidade geral da Nação, digam ao povo que fico”. Oito meses depois foi proclamada a Independência do Brasil.

Agora, quem se levanta contra a senhora não são mais as Cortes de Lisboa. Aliás, o primeiro-ministro português, conservador, sério, desmentiu as aleivosias que levantavam contra o ex-presidente Lula.

O “escândalo” das estrelas superfaturadas

Por Bepe Damasco, em seu blog:              

1) Já que a Procuradoria-Geral da República encaminhou ao STF e este repassou a competência ao juiz Moro para investigar as campanhas de Dilma em 2014, 2010 e até de Lula em 2006, por que a justiça não rasga a fantasia de uma vez e apura também possíveis patranhas no Lula Lá, de 1989?

2) Já que só o PT apresenta irregularidades em contas de campanha no Brasil, e que o partido é uma ilha de falcatruas em meio ao oceano de virtudes que é o sistema eleitoral brasileiro, por que não se abrir o leque das investigações para todas as campanhas petistas em seus 35 anos de história?

Alckmin e Aécio agora trocam de ninho

Por Ricardo Kotscho, no blog Balaio do Kotscho:

As últimas pesquisas presidenciais para 2018, que colocaram o senador mineiro Aécio Neves bem à frente do governador paulista Geraldo Alckmin, provocaram uma radical troca de ninho no poleiro tucano. Aos poucos, eles foram invertendo seus papéis no combate ao governo Dilma, a Lula e ao PT.

A guinada de Alckmin, o moderado, disposto a abandonar o epíteto de "picolé de chuchu", começou no dia 29 de agosto, em Cuiabá, durante a filiação do governador do Mato Grosso, Pedro Taques. Ao lado de Aécio e outros tucanões, ele mandou ver:

Uma decisão exemplar contra a homofobia

Por Jean Wyllys, na revista CartaCapital:

“Eu falei do deputado federal endemoniado Jean. Se Deus não matar esse infeliz, eu mesmo vou matá-lo pessoalmente. Querem respeito desrespeitando as leis de Deus e os princípios da Bíblia Sagrada. Mas rapaz, quem vai virar homofóbico agora sou eu.”

Márcio Damasceno achou que poderia publicar no seu perfil pessoal do Facebook uma ameaça de morte contra mim - ou contra quem quer que fosse - e nada aconteceria. Nesse país, veado é morto todo dia e nada acontece, não é? Na sua imaginação doentia, Deus, a Bíblia e seus “princípios” estavam do lado dele e o habilitavam para ameaçar de morte outra pessoa sem que houvesse consequências.

O antipetismo é uma droga fugaz?

Por Eduardo Guimarães, no Blog da Cidadania:

Excetuando-se aproveitadores e oportunistas como os artistas decadentes aos quais o antipetismo em moda proporcionou chance de reaparecer, essa maioria tonitruante que se formou contra o PT e seus próceres decorre da ingestão de uma droga – ideológica, mas, ainda assim, uma droga como qualquer outra.

Sob os efeitos devastadores do antipetismo, o sujeito mostra a bunda, a moçoila mostra os peitos, alguns têm acessos de raiva, outros de euforia e outros tantos caem em prostração. E muitos cometem atos dos quais não há volta…

O sinistro primo-tesoureiro de Aécio

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

A Rede Brasil Atual, em publicação da implacável Helena Sthephanowitz, levanta a estranha situação de que, no controle das finanças da campanha de Aécio Neves existiam, em tese, dois chefes.

Um, identificado para a imprensa, José Gregori, ex-ministro de FHC e um jurista de nome.

Outro, o registrado no TSE, Frederico Pacheco de Medeiros, primo de Aécio. Mais um primo, aliás.

A casa caiu para Gilmar Mendes

Por Miguel do Rosário, no blog O Cafezinho:

Gilmar anda pedindo, ou melhor, exigindo, histericamente, ao procurador geral da república, Rodrigo Janot, para abrir investigação contra a campanha de Dilma.

Janot mandou arquivar da primeira vez, Gilmar voltou a carga, xingando o procurador, e fez novo pedido. É o estilo clássico Eduardo Cunha & Aécio: não aceita perder.

O argumento principal de Gilmar seria uma "gráfica fantasma" contratada pela campanha de Dilma.

Europa colhe o que plantou

http://www.cartoonmovement.com/
Por Frei Betto, no jornal Brasil de Fato:

Todos acompanhamos, pela mídia, o fluxo migratório, rumo à Europa Ocidental, de africanos e árabes de países em conflito, como Síria, Iraque, Eritreia e Líbia. Em 2015, 332 mil imigrantes indocumentados já aportaram no Velho Continente. As águas do Mediterrâneo sepultaram, de janeiro a agosto deste ano, 2.500 fugitivos da miséria e da violência, em busca de um pouco de pão e paz. Em 2014, 3.500.

Dilma e a esfinge no 7 de Setembro

Por Renato Rovai, em seu blog:

A presidenta Dilma já viveu momentos bastante duros na sua vida. É de fato uma guerreira. Uma sobrevivente de um tempo em que muitos dos que poderiam liderar o Brasil de hoje e de décadas passadas acabaram ficando pelo caminho, abatidos pela tirania dos pais e avós de muitos que estão hoje buscando destruir o Brasil de amanhã.

Pela tirania daqueles que controlam as riquezas e boa parte de todas as instituições e que não aceitam de maneira alguma que se construa uma nação menos desigual e mais fraternal.

Ayslan Kurdi nos faz chorar e pensar

Ilustração: Rafat Alkhateeb
Por Leonardo Boff, em seu blog:

O pequenino sírio de 3 a 4 anos jaz afogado na praia, pálido e ainda com suas roupinhas de criança. De bruços e com o rosto voltado ao lado, como quem quisesse ainda respirar. As ondas tiveram piedade dele e o levaram à praia. Os peixes, sempre famintos, o pouparam porque também eles se compadeceram de sua inocência. Ayslan Kurdi é seu nome. Sua mãe e seu irmãozinho também morreram. O pai não pôde segurá-los e lhes escaparam das maõs, tragados pelas águas.

O enigma chamado Lula

Por Emir Sader, no site Carta Maior:

Lula é um enigma, que não é fácil de ser decifrado. Os que não conseguem fazê-lo, são devorados por ele. Foi o que aconteceu com a direita e com a ultra esquerda brasileiras.

Mais além das sua extraordinária biografia – com que nos acostumamos, mas que associa um caráter épico de sobrevivência das famílias pobres do Brasil, com a combatividade do Lula para se projetar como líder politico incomparável -, ele soube, como ninguém, intuitivamente, decifrar as condições contraditórias que ele herdava da era neoliberal e construir um modelo econômico e político que tornou possível a maior transformação social do pais que era o mais desigual do continente mais desigual.

O povo na luta pela Independência

Em Cachoeira, o primeiro passo para a independência da Bahia,
em 1822. Pintura de Antônio Parreiras | Foto: Cadu Freitas/BnL
Por José Carlos Ruy, no site Vermelho:

De tão repetida a afirmação de o povo não teria participado das lutas pela independência do Brasil ganhou ares de verdade! Entre os historiadores mais conservadores é muito forte a convicção de que a separação com Portugal teria sido obra exclusiva do herdeiro da Casa de Bragança, o príncipe Pedro, que depois se tornou o primeiro imperador brasileiro.

O Brasil comemorou, neste 7 de setembro, 193 anos daqueles acontecimentos históricos e está às vésperas do segundo centenário daquela data importante. São quase dois séculos de luta pela plena autonomia do país. No início do século XIX foi conquistada a independência política - isso todos aprendemos nas escolas e nas datas comemorativas. Mas a soberania plena, principalmente econômica, ainda não foi conquistada.