quinta-feira, 8 de outubro de 2015

A semana da democratização da mídia em SP

Do site do Centro de Estudos Barão da Itararé:

Organizada pelo Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação e endossada pelo Centro de Estudos da Mídia Alternativa Barão de Itararé, a Semana Nacional pela Democratização da Comunicação promove, entre 14 e 25 de outubro, debates, audiências públicas, atividades culturais e atos em todo o Brasil. Em São Paulo, diversos eventos já estão confirmados. Confira:


Constantino foi morto pelo 'deus-mercado'

Por Paulo Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:

Rodrigo Constantino foi, paradoxalmente, vítima daquilo que ele mais idolatra: o mercado.

Ele não tem do que se queixar, diante disso.

Foi o mercado – ou sua mão invisível, para usar a formidável expressão de Adam Smith – que colocou em estado de agonia terminal a empresa que despediu Constantino, a Abril.

A popularidade de... FHC

Por Marcos Coimbra, na revista CartaCapital:

Nos tempos atuais, que seriam cômicos se não fossem trágicos, alguns fingem não saber o que acontece e a outros a ignorância poupa da necessidade de simular.

Consideremos a insistência com que o tema da crise de popularidade do governo aparece no discurso das oposições, no Congresso Nacional, ou na “grande” mídia. Do início do ano para cá, raramente se passa um dia sem que alguém se refira aos problemas de imagem do governo, da desaprovação da presidenta, da rejeição ao PT e coisas do gênero.

TCU foi o canto do cisne do golpe

Por Miguel do Rosário, no blog O Cafezinho:

Amigos e leitores estão assustados com o clima de golpe criado pela votação no Tribunal de Contas da União (TCU).

Tenham calma, por favor. Não caiam no jogo terrorista da mídia e dos militantes do ódio.

O resultado no TCU era jogo jogado. O mercado político já tinha assimilado a reprovação unânime das contas do governo.

Só que isso não derruba presidente.

O pensamento vivo de Che Guevara

Por Augusto C. Buonicore, no site da Fundação Maurício Grabois:

Em 1955, Ernesto Guevara encontrou-se com os revolucionários cubanos no México e em 9 de outubro de 1967 foi assassinado na Bolívia. Portanto, foram pouco mais de 10 anos de intensa militância revolucionária. Podemos dizer que ele foi, fundamentalmente, um homem de ação. Seus primeiros escritos buscaram sistematizar as experiências guerrilheiras em Cuba e generalizá-las para os outros países do Terceiro Mundo. No entanto, também, escreveu sobre economia, Estado, ideologia socialista e a construção do “novo homem”. Creio que estes últimos textos sejam os mais significativos e os que mais podem nos trazer ensinamentos para os dias atuais.


TCU, TSE, Congresso e o cerco golpista

Por Altamiro Borges

Com a reforma ministerial, que entregou maiores fatias do poder aos gulosos caciques do PMDB, muita gente imaginou que a presidenta Dilma conseguiria finalmente sair das cordas. Pura ilusão! A atual mandatária, eleita democraticamente pela maioria dos brasileiros, não terá paz até o final de 2018 – isto se conseguir encerrar o seu mandato. Nos últimos dois dias, com as refregas seguidas no Tribunal de Contas da União (TCU), no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e no Congresso Nacional, ficou evidente que todos os aparatos de poder serão usados para derrotá-la. A direita nativa trabalha com duas hipóteses. Se reunir forças suficientes, ela investirá no impeachment – o que representaria uma dura derrota das forças de esquerda no país. Caso contrário, ela insistirá na tática dupla de “sangrar” Dilma e “matar” Lula. Não dá para ter qualquer ilusão com os intentos golpistas.

Tire o seu dinheiro do banco privado

Por Cynara Menezes, no blog Socialista Morena:

Tem umas coisas na vida que a gente leva no automático, sem parar para pensar se é ou não o melhor caminho. Como sempre fui assalariada, quem escolhia o banco onde eu ia depositar meu dinheiro eram os meus patrões. As contas correntes que tive ao longo da minha carreira são contas funcionais, ou seja, foram abertas para depositar meu salário. Por preguiça ou desinteresse, continuei com elas, mesmo quando deixei de ter (contra a minha vontade, aliás) carteira assinada. E nunca pensei a fundo nesta questão, embora seja uma crítica ferrenha dos bancos e de suas práticas gananciosas – até março passado, quando anunciei a independência deste blog.

Quem julga os ministros do TCU?

Por Guilherme Boulos, no Jornal GGN:

O Tribunal de Contas da União (TCU) rejeitou ontem o julgamento das contas do governo Dilma em 2014. O que seria uma votação protocolar –até então nunca uma conta presidencial havia sido rejeitada– converteu-se em grande evento nacional.

O PSDB e a parte do PMDB menos satisfeita com a distribuição do butim ministerial enxergam na rejeição a chance de atribuir crime de responsabilidade à presidenta da República, abrindo caminho para o impeachment. As contas de 2014 tornaram-se o atalho para governar o país sem ganhar eleições.

O ódio e a intolerância da direita nativa

Greve dos bancários e paradoxos brasileiros

Marcio Baraldi/Sindicado dos Bancários de SP
Por Nivaldo Santana, no blog de Renato Rabelo:

Desde o dia 6 de outubro os trabalhadores bancários do Brasil estão em greve. Segundo as principais lideranças nacionais da categoria, a greve pode ser longa, dada a postura intransigente da Febraban nas diversas rodadas de negociação.

Para uma compreensão mais ampla da legitimidade do movimento paredista dos bancários, vale a pena pinçar alguns dados produzidos pela Rede Bancária do Dieese a respeito da situação das cinco maiores instituições financeiras do Brasil.

A "torcida organizada" de Aécio Neves

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:


Depois da matéria de Fausto Macedo, no Estadão, mostrando a intensa e desbocada torcida do alto escalão da empreiteira Andrade Gutierrez por Aécio Neves, só o cinismo nacional imperante pode dizer que havia alguma preferência da empresa pelos petistas.

“Gorda”, “sapa”, “vaca velha”, “mulher medíocre”, “poste” e outras pérolas deste jaez eram os nomes pelos quais os homens de confiança da empresa, sua alta cúpula, a chamavam.

Fascista deve ser tratado como criminoso

Por Bepe Damasco, em seu blog:                            

Como escreveu o Kiko Nogueira no Diário do Centro do Mundo, quando se trata de defender o ambiente de tolerância é necessário que não se tolere os intolerantes.

E é justamente devido à complacência com a intolerância que o Brasil caminha a passos largos para perder sua condição de país plural e tolerante, um dos traços características da nação, responsável pela atração ao longo da história de imigrantes de todos os quadrantes do planeta.

quarta-feira, 7 de outubro de 2015

Samuel Pinheiro fala sobre a crise mundial


Quem ainda defende Eduardo Cunha?

Por Altamiro Borges

O jornal O Globo, meio constrangido e melancólico, confirmou nesta quarta-feira (7): “Extratos bancários da Suíça atestam que o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), usou empresas offshore para movimentar contas bancárias na Suíça, segundo fontes com acesso às investigações. Os documentos remetidos ao Brasil confirmam o depoimento do lobista João Augusto Rezende Henriques, um dos operadores do PMDB na Petrobras, sobre a existência de contas bancárias controladas por Cunha”. A notícia, que merecia manchete nos jornalões e destaque nas emissoras de tevê, pode representar o melancólico fim de carreira do lobista que se transformou nos últimos meses num dos principais pivôs da ofensiva golpista pelo impeachment de Dilma.

Os novos Estados de vigilância

Por Ignacio Ramonet, no site Carta Maior:

Durante muito tempo, a ideia de um mundo sob “vigilância total” foi vista como um delírio utópico ou paranoico, fruto da imaginação mais ou menos alucinada dos que sonham com teorias da conspiração. Contudo, é preciso reconhecer a evidência: vivemos, aqui e agora, a mercê de um império da vigilância. Cada vez são mais os que nos observam, nos espionam, nos vigiam, nos controlam, fazem arquivos sobre nós sem que saibamos. A cada dia, novas tecnologias são refinadas, buscando facilitar o seguimento do nosso rastro. Empresas comerciais e agências publicitárias registram nossas vidas.

Os vetos e a chantagem dos parlamentares

Por Tereza Cruvinel, em seu blog:

Se a maioria dos parlamentares quisesse derrubar estes vetos da presidente Dilma que criam despesas de mais de R$ 50 bilhões para o Estado brasileiro até 2019, por que não o fizeram ontem? Por que não o fizeram hoje?

Ontem, a desculpa foi de que era terça-feira e nem todas as excelências haviam chegado dos estados. Hoje, quarta-feira, não havia desculpa. Ontem mesmo a desculpa revelou-se amarela, pois apenas 169 deputados compareceram à sessão conjunta que examinaria os vetos mas, logo depois de sua suspensão, havia mais de 290 deputados na sessão da Câmara. Hoje a casa está cheia de deputados, mas pouco mais de 200 foram ao plenário durante a sessão dos vetos, que novamente teve que ser suspensa.

O desafio do projeto de desenvolvimento

Por Wladimir Pomar, no site Brasil Debate:

As entidades que elaboraram o documento “Por um Brasil Justo e Democrático – Mudar para Sair da Crise, Alternativas para o Brasil Voltar a Crescer” (acesse o Vol. I e Vol. II) prestaram um grande serviço à luta por uma estratégia de desenvolvimento econômico e social nacional. Suas propostas merecem a atenção e o debate de todos os que se preocupam com os destinos das classes populares e com a inserção do Brasil no atual mundo em mudanças.

O "terceiro turno" chega aos tribunais

Por Ricardo Kotscho, no blog Balaio do Kotscho:

O cerco ao governo de Dilma Rousseff está novamente se fechando por todos os lados, apenas 48 horas após a posse do novo ministério e exatamente um ano após as eleições presidenciais de 2014. A disputa continua, agora nos tribunais.

O terceiro turno ganhou novo embalo esta semana, tanto no Tribunal Superior Eleitoral como no Tribunal de Contas da União. E, no final, caberá ao Supremo Tribunal Federal decidir tudo no tapetão do Judiciário.

Ataque histórico aos direitos trabalhistas

Por Antônio Augusto de Queiroz, no site Vermelho:

A Comissão Mista que tratou da MP 680, relativa ao Programa de Proteção ao Emprego (PPE), aprovou emenda ao texto prevendo a prevalência do negociado sobre o legislado, ou seja, só vale o que estiver na CLT se um acordo ou convenção coletiva não dispuser em sentido diferente. A emenda, acatada pelo relator, deputado Daniel Vilela (PMDB-GO), e aprovada no colegiado, é do deputado Darcísio Perondi (PMDB-RS).

O texto, que será votado pelo plenário da Câmara e, se aprovado, pelo plenário do Senado, representará o maior retrocesso já havido nas relações de trabalho, porque flexibiliza e cria condições para precarizar os direitos dos trabalhadores, especialmente em momento de retração da atividade econômica.

Votação do TCU será “espetáculo grotesco”

Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

Em artigo publicado ontem, mostrei que o governo tem razão em contestar a relatoria de Augusto Nardes no julgamento das contas do TCU.

Não estava me referindo à denúncia, publicada hoje pela Folha de S. Paulo, de que o ministro encarregado de julgar as contas do governo é suspeito de ter embolsado um suborno de R$ 1,6 milhão num esquema de corrupção da Receita Federal investigado na Operação Zelotes.