segunda-feira, 12 de outubro de 2015

Os retrocessos do Acordo Transpacífico

Por Fernando Damasceno, no site da CTB:

A mídia brasileira, em sua tradicional sanha por desqualificar a política internacional do governo brasileiro, tem procurado demonstrar os prejuízos que o país sofrerá ao não fazer parte do Acordo Estratégico Transpacífico de Associação Econômica (TPP, na sigla em inglês para Trans-Pacific Partnership).

Nada de novo nessa relação obsessiva entre os grandes conglomerados midiáticos e os governos Lula e Dilma. Um detalhe, no entanto, tem ficado de fora da análise que vem sendo feita sobre o chamado TPP: os graves prejuízos que a classe trabalhadora e o sindicalismo dos 12 países (Austrália, Brunei, Chile, Peru, Nova Zelândia, Japão, Estados Unidos, Canadá, Malásia, México, Cingapura e Vietnã) que pretendem assinar o Acordo terão, em nome do livre-comércio e de um pretenso desenvolvimento.

"Imprensa joga pesado para barrar Lula"

Por Helder Lima e Marilu Cabañas, na Rede Brasil Atual:

Brasil e Estônia são os únicos países que não taxam milionários, afirmou o embaixador Samuel Pinheiro Guimarães, durante gravação do primeiro programa Entrevista Coletiva, parceria do coletivo Jornalistas Livres e da TV dos Trabalhadores – TVT, que deve estrear em breve. O diplomata fez uma análise da conjuntura política econômica do país e criticou o ajuste fiscal. Para ele, o ajuste fiscal promovido pelo governo federal mina as bases do Partido dos Trabalhadores.

O que sabe Eduardo Cunha sobre o PSDB?

Por Eduardo Guimarães, no Blog da Cidadania:

Segundo a denúncia do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, ao STF, no período compreendido entre junho de 2006 e outubro de 2012 o deputado federal pelo PMDB do Rio de Janeiro, Eduardo Cosentino da Cunha. “solicitou para si e para outrem e aceitou promessa de vantagem indevida” no valor total de 40 milhões de dólares.

A propina derivaria de intermediação de Cunha para que ocorresse contratação pela Petrobrás de fornecimento de navios-sonda do estaleiro coreano Samsung Heavi Indústries ao custo de mais de um bilhão de dólares.

O filho de Lula e os filhos da 'Veja'

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:


Ex-Veja, Lauro Jardim estreia hoje em O Globo com uma nota daquele tipo bem comum à revista do “produzam a noticia que estou fechando a edição”.

(Aliás, a foto “gostosão” na primeira página fez-me lembrar quantas vezes ouvi naquela redação que “jornalista não é notícia”. Mas mudaram os tempos e não mudei eu.)


Uma lei para garantir o rentismo

Por José Carlos Ruy, no site Vermelho:

Um dos mais enfáticos lutadores contra a aprovação da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF - oficialmente Lei Complementar nº 101, de 4 de maio de 2000) foi o então deputado comunista Sérgio Miranda (1947-2012).

A lei foi criada por Fernando Henrique Cardoso para atender às imposições do FMI. E Sérgio Miranda, que foi um dos maiores conhecedores das questões fiscais e orçamentárias no Congresso Nacional, denunciou incansavelmente o caráter neoliberal daquela lei cujo objetivo não declarado era garantir apenas o pagamento da montanha de juros para remunerar a ganância rentista e especulativa.

Carta de um militante do PT a Dilma

Por Conceição Lemes, no site Viomundo:

Frequentemente, eu, Conceição Lemes, e o jornalista Artur Scavone conversamos sobre política. Nas últimas semanas, o tema foi a crise política e a angústia que anda corroendo todos nós.

Na última sexta-feira 9, ele me enviou um e-mail, cujo texto era uma carta aberta à presidenta Dilma Rousseff, que ele começa carinhosamente com “Querida companheira Dilma”.

- Não é muito piegas? - perguntou-me.

O golpe e o poder das ideias

Por Saul Leblon, no site Carta Maior:

O país vive horas cruciais. O assalto conservador ao poder joga uma cartada de vida ou morte contra o relógio político nos próximos dias.

À medida em que apodrece a reputação de seus centuriões, e os savorolas da ética entram em combustão explosiva - caso dos homens-tocha Cunha, Agripino, Nardes, Aéreo Neves etc, - resta-lhes apostar tudo no estreito espaço de tempo entre a desmoralização absoluta e a capacidade residual de articular o golpe.

"Golpe paraguaio" está em curso no Brasil

Por Rui Falcão, no site do PT:

A torcida é grande e os golpistas estão animados. Mas a democracia não é jogo de futebol e o voto popular não pode ser desprezado só porque os derrotados não se conformam com o resultado das urnas. Quem perdeu vai ter que esperar outra eleição, em vez de conspirar o tempo todo, torcer contra a economia do País e apostar no quanto pior melhor, na esperança de encurtar o mandato legítimo da presidenta.

Taxa de câmbio e o catastrofismo da mídia

Por Jorge Armindo Aguiar Varaschin, no site Brasil Debate:

O discurso de terror novamente se instalou no debate econômico nacional. Tempos atrás, era a inflação seu principal objeto. Nos últimos dias, no entanto, o tom foi mais além: o câmbio, segundo alguns, ultrapassou todos os “recordes” de desvalorização do real frente ao dólar. A crise política conjugada com o ajuste fiscal empurra a economia para baixo, dando novo fôlego àqueles que cultivam cenários pós-apocalípticos ou de fim de mundo. Estão, como sempre, à procura de seus próprios zumbis.

Mídia legitima os abusos machistas

Por Carolina de Assis e Dodô Calixto, no site Opera Mundi:

A exploração da imagem de mulheres na mídia é uma das preocupações da pesquisadora Roz Hardie, diretora da ONG britânica Object. Para a feminista, que participou do I Seminário Internacional Cultura da Violência contra Mulheres, a circulação de conteúdo que representa o feminino como objeto nos meios de comunicação favorece a proliferação de ideias que mulheres "desejam ou merecem violência".

Orgulhos e vergonhas dentro da crise

http://ajusticeiradeesquerda.blogspot.com.br/
Por Tarso Genro, no site Sul-21:

Para tentar uma reflexão que incida mais sobre o médio prazo, tomado como os três anos de mandato que restam ao segundo governo da Presidenta Dilma, vamos considerar que aqueles quadros políticos dos diversos partidos, que ainda não foram julgados, são - por enquanto - “acusados”, independentemente do acúmulo de provas que existam contra os mesmos. Vamos lembrar, também, que as diversas investigações e processos penais em andamento, abrangem, indistintamente, nos Estados, no Governo Federal e nos Municípios, embora os destaques da mídia sejam sempre especialmente contra o PT, todos os partidos políticos. E vamos considerar, também, o fato político mais importante deste último período: que o chefe da oposição, que até ontem tinha toda a confiança e estímulo de Aécio, Fernando Henrique, Agripino, Bolsonaro, cultuado por vastos setores da classe média alta (somos todos Cunha!) e incensado pela mídia por ser um instrumento de combate ao PT e a Dilma - este personagem - “caiu”.

Youssef e o escândalo do ICMS paulista

Por Henrique Beirangê, na revista CartaCapital:

O doleiro Alberto Youssef já citou 200 personagens em seus cerca de 500 depoimentos prestados à força-tarefa da Lava Jato. São horas de diálogos gravados sob os olhos e ouvidos atentos de advogadas, delegados e procuradores da República. Youssef falou da participação de políticos, empreiteiros, lobistas e doleiros no esquema de fraudes que envolvem a Petrobras e outros órgãos federais. Apesar da extenuante rotina de inquirições em Curitiba, quase diárias, Youssef parece ter decidido contar apenas parte da história de suas negociatas.

domingo, 11 de outubro de 2015

Kimzinho e Paulinho traíram Cunha?

Por Altamiro Borges

Apesar da sinistra história do lobista Eduardo Cunha, a mídia privada e o seu dispositivo partidário (PSDB, DEM, PPS e SD) deram total apoio ao presidente da Câmara Federal na sua insana cruzada para desgastar o governo Dilma. Agora, porém, os velhos oportunistas afirmam que desconheciam as suas práticas e anunciam, como ratos, o desembarque do navio à deriva. Temem que o ventilador no esgoto respingue na sua falsa imagem "ética". O tal "afastamento", que virou manchete nos jornalões deste domingo (11), chega a ser patético. Nesta tragicomédia, certas figuras assumem os papéis mais ridículos. É o caso do fascista mirim Kimzinho Kataguiri, líder do alienígena Movimento Brasil Livre (MBL), e do pragmático negocista Paulinho da Força, chefão da sigla Solidariedade (SD).

Aécio Neves no centro da Lista de Furnas

Por Joaquim Carvalho, no blog Diário do Centro do Mundo:

Era 2005, auge das CPIs dos Correios e do Mensalão, quando o presidente de Furnas, José Pedro Rodrigues de Oliveira, um quadro técnico ligado ao ex-presidente Itamar Franco, chamou à sua sala o coordenador do Programa Luz Para Todos, assessor especial da presidência, e entregou um pedaço de papel, com um nome e o número de um telefone. “Acho que isso interessa a vocês. Só que não quero que você receba esta pessoa aqui dentro”, disse José Pedro a Paulo Tadeu, ex-prefeito de Poços de Caldas e fundador do PT.

Ensaio sobre o ódio no Brasil do século 21

Por Murilo Cleto, na revista Fórum:

Já virou rotina. Nos últimos dias pelo menos três episódios vieram à tona para reforçar o que há algum tempo se anuncia como irreversível no Brasil: o ódio está mais público do que nunca. No primeiro deles, Alexandre Padilha, ex-ministro da Saúde e atual secretário municipal da pasta em São Paulo, foi novamente hostilizado num restaurante no bairro nobre de Jardim Paulista. Cinco meses atrás, o mesmo Padilha já havia sido alvo de constrangimento no Itaim Bibi. Em junho, o ex-ministro da Fazenda Guido Mantega foi ofendido na Vila Olímpia, chamado de “ladrão”, “palhaço” e “sem-vergonha” por dois homens. O mesmo já havia acontecido quando Mantega acompanhava a mulher, em tratamento contra o câncer, no hospital Albert Einstein. “Vá pro SUS!”, “safado”, “filho da puta”, era o que gritavam.

Golpe de 'Aecím' apunhala Temer

Por Paulo Henrique Amorim, no blog Conversa Afiada:

O excelente artigo de Miro Borges fez o ansioso blogueiro consultar seus (e não os do Mino) botões.

Por que a Direita abandonou o bagaço do Cunha?

Ilustres direitistas como Carlos Sampaio e Mendonça Filho, que apareceram naquela foto histórica contra a corrupção, agora se voltam contra o marido da Claudia Cruz, a melhor metade da dupla suíça.

Sampaio é pau mandado de Aecím.

Cunha tem muito o que aprender com Maluf

Por Leonardo Sakamoto, em seu blog:

Paulo Maluf é um dos grandes comunicadores da história recente do país. Calhou de ser um dos mais políticos mais corruptos também, o que – para muitos eleitores – é apenas um detalhe.

Questionado sobre suas contas no exterior, que receberam milhões desviados dos cofres públicos de São Paulo, repetiu por sua própria boca ou pela de seus assessores uma frase que se tornou icônica: “Paulo Maluf não tem nem nunca teve conta no exterior''.

Quem recomendou rejeitar contas de Dilma?

Por Patrícia Faermann, no Jornal GGN:

Está nas mãos do Ministério Público Federal do Distrito Federal o relatório produzido por investigadores da Operação Zelotes que apontam indícios de que Augusto Nardes, o ministro do Tribunal de Contas da União, recebeu R$ 1,6 milhão de vantagem no escândalo do Carf. O conselho vinculado ao Ministério da Fazenda é encarregado de julgar recursos contra multas aplicadas pela Receita Federal, e a Operação investiga possíveis fraudes para comprar decisões do Carf.

A democracia fora das regras do jogo

Por Adriana Ancona de Faria, no blog O Cafezinho:

As ameaças de impeachment têm sido recorrentes desde o primeiro dia de mandato da presidente Dilma, nesta sua última eleição.

Algumas questões foram muito bem trabalhadas por Frederico de Almeida, no artigo que publicou ontem, dia 08 de outubro de 2015, no blog Justificando e que recebia o nome de “Impeachment é mais político que jurídico?”.

Por que o Brasil não deslancha?

Por Roberto Amaral, em seu blog:

Na economia globalizada, sob o império do capitalismo monopolizado e o reino do sistema financeiro, condicionada por acordos tarifários e comerciais e o protecionismo imposto pelos grandes mercados consumidores, além da guerra entre blocos, a indústria nacional precisa de estratégia, desenvolvimento de produto, logística e gestão da produção –além de tecnologia de fabricação.

É a conditio sine qua non para um mínimo de competitividade, mesmo no mercado interno. Mas, no Brasil, o desenvolvimento cientifico e tecnológico é relegado a segundo plano pelas chamadas elites, especialmente as empresariais, com impacto nas políticas governamentais, descontínuas, à mingua de estratégia.