Os falsos moralistas da elite paulista, já batizados de “coxinhas”, perderam excelente oportunidade para extravasar seu amor à ética, à tradição, à família e à propriedade. Em pleno Jockey Club, local de ricaços exibicionistas e de estrelas globais, ocorreu na quarta-feira (30) o casamento da filha de Julio Camargo, um dos principais delatores da Operação Lava-Jato. A festança, segundo anteciparam Thais Arbex e Bela Megale na Folha, seria agitada. Mas os tais “coxinhas” não fizeram nenhum protesto contra a corrupção. Talvez alguns até estivessem na lista de convidados especiais do ex-consultor da empreiteira Toyo Setal e ex-representante de várias megacorporações empresariais, como a Samsung.
sexta-feira, 1 de janeiro de 2016
Os ‘coxinhas’ e o casório no Jockey Club
Os falsos moralistas da elite paulista, já batizados de “coxinhas”, perderam excelente oportunidade para extravasar seu amor à ética, à tradição, à família e à propriedade. Em pleno Jockey Club, local de ricaços exibicionistas e de estrelas globais, ocorreu na quarta-feira (30) o casamento da filha de Julio Camargo, um dos principais delatores da Operação Lava-Jato. A festança, segundo anteciparam Thais Arbex e Bela Megale na Folha, seria agitada. Mas os tais “coxinhas” não fizeram nenhum protesto contra a corrupção. Talvez alguns até estivessem na lista de convidados especiais do ex-consultor da empreiteira Toyo Setal e ex-representante de várias megacorporações empresariais, como a Samsung.
Janot abrirá inquérito contra Aécio? Duvido!
Por Altamiro Borges
Sem muito alarde, a mídia privada noticiou na quinta-feira (31) que a Procuradoria-Geral da República analisará, após o recesso do Judiciário, se vai pedir a abertura de inquérito contra os senadores Aécio Neves (PSDB-MG), Renan Calheiros (PMDB-AL) e Randolfe Rodrigues (Rede-AP). Em sua delação premiada, Carlos Alexandre de Souza Rocha, o "entregador de dinheiro" do doleiro Alberto Youssef, garantiu que repassou diretamente R$ 300 mil ao grão-tucano e R$ 1 milhão ao presidente do Senado. Quanto ao senador do Amapá, que trocou o PSOL pela Rede de Marina, ele disse "ter ouvido" do seu chefe mafioso que o parlamentar recebeu R$ 200 mil, mas que não efetuou a entrega do dinheiro.
Macri presenteia a Globo da Argentina
Por Altamiro Borges
O presidente argentino Mauricio Macri, que governa por decretos como um velho ditador, retribuiu o enorme apoio dado à sua eleição pelo Grupo Clarín – um império midiático similar ao da Globo no Brasil. Na véspera da virada do ano, ele extinguiu os dois órgãos responsáveis pela democratização da mídia no país vizinho: a Autoridade Federal de Serviços de Comunicação Audiovisual (AFSCA) e a Autoridade Federal de Tecnologias de Informação e Comunicação (AFTIC). Em êxtase, O Globo desta quinta-feira (31) festejou: “Dando sequência à revisão e extinção de uma série de políticas e condutas adotadas durante os 12 anos de kirchnerismo na Argentina, o presidente Mauricio Macri eliminou, por decreto, os dois órgãos que regulavam os monopólios nos meios de comunicação”.
O presidente argentino Mauricio Macri, que governa por decretos como um velho ditador, retribuiu o enorme apoio dado à sua eleição pelo Grupo Clarín – um império midiático similar ao da Globo no Brasil. Na véspera da virada do ano, ele extinguiu os dois órgãos responsáveis pela democratização da mídia no país vizinho: a Autoridade Federal de Serviços de Comunicação Audiovisual (AFSCA) e a Autoridade Federal de Tecnologias de Informação e Comunicação (AFTIC). Em êxtase, O Globo desta quinta-feira (31) festejou: “Dando sequência à revisão e extinção de uma série de políticas e condutas adotadas durante os 12 anos de kirchnerismo na Argentina, o presidente Mauricio Macri eliminou, por decreto, os dois órgãos que regulavam os monopólios nos meios de comunicação”.
As 'pedaladas' e o 'mico' na comunicação
Por Mauro Santayana, em seu blog:
O pagamento das famosas “pedaladas”, pelo governo, no penúltimo dia do ano, gerou desconfiança e ironia por parte da fascistada nos comentários das redes sociais e dos portais de sempre.
Em vez de entender que o governo retirou dinheiro de reservas do tesouro economizadas depois do governo FHC, a turma que ladra de ouvido ficou com a impressão - e está disseminando isso - que o governo teria emitido dívida nova para pagar a si mesmo, ou melhor, ao patrimônio público - considerando-se que é o maior acionista do Banco do Brasil, do BNDES e da Caixa Econômica Federal.
O pagamento das famosas “pedaladas”, pelo governo, no penúltimo dia do ano, gerou desconfiança e ironia por parte da fascistada nos comentários das redes sociais e dos portais de sempre.
Em vez de entender que o governo retirou dinheiro de reservas do tesouro economizadas depois do governo FHC, a turma que ladra de ouvido ficou com a impressão - e está disseminando isso - que o governo teria emitido dívida nova para pagar a si mesmo, ou melhor, ao patrimônio público - considerando-se que é o maior acionista do Banco do Brasil, do BNDES e da Caixa Econômica Federal.
Manipulação prejudica Petrobras e Brasil
Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:
Não é preciso acreditar em conspirações internacionais para entender as mudanças recentes no mercado do petróleo e as dificuldades enfrentadas pela Petrobras para consolidar a posição do Brasil como um grande produtor mundial, possibilidade aberta pela exploração do pré-sal.
Graças a um editorial publicado pela Folha de S. Paulo em 28/12/2015, é possível constatar que os fatos ocorrem à luz do dia, sem disfarce nem pudor. Diz o jornal:
Não é preciso acreditar em conspirações internacionais para entender as mudanças recentes no mercado do petróleo e as dificuldades enfrentadas pela Petrobras para consolidar a posição do Brasil como um grande produtor mundial, possibilidade aberta pela exploração do pré-sal.
Graças a um editorial publicado pela Folha de S. Paulo em 28/12/2015, é possível constatar que os fatos ocorrem à luz do dia, sem disfarce nem pudor. Diz o jornal:
A primavera das mulheres que floresceu
Por Norma Odara, no jornal Brasil de Fato:
O ano de 2015 foi, definitivamente, um ano de lutas para as mulheres, sobretudo no Brasil. Já em 9 de março de 2015 a presidenta Dilma Rousseff sancionou a Lei do Feminicídio, que torna crime hediondo o assassinato de mulheres apenas por serem mulheres.
Além disso as principais capitais do Brasil protagonizaram atos em defesa do direito das mulheres e contra o retrocesso. Brasília recebeu em agosto a Quinta Marcha das Margaridas, que reuniu agricultoras, sindicalistas, indígenas e quilombolas; a Primeira Marcha das Mulheres Negras – Contra o Racismo, a violência e pelo bem viver, que reuniu 10 mil mulheres em Brasília buscando dar voz às mulheres negras, que lutam contra o machismo, o racismo, possuem os menores salários e ocupam os piores cargos; as Mulheres Contra Cunha, que protestaram no Rio de Janeiro e São Paulo contra o PL 5.069/2013,de autoria do presidente da câmara Eduardo Cunha (PMDB -RJ), que dificulta o atendimento às mulheres que sofreram violência sexual, principalmente no que tange à profilaxia adequada.
O ano de 2015 foi, definitivamente, um ano de lutas para as mulheres, sobretudo no Brasil. Já em 9 de março de 2015 a presidenta Dilma Rousseff sancionou a Lei do Feminicídio, que torna crime hediondo o assassinato de mulheres apenas por serem mulheres.
Além disso as principais capitais do Brasil protagonizaram atos em defesa do direito das mulheres e contra o retrocesso. Brasília recebeu em agosto a Quinta Marcha das Margaridas, que reuniu agricultoras, sindicalistas, indígenas e quilombolas; a Primeira Marcha das Mulheres Negras – Contra o Racismo, a violência e pelo bem viver, que reuniu 10 mil mulheres em Brasília buscando dar voz às mulheres negras, que lutam contra o machismo, o racismo, possuem os menores salários e ocupam os piores cargos; as Mulheres Contra Cunha, que protestaram no Rio de Janeiro e São Paulo contra o PL 5.069/2013,de autoria do presidente da câmara Eduardo Cunha (PMDB -RJ), que dificulta o atendimento às mulheres que sofreram violência sexual, principalmente no que tange à profilaxia adequada.
Festa de fim de ano nas escolas ocupadas
Por Sarah Fernandes, na Rede Brasil Atual:
Se é comum passar o natal ou o ano novo em família, nas escolas ocupadas de São Paulo o costume não seria diferente: os jovens reuniram doações, arrecadaram dinheiro e colocaram a mão na massa para preparar a ceia de natal na noite do último dia 25. Hoje (31) é a vez da festa de fim de ano, que novamente reunirá "uma nova família", formada após quase dois meses de luta iniciada contra a reorganização escolar – que seria implantada pelo governador Geraldo Alckmin (PSDB) e que fecharia pelo menos 93 escolas estaduais.
Se é comum passar o natal ou o ano novo em família, nas escolas ocupadas de São Paulo o costume não seria diferente: os jovens reuniram doações, arrecadaram dinheiro e colocaram a mão na massa para preparar a ceia de natal na noite do último dia 25. Hoje (31) é a vez da festa de fim de ano, que novamente reunirá "uma nova família", formada após quase dois meses de luta iniciada contra a reorganização escolar – que seria implantada pelo governador Geraldo Alckmin (PSDB) e que fecharia pelo menos 93 escolas estaduais.
O que virá depois do ano da autoflagelação?
Por Tereza Cruvinel, em seu blog:
Tenho lido definições diversas para este ano atípico que se acaba daqui a pouco, inclusive a de que ele não é (foi) um ano em si mas, na política e no poder, a continuação de 2014. Sendo ou não sendo, todos querem que ele acabe, na vida pública e na vida pessoal também. Na primeira, foi tormentoso. Na vida de cada um, foi um ano de vacas magras depois do tempo das espigas gordas. E gordas não só para os pobres mas também para os ricos.
Tenho lido definições diversas para este ano atípico que se acaba daqui a pouco, inclusive a de que ele não é (foi) um ano em si mas, na política e no poder, a continuação de 2014. Sendo ou não sendo, todos querem que ele acabe, na vida pública e na vida pessoal também. Na primeira, foi tormentoso. Na vida de cada um, foi um ano de vacas magras depois do tempo das espigas gordas. E gordas não só para os pobres mas também para os ricos.
quinta-feira, 31 de dezembro de 2015
Sheherazade, Joice e as “musas da direita”
Por Altamiro Borges
Foi mais um baita fiasco o protesto do “Fora Dilma” convocado pelo grupelho “Musas da Direita” durante a corrida de São Silvestre nesta quinta-feira (31) na Avenida Paulista (SP). As tais musas sequer apareceram e a atividade contou apenas com meia dúzia de marmanjos fascistoides. O outro objetivo almejado, o de aparecer na mídia, também deu xabu. A patética manifestação foi menosprezada até pelas emissoras de tevê e pelos sites de notícias. As apresentadoras Rachel Sheherazade (SBT), e Joice Hasselmann (demitida da TV Veja), inspiradoras da confraria golpista, devem ter ficado frustradas com a baixa adesão.
Foi mais um baita fiasco o protesto do “Fora Dilma” convocado pelo grupelho “Musas da Direita” durante a corrida de São Silvestre nesta quinta-feira (31) na Avenida Paulista (SP). As tais musas sequer apareceram e a atividade contou apenas com meia dúzia de marmanjos fascistoides. O outro objetivo almejado, o de aparecer na mídia, também deu xabu. A patética manifestação foi menosprezada até pelas emissoras de tevê e pelos sites de notícias. As apresentadoras Rachel Sheherazade (SBT), e Joice Hasselmann (demitida da TV Veja), inspiradoras da confraria golpista, devem ter ficado frustradas com a baixa adesão.
Extrema pobreza cai 63%. Mídia abafa!
Por Altamiro Borges
Em qualquer parte do mundo, a notícia de que a taxa de pobreza extrema caiu 63% na última década seria manchete nos jornalões e destaque nas emissoras de rádio e tevê. Especialistas sérios, e não moleques de recado dos abutres financeiros, seriam chamados a explicar os motivos desta histórica redução. No Brasil, porém, a mídia partidarizada e descaradamente oposicionista – como já confessou a própria ex-presidente da Associação Nacional dos Jornais (ANJ), Judith Brito – prefere abafar o resultado para não reconhecer os avanços sociais ocorridos nos governos Lula e Dilma. E ainda tem gente que acredita na neutralidade da chamada grande imprensa. Midiota ou inocente?
Em qualquer parte do mundo, a notícia de que a taxa de pobreza extrema caiu 63% na última década seria manchete nos jornalões e destaque nas emissoras de rádio e tevê. Especialistas sérios, e não moleques de recado dos abutres financeiros, seriam chamados a explicar os motivos desta histórica redução. No Brasil, porém, a mídia partidarizada e descaradamente oposicionista – como já confessou a própria ex-presidente da Associação Nacional dos Jornais (ANJ), Judith Brito – prefere abafar o resultado para não reconhecer os avanços sociais ocorridos nos governos Lula e Dilma. E ainda tem gente que acredita na neutralidade da chamada grande imprensa. Midiota ou inocente?
Vereador cassado por estupro é do... PSDB
Nesta segunda-feira (28), a Câmara Municipal de Itapetininga, interior paulista, cassou o mandato do vereador Douglas Monari. Foram 13 votos a favor e quatro abstenções – dois parlamentares se ausentaram da sessão extraordinária. A denúncia que gerou a cassação é de que Douglas Monari participou de um estupro coletivo a uma adolescente de 15 anos, ocorrido há dois anos. A notícia do estupro coletivo e, agora, da cassação não teve qualquer repercussão na mídia paulista nem nacional. Adivinhe a que partido o vereador era filiado? Se você desconfia da seletividade da imprensa e disse PSDB, acertou! Agora, se você é um midiota, continuará pensando que todo tucano é santo. Na página do ex-vereador no Facebook, que logo poderá ser apagada, há inclusive fotos com o governador Geraldo Alckmin, o chefão tucano em São Paulo.
'Economia será decepcionante'... no mundo!
Por Altamiro Borges
Os urubólogos da mídia nativa adoram difundir que a economia capitalista mundial está em plena recuperação, rumo ao paraíso, enquanto o Brasil caminha para o desastre. A culpa seria do governo Dilma, que não adota todas as medidas amargas exigidas pelo “deus-mercado”. Porém, quando este diagnóstico é desmentido, os tais analistas do mercado – nome fictício dos porta-vozes dos rentistas – se fingem de mortos. Nesta quarta-feira (30), em artigo publicado no jornal alemão “Handelsblatt”, a própria diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), a paparicada Christine Lagarde escreveu que o crescimento global em 2016 será “decepcionante”. Ou seja: o problema não é unicamente brasileiro, mas mundial. A mídia nativa não deu manchete para esta conclusão.
Os urubólogos da mídia nativa adoram difundir que a economia capitalista mundial está em plena recuperação, rumo ao paraíso, enquanto o Brasil caminha para o desastre. A culpa seria do governo Dilma, que não adota todas as medidas amargas exigidas pelo “deus-mercado”. Porém, quando este diagnóstico é desmentido, os tais analistas do mercado – nome fictício dos porta-vozes dos rentistas – se fingem de mortos. Nesta quarta-feira (30), em artigo publicado no jornal alemão “Handelsblatt”, a própria diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), a paparicada Christine Lagarde escreveu que o crescimento global em 2016 será “decepcionante”. Ou seja: o problema não é unicamente brasileiro, mas mundial. A mídia nativa não deu manchete para esta conclusão.
Dez coisas que ajudariam o Brasil em 2016
Por Flavio Aguiar, de Berlim, para o site Sul-21:
1. Um certo ex-presidente fazer um curso de História do Brasil, e chegar à conclusão que quem nasceu pra fazer ponta em filme alheio jamais chegará a Pedro II, Getulio Vargas, muito menos a Luis Inacio Lula da Silva. Poderia dizer depois, “como é para a felicidade de todos e o bem estar geral da nação, digam ao povo que fico onde estou, na galeria dos personagens à espera de um Oscar de coadjuvante. Ah sim, e que desisto do golpe”.
1. Um certo ex-presidente fazer um curso de História do Brasil, e chegar à conclusão que quem nasceu pra fazer ponta em filme alheio jamais chegará a Pedro II, Getulio Vargas, muito menos a Luis Inacio Lula da Silva. Poderia dizer depois, “como é para a felicidade de todos e o bem estar geral da nação, digam ao povo que fico onde estou, na galeria dos personagens à espera de um Oscar de coadjuvante. Ah sim, e que desisto do golpe”.
Se a Lava Jato fosse para valer…
Por Eduardo Guimarães, no Blog da Cidadania:
A imagem que encima este texto vale por um tratado sobre política, mas, para os que têm dificuldade em enxergar realidade como ela é e não como a mídia mafiosa pinta, vamos desenhar a situação.
Todos deveríamos estar exultantes com a Operação Lava Jato e com as condenações de políticos importantes pelo Supremo Tribunal Federal, Corte que, até que o PT chegasse ao poder, jamais condenara político algum à prisão.
A imagem que encima este texto vale por um tratado sobre política, mas, para os que têm dificuldade em enxergar realidade como ela é e não como a mídia mafiosa pinta, vamos desenhar a situação.
Todos deveríamos estar exultantes com a Operação Lava Jato e com as condenações de políticos importantes pelo Supremo Tribunal Federal, Corte que, até que o PT chegasse ao poder, jamais condenara político algum à prisão.
O que desejo para o Brasil em 2016
Por Cynara Menezes, no blog Socialista Morena:
Que Dilma Rousseff FIQUE e Eduardo Cunha SAIA.
Que o governo MELHORE para o lado que tem de melhorar, não para o lado que a direita quer que “melhore”.
Que NÃO FALTE coragem a Dilma e que ela seja mais capaz de OUVIR.
Que Aécio CRESÇA e aprenda a digerir derrotas.
Que Dilma Rousseff FIQUE e Eduardo Cunha SAIA.
Que o governo MELHORE para o lado que tem de melhorar, não para o lado que a direita quer que “melhore”.
Que NÃO FALTE coragem a Dilma e que ela seja mais capaz de OUVIR.
Que Aécio CRESÇA e aprenda a digerir derrotas.
As 20 furadas épicas da mídia em 2015
Por Pedro Zambarda, no blog Diário do Centro do Mundo:
Crise política, abertura de impeachment, pauta reacionária de Eduardo Cunha no Congresso, retração do PIB, voos de Aécio Neves com celebridades e figurões da imprensa, corrupção na Sabesp, Lava Jato, assunto não faltou em 2015. Mesmo assim, o jornalismo conseguiu furos que se provaram enormes furadas, além de teses catastróficas que não se provaram verdadeiras.
No dever de informar, a mídia brasileira dominou a arte de prever acontecimentos sem embasamento, prestando um desserviço aos seus leitores. Selecionamos as maiores furadas e profecias erradas publicadas neste ano.
1. As capas da Veja tentando colocar Lula na cadeia
Crise política, abertura de impeachment, pauta reacionária de Eduardo Cunha no Congresso, retração do PIB, voos de Aécio Neves com celebridades e figurões da imprensa, corrupção na Sabesp, Lava Jato, assunto não faltou em 2015. Mesmo assim, o jornalismo conseguiu furos que se provaram enormes furadas, além de teses catastróficas que não se provaram verdadeiras.
No dever de informar, a mídia brasileira dominou a arte de prever acontecimentos sem embasamento, prestando um desserviço aos seus leitores. Selecionamos as maiores furadas e profecias erradas publicadas neste ano.
1. As capas da Veja tentando colocar Lula na cadeia
2015, o ano que não aconteceu
Por Vinicius Wu, na revista Fórum:
Se os brasileiros se habituaram a chamar os anos oitenta de “a década perdida”, nada mais justo do que, doravante, lembrarmos de 2015 como “o ano perdido”. Seria a melhor síntese do que vivemos nos últimos doze meses. Afinal, pelo menos do ponto de vista político, o ano que se encerra não passou de uma caricata extensão de 2014.
A polarização política e o resultado apertado nas últimas eleições presidenciais foram o ponto de partida para que a oposição assumisse, deliberadamente, uma postura de relativização, ou mesmo questionamento, do resultado das urnas. Não houve a tradicional trégua dos meses iniciais de governo e os principais partidos políticos seguiram em clima de campanha, bloqueando acordos e mediações indispensáveis ao enfrentamento da atual crise econômica.
Se os brasileiros se habituaram a chamar os anos oitenta de “a década perdida”, nada mais justo do que, doravante, lembrarmos de 2015 como “o ano perdido”. Seria a melhor síntese do que vivemos nos últimos doze meses. Afinal, pelo menos do ponto de vista político, o ano que se encerra não passou de uma caricata extensão de 2014.
A polarização política e o resultado apertado nas últimas eleições presidenciais foram o ponto de partida para que a oposição assumisse, deliberadamente, uma postura de relativização, ou mesmo questionamento, do resultado das urnas. Não houve a tradicional trégua dos meses iniciais de governo e os principais partidos políticos seguiram em clima de campanha, bloqueando acordos e mediações indispensáveis ao enfrentamento da atual crise econômica.
Aumentar o salário mínimo é ruim?
Por Leonardo Sakamoto, em seu blog:
O salário mínimo nacional passa a ser de R$ 880,00 a partir desta sexta (1). São 92 jujubas a mais do que os R$ 788,00 válidos até agora, ou seja, um aumento de 11,7%.
A política de valorização do mínimo, um cálculo que considera a inflação e a variação do PIB, levou a um aumento no seu poder de compra. Em 1995, adquiria-se uma cesta básica com o mínimo. Hoje, 2,14 cestas de acordo com o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Econômicos (Dieese). Esse valor representa um aumento real de 77,53% (descontada a inflação) desde 2002.
A política de valorização do mínimo, um cálculo que considera a inflação e a variação do PIB, levou a um aumento no seu poder de compra. Em 1995, adquiria-se uma cesta básica com o mínimo. Hoje, 2,14 cestas de acordo com o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Econômicos (Dieese). Esse valor representa um aumento real de 77,53% (descontada a inflação) desde 2002.
O Brasil enfrentou a direita elitista
Editorial do site Vermelho:
A direita e a oposição neoliberal – ultraliberal, melhor dizendo – fizeram de 2015 uma extensão de 2014. O consórcio direitista, nele incluído grande parte dos meios de comunicação, não aceita a derrota sofrida na eleição presidencial e buscou, ao longo do ano, um atalho para o poder.
A tentativa insana de romper a legalidade constitucional foi o roteiro seguido pela direita em 2015.
A ilegalidade de suas pretensões incluiu o golpismo do impeachment embora não haja crime de responsabilidade cometido pela presidenta Dilma Rousseff. Ou a proposta desesperada de anulação da eleição pelo TSE, mesmo depois deste tribunal já haver aprovado as contas de campanha de Dilma, e convocação de novo pleito.
A direita e a oposição neoliberal – ultraliberal, melhor dizendo – fizeram de 2015 uma extensão de 2014. O consórcio direitista, nele incluído grande parte dos meios de comunicação, não aceita a derrota sofrida na eleição presidencial e buscou, ao longo do ano, um atalho para o poder.
A tentativa insana de romper a legalidade constitucional foi o roteiro seguido pela direita em 2015.
A ilegalidade de suas pretensões incluiu o golpismo do impeachment embora não haja crime de responsabilidade cometido pela presidenta Dilma Rousseff. Ou a proposta desesperada de anulação da eleição pelo TSE, mesmo depois deste tribunal já haver aprovado as contas de campanha de Dilma, e convocação de novo pleito.
Salário mínimo e a melhora da economia
Por Renato Rovai, em seu blog:
O aumento do salário mínimo de 788 para 880 reais tem um potencial de estimulo à economia que parece ainda não estar sendo devidamente considerado por analistas econômicos. Mas para que isso aconteça o governo vai precisar jogar duro com a inflação para preservar esses 11,6% que virão agora para 45 milhões de brasileiros, que na prática apenas recuperam o que foi perdido, e buscar agir rapidamente para impedir o crescimento do desemprego.
O aumento do salário mínimo de 788 para 880 reais tem um potencial de estimulo à economia que parece ainda não estar sendo devidamente considerado por analistas econômicos. Mas para que isso aconteça o governo vai precisar jogar duro com a inflação para preservar esses 11,6% que virão agora para 45 milhões de brasileiros, que na prática apenas recuperam o que foi perdido, e buscar agir rapidamente para impedir o crescimento do desemprego.
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