terça-feira, 16 de fevereiro de 2016

Acabou o Carnaval. E o 'armistício' também

Por Valter Pomar, em seu blog:

1. O centro da tática continua sendo derrotar a contraofensiva conservadora.

A contraofensiva conservadora possui diversos protagonistas e métodos, mas propósitos estratégicos comuns: a) realinhar o Brasil aos EUA, afastando-nos dos BRICS e da integração regional; b) reduzir o salário e a renda dos setores populares, diminuindo as verbas das políticas sociais, alterando a legislação trabalhista, reduzindo direitos, não reajustando salários e pensões, provocando desemprego e arrocho; c) diminuir o acesso do povo às liberdades democráticas, criminalizando a política, os movimentos sociais e os partidos de esquerda, partidarizando a justiça, ampliando o terrorismo policial-militar especialmente contra os pobres, moradores de periferia e negros, subordinando o Estado laico ao fundamentalismo religioso, agredindo os direitos das mulheres, dos setores populares, dos indígenas.


A urgência de pensar o futuro

Por Alexandre Pilati, no site da Fundação Maurício Grabois:

A notícia mais relevante dos últimos tempos não veio dos já tradicionais vazamentos seletivos da Operação Lava-Jato, nem do processo de impeachment da Presidenta Dilma, nem da raivosa perseguição midiática ao ex-presidente Lula, nem da ocupação das ruas de São Paulo pelo Movimento Passe Livre em mais uma empreitada contra o recente aumento das tarifas de transporte público. A notícia mais importante veiculada recentemente, entretanto, diz muito sobre tudo isso: sobre a conjuntura brasileira e o que ela significa no contexto mundial contemporâneo; sobre como no presente se constrói um futuro de hecatombe ou de nova sociedade global.

Globo e corrupção na transmissão das copas

O último lance de Moro-Gilmar

Por Luis Nassif, no Jornal GGN:

Nos últimos dias, o juiz Sérgio Moro explicitou de vez seu ativismo político.

1- Manteve um fluxo interminável de vazamentos contra Lula, em relação ao tal tríplex de Guarujá e o sítio de Atibaia.

2- Quebrou “inadvertidamente” o sigilo que a própria Polícia Federal solicitava para a ampliação das investigações sobre o sítio, a fim de não interromper o fluxo de vazamentos.


Sanders, Lava Jato e a força da internet

Por Renato Rovai, em seu blog:

Desde a derrota de Hillary Clinton para Barack Obama nas primárias do Partido Democrata que o mundo percebeu como a internet pode ser um instrumento poderoso para mobilizar pessoas e derrotar grandes e poderosos esquemas.

Obama não ganhou a eleição dos EUA quando derrotou John McCain. Sua grande vitória foi contra Hillary, a verdadeira candidata do poder econômico, já que se sabia que o melancólico fim do segundo governo do segundo Bush levaria de novo um Democrata à presidência.

Mais uma arma contra Lula

Ilustração: Vitor Teixeira

Por Tereza Cruvinel, em seu blog:

Na cruzada para incriminar e banir da vida política o ex-presidente Lula, seus adversários acabam de montar mais uma trincheira: a CPI do Carf na Câmara, que atuará em sintonia com a Polícia Federal, o Ministério Público e a Operação Lava Jato.

Do Carf mesmo, do mega-esquema de compra de sentenças por grandes empresas para driblar o fisco, esta nova CPI, que deve ser instalada na próxima semana, não quer nem saber. Seu objetivo e pegar Lula.

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2016

Torcida do Corinthians goleia a TV Globo

Por Altamiro Borges

Na quinta-feira (11), a torcida organizada Gaviões da Fiel surpreendeu todo mundo ao exibir faixas contra a TV Globo e a corrupção no futebol durante o jogo entre o Corinthians e o Capivariano. A PM de Geraldo Alckmin reprimiu os manifestantes e a emissora, que adora bravatear sobre a liberdade de expressão, censurou o protesto pacífico. Já neste domingo (14), durante a partida contra o São Paulo, na Arena de Itaquera, a torcida não se intimidou e voltou a golear o império global. As faixas foram ainda mais politizadas: “Futebol é refém da Rede Globo”, “Ingresso mais barato”, “CBF e FPF, vergonhas do futebol”. Sobrou até para o governador Geraldo Alckmin, o queridinho da famiglia Marinho: “Quem vai punir o ladrão da merenda?”. Foi um show de bola!

"Acabou a paz: as escolas ocupadas"

Blogs sujos prendem o Sergio Moro

Doria e Matarazzo: o escárnio do PSDB

Por Saul Leblon, no site Carta Maior:

A qualidade do material político que o conservadorismo reserva à apreciação eleitoral de São Paulo antecipa, no plano municipal, a regressão embutida no eventual retorno do PSDB ao poder federal, em 2018.

É uma decorrência lógica.

Os nomes que disputam a vaga tucana nas eleições da capital paulista em outubro próximo, vinculam-se, respectivamente, às aspirações presidenciais de José Serra, de um lado, e às do governador Geraldo Alckmin, de outro.

Andrea Matarazzo e João Doria Jr são por assim dizer suas cabeças de ponte para o salto nacional.

Mídia e democracia nas arquibancadas

Por Thiago Cassis, no site Vermelho:

A partir do final do ano passado, os torcedores pelo Brasil voltaram a erguer os punhos em torno de pautas em comum. A exemplo da Argentina, onde o futebol foi um elemento para o avanço da Lei de Medios, a campanha “Jogo 10 da noite, não!”, do coletivo “Futebol, mídia e democracia”, do Barão de Itararé, teve rápida adesão nas redes e nos estádios, buscando através do futebol, escancarar o controle que a Globo exerce sobre o esporte dos brasileiros.

Caminhos aéreos do helicóptero dos Marinho


Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

O que a gente noticiou no post anterior – que a Agropecuária Veine, oficialmente a proprietária da mansão praiana dos Marinho em Paraty , que está irregular, com processo para demolir-se – é também a operadora do helicóptero Agusta 109, prefixo PT-SDA, que serve à família Marinho está comprovado aí, com a cópia obtida por este blog do certificado de aeronavegabilidade – o “documento de voo” da aeronave – reproduzido acima.




Como ganhar aposentadoria de R$ 100 mil

Por Ricardo Kotscho, no blog Balaio do Kotscho:

Em primeiro lugar, você precisa entrar para o funcionalismo público. Depois, recomenda-se que você consiga um emprego no Superior Tribunal de Justiça (STJ). Lá tem pelo menos cinco servidores aposentados que receberam valores líquidos superiores a R$ 100 mil mensais entre janeiro e dezembro de 2015, segundo o setor responsável pelos pagamentos, conforme foi revelado pelos repórteres Rachel Gamarski e Carla Araújo, no Estadão de domingo.

Os presos políticos de Curuguaty

Por Leonardo Wexell Severo, de Assunção:

Os seis policiais militares do Grupo Especial de Operações (GEO) que morreram em Marina Kue, Curuguaty, no dia 15 de junho de 2012, foram abatidos com armas de “grosso calibre”, atestou o médico forense Floriano Irala. O testemunho comprova a inocência dos camponeses, pois além da força de elite da GEO, somente policiais do FOPE (Força de Operações da Polícia Especializada) portavam fuzis Galil durante o “confronto” em que também faleceram 11 sem-terra.

Artistas protestam contra ditador Macri

Do site Opera Mundi:

Um minifestival, liderado pelo cantor Fito Páez, reuniu manifestantes em uma praça em Buenos Aires no último sábado (13/02) para fazer um protesto contra o presidente do país, Mauricio Macri. Eles reclamam do que classificam como atitudes autoritárias do mandatário, como as demissões em massa de servidores públicos e a perseguição a movimentos sociais.

Antes da merenda, o desvio das mochilas

Por Antonio Barbosa Filho, no blog Vale Pensar:

Para alívio de muitos corruptos e de alguns policiais, promotores e magistrados mais condescendentes com desvios de dinheiro público, o escândalo de hoje faz esquecer o escândalo de ontem. A mídia lança uma nova “denúncia” a cada semana, ela repercute por alguns dias, mas logo é superada pela mais nova. Quando atinge o governo federal, o PT ou seus aliados, ainda há um esforço para manter o caso em evidência, ou para “requentá-lo” quando falta assunto, mas quando o caso envolve políticos ou funcionários tucanos, a operação-abafa é acionada desde o primeiro instante e a notícia tem vida curta e exíguo espaço – quando chega a ser divulgada.

As pautas-bomba no Congresso Nacional

Por Hylda Cavalcanti, na Rede Brasil Atual:

O martelo só será batido após reuniões entre os presidentes da Câmara e do Senado na terça-feira (16) com os líderes partidários, para definição da pauta de votações das próximas semanas, mas não faltam matérias polêmicas a serem submetidas a votação pelo Congresso Nacional a partir de hoje (15). A situação mais complicada é a do Senado, cuja agenda inclui "pautas-bomba", que impactam nos gastos da União, além de matérias contrárias aos interesses dos trabalhadores. Na Câmara, os próximos dias serão marcados por reuniões para a definição ou não das comissões e eleição para a escolha da liderança do PMDB.

O "merendão" se aproxima de Alckmin

Por Henrique Beirangê, na revista CartaCapital:

Em 2009, lei aprovada pelo governo federal estabelecia que 30% dos recursos encaminhados aos estados e aos municípios para merenda escolar deveriam ser adquiridos diretamente da agricultura familiar, priorizando os assentamentos da reforma agrária, comunidades indígenas e quilombolas.

O objetivo claro do artigo 14 da Lei nº 11.947/09 era fazer com que os quase 3,6 bilhões de reais repassados anualmente, por meio do Programa Nacional de Alimentação Escolar, oferecessem merenda saudável aos alunos da rede pública e ao mesmo tempo investissem no pequeno agricultor.

Carnaval de Salvador é festa democrática?

Por Walter Takemoto, na revista Caros Amigos:

O Carnaval desse ano foi cantado em versos e prosas por alguns, principalmente governantes ou seus representantes, como tendo sido o mais democrático dos últimos anos. Outros, menos entusiastas, declararam que 2016 marca o início de um processo de democratização do Carnaval.

Um dos argumentos principais de quem viu o Carnaval de 2016 como mais democratizado e com maior participação popular, deu como maior exemplo o crescimento do número de blocos sem cordas, em especial os que tinham grandes artistas do axé, como Ivete, Bel e outros, não entrando no mérito da qualidade, ou se são artistas em decadência.

Por que perdura o risco do colapso global?

Por Joseph E. Stiglitz, no site Outras Palavras:

Sete anos depois de irromper a crise financeira global, em 2008, a economia mundial continuou a tropeçar, em 2015. Conforme o relatório da ONU Situação e Perspectivas da Economia Mundial 2016 , a taxa média de crescimento nas economias desenvolvidas teve queda de mais de 54% desde a crise. Cerca de 44 milhões de pessoas estão desempregadas em países desenvolvidos, algo como 12 milhões a mais do que em 2007, enquanto a inflação alcançou seu nível mais baixo desde o início da crise.