quinta-feira, 24 de março de 2016
O risco de uma justiça messiânica
Por Celso Vicenzi, em seu blog:
O juiz Sergio Moro ameaça o respeito que a opinião pública sempre devotou ao Judiciário e às garantias constitucionais que dão suporte à democracia. A forma partidarizada e seletiva com que tem conduzido as investigações da Lava-Jato, já romperam até mesmo as barreiras da legalidade institucional, como se viu no episódio do grampo da presidenta da República. Há um enorme risco quando um juiz é dominado pelo pensamento messiânico de querer “limpar a corrupção”, como já revelou em entrevistas.
O juiz Sergio Moro ameaça o respeito que a opinião pública sempre devotou ao Judiciário e às garantias constitucionais que dão suporte à democracia. A forma partidarizada e seletiva com que tem conduzido as investigações da Lava-Jato, já romperam até mesmo as barreiras da legalidade institucional, como se viu no episódio do grampo da presidenta da República. Há um enorme risco quando um juiz é dominado pelo pensamento messiânico de querer “limpar a corrupção”, como já revelou em entrevistas.
O fim do glamour do "Fora Dilma"
Por Renato Rovai, em seu blog:
O tempo, senhor da razão, cuidou de ir mostrando cada vez com mais nitidez quais as reais intenções daqueles que lideram a campanha pelo impeachment da presidenta Dilma Rousseff. E quanto mais eles foram revelando os dentes caninos, mais gente foi se posicionando do outro lado.
A resistência a favor da democracia e contra o golpe hoje já permite dizer que é possível virar o jogo e impedir que o Brasil volte a se tornar uma republiqueta de bananas.
O tempo, senhor da razão, cuidou de ir mostrando cada vez com mais nitidez quais as reais intenções daqueles que lideram a campanha pelo impeachment da presidenta Dilma Rousseff. E quanto mais eles foram revelando os dentes caninos, mais gente foi se posicionando do outro lado.
A resistência a favor da democracia e contra o golpe hoje já permite dizer que é possível virar o jogo e impedir que o Brasil volte a se tornar uma republiqueta de bananas.
O golpe é contra os trabalhadores
Por Vitor Nuzzi, na Rede Brasil Atual:
Não foi um ato de centrais, mas de sindicatos e sindicalistas, como enfatizou o presidente da CUT, Vagner Freitas, sobre o evento de apoio ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e contra o impeachment de Dilma Rousseff, na tarde de hoje (23), em São Paulo. Estavam lá representantes de sete centrais, com o diagnóstico comum de que o movimento para derrubar o governo embute a intenção de acabar ou "flexibilizar" direitos sociais e trabalhistas. "O golpe é contra os trabalhadores", afirmou Freitas, ao lado do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Não foi um ato de centrais, mas de sindicatos e sindicalistas, como enfatizou o presidente da CUT, Vagner Freitas, sobre o evento de apoio ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e contra o impeachment de Dilma Rousseff, na tarde de hoje (23), em São Paulo. Estavam lá representantes de sete centrais, com o diagnóstico comum de que o movimento para derrubar o governo embute a intenção de acabar ou "flexibilizar" direitos sociais e trabalhistas. "O golpe é contra os trabalhadores", afirmou Freitas, ao lado do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
O golpismo além-mar do Gilmar
Por Jeferson Miola, no site Carta Maior:
Gilmar Mendes é um personagem com impressionante poder de ubiqüidade.
Além de Juiz do STF, onde atua como líder do PSDB e seus satélites, ele é sócio-fundador do Instituto de Direito Público [IDP]. E é provável que seja ainda mais versátil: segundo seu ex-colega Joaquim Barbosa, Gilmar tem “capangas no Mato Grosso”, com o que se pode deduzir que ele também se dedica a outras atividades ou negócios naquele estado do faroeste [quer dizer, do centro-oeste] do País.
Gilmar Mendes é um personagem com impressionante poder de ubiqüidade.
Além de Juiz do STF, onde atua como líder do PSDB e seus satélites, ele é sócio-fundador do Instituto de Direito Público [IDP]. E é provável que seja ainda mais versátil: segundo seu ex-colega Joaquim Barbosa, Gilmar tem “capangas no Mato Grosso”, com o que se pode deduzir que ele também se dedica a outras atividades ou negócios naquele estado do faroeste [quer dizer, do centro-oeste] do País.
Wikileaks mostra ligação entre Moro e EUA
Por Miguel do Rosário, no blog O Cafezinho:
Olha o que eu descobri: uma mensagem diplomática norte-americana, vazada pelo Wikileaks, com citações sobre Sergio Moro, o Judiciário brasileiro e a Polícia Federal.
O bilhete fala de um seminário de cooperação, realizado em outubro de 2009, com a presença de membros seletos da PF, Judiciário, Ministério Público, e autoridades norte-americanas, no Rio de Janeiro.
Não é classificado. Não tem aparentemente nada de explosivo (a menos que tenha me passado despercebido).
Olha o que eu descobri: uma mensagem diplomática norte-americana, vazada pelo Wikileaks, com citações sobre Sergio Moro, o Judiciário brasileiro e a Polícia Federal.
O bilhete fala de um seminário de cooperação, realizado em outubro de 2009, com a presença de membros seletos da PF, Judiciário, Ministério Público, e autoridades norte-americanas, no Rio de Janeiro.
Não é classificado. Não tem aparentemente nada de explosivo (a menos que tenha me passado despercebido).
Moro faz 'choque de mídia' com os autos
Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:
O Judiciário pode nos obrigar a quase todas as coisas e devemos cumprir as suas ordens.
Mas juiz nenhum no mundo pode exigir que sejamos imbecis, que nos privemos de usar aquele bom-senso do qual Descartes falava que “inexiste no mundo coisa mais bem distribuída”.
É possível crer que Sérgio Moro tenha recebido um processo onde são citados 316 “agentes políticos”, mais da metade deles passíveis de investigação apenas em tribunais superiores” e “não tenha reparado”, deixando isso em aberto para consultas de qualquer um?
O Judiciário pode nos obrigar a quase todas as coisas e devemos cumprir as suas ordens.
Mas juiz nenhum no mundo pode exigir que sejamos imbecis, que nos privemos de usar aquele bom-senso do qual Descartes falava que “inexiste no mundo coisa mais bem distribuída”.
É possível crer que Sérgio Moro tenha recebido um processo onde são citados 316 “agentes políticos”, mais da metade deles passíveis de investigação apenas em tribunais superiores” e “não tenha reparado”, deixando isso em aberto para consultas de qualquer um?
As contradições de Gilmar Mendes
Da revista CartaCapital:
A medida cautelar do ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal, de cancelamento da posse de Luiz Inácio Lula da Silva como ministro-chefe da Casa Civil viola, segundo vários juristas, os princípios garantidores do Estado Democrático de Direito. A liminar, além disso, é contraditória também com posturas anteriores do próprio Gilmar Mendes.
A prerrogativa de foro, o direito ao julgamento na instância máxima da Justiça, teoricamente mais equidistante das disputas, existe para contrapor o uso costumeiro de acusações de improbidade e corrupção contra inimigos políticos, antes mesmo da apuração e comprovação dos crimes imputados, na política brasileira e também naquelas de outros países.
A medida cautelar do ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal, de cancelamento da posse de Luiz Inácio Lula da Silva como ministro-chefe da Casa Civil viola, segundo vários juristas, os princípios garantidores do Estado Democrático de Direito. A liminar, além disso, é contraditória também com posturas anteriores do próprio Gilmar Mendes.
A prerrogativa de foro, o direito ao julgamento na instância máxima da Justiça, teoricamente mais equidistante das disputas, existe para contrapor o uso costumeiro de acusações de improbidade e corrupção contra inimigos políticos, antes mesmo da apuração e comprovação dos crimes imputados, na política brasileira e também naquelas de outros países.
Em defesa do ministro Teori Zavascki
Por Eduardo Guimarães, no Blog da Cidadania:
Na última terça-feira, o Blog da Cidadania publicou entrevista do jurista Pedro Serrano que contém uma tese extremamente importante: a Operação Lava Jato, bem como setores do Judiciário, do Ministério Público e da Polícia Federal vêm tratando os investigados – sobretudo os petistas, Lula à frente – como “inimigos do Estado”.
Para o jurista, trata-se de uma aberração institucional porque o Estado não pode ter pessoas como inimigas; Estado só pode ser inimigo de Estado, pois a desproporção entre o Estado e o indivíduo converte em ditadura um regime que persegue pessoas.
Na última terça-feira, o Blog da Cidadania publicou entrevista do jurista Pedro Serrano que contém uma tese extremamente importante: a Operação Lava Jato, bem como setores do Judiciário, do Ministério Público e da Polícia Federal vêm tratando os investigados – sobretudo os petistas, Lula à frente – como “inimigos do Estado”.
Para o jurista, trata-se de uma aberração institucional porque o Estado não pode ter pessoas como inimigas; Estado só pode ser inimigo de Estado, pois a desproporção entre o Estado e o indivíduo converte em ditadura um regime que persegue pessoas.
Globo mente sobre móveis de Lula
Do site do Instituto Lula:
Em texto não assinado publicado anteontem (21) em sua versão digital, o jornal O Globo cometeu vários erros e incongruências para tentar associar notas fiscais encontradas na residência do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva com um apartamento triplex no Guarujá que as Organizações Globo insistem em dizer que é do ex-presidente.
Em texto não assinado publicado anteontem (21) em sua versão digital, o jornal O Globo cometeu vários erros e incongruências para tentar associar notas fiscais encontradas na residência do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva com um apartamento triplex no Guarujá que as Organizações Globo insistem em dizer que é do ex-presidente.
Obama em Cuba e os ignorantes
Por Bepe Damasco, em seu blog:
"A classe média é uma abominação política porque é fascista, é uma abominação ética porque é violenta, e é uma abominação cognitiva porque é ignorante." A declaração da filósofa Marilena Chauí, dada em maio de 2013, ecoa mais do nunca nos dias de hoje.
Vale a pena pinçar dois dos mantras prediletos dos que vão às ruas vociferar pelo fim do regime democrático : 1) "Vai pra Cuba", expressando um anticomunismo tosco e anacrônico, típicos de uma guerra fria que ficou para trás; 2) "O PT implantou o bolivarianismo no Brasil", buscando estabelecer uma conexão difusa e preconceituosa entre os governos petistas e a Venezuela.
"A classe média é uma abominação política porque é fascista, é uma abominação ética porque é violenta, e é uma abominação cognitiva porque é ignorante." A declaração da filósofa Marilena Chauí, dada em maio de 2013, ecoa mais do nunca nos dias de hoje.
Vale a pena pinçar dois dos mantras prediletos dos que vão às ruas vociferar pelo fim do regime democrático : 1) "Vai pra Cuba", expressando um anticomunismo tosco e anacrônico, típicos de uma guerra fria que ficou para trás; 2) "O PT implantou o bolivarianismo no Brasil", buscando estabelecer uma conexão difusa e preconceituosa entre os governos petistas e a Venezuela.
quarta-feira, 23 de março de 2016
Globo brinca com fogo. Pode se queimar!
Por Altamiro Borges
Nesta quinta-feira (24), a Frente Povo Sem Medo, que reúne diversos movimentos sociais, fará um ato em São Paulo com o slogan "Em defesa da democracia. A saída é pela esquerda". Segundo Guilherme Boulos, da coordenação do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), a marcha deverá reunir mais de 50 mil pessoas e terá o seu desfecho na porta da Rede Globo, na zona sul da capital paulista. "Este monopólio midiático comanda o golpe e o retrocesso no Brasil", afirmou durante entrevista coletiva concedida na sede do Centro de Estudos Barão de Itararé nesta terça-feira.
Operários da Ford rejeitam o golpe
Foto: João Cayres |
Trabalhadores e trabalhadoras da fábrica da Ford em São Bernardo do Campo decidiram lutar contra o golpe e em defesa dos direitos trabalhistas. A decisão foi votada em assembleias realizadas na manhã desta terça, dia 22. A fábrica emprega 4 mil pessoas.
As assembleias aconteceram entre 9h e 11h. A primeira foi realizada na unidade de caminhões e estamparia. A segunda, na planta de montagem de carrocerias e pinturas.
Sindicalistas com Lula pela democracia
Foto: Ricardo Stuckert/Instituto Lula |
Sindicalistas de diversas categorias profissionais e diferentes correntes promovem nesta quarta (23), às 15 horas, encontro com o ex-presidente Lula. O evento será na Casa de Portugal, na avenida Liberdade, 602, região central de São Paulo.
Além de manifestar apoio a Lula, o encontro visa reafirmar posições em defesa da democracia e contra tentativas de ruptura da ordem jurídica nacional. Para os sindicalistas, os trabalhadores serão os mais prejudicados se houver abalos na democracia.
Teori Zavascki enquadra Moro e Gilmar
Por Paulo Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:
Ao dar um cala-boca em Moro e Gilmar Mendes a um só tempos, o ministro Teori Zavascki escreveu uma das mais belas e mais corajosas páginas da história do STF.
O STF e a Justiça em geral tinham sido sequestrados por Gilmar e Moro – mais a Globo – para impor ao país um golpe que representaria um retrocesso brutal das instituições nacionais.
Teori pediu satisfações a Moro por seu grampo indecente e fez letra morta da decisão abjeta de Gilmar de entregar a cabeça de Lula na bandeja de Moro.
Ao dar um cala-boca em Moro e Gilmar Mendes a um só tempos, o ministro Teori Zavascki escreveu uma das mais belas e mais corajosas páginas da história do STF.
O STF e a Justiça em geral tinham sido sequestrados por Gilmar e Moro – mais a Globo – para impor ao país um golpe que representaria um retrocesso brutal das instituições nacionais.
Teori pediu satisfações a Moro por seu grampo indecente e fez letra morta da decisão abjeta de Gilmar de entregar a cabeça de Lula na bandeja de Moro.
A "exceção" é o golpe. Ele já está dado
Por Tarso Genro, no site Sul-21:
Para popularizar a defesa política, ainda em curso, sobre a legalidade e legitimidade obtida nas urnas pelo Governo Dilma, o campo de apoio de apoio da Presidenta cunhou a expressão “não vai ter golpe”. Correta, por sinal, mas que agora precisa ser interpretada de maneira diversa no plano estrito da política, face às formas originais que vem adquirindo os contenciosos políticos, dentro da crise econômica e do próprio Estado de Direito pervertido, que estamos vivendo.
Para popularizar a defesa política, ainda em curso, sobre a legalidade e legitimidade obtida nas urnas pelo Governo Dilma, o campo de apoio de apoio da Presidenta cunhou a expressão “não vai ter golpe”. Correta, por sinal, mas que agora precisa ser interpretada de maneira diversa no plano estrito da política, face às formas originais que vem adquirindo os contenciosos políticos, dentro da crise econômica e do próprio Estado de Direito pervertido, que estamos vivendo.
Odebrecht sugere delação "definitiva"
Por Tereza Cruvinel, em seu blog:
Muita gente do mundo político dormiu mal na noite passada, pensando na “colaboração definitiva” de todos os executivos da Construtora Odebrecht com a Operação Lava Jato. Uma pergunta vai incomodar mais que um pernilongo: eles farão uma delação seletiva, atingindo apenas o PT e autoridades do atual governo ou vão espalhar o foto, revelando a antiguidade e a extensão da conexão entre financiamento eleitoral e contratos com o setor público?
Muita gente do mundo político dormiu mal na noite passada, pensando na “colaboração definitiva” de todos os executivos da Construtora Odebrecht com a Operação Lava Jato. Uma pergunta vai incomodar mais que um pernilongo: eles farão uma delação seletiva, atingindo apenas o PT e autoridades do atual governo ou vão espalhar o foto, revelando a antiguidade e a extensão da conexão entre financiamento eleitoral e contratos com o setor público?
Teori Zavascki reduz poder de Moro
Foto: Wilson Dias/ABr |
O ministro do Supremo Tribunal Federal, Teori Zavascki, determinou na noite desta terça (22) que o juiz de Curitiba Sérgio Moro remeta ao STF as investigações da Operação Lava Jato que dizem respeito ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Teori Zavascki, relator da Lava Jato no Supremo, atende, assim, ao pedido da Advocacia-Geral da União, que apontou que Moro cometeu irregularidades ao divulgar conversas telefônicas entre o ex-presidente Lula e a presidenta Dilma Rousseff.
Quatro sombras afligem o Brasil
Por Leonardo Boff, em seu blog:
Em momentos de crise, assomam quatro sombras que estigmatizam nossa história cujos efeitos perduram até hoje.
A primeira sombra é nosso passado colonial. Todo processo colonialista é violento. Implica invadir terras, submeter os povos, obriga-los a falar a língua do invasor, assumir as formas políticas do outro e submeter-se totalmente a ele. A consequência no inconsciente coletivo do povo dominado: sempre baixar a cabeça e levado a pensar que somente o que é estrangeiro é bom.
Em momentos de crise, assomam quatro sombras que estigmatizam nossa história cujos efeitos perduram até hoje.
A primeira sombra é nosso passado colonial. Todo processo colonialista é violento. Implica invadir terras, submeter os povos, obriga-los a falar a língua do invasor, assumir as formas políticas do outro e submeter-se totalmente a ele. A consequência no inconsciente coletivo do povo dominado: sempre baixar a cabeça e levado a pensar que somente o que é estrangeiro é bom.
Assinar:
Postagens (Atom)