Por Vitor Nuzzi, na Rede Brasil Atual:
Não foi um ato de centrais, mas de sindicatos e sindicalistas, como enfatizou o presidente da CUT, Vagner Freitas, sobre o evento de apoio ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e contra o impeachment de Dilma Rousseff, na tarde de hoje (23), em São Paulo. Estavam lá representantes de sete centrais, com o diagnóstico comum de que o movimento para derrubar o governo embute a intenção de acabar ou "flexibilizar" direitos sociais e trabalhistas. "O golpe é contra os trabalhadores", afirmou Freitas, ao lado do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Pela CUT, além dele, estavam a vice, Carmen Foro, e o secretário-geral, Sérgio Nobre, entre outros, além de presidentes de alguns dos maiores sindicatos vinculados à central, como Juvandia Moreira (Bancários de São Paulo), Maria Izabel Azevedo Noronha, a Bebel (Apeoesp, dos professores da rede estadual paulista), e Rafael Marques (Metalúrgicos do ABC). Da Força Sindical, participaram o secretário-geral, João Carlos Gonçalves, o Juruna, e Mônica Veloso, da operativa nacional. O presidente da central, deputado Paulo Pereira da Silva, o Paulinho (SD-SP), defende o impeachment.
Juruna disse falar não em nome da central, "mas de vários sindicalistas que entendem que este momento é de garantir a democracia, a Constituição, de Lula assumir o Ministério da Casa Civil, para ele assumir as causas populares", criticando a tentativa de reforma da Previdência e lembrando do Compromisso pelo Desenvolvimento, firmado no final de 2015 entre sindicalistas e empresários. "Às vezes tomar um tranco é muito bom, porque leva à unidade de ação. Mudanças exigem compromisso de classe, união e, cada vez mais, povo na rua", afirmou o dirigente. Também participaram do ato, pela Força, o primeiro-secretário, Sérgio Luiz Leite, o Serginho, e o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Osasco, Jorge Nazareno, o Jorginho.
O presidente da UGT, Ricardo Patah, esteve no evento na Casa de Portugal, no bairro da Liberdade, região central de São Paulo, mas quem falou pela central foi o secretário-geral, Francisco Canindé Pegado, que exaltou o ex-presidente. "Se existe um homem capaz de unificar e fazer este país retomar o rumo do crescimento é você, Lula, nosso companheiro, nosso amigo, nosso presidente. Este país precisa de um homem de coragem para fazer a reunificação. Não fuja da raia. Estamos com você", disse Pegado.
O secretário-geral da CSB, Álvaro Egea, identificou um "processo de destruição das conquistas democráticas e do Estado de direito". Ele criticou o juiz federal Sérgio Moro, procuradores paulistas que pediram a prisão de Lula e parte da mídia: "O que estão fazendo é destruir a nossa democracia. Os trabalhadores são os mais interessados na legalidade democrática". O presidente da central, Antônio Neto, que comanda o núcleo sindical do PMDB, não participou do ato.
Presidente estadual da Nova Central em São Paulo, Luiz Gonçalves, o Luizinho, disse que não há posicionamento unitário da entidade em relação ao momento político. "Mas temos consciência de que este (Lula) foi o melhor governo de todos os tempos. Esse golpe não vai acontecer", acrescentou.
O secretário-geral da Intersindical, Edson Carneiro, o Índio, deixou claro que a central não apoia o governo Dilma e defender mudanças na política econômica e o fim do ajuste fiscal. Mas se posicionou contra o impeachment e as investidas contra Lula, vendo uma tentativa de "estabelecer um governo neoliberal para atacar direitos trabalhistas, aprovar a terceirização irrestrita e estabelecer a independência do Banco Central". "Não adianta achar que vai derrubar esse governo e os trabalhadores vão se calar."
Para o presidente da CTB, Adilson Araújo, "a direita aposta todas as fichas na instabilidade política" para retomar o poder, sem aceitar "a quarta vitória do povo brasileiro", referindo-se às eleições de Lula e Dilma. E citou propósitos, no movimento antigoverno, de mudar o regime do pré-sal, para atender a interesses externos. "Não vamos nos intimidar", garantiu.
Freitas, da CUT, lembrou das dificuldades que a agenda dos trabalhadores já enfrenta no Congresso: "Os mesmos que querem fazer o golpe são os que querem acabar com a carteira assinada, férias, 13º, CLT, ampliar a terceirização".
O presidente da Confederação Sindical Internacional, João Felício, destacou a repercussão, em todo o mundo, das ações contra Dilma e Lula, como ameaças à estabilidade e à democracia no Brasil. Em vídeo exibido logo no início da manifestação, o ator e ativista norte-americano Danny Glover manifesta seu apoio ao ex-presidente, "agora que você está sob ataque da direita brasileira".
Outro presente na platéia era Raphael Martinelli. Com quase 92 anos, o ex-ferroviário foi um dos líderes do Comando Geral dos Trabalhadores (CGT), formado durante o governo João Goulart e dissolvido após o golpe de 1964.
Não foi um ato de centrais, mas de sindicatos e sindicalistas, como enfatizou o presidente da CUT, Vagner Freitas, sobre o evento de apoio ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e contra o impeachment de Dilma Rousseff, na tarde de hoje (23), em São Paulo. Estavam lá representantes de sete centrais, com o diagnóstico comum de que o movimento para derrubar o governo embute a intenção de acabar ou "flexibilizar" direitos sociais e trabalhistas. "O golpe é contra os trabalhadores", afirmou Freitas, ao lado do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Pela CUT, além dele, estavam a vice, Carmen Foro, e o secretário-geral, Sérgio Nobre, entre outros, além de presidentes de alguns dos maiores sindicatos vinculados à central, como Juvandia Moreira (Bancários de São Paulo), Maria Izabel Azevedo Noronha, a Bebel (Apeoesp, dos professores da rede estadual paulista), e Rafael Marques (Metalúrgicos do ABC). Da Força Sindical, participaram o secretário-geral, João Carlos Gonçalves, o Juruna, e Mônica Veloso, da operativa nacional. O presidente da central, deputado Paulo Pereira da Silva, o Paulinho (SD-SP), defende o impeachment.
Juruna disse falar não em nome da central, "mas de vários sindicalistas que entendem que este momento é de garantir a democracia, a Constituição, de Lula assumir o Ministério da Casa Civil, para ele assumir as causas populares", criticando a tentativa de reforma da Previdência e lembrando do Compromisso pelo Desenvolvimento, firmado no final de 2015 entre sindicalistas e empresários. "Às vezes tomar um tranco é muito bom, porque leva à unidade de ação. Mudanças exigem compromisso de classe, união e, cada vez mais, povo na rua", afirmou o dirigente. Também participaram do ato, pela Força, o primeiro-secretário, Sérgio Luiz Leite, o Serginho, e o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Osasco, Jorge Nazareno, o Jorginho.
O presidente da UGT, Ricardo Patah, esteve no evento na Casa de Portugal, no bairro da Liberdade, região central de São Paulo, mas quem falou pela central foi o secretário-geral, Francisco Canindé Pegado, que exaltou o ex-presidente. "Se existe um homem capaz de unificar e fazer este país retomar o rumo do crescimento é você, Lula, nosso companheiro, nosso amigo, nosso presidente. Este país precisa de um homem de coragem para fazer a reunificação. Não fuja da raia. Estamos com você", disse Pegado.
O secretário-geral da CSB, Álvaro Egea, identificou um "processo de destruição das conquistas democráticas e do Estado de direito". Ele criticou o juiz federal Sérgio Moro, procuradores paulistas que pediram a prisão de Lula e parte da mídia: "O que estão fazendo é destruir a nossa democracia. Os trabalhadores são os mais interessados na legalidade democrática". O presidente da central, Antônio Neto, que comanda o núcleo sindical do PMDB, não participou do ato.
Presidente estadual da Nova Central em São Paulo, Luiz Gonçalves, o Luizinho, disse que não há posicionamento unitário da entidade em relação ao momento político. "Mas temos consciência de que este (Lula) foi o melhor governo de todos os tempos. Esse golpe não vai acontecer", acrescentou.
O secretário-geral da Intersindical, Edson Carneiro, o Índio, deixou claro que a central não apoia o governo Dilma e defender mudanças na política econômica e o fim do ajuste fiscal. Mas se posicionou contra o impeachment e as investidas contra Lula, vendo uma tentativa de "estabelecer um governo neoliberal para atacar direitos trabalhistas, aprovar a terceirização irrestrita e estabelecer a independência do Banco Central". "Não adianta achar que vai derrubar esse governo e os trabalhadores vão se calar."
Para o presidente da CTB, Adilson Araújo, "a direita aposta todas as fichas na instabilidade política" para retomar o poder, sem aceitar "a quarta vitória do povo brasileiro", referindo-se às eleições de Lula e Dilma. E citou propósitos, no movimento antigoverno, de mudar o regime do pré-sal, para atender a interesses externos. "Não vamos nos intimidar", garantiu.
Freitas, da CUT, lembrou das dificuldades que a agenda dos trabalhadores já enfrenta no Congresso: "Os mesmos que querem fazer o golpe são os que querem acabar com a carteira assinada, férias, 13º, CLT, ampliar a terceirização".
O presidente da Confederação Sindical Internacional, João Felício, destacou a repercussão, em todo o mundo, das ações contra Dilma e Lula, como ameaças à estabilidade e à democracia no Brasil. Em vídeo exibido logo no início da manifestação, o ator e ativista norte-americano Danny Glover manifesta seu apoio ao ex-presidente, "agora que você está sob ataque da direita brasileira".
Outro presente na platéia era Raphael Martinelli. Com quase 92 anos, o ex-ferroviário foi um dos líderes do Comando Geral dos Trabalhadores (CGT), formado durante o governo João Goulart e dissolvido após o golpe de 1964.
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