segunda-feira, 9 de maio de 2016

A condução coercitiva de Guido Mantega

Por Luis Nassif, no Jornal GGN:

Não morro de amores pelo ex-Ministro Guido Mantega. Fui um dos seus críticos mais acerbos. E ele me tratou de maneira como não fui tratado antes por nenhum outro Ministro da Fazenda, mesmo Pedro Malan, de quem sempre fui crítico: colocou-me na chamada lista negra vetando qualquer informação da Fazenda.

Ele é um dos grandes responsáveis pelos erros de política econômica, ao não se interpor ao voluntarismo de Dilma Rousseff.

E se os governos do PT...

Por Bepe Damasco, em seu blog:                                                              
É comum ouvir entre os amantes do futebol a expressão "o se não entra em campo", para rebater lamentações como : "se o atacante não tivesse perdido aquele gol feito...", "se o juiz tivesse marcado o pênalti escandaloso que só ele não viu..." ou "se não fosse a falha do goleiro..."

Mas neste grave momento que vive o Brasil, no qual a democracia está por um triz, é impossível não pensar no que poderia ter sido diferente caso os governos do PT ouvissem as críticas dos seus apoiadores de primeira hora, tais como movimentos sociais, centrais sindicais, blogueiros, ativistas digitais e militantes dos partidos da esquerda democrática.

Guido Mantega é o novo alvo da Zelotes

Da revista CartaCapital:

O ex-ministro da Fazenda, Guido Mantega, foi alvo de um mandado de condução coercitiva nesta segunda-feira 9, concedido pela Justiça para a força-tarefa da Operação Zelotes. Mantega foi levado para depor e em seguida será liberado, em meio a mais uma fase da operação, que desta vez foi às ruas em São Paulo, Pernambuco e no Distrito Federal.

De acordo com as primeiras informações, o foco desta fase da Zelotes é a empresa Cimento Penha, uma das várias investigadas.

O golpista ficha suja do MBL

Por Kiko Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:

Uma coisa chama a atenção na matéria do Uol sobre os problemas na Justiça do líder do MBL Renan Santos: o timing. Mais uma vez, é o pós golpe.

Depois que Dilma caiu, pode-se mostrar a verdadeira face de quem ajudou a executar o serviço.

Agora: qualquer um que não seja bobo ou oportunista sabe que Renan e Kataguiri, bem como o dono do Revoltados Online, Marcello Reis, entre outros - nenhum deles estava falando sério sobre “roubalheira”.

Duas frentes de combate ao golpe

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

Os leitores devem ter notado que dou pouca atenção ao que se passa na comissão de impeachment do Senado e, agora, nos poucos dias que restam até o afastamento de Dilma, ao que se passa no plenário daquela Casa.

Também não partilho de ilusões – embora torça muito pelos que as têm – de reviravoltas judiciais. Nossa Suprema Corte, se lhe faltava algo para o descrédito total, supriu qualquer lacuna ao julgar apenas ontem o que tinha em sua decisão para reequilibrar o processo político conduzido por Cunha, sem falar na inominável procrastinação da decisão de Gilmar Mendes que impediu Dilma de contar com Lula no Ministério.

domingo, 8 de maio de 2016

Líder do MBL ludibriou os ‘midiotas’

Por Altamiro Borges

Na sua cavalgada golpista, a Folha tucana garantiu um emprego bem remunerado ao fascista mirim Kim Kataguiri – já apelidado de “Kimta Katiguria” –, líder do Movimento Brasil Livre (MBL). Aos poucos, porém, os próprios jornalistas da famiglia Frias têm revelado os podres do sinistro grupelho e de seus suspeitos integrantes. Neste domingo (8), o portal UOL – que pertence ao mesmo grupo midiático – postou longa reportagem que deve ter ruborizado os “midiotas” que confiaram nestes “jovens rebeldes e idealistas” – como a Folha e outros veículos apresentaram estes bravateiros ultraliberais e fascistoides. “Líder do MBL responde a mais de 60 processos e sofre cobrança de R$ 4,9 milhões”, estampa o título da matéria demolidora.

Petroleiros marcam greve contra o golpe

Por Altamiro Borges

Na semana em que o Senado vota o afastamento temporário da presidenta Dilma Rousseff, os movimentos sociais brasileiros prometem “incendiar” o Brasil. Estão previstas várias paralisações parciais, bloqueios de estradas, ocupações de escolas e protestos nas principais capitais e cidades do interior. Reunidas nas frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo, centenas de entidades sindicais, comunitárias, estudantis e de defesa dos direitos humanos estão engajadas na luta contra o golpe e já anunciaram que não darão paz ao governo ilegítimo do Judas Michel Temer. Os protestos desta semana servirão para criar as condições para deflagração de uma poderosa greve geral em defesa da democracia e dos direitos sociais e trabalhistas.

Congresso comprado e STF acovardado

A onda conservadora de Trump e de Moro

Por Emir Sader, na Revista do Brasil:

Não há dúvida de que há uma nova onda conservadora no mundo. A profunda e prolongada crise econômica europeia, produto do fracasso das políticas neoliberais de austeridade, não tem tido como regra respostas por parte da esquerda – dos seus partidos, dos sindicatos –, mas tem fortalecido a extrema-direita. Um fenômeno que afeta a França há décadas e que agora chega com força também à Alemanha, depois de percorrer já grande parte dos países da Europa.

As desinformações do jornalista Sardenberg

Por Cláudio da Costa Oliveira, no site Brasil Debate:

O jornalista Carlos Alberto Sardenberg publicou artigo no último dia 28/04 no qual mostra total inconsequência e falta de conhecimento para falar sobre a Petrobras. Na sua tentativa de buscar justificativas, por interesses sombrios, para o atual plano de venda de ativos por que passa a empresa, busca denegrir o nome da companhia com informações descabidas e inverídicas.

Não sabemos quais são as fontes de informação do sr. Sardenberg, mas certamente não vem dos balanços publicados e nem dos fatos relatados no site da empresa.

FHC, o 'pomposo' presidente-exportação

O golpe e o funil da imbecilidade

Por Osvaldo Bertolino, em seu blog:

Ser imbecil é uma característica que a turba mobilizada pela mídia contra a presidenta Dilma Rousseff nunca fez questão de esconder. Nem tem como. Seria a famosa contradição em si, como diria o líder revolucionário chinês Mao Tse-tung - não é possível ser uma coisa sem ser outra. São pessoas que abraçaram delinquentes como Eduardo Cunha e Jair Bolsonaro simplesmente por estarem inoculadas com o vírus da raiva “anti-petista”, com a desfaçatez de dizer que estavam lutando contra a “corrupção”. Essa limitação cognitiva é perfeitamente compreensiva para quem engoliu a tese do “mensalão”, outra contradição em si, e do “petrolão”, uma gigantesca operação para ocultar a verdadeira corrupção do “caso Petrobras” no covil de farsantes comandado pelo juiz Sérgio Moro com sua “Operação Lava Jato”.

Para grande maioria, Temer não é a solução

Por Vilma Bokany, na revista Teoria e Debate:

A Fundação Perseu Abramo realizou pesquisas nas manifestações a favor e contra o impeachment da presidenta Dilma Rousseff na Avenida Paulista, em São Paulo, respectivamente nos dias 13 e 18 de março de 2016, com o objetivo de mapear o perfil e as opiniões dos participantes, assim como fizera em março do ano anterior (no dia 13 o ato foi em defesa do governo e no dia 15, contra), o que possibilita uma análise comparativa.

O tardio e revelador veredito do STF

Por Adalberto Monteiro, no Blog do Renato:

Em 2 de dezembro de 2015, o PT anunciou o voto de seus parlamentares contra Eduardo Cunha no Conselho de Ética. Nesse dia, mesmo a grande mídia estampou manchetes, segundo as quais, “por vingança”, Cunha havia aceitado o pedido de impeachment contra a presidenta Dilma. Em seguida, no dia 16, o Procurador-Geral da República, Rodrigo Janot, encaminhou ao Supremo Tribunal Federal (STF) uma ação cautelar requerendo que o presidente da Câmara fosse afastado da presidência da Câmara e também do mandato.

Mais estudantes, menos Cunha

Por Clóvis Gruner, na revista Fórum:

Na mesma semana, dois eventos aparentemente distintos permitem perceber o alcance de uma crise que já não é mais apenas de um governo ou partido, o PT, mas do pacto democrático que nas últimas três décadas fez o parto e sustentou a chamada “Nova República”. Na quinta (5), liminar do ministro do STF Teori Zavascki, suspendeu o mandato do deputado Eduardo Cunha (PMDB), agora ex-presidente da Câmara. Um dia antes, na quarta (4), estudantes paulistas ocuparam a Assembleia Legislativa de São Paulo, de onde dizem só sair depois de instalada a “CPI da merenda”.

Brasil acorda para as ameaças reais

Por Ladislau Dowbor, no site Opera Mundi:

O que apareceu no início como positivo, o combate à corrupção, se transformou gradualmente num pesadelo que ameaça a democracia e a legalidade institucional. Não é a primeira vez que uma boa bandeira se transforma em cavalo de Tróia, abrigando o que há de mais podre, e gerando mais problemas que soluções. Não foi muito diferente com a tão legítima operação “Mãos Limpas” na Itália que gerou 20 anos de retrocessos e populismo conservador com Berlusconi.

Cresce a rejeição a Temer e ao golpe

Do site Vermelho:

Nova pesquisa Vox Populi divulgada no último sábado (30) avaliou o sentimento dos brasileiros depois que a Câmara dos Deputados aprovou, no dia 17 de abril, a abertura do processo de impeachment contra a presidenta Dilma Rousseff. A pesquisa foi encomendada pela CUT.

O processo foi encaminhado para análise do Senado. Para 32%, o Brasil vai piorar se o vice-presidente Michel Temer assumir no lugar de Dilma; 29% acreditam que o desemprego vai aumentar; 34% preveem piora em relação aos programas sociais; e 32% acreditam que perderão direitos trabalhistas.

sábado, 7 de maio de 2016

Temer e as brigas no bloco do golpe

Por Tereza Cruvinel, em seu blog:

Michel Temer ainda nem tomou posse e já enfrenta brigas entre os aliados por espaços em seu virtual futuro governo. O tão criticado loteamento é fundamental para a formação de uma base, especialmente na Câmara, que aprove suas propostas. Mas frustrará a parte da opinião pública que apoiou o impeachment acreditando em mudança e as forças de mercado que cobram redução do Estado. Além disso, Temer enfrenta o problema da sucessão na presidência da Câmara. Para ganhar tempo e contornar a dor do parto, ele agora mudou o discurso. Já não fala como presidente de fato e definitivo mas lembra aos aliados que é interino e que o governo a ser montado agora será provisório.

Herdeira da Globo pagou à Mossack

Por Luiz Carlos Azenha, no blog Viomundo:

Publicação do blog de Fernando Rodrigues confirma o que o Viomundo denunciou com exclusividade em 22 de março último: a neta favorita de Roberto Marinho, Paula, filha de João Roberto Marinho, fez pagamentos à Mossack & Fonseca relativos à manutenção de três empresas offshore ligadas aos negócios do marido dela, Alexandre Chiappeta de Azevedo.

Além disso, em outubro de 2009 a filha de João Roberto Marinho participou da regularização da offshore Vaincre LLC em Las Vegas, Nevada, de acordo com e-mail publicado por Fernando Rodrigues.

Quem produz opinião na grande imprensa?

Por Marcia Rangel Candido e João Feres Júnior, no blog O Cafezinho:

A ausência de diversidade no jornalismo brasileiro tradicional não é novidade. Tampouco se refere apenas à existência dos oligopólios midiáticos. Produção de conteúdo e quem o produz são duas faces dos meios de comunicação que têm sido paulatinamente contestadas pelos movimentos sociais e pelos intelectuais acadêmicos. Desde 2014 o Manchetômetro, iniciativa do Laboratório de Mídia e Esfera Pública do Iesp-Uerj, desenvolve o acompanhamento dos principais jornais impressos e do Jornal Nacional deixando em evidência o viés desigual da cobertura concedida pelos grandes meios aos distintos segmentos da política brasileira.