terça-feira, 10 de maio de 2016

"Governo" Temer não se sustenta

Por Paulo Henrique Amorim, no blog Conversa Afiada:

Quando o carro sai da estrada, ele sai capotando morro abaixo e quando se choca com uma reentrância do morro, bate, sobe e adquire mais velocidade.

No próximo choque com a encosta, o choque é mais violento e a velocidade se acelera ainda mais.

Até se esborrachar lá embaixo.

Foi o que aconteceu com as instituições.

O que provocou a capotagem foi retirar o pilar que sustenta o carro da Democracia.

Waldir Maranhão e os assaltantes do poder

Por Osvaldo Bertolino, em seu blog:

A pancadaria violenta da mídia no atual presidente da Câmara dos Deputados, Waldir Maranhão (PP-MA), mesmo depois da revogação da sua decisão de anular a sessão de admissibilidade do processo de impeachment golpista contra a presidenta Dilma Rousseff, é uma prova de que possivelmente o Brasil nunca tenha visto um debate tão raso e tão farisaico quanto este que se estabeleceu em torno desta crise política. Abandonaram a essência da questão - a legalidade ou a ilegalidade do ato de Maranhão - para atacá-lo pessoalmente. Foram revirar até a sua vida famíliar para desmoralizá-los e jogá-lo à matilha adestrada com as mais requintadas técnicas do exercício da raiva e do ódio.

Dilma se agiganta e Temer se desnuda

Por Renato Rabelo, em seu blog:

O aterrador 17 de abril deu a arrancada para um golpe de Estado em pleno século 21, na pátria amada Brasil. Não há mais como diversionar. É já de conhecimento interno e externo que a justificativa invocada para o impeachment expõe espalhafatosamente uma pantomima de mau gosto. Na sua origem este processo de impedimento da presidenta Dilma é uma farsa não só pela causa invocada, mas, ainda, pelo desvio de poder e de finalidade exercida pelo presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha.

segunda-feira, 9 de maio de 2016

Mídia e a subjetividade dos brasileiros

Cunha atuou na anulação do impeachment?

Por Renato Rovai, em seu blog:

A decisão de anular a votação do impeachment na Câmara tomada pelo presidente interino da Casa, deputado Waldir Maranhão (PP-MA), não parece ser exatamente um ato de patriotismo ou algo relacionado a uma jogada casada com o governo. Pelo que este blogue apurou quem estaria por trás dessa decisão é Eduardo Cunha.

Em nota divulgada à imprensa, Maranhão diz que a petição da AGU que pedia o cancelamento da votação ainda não havia sido analisada pela Casa e que, ao tomar conhecimento dela, resolveu acolher. Na decisão, ele argumenta “ocorreram vícios que tornaram nula de pleno direito a sessão em questão”.

E o Estado de exceção avança...

Por Jorge Luiz Souto Maior, no site Carta Maior:

Os debates emocionados sobre a crise política têm ofuscado as mentes e, claro, também sou vítima disso.

Mas um aspecto pelo menos me parece claro: estamos verificando um avanço muito perigoso do Estado de exceção e, o pior, sob o aplauso dos “dois lados” que tomaram de assalto a vida social para fazer parecer que tudo no mundo gira ao seu redor.

A questão é que esses lados, por uma questão que já se tornou pessoal, entraram em uma espécie de jogo do vale tudo, pretendendo, inclusive, que todos participem dele, para que no clima da balburdia total não se consiga mais chegar a um raciocínio minimante voltado a uma crítica radical da realidade, que ponha em questão o modo de vida, o modo de produção, a forma de distribuição da riqueza produzida etc.

Onze teses sobre o pós-golpe

Por Tarso Genro, no site Sul-21:

Trata-se de uma contribuição ao debate, que certamente a esquerda deverá enfrentar no próximo período.

1. A corrupção no Estado e a corrupção – na concorrência entre os capitalistas – para ampliar os seus negócios no mercado, antes de ser um problema ético-moral, é, não só uma forma de organizar as relações de poder, dentro e fora do Estado, como é, principalmente, um elemento importante do processo de acumulação. Tanto de dinheiro ou recursos conversíveis em dinheiro, como de poder político e burocrático, dentro e fora do Estado. O processo de acumulação, com maior ou menor taxa de “ilegalidades”, organiza o Estado e vai construindo – pela ação consciente dos sujeitos – as formas jurídicas que pretendem, tanto bloquear e punir as ilegalidade, como criar condições formais de igualdade. A forma de combatera corrupção é, provavelmente, o elemento mais definidor da maturidade ou precariedade do Estado de Direito na modernidade, pois nela está, no capitalismo organizado, o espaço no qual direito e política se comunicam e se interpenetram na esfera pública.

As pendências judiciais de Romero Jucá

Do site Vermelho:

Tido como um dos principais articuladores de um possível governo de Michel Temer, o senador Romero Jucá (PMDB-RR) disse recentemente que a presidenta Dilma Rousseff estava prejudicando a imagem do Brasil no exterior ao se dizer vítima de um golpe.

Mas o que é de causar constrangimento mesmo é a longa ficha de acusações que pesam contra ele. De compra de votos a desvio de verbas públicas, passando por irregularidades em empréstimos tomados junto a bancos públicos, o senador tem um farto histórico de pendências judiciais.

MST ocupa fazenda ligada a Temer

Do site do MST:

Na manhã desta segunda-feira (9), mil famílias organizadas pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), ocuparam a fazenda Esmeralda, com sede em Duartina, interior de São Paulo, a fazenda é ligada ao vice-presidente Michel Temer (PMDB).

O objetivo da ocupação é denunciar as conspirações golpistas de Temer, muitas vezes articuladas de dentro da propriedade. Coma a ação, os Sem Terra também recolocam a pauta da Reforma Agrária em todo país.

Michel Temer, candidato a Berlusconi

Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

O tratamento generoso que Michel Temer tem recebido da maioria dos analistas políticos explica-se por uma razão ululante. Num país onde uma parcela crescente da população se recusa a aceitar um golpe de Estado de braços cruzados, todo cuidado é pouco para esconder fraquezas incuráveis de um governo construído sem legitimidade popular, em torno de uma liderança política fraca, condenada a ser tutelado pelas mesmas forças responsáveis pelo estrangulamento de Dilma Rousseff.

Se a experiência ensina que nenhum presidente capaz de herdar o cargo no final de um processo de impeachment está livre de ter seu mandato questionado desde o primeiro dia, pois lhe falta a legitimidade do voto popular, o caso de Michel Temer é bem mais grave.

Lava-Jato dá as pinceladas finais do golpe

Por Miguel do Rosário, no blog O Cafezinho:

Eu nem me irrito mais.

Agora eu fico com pena dos caciques do PT quando, em discursos contra o golpe, dizem que a oposição quer "fechar a Lava Jato".

Certamente, o fazem porque viram pesquisas mostrando o forte apoio da população à operação.

E agindo assim, enfiam a corda no próprio pescoço, porque a Lava Jato se desvirtuou há tempos. Seu objetivo agora é prender Lula, destruir o PT, derrubar o governo e chantagear o setor nacionalista do empresariado: obedeçam às orientações da Globo, fiquem contra o PT e contra a esquerda, porque o país pertence à elite financeira, não a um punhado de sindicalistas ou militantes de movimentos sociais!

A condução coercitiva de Guido Mantega

Por Luis Nassif, no Jornal GGN:

Não morro de amores pelo ex-Ministro Guido Mantega. Fui um dos seus críticos mais acerbos. E ele me tratou de maneira como não fui tratado antes por nenhum outro Ministro da Fazenda, mesmo Pedro Malan, de quem sempre fui crítico: colocou-me na chamada lista negra vetando qualquer informação da Fazenda.

Ele é um dos grandes responsáveis pelos erros de política econômica, ao não se interpor ao voluntarismo de Dilma Rousseff.

E se os governos do PT...

Por Bepe Damasco, em seu blog:                                                              
É comum ouvir entre os amantes do futebol a expressão "o se não entra em campo", para rebater lamentações como : "se o atacante não tivesse perdido aquele gol feito...", "se o juiz tivesse marcado o pênalti escandaloso que só ele não viu..." ou "se não fosse a falha do goleiro..."

Mas neste grave momento que vive o Brasil, no qual a democracia está por um triz, é impossível não pensar no que poderia ter sido diferente caso os governos do PT ouvissem as críticas dos seus apoiadores de primeira hora, tais como movimentos sociais, centrais sindicais, blogueiros, ativistas digitais e militantes dos partidos da esquerda democrática.

Guido Mantega é o novo alvo da Zelotes

Da revista CartaCapital:

O ex-ministro da Fazenda, Guido Mantega, foi alvo de um mandado de condução coercitiva nesta segunda-feira 9, concedido pela Justiça para a força-tarefa da Operação Zelotes. Mantega foi levado para depor e em seguida será liberado, em meio a mais uma fase da operação, que desta vez foi às ruas em São Paulo, Pernambuco e no Distrito Federal.

De acordo com as primeiras informações, o foco desta fase da Zelotes é a empresa Cimento Penha, uma das várias investigadas.

O golpista ficha suja do MBL

Por Kiko Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:

Uma coisa chama a atenção na matéria do Uol sobre os problemas na Justiça do líder do MBL Renan Santos: o timing. Mais uma vez, é o pós golpe.

Depois que Dilma caiu, pode-se mostrar a verdadeira face de quem ajudou a executar o serviço.

Agora: qualquer um que não seja bobo ou oportunista sabe que Renan e Kataguiri, bem como o dono do Revoltados Online, Marcello Reis, entre outros - nenhum deles estava falando sério sobre “roubalheira”.

Duas frentes de combate ao golpe

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

Os leitores devem ter notado que dou pouca atenção ao que se passa na comissão de impeachment do Senado e, agora, nos poucos dias que restam até o afastamento de Dilma, ao que se passa no plenário daquela Casa.

Também não partilho de ilusões – embora torça muito pelos que as têm – de reviravoltas judiciais. Nossa Suprema Corte, se lhe faltava algo para o descrédito total, supriu qualquer lacuna ao julgar apenas ontem o que tinha em sua decisão para reequilibrar o processo político conduzido por Cunha, sem falar na inominável procrastinação da decisão de Gilmar Mendes que impediu Dilma de contar com Lula no Ministério.

domingo, 8 de maio de 2016

Líder do MBL ludibriou os ‘midiotas’

Por Altamiro Borges

Na sua cavalgada golpista, a Folha tucana garantiu um emprego bem remunerado ao fascista mirim Kim Kataguiri – já apelidado de “Kimta Katiguria” –, líder do Movimento Brasil Livre (MBL). Aos poucos, porém, os próprios jornalistas da famiglia Frias têm revelado os podres do sinistro grupelho e de seus suspeitos integrantes. Neste domingo (8), o portal UOL – que pertence ao mesmo grupo midiático – postou longa reportagem que deve ter ruborizado os “midiotas” que confiaram nestes “jovens rebeldes e idealistas” – como a Folha e outros veículos apresentaram estes bravateiros ultraliberais e fascistoides. “Líder do MBL responde a mais de 60 processos e sofre cobrança de R$ 4,9 milhões”, estampa o título da matéria demolidora.

Petroleiros marcam greve contra o golpe

Por Altamiro Borges

Na semana em que o Senado vota o afastamento temporário da presidenta Dilma Rousseff, os movimentos sociais brasileiros prometem “incendiar” o Brasil. Estão previstas várias paralisações parciais, bloqueios de estradas, ocupações de escolas e protestos nas principais capitais e cidades do interior. Reunidas nas frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo, centenas de entidades sindicais, comunitárias, estudantis e de defesa dos direitos humanos estão engajadas na luta contra o golpe e já anunciaram que não darão paz ao governo ilegítimo do Judas Michel Temer. Os protestos desta semana servirão para criar as condições para deflagração de uma poderosa greve geral em defesa da democracia e dos direitos sociais e trabalhistas.

Congresso comprado e STF acovardado

A onda conservadora de Trump e de Moro

Por Emir Sader, na Revista do Brasil:

Não há dúvida de que há uma nova onda conservadora no mundo. A profunda e prolongada crise econômica europeia, produto do fracasso das políticas neoliberais de austeridade, não tem tido como regra respostas por parte da esquerda – dos seus partidos, dos sindicatos –, mas tem fortalecido a extrema-direita. Um fenômeno que afeta a França há décadas e que agora chega com força também à Alemanha, depois de percorrer já grande parte dos países da Europa.