domingo, 5 de junho de 2016

Votos minguando, fogo contra Dilma

Por Tereza Cruvinel, em seu blog:

O impeachment perdeu força no Senado a olhos vistos e a resposta foi imediata: fogo contra Dilma. Como a acusação baseada em pedaladas fiscais e decretos orçamentários sem autorização legislativa foi questionada mundo afora e vem abalando a disposição de voto de senadores decepcionados com os rumos do governo Temer, a nova ofensiva trata de vincular Dilma à Operação Lava Jato. As investigações são estranhas ao processo de impeachment, mas como o “conjunto da obra” é sempre usado para justificar votos, a semana terminou com uma maré de denúncias tentando jogar Dilma no petrolão para acelerar e facilitar o ato final. Algumas delas.
 

Temer é "ficha suja" e não cabe recurso

Por Matheus Moreira, na revista Fórum:

Em documento oficial publicado nesta quinta-feira (2) às 13h40, consta pedido de sigilo dos autos pelo presidente interino Michel Temer. O relatório aponta a condenação e prevê pagamento de multa e confirma a sugestão, de maio desse ano, do Tribunal Regional Eleitoral, que o torna inelegível por oito anos. De acordo com o documento, não cabe qualquer possibilidade de recurso, uma vez que o processo transitou em julgado. Ou seja, a decisão é definitiva.

Globo mete a mão na grana até pela Rouanet

Por Paulo Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:

Um ministro de Geisel uma vez disse o seguinte num despacho para seu chefe: “Os jornais não vivem e nem sobrevivem sem o governo”.

Isto, segundo ele, era uma arma poderosíssima que a administração Geisel devia usar em sua relação com a imprensa.

Roberto Marinho, disse ainda o ministro, era mestre em pedir “favores especiais” a Geisel por conta do apoio que dava à ditadura.

Carta para o amigo coxinha

Por Paulo Cavalcante, no blog O Cafezinho:

Que governinho ridículo! Caiu mais um. E o cara caiu porque foi dar carteirada na FAB.

Como os caras chegaram lá por meio de golpe, acham que tudo é golpe.

Golpe da carteira e do "Você sabe com quem está falando?"

Tradicional pergunta autoritária do patriarcado nacional.

E aí, você, coxinha amigo, tá gostando?

sábado, 4 de junho de 2016

As mesquinharias de Temer, o sitiado

Por Altamiro Borges

O golpista Michel Temer não é apenas um político oportunista, sem princípios e traíra. Ele também está se mostrando uma pessoa rancorosa, mesquinha e patética - que beira, com sua ações, o protótipo do fascista. Nesta semana, o Judas tomou mais duas decisões que revelam a sua baixeza, pequenez e nulidade. Num primeiro ato administrativo, ele limitou os voos da presidenta. Logo na sequência, ele cortou a comida servida no Palácio do Alvorada. Tais gestos, aparentemente de força, confirmam a fraqueza do "interino", cada dia mais desacreditado e odiado na sociedade. Na prática, é o golpista quem está sitiado, com medo da revolta das ruas e da votação final do impeachment no Senado.

Sergio Moro vai intimar o filho de FHC?

Por Altamiro Borges

Nesta semana, o ministro Teori Zavascki, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou a retirada do sigilo da "delação premiada" de Nestor Cerveró, ex-diretor da Petrobras. A mídia privada, mentora do "golpe dos corruptos", só tem dado destaque aos trechos do depoimento contrários à Dilma Rousseff - apesar do delator ter afirmando apenas que "ouviu falar" sobre o seu envolvimento em atos ilícitos. Já o trecho em que o delator afirma categoricamente que o ex-presidente FHC privilegiou o seu filho em negócios com a Petrobras virou notinha de rodapé. Afinal, o grão-tucano é um santo. Como circula na internet, basta pertencer ao PSDB para não ser acusado, julgado e, muito menos, condenado! 

Jucá, o "ministro oculto", será preso?

Por Altamiro Borges

O ex-ministro José Dirceu, considerado o "homem-forte" do presidente Lula, foi perseguido de forma implacável pela mídia venal. Antes mesmo de ser julgado pelo Supremo Tribunal Federal (STF), ele já havia sido condenado, preso e torturado pela imprensa falsamente moralista. Ele talvez dispute com Lula o recorde de capas terroristas da "Veja", a revista do esgoto, ou dos histéricos comentários dos "calunistas" da TV Globo, a emissora que sonega e mente. A mesma linha editorial, porém, não tem sido adotada diante do ex-ministro Romero Jucá, o "homem-forte" do Judas Michel Temer, que foi "afastado" na semana retrasada. Ele não foi capa das revistas "Veja", "Época" ou "QuantoÉ", nem manchete dos jornalões e nem motivo de cara feia dos William - Bonner e Waack - da TV Globo.

Golpista mantém Dilma em prisão domiciliar

Por Jeferson Miola

A fragilidade de um governo ilegítimo e usurpador é medida pelo regime de força e de exceção que emprega para conter a indignação e a revolta democrática e popular.

O governo usurpador Temer-Cunha padece de uma crise irreversível de legitimidade. É um governo totalmente desmoralizado e desacreditado perante a sociedade brasileira e grande parte dos países do mundo.

Os fascistas já perceberam que não terão trégua, perceberam que sofrerão uma oposição frontal de um povo cada vez mais radicalizado na luta e na resistência. Estão assustados com a vitalidade militante das juventudes, mulheres, estudantes, artistas, setores culturais e da maioria da população que promove permanentemente o constrangimento e o escracho dos golpistas.

Unir as forças pela volta da democracia

Editorial do site Vermelho:

O Brasil está de novo frente à encruzilhada histórica que tem se repetido periodicamente desde o final da Segunda Grande Guerra – a imperiosa necessidade de optar entre o caminho do avanço democrático e do progresso social, ou retroceder em conquistas já alcançadas para garantir os benefícios, antigos e inaceitáveis, dos setores especulativos e rentistas do capital financeiro que, sob a interinidade ilegítima de Michel Temer, volta a dar as cartas no governo federal.

A saúde em risco no governo interino

Por Ana Luíza Matos e Oliveira, no site Brasil Debate:

Recentes declarações do ministro interino da Saúde, Ricardo Barros (PP-PR), de que o Sistema Único de Saúde (SUS) deveria ser revisto por ser oneroso, mostram a quais interesses serve dentro do Ministério. Barros chegou a propor uma redução do papel do SUS para dar espaço aos planos de saúde, mas se viu obrigado a votar atrás após as repercussões negativas de suas declarações.

Diga-se de passagem, as propostas que têm sido apresentadas para a área social nos poucos dias de governo interino vêm encontrando grande rechaço por parte da população, por serem o contrário dos programas vitoriosos nas eleições presidenciais nos últimos anos.

Um filme chamado Brasil

Por Saul Leblon, no site Carta Maior:

Instale uma lente grande angular na sua angústia com o Brasil.

Abstraia contradições óbvias demais.

Essa, por exemplo: um projeto econômico neoliberal que só se viabiliza com um golpe de Estado articulado por instituições que encarnariam o liberalismo - o congresso ‘representativo’, o judiciário ‘independente’, ‘a mídia ecumênica e isenta’...

Não restou um tijolo desse edifício no Brasil pós 11 de maio.

Temer prepara decreto para esvaziar EBC

Por Renato Rovai, em seu blog:

O ministro Dias Toffoli concedeu liminar ao presidente da EBC, Ricardo Mello, e devolveu-lhe a presidência da empresa para a qual ele foi nomeado por quatro anos.

Essa foi a primeira grande derrota legal do governo Temer nesses seus primeiros dias.

Mas Temer já prepara um novo golpe contra essa decisão.

Michel Temer atola

Por Maurício Dias, na revista CartaCapital:

Lá se foram os 31 dias de maio, 19 deles sob a vigência do governo provisório de Michel Temer, iniciado no dia 12 deste mesmo mês. Nesse período, curtíssimo período, a administração do vice-presidente ganhou marcas notórias. A mais visível delas é o ressurgimento de um reacionarismo exasperado imposto pela base do Congresso. Mais precisamente, pelo emergente e poderoso “baixo clero”.

Essa é a linha divisória traçada entre a presidenta Dilma Rousseff e o vice Michel Temer.

Quando nem o FMI avaliza Michel Temer

Por Laura Carvalho, no site Outras Palavras:

O artigo de três dos principais economistas do FMI publicado na última quinta-feira (26), a começar pelo título – Neoliberalism: oversold? – , tem tido grande repercussão. A palavra “neoliberalismo” até aqui era considerada um palavrão típico de maluco de palestra, desses que não devem entender nada de economia e de capitalismo. Afinal, seus benefícios estão desenhados em qualquer manual. Só os mais ideológicos ou ignorantes insistiriam em desafiar a Lógica.

PSDB na origem da corrupção na Petrobras

Por Patrícia Faermann, no Jornal GGN:

O caso da empresa ligada a Paulo Henrique Cardoso, o filho de FHC, no ano de 1999 com o esquema de corrupção da Petrobras, para a compra de turbinas para a usina térmica TermoRio, teve um capítulo ignorado pelos grandes jornais que publicaram a notícia. Esse capítulo não só revela indícios diretos da prática criminosa sob a influência da presidência tucana, como as diversas relações de personagens e corporações e as camadas de corrupção que conectavam não apenas os interesses das empresas com a estatal brasileira, como também multinacionais de bom trânsito em esquemas tucanos: a Alstom.

Contra golpe, a chance de Lewandowski

Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

Os desafios e impasses desta difícil etapa de nossa história política colocaram nas mãos do ministro Ricardo Lewandowski uma decisão verdadeiramente crucial para o destino da democracia brasileira.

Encarregado, pela Constituição, de assumir a presidência do julgamento de Dilma Rousseff pelo Senado Federal, caberá a Lewandowski assegurar o respeito ao pleno direito de defesa, princípio fundamental que serve de linha divisória entre o Estado Democrático de Direito e as lamentáveis versões de Estado de Exceção construídas ao longo da história humana, numa sequência deprimente de excrescências político-jurídicas que nem vale a pena mencionar aqui.

sexta-feira, 3 de junho de 2016

Temer, a sua mesquinhez é burra!

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

Escrevi mais cedo que Michel Temer é um homem muito pequeno, e não era só de estatura física.

Hoje, as ordens que deu para limitar as viagens de Dilma Rousseff são apenas mais uma prova desta pequenez.

Como todo bom idiota, conta com os frutos óbvios dos babacas que vão dizer: é isso mesmo, é com dinheiro público e ela não está no exercício da Presidência, etc. Bom, o senhor, quando era “vice-decorativo” também não estava e ninguém cerceou suas viagens, não é? Deixa pra lá, não é este o ponto.

O governo usurpador de Michel Temer

Por Roberto Amaral, em seu blog:

Estamos à mercê de profunda crise política que se agrava a cada dia na medida em que o governo interino de Michel Temer, ilegítimo em sua gênese, prossegue na inglória faina de completar a desconstrução do país, iniciada por Collor e FHC, e revertida por Lula e Dilma.

Há pressa em atingir seus objetivos, todos reacionários e antipopulares e antinacionais, dos quais destaco entregar o Pré-Sal e nossas imensas reservas à sanha das grandes multinacionais do petróleo (exatamente quando o preço do barril começa a revalorizar-se…), reorientar a política externa, alinhando-a aos interesses dos EUA (e para tal ninguém mais habilitado do que o chanceler José Serra), tornar irrelevante a CLT, reformar a Previdência para dificultar o acesso à aposentadoria.

Falta transparência nas contas dos golpistas

Por Tico Santa Cruz, no jornal Brasil de Fato:

Ao longo de todo o processo de mobilização das pessoas indignadas com a crise política, que desembocou nessa crise econômica que estamos vivendo, o Movimento Brasil Livre (MBL) bateu no peito para dizer que era apartidário, ou seja, não estava vinculado a nenhum partido. Segundo o movimento, aqueles carros de sons, viagens, passeios e andanças eram bancados pelas doações que recebiam de seus apoiadores.

O impeachment e a delação da Odebrecht

Por Tereza Cruvinel, em seu blog:

Há dois movimentos caminhando juntos neste momento, em velocidades diferentes: a delação dos dirigentes da Odebrecht e o esforço do bloco de Temer para acelerar o ato final do impeachment da presidente Dilma, de modo que ele ocorra antes das revelações da empreiteira. Se elas tiverem a força e o alcance esperados, revelando todos os participantes do esquema “ilegal e ilegítimo de financiamento do sistema partidário-eleitoral do país”, como disse a empresa na nota de março, ao anunciar que faria uma “colaboração definitiva”, as condições para a condenação de Dilma podem ser definitivamente comprometidas. Elas já se deterioraram muito por conta das bizarrices do próprio governo interino, ameaçando a consecução dos 54 votos necessários.