segunda-feira, 20 de junho de 2016
Sob governo de Temer, o país é para poucos
Por Cida de Oliveira, na Revista do Brasil:
Segundo a visão de país expressa no documento Uma Ponte para o Futuro, do PMDB, apenas 10 milhões de brasileiros – os 5% mais pobres – devem ser alcançados pelo sistema de proteção social. Menos de duas semanas depois de “empossado”, o governo do presidente interino, Michel Temer, com seu pacote de ajuste fiscal aprovado a toque de caixa pelo Congresso, golpeou de uma só canetada a saúde e a educação pública historicamente subfinanciadas e políticas recentes de distribuição de renda. Nas palavras da senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR), uma catástrofe para a sociedade, “menos para a elite rentista, preguiçosa e escravagista que ainda há no Brasil”.
O Fla-Flu político dos EUA
Por Cynara Menezes, no blog Socialista Morena:
Acho superestimada essa discussão, ou melhor, essa queixa frequente sobre o Fla-Flu que vivemos. Vejo muita gente dizendo que está cansada, que o Brasil está polarizado demais, que não existe mais esquerda e direita e que devíamos nos dedicar a acabar com essa divisão. Mas até que ponto isto não é uma ilusão e uma tentativa vã de fazer de conta que os conflitos não existem? Esta reclamação é irmã gêmea do blá-blá-blá de que o PT inventou a luta de classes, algo que existe desde que o primeiro rico explorou o primeiro pobre. Tanto quanto no futebol, o Fla-Flu é um clássico.
Acho superestimada essa discussão, ou melhor, essa queixa frequente sobre o Fla-Flu que vivemos. Vejo muita gente dizendo que está cansada, que o Brasil está polarizado demais, que não existe mais esquerda e direita e que devíamos nos dedicar a acabar com essa divisão. Mas até que ponto isto não é uma ilusão e uma tentativa vã de fazer de conta que os conflitos não existem? Esta reclamação é irmã gêmea do blá-blá-blá de que o PT inventou a luta de classes, algo que existe desde que o primeiro rico explorou o primeiro pobre. Tanto quanto no futebol, o Fla-Flu é um clássico.
O 'Fora Temer' e a mudança efetiva
Por Paulo Kliass, na revista Caros Amigos:
A estratégia do golpeachment tinha por objetivo afastar a Presidenta do Palácio do Planalto e viabilizar a implementação da agenda da política econômica que havia sido derrotada nas urnas em outubro de 2014. A cada dia que passa não restam mais dúvidas a respeito de tal intenção. Porém, deve ser acrescentado também o desejo de promover a inviabilização da Operação Lava Jato e dos processos em curso. São inúmeros de casos de investigação de corrupção envolvendo centenas de dirigentes políticos e empresários, a partir da Petrobrás e outras instituições públicas.
A estratégia do golpeachment tinha por objetivo afastar a Presidenta do Palácio do Planalto e viabilizar a implementação da agenda da política econômica que havia sido derrotada nas urnas em outubro de 2014. A cada dia que passa não restam mais dúvidas a respeito de tal intenção. Porém, deve ser acrescentado também o desejo de promover a inviabilização da Operação Lava Jato e dos processos em curso. São inúmeros de casos de investigação de corrupção envolvendo centenas de dirigentes políticos e empresários, a partir da Petrobrás e outras instituições públicas.
Sergio Moro não sumiu: foi sumido
Por Paulo Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:
Ou melhor: foi sumido.
Como as pesquisas do Datafolha e do Ibope, tão frequentes na desestabilização do segundo mandato de Dilma, Moro saiu do ar.
Ou, de novo: foi saído.
Você tira duas conclusões daí:
UnB rechaça manifestação fascista
Do site Vermelho:
A Universidade de Brasília (UnB) repudiou nesta segunda-feira (20) o protesto organizado por um grupo de 15 pessoas que proferiu ofensas contra estudantes no campus da instituição. Enrolados em bandeiras do Brasil, os manifestantes usavam expressões homofóbicas e se diziam contra a política de cotas e a favor do deputado Jair Bolsanaro (PP-RJ) e do juiz Sérgio Moro. O episódio ocorreu na noite de sexta-feira (17).
A Universidade de Brasília (UnB) repudiou nesta segunda-feira (20) o protesto organizado por um grupo de 15 pessoas que proferiu ofensas contra estudantes no campus da instituição. Enrolados em bandeiras do Brasil, os manifestantes usavam expressões homofóbicas e se diziam contra a política de cotas e a favor do deputado Jair Bolsanaro (PP-RJ) e do juiz Sérgio Moro. O episódio ocorreu na noite de sexta-feira (17).
Arrocho ideológico: censura à mídia crítica
Por Saul Leblon, no site Carta Maior:
No orçamento de 2016, a Secretaria de Comunicação do governo federal, a Secom, reservou ao conjunto da mídia progressista brasileira cerca de R$ 11,2 milhões do total destinado à publicidade pública (estatais, administração direta etc).
O valor, repita-se, dividido entre toda a mídia progressista, equivale a 1% dos recursos direcionados em 2015, por exemplo, apenas à publicidade nas redes de televisão (mais de R$ 1,2 bilhão).
Neste mês de junho, o golpe cortou esse 1%.
No orçamento de 2016, a Secretaria de Comunicação do governo federal, a Secom, reservou ao conjunto da mídia progressista brasileira cerca de R$ 11,2 milhões do total destinado à publicidade pública (estatais, administração direta etc).
O valor, repita-se, dividido entre toda a mídia progressista, equivale a 1% dos recursos direcionados em 2015, por exemplo, apenas à publicidade nas redes de televisão (mais de R$ 1,2 bilhão).
Neste mês de junho, o golpe cortou esse 1%.
Direitos trabalhistas correm sério risco
Por Altamiro Borges
As marchas golpistas pelo “Fora Dilma”, insufladas pela mídia privada, conseguiram seduzir muitos assalariados que possuem carteira de trabalho e direitos trabalhistas. Com a vitória parcial do “golpe dos corruptos”, porém, alguns destes “midiotas” – os ingênuos manipulados pela imprensa – já devem ter se arrependido da besteira que fizeram. Aos poucos, o governo interino de Michel Temer vai deixando explícito seus verdadeiros objetivos, que não têm nada a ver com o combate à corrupção – muito pelo contrário. Entre os seus intentos, um deve angustiar cada vez mais os trabalhadores. O risco de uma “reforma trabalhista” que anule as conquistas fixadas na Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).
As marchas golpistas pelo “Fora Dilma”, insufladas pela mídia privada, conseguiram seduzir muitos assalariados que possuem carteira de trabalho e direitos trabalhistas. Com a vitória parcial do “golpe dos corruptos”, porém, alguns destes “midiotas” – os ingênuos manipulados pela imprensa – já devem ter se arrependido da besteira que fizeram. Aos poucos, o governo interino de Michel Temer vai deixando explícito seus verdadeiros objetivos, que não têm nada a ver com o combate à corrupção – muito pelo contrário. Entre os seus intentos, um deve angustiar cada vez mais os trabalhadores. O risco de uma “reforma trabalhista” que anule as conquistas fixadas na Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).
Kassab nomeia advogada de TVs. Gratidão?
Por Altamiro Borges
Muita gente já concluiu que o “golpe dos corruptos”, que resultou no governo de bandidos chefiado pelo Judas Michel Temer, só vingou graças ao apoio dos barões da mídia. Não é para menos que em todas as manifestações de rua contra os assaltantes do Palácio do Planalto uma palavra de ordem já virou rotina: “Fora Globo”. O império global é o símbolo do Partido da Imprensa Golpista, o PIG. Prova maior deste crime contra a democracia, porém, foi dada na semana passada. Como forma de gratidão aos barões da mídia, o novo “ministro” das Comunicações, o oportunista Gilberto Kassab, nomeou para cuidar das outorgas de rádio de televisão a advogada Vanda Jugurtha Bonna Nogueira, que sempre defendeu os interesses das emissoras. É um típico caso da raposa no galinheiro!
Muita gente já concluiu que o “golpe dos corruptos”, que resultou no governo de bandidos chefiado pelo Judas Michel Temer, só vingou graças ao apoio dos barões da mídia. Não é para menos que em todas as manifestações de rua contra os assaltantes do Palácio do Planalto uma palavra de ordem já virou rotina: “Fora Globo”. O império global é o símbolo do Partido da Imprensa Golpista, o PIG. Prova maior deste crime contra a democracia, porém, foi dada na semana passada. Como forma de gratidão aos barões da mídia, o novo “ministro” das Comunicações, o oportunista Gilberto Kassab, nomeou para cuidar das outorgas de rádio de televisão a advogada Vanda Jugurtha Bonna Nogueira, que sempre defendeu os interesses das emissoras. É um típico caso da raposa no galinheiro!
domingo, 19 de junho de 2016
Uma TV Brasil para os brasileiros
Por Alberto Perdigão, no site do Centro de Estudos Barão de Itararé:
A TV Brasil foi a única emissora que acolheu, também, a perspectiva de um possível golpe, na cobertura das votações do acolhimento do processo de impeachment e do consequente afastamento da presidente Dilma. Colocou no ar o debate com defensores das duas versões, representantes de um governo sob suspeita e de uma oposição em vias de assumir interinamente a Presidência.
Cumpriu o seu papel como emissora pública, conforme previsto na Lei 11.652/2008 que criou a Empresa Brasil de Comunicação-EBC e a TV Brasil (artigos 2º I, II e III e 3º I, II e III), e de acordo com o Manual de Jornalismo da empresa (capítulo 1). Mas a emissora foi acusada de estar a serviço do governo que viria a ser afastado, em outras palavras, do PT.
A TV Brasil foi a única emissora que acolheu, também, a perspectiva de um possível golpe, na cobertura das votações do acolhimento do processo de impeachment e do consequente afastamento da presidente Dilma. Colocou no ar o debate com defensores das duas versões, representantes de um governo sob suspeita e de uma oposição em vias de assumir interinamente a Presidência.
Cumpriu o seu papel como emissora pública, conforme previsto na Lei 11.652/2008 que criou a Empresa Brasil de Comunicação-EBC e a TV Brasil (artigos 2º I, II e III e 3º I, II e III), e de acordo com o Manual de Jornalismo da empresa (capítulo 1). Mas a emissora foi acusada de estar a serviço do governo que viria a ser afastado, em outras palavras, do PT.
Golpe suave, autoridades suspeitas
Por Frei Betto, no site da Adital:
O papa Francisco declarou, a 20 de maio, que "pode estar ocorrendo um golpe de Estado suave em algum país”. Para bom entendedor meia palavra basta. Como latino-americano, Francisco entende de golpes de Estado, tantos foram os que ocorreram em nosso continente.
Outrora os golpistas se apropriavam do Estado à ponta do fuzil. Agora, por meio de artimanhas parlamentares. No Brasil, de fevereiro a abril, o caldo de cultura propício a favorecê-lo se temperou à base de nobres ingredientes: reduzir os gastos públicos e instaurar um novo governo integrado por autoridades acima de qualquer suspeita.
O papa Francisco declarou, a 20 de maio, que "pode estar ocorrendo um golpe de Estado suave em algum país”. Para bom entendedor meia palavra basta. Como latino-americano, Francisco entende de golpes de Estado, tantos foram os que ocorreram em nosso continente.
Outrora os golpistas se apropriavam do Estado à ponta do fuzil. Agora, por meio de artimanhas parlamentares. No Brasil, de fevereiro a abril, o caldo de cultura propício a favorecê-lo se temperou à base de nobres ingredientes: reduzir os gastos públicos e instaurar um novo governo integrado por autoridades acima de qualquer suspeita.
O que temer do governo Temer
Por Fabrício Augusto de Oliveira, no site Brasil Debate:
Em menos de duas semanas, dois ministros “notáveis” do governo interino Temer foram apeados de seus cargos denunciados por conspirarem contra a Operação Lava Jato: Romero Jucá, ministro do planejamento, e Fabiano Silveira, ministro da Transparência e Fiscalização (artigo escrito antes do anúncio, ontem, 16, da saída do ministro Henrique Eduardo Alves). Se este ritmo for mantido, e essa possibilidade não pode ser descartada com a continuidade das investigações e delações premiadas, poderão ser poucos, dentro de pouco tempo, os “notáveis” do governo que ainda continuarão no cargo.
Em menos de duas semanas, dois ministros “notáveis” do governo interino Temer foram apeados de seus cargos denunciados por conspirarem contra a Operação Lava Jato: Romero Jucá, ministro do planejamento, e Fabiano Silveira, ministro da Transparência e Fiscalização (artigo escrito antes do anúncio, ontem, 16, da saída do ministro Henrique Eduardo Alves). Se este ritmo for mantido, e essa possibilidade não pode ser descartada com a continuidade das investigações e delações premiadas, poderão ser poucos, dentro de pouco tempo, os “notáveis” do governo que ainda continuarão no cargo.
Estupro, o crime que até a lei oculta
Por Marsílea Gombata, na revista CartaCapital:
Em 2002, o filme francês Irreversível trouxe às telas uma das cenas mais incômodas da história do cinema: em uma passagem subterrânea na noite de Paris, a personagem de Monica Bellucci volta sozinha de uma festa e cruza com o agressor, que a domina com uma faca, a joga no chão, abafa seus gritos ao tapar a sua boca, rasga sua roupa, a estupra e a espanca, com chutes no nariz e nas costelas e repetidos choques de seu rosto contra o chão. São 11 longos minutos em uma sequência de tensão, repulsa e dor.
Serra reconduz o Brasil a "paiseco"
Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:
A Folha publica hoje matéria sobre a intenção do Itamaraty de abandonar 34 organismos internacionais para “fazer economia”.
A matéria está correta, embora o título esteja errado: Governo brasileiro avalia se abandona grupos ligados ao Mercosul. Há órgãos do Mercosul, mas há vários outros ligados à própria ONU e a redes de proteção ambiental independentes.
São, no total, 34 organizações:
A Folha publica hoje matéria sobre a intenção do Itamaraty de abandonar 34 organismos internacionais para “fazer economia”.
A matéria está correta, embora o título esteja errado: Governo brasileiro avalia se abandona grupos ligados ao Mercosul. Há órgãos do Mercosul, mas há vários outros ligados à própria ONU e a redes de proteção ambiental independentes.
São, no total, 34 organizações:
"Golpistas promovem devastação social"
Por Tereza Cruvinel, em seu blog:
O deputado e ex-ministro do Desenvolvimento Agrário e do Desenvolvimento Social, Patrus Ananias, denuncia a sanha com que o governo interino de Michel Temer vem desmontando o Ministério do Desenvolvimento Agrário - MDA e as políticas voltadas para os pequenos produtores rurais. Foram exonerados mais de 66 diretores, assessores e delegados do MDA nos estados. “O mais recente golpe do governo provisório contra a agricultura familiar e a reforma agrária eleva a quase uma centena o total de profissionais, de diferentes escalões, dispensados desde a instalação do governo provisório e da gestão ruinosa que inaugurou e mantém em curso”, denuncia Patrus.
O deputado e ex-ministro do Desenvolvimento Agrário e do Desenvolvimento Social, Patrus Ananias, denuncia a sanha com que o governo interino de Michel Temer vem desmontando o Ministério do Desenvolvimento Agrário - MDA e as políticas voltadas para os pequenos produtores rurais. Foram exonerados mais de 66 diretores, assessores e delegados do MDA nos estados. “O mais recente golpe do governo provisório contra a agricultura familiar e a reforma agrária eleva a quase uma centena o total de profissionais, de diferentes escalões, dispensados desde a instalação do governo provisório e da gestão ruinosa que inaugurou e mantém em curso”, denuncia Patrus.
As lições de um mês de governo Temer
Por Tico Santa Cruz, no jornal Brasil de Fato:
Pessoas que postavam coisas nas redes sociais sobre política, principalmente sobre o impeachment, passaram a falar sobre gatos, cachorros, comidas, filhos, passeios, jogos de futebol etc.
Aqueles que diziam estar lutando contra a corrupção, em grande maioria, devem estar dormindo há um mês ou mudaram de país. Vejo poucos falando sobre Cunha, Temer, Jucá e Renan. Os que ainda falam só mencionam Lula e Dilma, ainda que Dilma não tenha sido inserida na Lava Jato.
Aqueles que diziam estar lutando contra a corrupção, em grande maioria, devem estar dormindo há um mês ou mudaram de país. Vejo poucos falando sobre Cunha, Temer, Jucá e Renan. Os que ainda falam só mencionam Lula e Dilma, ainda que Dilma não tenha sido inserida na Lava Jato.
A instabilidade política vai continuar
Por Maurício Puls, na Revista Brasileiros:
Professor titular da Unicamp, o cientista político Armando Boito Jr. sustenta que a atual crise política começou quando o empresariado nacional retirou seu apoio ao governo Dilma Rousseff, provocando o colapso da frente neodesenvolvimentista. Foi a ruptura dessa coalizão de classes que enfraqueceu o Executivo e motivou a rebelião dos parlamentares liderada pelo presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB).
Boito critica o conceito de presidencialismo de coalizão, pois confere aos partidos políticos uma importância no processo decisório que eles a rigor não possuem: o governo Fernando Henrique Cardoso nunca foi um governo do PSDB, assim como os governos de Lula e Dilma não eram governos do PT. No Brasil, diz ele, vigora um presidencialismo autoritário: o Executivo consegue impor a sua agenda ao Legislativo em troca de pequenas concessões aos congressistas. Mas estes aceitam essa imposição porque suas bases sociais concordam com as diretrizes do governo.
Professor titular da Unicamp, o cientista político Armando Boito Jr. sustenta que a atual crise política começou quando o empresariado nacional retirou seu apoio ao governo Dilma Rousseff, provocando o colapso da frente neodesenvolvimentista. Foi a ruptura dessa coalizão de classes que enfraqueceu o Executivo e motivou a rebelião dos parlamentares liderada pelo presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB).
Boito critica o conceito de presidencialismo de coalizão, pois confere aos partidos políticos uma importância no processo decisório que eles a rigor não possuem: o governo Fernando Henrique Cardoso nunca foi um governo do PSDB, assim como os governos de Lula e Dilma não eram governos do PT. No Brasil, diz ele, vigora um presidencialismo autoritário: o Executivo consegue impor a sua agenda ao Legislativo em troca de pequenas concessões aos congressistas. Mas estes aceitam essa imposição porque suas bases sociais concordam com as diretrizes do governo.
Sádico, Temer corta R$ 14 do Bolsa Família
Por Miguel do Rosário, no blog O Cafezinho:
A mesquinharia do governo não é apenas ridícula. É sádica. Vingar-se nos mais pobres é uma decisão política inacreditavelmente sórdida. A economia do governo, ao não pagar o bolsa família com reajuste de 9%, é de R$ 1 bilhão. Enquanto isso, o mesmo governo deu reajuste a juízes e procuradores que representam quase R$ 60 bilhões em gastos adicionais. Ou seja, quem ganha R$ 200 mil ao mês, terá um generoso reajuste, enquanto o cidadão que depende de R$ 162 para comprar alimentos para seus filhos, teve negado miseráveis R$ 14 de aumento!
R$ 14!
A mesquinharia do governo não é apenas ridícula. É sádica. Vingar-se nos mais pobres é uma decisão política inacreditavelmente sórdida. A economia do governo, ao não pagar o bolsa família com reajuste de 9%, é de R$ 1 bilhão. Enquanto isso, o mesmo governo deu reajuste a juízes e procuradores que representam quase R$ 60 bilhões em gastos adicionais. Ou seja, quem ganha R$ 200 mil ao mês, terá um generoso reajuste, enquanto o cidadão que depende de R$ 162 para comprar alimentos para seus filhos, teve negado miseráveis R$ 14 de aumento!
R$ 14!
Hitler está de volta
Por Mauro Santayana, em seu blog:
O lançamento, na Europa, do filme "Ele está de volta", uma "comédia leve" sobre o que aconteceria se Adolf Hitler voltasse à Alemanha de nossos dias, com cenas de pessoas parando, na rua, para tirar selfies com o maior assassino da História; e o relançamento de sua obra-síntese, o "Mein Kampf" - "Minha Luta", em vários países - uma edição portuguesa esgotou-se em poucas horas, esta semana, na Feira do Livro de Lisboa - mostram que, mais do que perder o medo de Hitler, o mundo está, para com ele, cada vez mais simpático, no rastro da entrega - quase sem concorrência - dos grandes meios de comunicação globais a meia dúzia de famílias e de milionários conservadores que, se não simpatizam abertamente com o nazismo, com ele comungam de um profundo, hipócrita, e tosco anticomunismo, fantasma a que sempre recorrem quando seus interesses estão em jogo, ou se sentem de alguma forma ameaçados.
O lançamento, na Europa, do filme "Ele está de volta", uma "comédia leve" sobre o que aconteceria se Adolf Hitler voltasse à Alemanha de nossos dias, com cenas de pessoas parando, na rua, para tirar selfies com o maior assassino da História; e o relançamento de sua obra-síntese, o "Mein Kampf" - "Minha Luta", em vários países - uma edição portuguesa esgotou-se em poucas horas, esta semana, na Feira do Livro de Lisboa - mostram que, mais do que perder o medo de Hitler, o mundo está, para com ele, cada vez mais simpático, no rastro da entrega - quase sem concorrência - dos grandes meios de comunicação globais a meia dúzia de famílias e de milionários conservadores que, se não simpatizam abertamente com o nazismo, com ele comungam de um profundo, hipócrita, e tosco anticomunismo, fantasma a que sempre recorrem quando seus interesses estão em jogo, ou se sentem de alguma forma ameaçados.
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