domingo, 25 de dezembro de 2016

E os bens bloqueados de Eliseu Padilha?

Por Altamiro Borges

Na semana passada, o desesperado Michel Temer se reuniu com João Roberto Marinho, um dos três herdeiros do império da Rede Globo, e pediu uma cobertura jornalística mais generosa da empresa. Também nos últimos dias, vários prepostos da mídia monopolista visitaram os aspones da Secretaria de Comunicação Social (Secom) da Presidência. Pelo jeito, as conversas renderam frutos. Somente as revistonas - como Veja, Época e IstoÉ - tiveram um aumento de 900% nas verbas publicitárias. Como contrapartida, a mídia mercenária parece que deu uma trégua ao covil golpista. Um dos chefes da quadrilha, o ministro Eliseu Padilha, por exemplo, já sumiu do noticiário.


Os presentes de Natal de Temer, o cruel

Por Altamiro Borges

O Natal do “golpe dos corruptos” será inesquecível para os trabalhadores brasileiros. O Judas Michel Temer, vestido de Papai Noel, distribuiu um bocado de presentes. Sem se preocupar com a popularidade, que já está no lixo – segundo todas as pesquisas de opinião –, o usurpador esbanjou crueldade. As associações patronais e a mídia venal, que apoiaram a conspiração golpista, aplaudiram as medidas. Já as entidades de trabalhadores prometeram um 2017 de muitas greves e protestos. O site do PT listou algumas das maldades impostas nos últimos dias pela quadrilha que assaltou o poder. Vale conferir:

STF adia presentão de R$ 100 bi às teles

Por Altamiro Borges

As multinacionais da telefonia ainda não poderão festejar o presentão de Natal do Judas Michel Temer. Nesta sexta-feira (23), a presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministra Carmen Lúcia, suspendeu a tramitação no Senado do projeto de que modifica a Lei Geral das Telecomunicações e concede benefícios de mais de R$ 100 bilhões às famigeradas teles. Ela atendeu a uma ação dos senadores Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM) e Paulo Rocha (PT-PA) e pediu explicações sobre o rápido andamento do Projeto de Lei da Câmara (PLC) 79/2016, que seguiria para aprovação sem votação em plenário. Com a decisão, a matéria não poderá ser sancionada imediatamente pelo usurpador.

sábado, 24 de dezembro de 2016

Odebrecht, EUA e a Operação Vira-Lata

Por Renato Rovai, em seu blog:

O procurador Deltan Dallagnol, coordenador da Operação Lava Jato, comemorou o acordo de leniência firmado pela Odebrecht e pela Braskem com o Ministério Público Federal, que incluiu uma multa de R$ 8,5 bilhões, dizendo que é possível melhorar o país a despeito do “complexo de vira-lata” de alguns de nós que achamos que “o Brasil não tem jeito”.

Ontem o ex-ministro da Justiça da presidente Dilma Rousseff, Eugênio Aragão, contestou no que chamou de uma “cartinha aberta” ao procurador, dizendo:

A troca de favores entre Temer e as revistas

Por Paulo Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:

Raras vezes, se é que alguma, o Brasil foi regido como agora por homens tão sem noção de decência pública.

É simplesmente humilhante para a sociedade.

Fomos obrigados a tolerar, primeiro, Eduardo Cunha, com o gangsterismo despudorado com o qual ele armou o golpe contra Dilma na presidência da Câmara.

Logo em seguida veio Temer, o homem das 43 citações na primeira delação da Odebrecht.

Temer vai à TV na noite de Natal

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

O senhor Michel Temer não é apenas um desastre para o país.

É, também, um sádico.

Ocupar rede nacional de televisão na noite de Natal, com sua impopularidade e a rejeição que tem da maioria do povo brasileiro, é assumidamente tentar levar a discórdia e a discussão ao momento em que a maioria das famílias está confraternizando, deixando para lá problemas e divergências e saudando as esperanças já difíceis de manter.

O conflito na Síria e a Segunda Guerra Fria

Omar Sanadiki/Reuters
Por Ricardo Alemão Abreu, na revista CartaCapital:

Com o recente avanço das forças militares sírias e seus aliados na batalha contra o Estado Islâmico e outros grupos fundamentalistas e mercenários em Aleppo, surge uma forte tendência de vitória do atual governo sírio e de seus aliados nesse prolongado conflito que envolve interesses dos EUA e das potências europeias, de um lado, e mais diretamente interesses da Rússia e do Irã, mas também da China, de outro.

Depois do início das revoltas árabes, em 2011, segundo Luiz Alberto Moniz Bandeira, em seu livro A Segunda Guerra Fria: Geopolítica e Dimensão Estratégica dos Estados Unidos – das rebeliões da Eurásia à África do Norte e ao Oriente Médio, o motivo principal da intervenção dos Estados Unidos da América (EUA) e das potências europeias no Oriente Médio e na região do Magreb seria o controle do Mar Mediterrâneo e a contenção e isolamento do Irã, além de evitar a presença da Rússia, e ainda da China, nessa região.

A retrospectiva que não sairá na Globo

Lava-Jato e os cônsules dos EUA no Brasil

Por Jeferson Miola

Nos últimos dias a imprensa hegemônica do Brasil passou a divulgar as investigações do Departamento de Justiça dos EUA sobre a corrupção na Petrobrás. O que era apenas uma suspeita dos advogados do ex-presidente Lula, se confirmou como realidade cristalina.

Agora é possível entender porque Moro, muito zelosamente, sempre censurou as perguntas feitas pela defesa de Lula a delatores e testemunhas de acusação sobre a assinatura de acordos de colaboração com autoridades policiais e judiciais norte-americanas.

sexta-feira, 23 de dezembro de 2016

“Coxinhas” ficam sem o peru de Natal

Por Altamiro Borges

Manipulados pela imprensa falsamente moralista, muitos “midiotas” bateram panelas e foram as ruas para exigir o “Fora Dilma”. Os tapados acreditaram piamente na conversa fiada de que bastaria tirar a presidenta para a economia voltar a crescer e o Brasil virar um paraíso. Nos primeiros dias do “golpe dos corruptos”, a imprensa mercenária, alimentada com mais verbas de publicidade, até estimulou essa miragem. Ex-urubólogos se fantasiaram de otimistas para difundir a mentira da “volta da confiança” do deus-mercado. Agora, porém, nem eles mais divulgam esta baita falácia, temendo pela queda ainda mais abrupta da sua já pouca credibilidade.

Os apoiadores do golpe e os autoenganos

Por Celso Vicenzi, em seu blog:

Em meio ao caos que se tornou o país, com a guerra entre poderes, o ataque aos direitos previstos na Constituição, a seletividade da mídia e do Judiciário, o abuso de poder e tantas outras calamidades, irrompe um fenômeno no seio (direito!) da sociedade brasileira: Milhares de pessoas com caras de desentendidos, incapazes de compreender que o apoio que deram ao golpe foi fundamental para chegarmos a esse estágio, de duros e perigosos desdobramentos.

São pessoas que seguem fazendo críticas “a tudo isso que está aí”, mas esquecem que deram carta branca para o golpe e suas consequências, que eram mais do que previsíveis. Quando não foram ativos, foram omissos, passivos. Junto com milhares de outros brasileiros, estimulados pela mídia, pelo empresariado e outras forças que comandaram o golpe, foram fundamentais para o seu sucesso.

O repto ao Tratado de Versalhes das elites

Por Saul Leblon, no site Carta Maior:

O grau de sacrifício que o golpe decidiu impor à população brasileira é muito superior ao poder de ordenamento que as elites detém para implementa-lo sem recorrer a um regime de força.

Só uma ampla frente de interesses e forças poderá impedir que a lógica em curso se acerque do epílogo nefasto.

É sombrio o futuro da democracia no Brasil: a vitória ou a derrota da resistência popular nesse embate condicionará o destino da sociedade que seremos no século XXI.

O "belíssimo presente de Natal” do Temer!

Por Tereza Cruvinel, em seu blog:

Abusando da inteligência dos brasileiros, Temer definiu hoje sua proposta de reforma trabalhista como “um belíssimo presente de Natal”. Para os empregadores, certamente. Para os trabalhadores, um presente de grego. Na medida em que “o negociado prevalecerá sobre o legislado”, as categorias mais fracas, com baixo nível de organização e capacidade de pressão, aceitarão dos patrões a imposição de condições de trabalho massacrantes, com jornadas de trabalho que poderão chegar a 12 horas diárias.

Presente às teles faz parte do golpe

Por Eduardo Maretti, na Rede Brasil Atual:

A senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM) está na ponta de lança da batalha para tentar barrar a consumação, no Senado, do Projeto de Lei da Câmara (PLC 79/2016), que perdoa multas e repassa às empresas de telefonia um patrimônio público no valor de R$ 105 bilhões. Do ponto de vista parlamentar, a senadora acusa “grave violação” ao Regimento Interno da Casa.

Ontem, Vanessa e outros senadores da oposição entraram com mandado de segurança no Supremo Tribunal Federal, contra o projeto de lei do deputado Daniel Vilela (PMDB-GO). O mandado foi impetrado por Lindbergh Farias (PT-RJ) e é assinado por 12 senadores, entre os quais Gleisi Hoffmann (PT-PR), Fátima Bezerra (PT-RN), Roberto Requião (PMDB-PR) e Lídice da Mata (PSB-BA).

Brasil marcha rápido para a depressão

Por Marcos Verlaine, no site do Diap:

Com as políticas aprovadas nos últimos meses pelo Congresso originárias do programa ‘Uma ponte para o futuro’, do PMDB, o País poderá caminhar para a depressão econômica; caracterizada por profunda contração interna. Estas políticas contracionistas não levarão o Brasil a porto seguro. Então vejamos.

A Emenda Constitucional (EC) 95, promulgada no dia 15 de dezembro, tem o objetivo, segundo o governo, de equilibrar as contas públicas por meio de rígido mecanismo de controle de gastos. Pelo texto, a partir de 2018, os gastos federais só poderão aumentar de acordo com a inflação acumulada conforme o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).

Temer afronta o Direito do Trabalho

Por Adilson Araújo, no site da CTB:

O governo Temer mente ao afirmar que seu projeto de mudança na legislação trabalhista concilia os interesses de patrões e empregados, foi amplamente debatido com representantes da sociedade e conta com o apoio de todas as centrais sindicais brasileiras. A CTB (Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil) vem a público manifestar sua firme oposição às propostas em questão e expor os fundamentos de tal posição.

quinta-feira, 22 de dezembro de 2016

CUT/Vox Populi: Lula é imbatível nas urnas

Por Marize Muniz, no site da CUT:

Quem é o melhor presidente do Brasil? - perguntou a CUT/Vox Populi ao povo. 43% cravaram o nome de Lula. Só 13% escolheram FHC. E quem você admira/gosta muito? Deu Lula de novo, com 33%.

Para Aécio Neves (PSDB-MG), sobraram meros 8%. Já a Geraldo Alckmin (PSDB-SP), seu desafeto, conseguiu um ponto a mais, 9%. Detalhe importante, 96% dos brasileiros responderam que ficaram sabendo que Lula foi indiciado pelos procuradores da Operação Lava Jato.

O medo dos playboys da Lava-Jato

Por Eduardo Guimarães, no Blog da Cidadania:

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva vem lutando em instâncias nacionais e internacionais para mostrar que os procuradores e policiais que o investigam e os juízes que o julgam não detêm o requisito pétreo e basilar da isenção para atuarem no seu caso.

O comportamento pregresso e/ou atual dos pretensos carrascos de Lula comprova que ele tem razão.

Juízes, policiais federais e procuradores da Lava Jato são inimigos figadais do ex-presidente. Metem-se em brigas com seus advogados, antecipam juízos de valor sobre o que ainda não julgaram, debocham do ex-presidente…

Nova fase do golpe: Nelson Jobim presidente

Por Ricardo Gebrim, no jornal Brasil de Fato:

Florestan Fernandes nos alertava sobre a capacidade antecipatória de nossa classe dominante. Esta é uma peculiaridade presente em tantos episódios históricos decisivos, como na proclamação da independência, na abolição da escravatura combinada com a "Lei de Terras", na constituição da República e mesmo no golpe de 1964, que veio antes do início das anunciadas reformas de base. Sem falar da estratégia da "abertura lenta gradual e segura" ao final da ditadura militar. Sem dúvida, essa habilidade antecipatória é uma característica que se afirma numa hábil capacidade conspiratória.

A cruzada moralista e sua ideologia

Por André Araújo, no Jornal GGN:

Os movimentos políticos através da História são lastreados ou na ideologia ou na realidade do poder. No Século XX exemplos clássicos de ações movidas por ideologia: a luta de Leon Trotsky para implantar o comunismo na Europa em contraposição à política realista de Stalin para consolidar a Revolução dentro da Rússia pelo princípio da economia de forças.

A política de Woodrow Wilson, ao fim da Primeira Guerra, com seus 14 pontos, foi uma ação ideológica, "para abolir os pecados da velha diplomacia", ao pensar nos ideais humanitários americanos contra a tradicional viciosidade da política europeia, plantou as sementes dos desarranjos que iriam, vinte anos depois, gerar a Segunda Guerra.