domingo, 19 de fevereiro de 2017

Globo sabota transmissão do Atletiba

Por Altamiro Borges

A transmissão do futebol é uma das principais fontes de lucro da Rede Globo. Em 2015, último ano com dados disponíveis, o império global arrecadou R$ 1,350 bilhão com publicidade nos jogos dos principais campeonatos do país – mais do que as 106 emissoras da TV Record faturaram durante todo o ano. Uma ínfima parte desta grana é repassada aos clubes, às federações estaduais e à Confederação Brasileira de Futebol (CBF). Com o monopólio das transmissões, a TV Globo manda e desmanda nesta paixão nacional, impondo os horários das partidas e outras restrições. Este absurdo – que não ocorre em outros países – sofreu um baque na tarde deste domingo (19) no clássico entre o Atlético Paranaense e o Coritiba, o famoso Atletiba.

Cresce a repulsa a Alexandre de Moraes

Por Altamiro Borges

No circo montado pelo Senado Federal para sabatinar Alexandre de Moraes é quase certo que o seu nome será aprovado para compor o Supremo Tribunal Federal (STF) na vaga deixada pelo ministro Teori Zavascki – falecido em janeiro em condições até agora suspeitas. Afinal, o “plagiador” foi indicado por Michel Temer exatamente para servir de “guarda-costas” dos golpistas que tomaram de assalto o poder. O seu papel é o de “estancar a sangria” das investigações sobre corrupção no país. Entre os 81 senadores que irão sabatiná-lo, mais da metade está metida em alguma roubalheira. O senador Romero Jucá (PMDB-RR), líder do covil no Congresso, por exemplo, é alvo de inquérito na midiática Lava-Jato. Já o líder do Judas no Senado, Aloysio Nunes (PSDB-SP), é suspeito de envolvimento com crimes eleitorais e é alvo de outro inquérito mantido sob sigilo no próprio STF.

Após pesquisas, mídia rosna contra Lula

Por Altamiro Borges

Já era mais do que previsível. As recentes pesquisas de opinião, que apontaram o brutal desgaste de Michel Temer e a folgada vantagem de Lula para a disputa presidencial de 2018, deixaram a direita nativa enfurecida, babando de ódio. Afinal, ela bancou o “golpe dos corruptos”, que depôs Dilma Rousseff, e corre o risco de assistir o retorno do chamado “lulopetismo” ao Palácio do Planalto. Ou seja: o trabalho sujo e criminoso ficou incompleto. Diante deste perigo, a mídia golpista – o verdadeiro partido da direita nativa – já voltou a campo. Ela rosna hidrófoba contra Lula, deixando explícito que a guerra será sangrenta. Não haverá paz e nem civilidade – por mais que alguns ingênuos ainda acreditem no fim da luta de classes.

Temer deu pixulecos ao MBL e Vem Pra Rua?

Por Altamiro Borges

Os grupos golpistas que organizaram as marchas pelo “Fora Dilma” andavam meio sumidos. Quase ninguém ouvia mais falar sobre o Movimento Brasil Livre (MBL), o ‘Vem Pra Rua’ e outras seitas menos famosas. É compreensível. No ano passado, seus líderes estiveram metidos no balcão de negócios para a montagem do covil de Michel Temer. Negociaram alguns carguinhos e foram convidados para dar “consultoria” ao usurpador – não se sabe a que preço. Os golpistas mirins também tiveram que se dedicar à campanha para eleger prefeitos e vereadores pelos idôneos DEM e PSDB. Houve ainda brigas entre os grupelhos – com graves acusações de todos os lados. Foi um período de muita trabalheira. Não dava para convocar as famosas “marchas contra a corrupção”, tão paparicadas pela mídia mercenária.

França: eleição dramática e imprevisível

Por Immanuel Wallerstein, no site Outras Palavras:

Há um ano, as eleições presidenciais francesas de 2017 pareciam muito seguras. Havia três partidos importantes: Les Républicains (LR), de centro-direita, o Partido Socialista (PS), de centro-esquerda e a Frente Nacional (FN), de ultra-direita. Como na França há normalmente dois turnos, com apenas dois candidatos no segundo, a questão central sempre é qual dos três será eliminado no primeiro turno.

Parecia certo que a FN estaria no segundo turno, encarnando o sentimento anti-Establishment. Parecia igualmente certo que o presidente François Hollande, caso tentasse a reeleição, perderia feio. Isso significa que o candidato dos LR estaria no segundo turno. Seria ainda mais provável se os LR escolhessem Alain Juppé, em vez do ex-presidente Nicolas Sarkozy. A maior parte das pessoas considerava que Juppé tinha muito maiores possibilidades de atrair os votos dos socialistas e do centro; e de ganhar a presidência.

Temer faz o que Dilma não fez na comunicação

Por Miguel do Rosário, no blog Cafezinho:

Em relação a essa matéria da Folha, sobre Temer pagar Youtubers para fazer propaganda do governo, me desculpem, tenho que, com muita dor no coração, parabenizar o governo.

É o que sempre sugerimos, gratuitamente, à Dilma fazer. Não exatamente esse tipo de jabá descarado, que me parece indecente e corrompe os youtubers.

Mas isso apenas porque Temer é um Midas às avessas, e falta-lhe o principal: legitimidade.

Um segundo turno entre Lula e Bolsonaro?

Por Leonardo Sakamoto, em seu blog:

A possível candidatura de Jair Bolsonaro à Presidência da República ainda tem sido tratada por parte considerável da imprensa, de analistas e intelectuais e da elite política como uma piada ou um assunto escatológico e, portanto, proibido em rodas de conversa educadas.

E há um complicador para essa discussão. Considerando um hipotético segundo turno entre Lula (que segue à frente nas pesquisas de intenção de voto) e Bolsonaro (que, assim como o ex-presidente, subiu na preferência e, neste momento, surge em segundo lugar), em quem uma parcela da direita esclarecida e dos liberais anti-PT votariam? Não estou falando de certos grupos que não podem ser chamados de direita, flertam com o fascismo descaradamente, acham que toda pessoa que não se encaixa em seu padrão de mundo deva ser exterminada e vestem a camisa do deputado federal. Falo do pessoal responsável que ainda não se forma totalmente por memes na rede e não acredita que há um golpe comunista em curso no país.

Blocos soviéticos agitam carnaval


Por Pável Rítsar, no site da Fundação Maurício Grabois:

No ano de celebração do centenário da Revolução Russa, blocos de carnaval soviéticos irão agitar três capitais brasileiras a partir desta sexta-feira (17). Além do tradicional bloco Tô no Vermelho e o Bloco Soviético, que debutou em 2013, Belo Horizonte e Brasília também ganham seus próprios grupos embalados pela ideologia socialista.

A ideia do primeiro bloco soviético surgiu em São Paulo, em 2013, em uma brincadeira no Twitter que incluiu a cantora Vange Leonel (falecida em 2014) e sua então companheira, a jornalista Cilmara Bedaque. Do primeiro ano, em que menos de 200 pessoas compareceram à concentração nos entornos do bar Tubaína, na rua Haddock Lobo, em São Paulo, o número de foliões subiu para quase 5.000 em 2016.

Câmara rejeita “Lei Claudia Cruz”

Foto: Alex Ferreira/Câmara dos Deputados
Por Cynara Menezes, no blog Socialista Morena:

Foi por pouco, muito pouco. Graças a um destaque apresentado pelo PCdoB, o plenário da Câmara dos Deputados rejeitou a inclusão de cônjuges e parentes de políticos no projeto que reabre prazo para legalização de dinheiro mantido irregularmente no exterior por brasileiros (PL 6568/16). Se aprovada, a manobra possibilitaria aos cônjuges e parentes de políticos trazerem de volta, sem penalidade alguma, seus depósitos na Suíça e outros paraísos fiscais. O projeto já estava sendo apelidado de “Lei Claudia Cruz”, em referência à mulher do ex-deputado federal Eduardo Cunha, que possui R$7,5 milhões na Suíça.

Monopólio da mídia não resiste à luz do sol

Por Bepe Damasco, em seu blog:                                                                                      

Li uma postagem no facebook na qual alguém que não lembro o nome, afinal vivemos em uma época de overdose de informações e não há memória que resista, relativizava o poder manipulador da mídia ao assinalar que ela fora derrotada por Lula e Dilma nas campanhas eleitorais de 2002, 2006, 2010 e 2014. Nessas quatro eleições presidenciais, Serra duas vezes, Alckmin e Aécio não só contaram com o apoio incondicional de Globo, Folha, Veja e Estadão, como os candidatos do do PT foram alvo de toda sorte de mentiras, baixarias e calúnias.

A direita tucana x 'bolsomitos'

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

Vi os posts e comentários sobre a briga entre Reinaldo Azevedo e Joyce Hasselman, que até pouco tempo serviam na mesma bateria de obuses da Veja que dava cobertura à ofensiva pelo impeachment.

Aos maiores de idade, apreciadores de “barraco” e resistentes de estômago, a longa, grosseira e injuriosa fala de Reinaldo Azevedo pode ser vista aqui. Talvez pela minha idade, tenho limites ao me referir a uma pessoa asquerosa como a ex-musa do impeachment, destronada na reta final por Janaína Paschoal.

A baixaria é inenarrável.

Barão de Itararé busca novos amigos

Da Rede Brasil Atual:

O Centro de Estudos da Mídia Alternativa Barão de Itararé está em busca de parceiros para prosseguir com suas atividades. A campanha “Seja Amigo do Barão” chama o público para conhecer e apoiar a entidade que tem como objetivo central a luta pela democratização da mídia no Brasil. “Quem defende a liberdade de expressão deve ser amigo do Barão, entidade que luta bravamente por esse direito fundamental”, afirmou a deputada federal Luíza Erundina (Psol-SP).

Os brasileiros não gostam de Temer

Editorial do site Vermelho:

O ilegítimo Michel Temer nunca foi apreciado pelos brasileiros, como revelam as pesquisas de opinião desde o momento que o golpe midiático-judicial-parlamentar o levou à presidência da República, em maio de 2016.

Agora, passados nove meses desde então, ele afunda ainda mais na avaliação popular. Uma pesquisa recente da CNT-MDA, divulgada na quarta-feira (15), mostrou o tamanho da queda: 44,1% dos entrevistados desaprovam o governo golpista como ruim ou péssimo. A desaprovação pessoal a Temer chegou a 62,4%; em outubro de 2016 já era ruim, e atingia de 51,5%

sábado, 18 de fevereiro de 2017

Os negócios milionários do sinistro da Saúde

Por Altamiro Borges

No sábado passado (11), a Folha publicou uma matéria bombástica que reforça a ideia de que só dá bandidos no covil golpista de Michel Temer. Segundo a reportagem, “o ministro da Saúde, Ricardo Barros (PP-PR), e uma empresa imobiliária fecharam um acordo particular e sigiloso para a compra de um terreno de R$ 56 milhões em Marialva (PR) em dezembro de 2013. Com o acordo, Barros se tornou dono de 50% do imóvel, embora na época detivesse um patrimônio declarado à Justiça Eleitoral de R$ 1,8 milhão”. A denúncia, porém, já sumiu da mídia – sabe-se lá a que preço em anúncios publicitários e outras benesses!

Globo oculta que Cabral é do PMDB de Temer

Por Altamiro Borges

A poderosa famiglia Marinho – dona da TV Globo, da GloboNews, do jornal O Globo, da revista Época, da rádio CBN e de vários outros veículos de comunicação – segue com seu bombardeio diário contra o ex-governador Sérgio Cabral. No passado, ela foi muito amiga do atual presidiário, o que lhe garantiu milionários negócios no Rio de Janeiro com publicidade oficial, “projetos culturais” e outras benesses. Agora, a ingrata famiglia trata o ex-governador como um corrupto ambicioso – o que ele é, de fato. O interessante, porém, é que a Rede Globo evita destacar que Sérgio Cabral é do PMDB, o partido controlado por Michel Temer, e que ele teve participação ativa no “golpe dos corruptos” que depôs a presidenta Dilma.

Programa do golpe fracassou; falta a saída!

Por Tereza Cruvinel, em seu blog:

A semana que se encerra foi pródiga em sinais de que o programa do golpe de 2016 fracassou, embora Temer e sua coalizão continuem governando. Os sinais vieram da economia, da Lava Jato, das pesquisas, da vida real e do mundo simbólico, a exemplo do que houve nesta sexta-feira na entrega do prêmio Camões: uma das maiores estrelas de nossa literatura denunciou o golpe e suas degenerações autoritárias. Foi desancado pelo ministro da Cultura. O plano golpista fracassou mas o país ainda não encontrou uma saída. Se ela não vier antes de 2018, a resposta virá das urnas mas a terra estará mais arrasada e a restauração terá custo maior.

Temer paga youtubers para enganar seu filho



Por Kiko Nogueira, no blog Diário do Centro de Mundo:

Pergunte ao seu filho adolescente se ele leu o livro que a escola encomendou. Ele não saberá o nome, provavelmente.

Agora pergunte se ele assistiu ao último vídeo de algum youtuber. A resposta positiva virá com uma descrição minuciosa. Batata.

A estratégia do governo Temer de pagar influenciadores do YouTube para fazer propaganda disfarçada das reformas no ensino médio segue o padrão vigente: é um golpe vagabundo.

Esses rapazes estão sendo pagos com dinheiro público para enganar o público.

Fonte da IstoÉ se contradiz ao acusar Lula

Do Jornal GGN:

"O personagem que estampa a capa desta edição de IstoÉ chama-se Davincci Lourenço de Almeida. Entre 2011 e 2012, ele privou da intimidade da cúpula de uma das maiores empreiteiras do País, a Camargo Corrêa", introduz a revista na apresentação de sua fonte do suposto "furo" que manchetou: "Levei mala de dinheiro para Lula".

Foi descrito pela publicação como uma pessoa próxima da família do ex-presidente da construtora, Dalton Avancini. Mas a revista, que ganhou o contato pelo promotor José Carlos Blat, do Ministério Público de São Paulo, revelou apenas partes recortadas do suposto furo e evitou aprofundar quem é Davincci Lourenço de Almeida.

Lula: o "elo frágil" do golpe

Por Ricardo Gebrim, no jornal Brasil de Fato:

As forças políticas e econômicas que patrocinaram o golpe não podem suportar o risco de uma candidatura Lula sair vitoriosa em 2018. Enfrentando um cenário que tende a se agravar, impondo aceleradamente medidas que elevam a tensão social, sabem que mesmo enfrentando enormes dificuldades eleitorais, assumindo um governo ainda mais blindado pelo neoliberalismo, Lula representa um perigo inaceitável.

O golpe precisa inabilitar Lula. Apesar de terem utilizado todo o arsenal midiático numa ofensiva implacável durante os últimos anos, Lula emerge liderando a pesquisa, saindo vitorioso em três hipóteses num eventual segundo turno. É muito risco para uma conjunção de forças que conseguiu dar o golpe e não aceitará "morrer na praia".

Cunha jogará o nome de Temer “na lama”?

Por André Barrocal, na revista CartaCapital:

A mulher do presidente, Marcela Temer, foi vítima em 2016 de um chantagista que ameaçava jogar “na lama” o nome do marido. O réu por corrupção Eduardo Cunha (PMDB-RJ) parece ter os mesmos planos para Michel Temer (PMDB-SP). O objetivo? Sair da cadeia, um pedido negado na quarta-feira 15 pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

Um dia após a decisão do STF, o site da revista Época noticiou a existência de mais um roteiro intimidatório de perguntas elaborado por Cunha para serem respondidas por Temer. Neste caso, em um processo por corrupção movido em Brasília contra o deputado cassado.