terça-feira, 29 de agosto de 2017

Silvio Santos e o atraso da tevê

Por Djamila Ribeiro, na revista CartaCapital:

Nos últimos tempos, Silvio Santos, apresentador e dono do SBT, tem protagonizado atitudes machistas e, consequentemente, desrespeitosas às mulheres. Em junho, constrangeu a apresentadora Maísa, de 15 anos, ao querer forçá-la a namorar o colega de canal Dudu Camargo, de 19. Após o episódio, Maísa postou em suas redes sociais que as mulheres não deveriam mais aturar esse tipo de situação.

Depois de fazer declarações do tipo “mulher não tem o direito de ser feia”, recentemente Silvio Santos apontou suas baterias para a apresentadora Fernanda Lima. Em seu programa de 2 de julho, afirmou considerar a global “magrela, muito magra”. E continuou: “Essa que é a Fernanda Lima? Que faz o programa Amor & Sexo? Com ela não tem nem amor nem sexo. Com essas pernas aí? Nada disso. Quem gosta de osso é cachorro”. 

TVT amplia a voz da sociedade

Por Paulo Donizetti de Souza e Tiago Pereira, no site Carta Maior:

A TV dos Trabalhadores, TVT, acaba de completar sete anos no ar. Um projeto em que alguns talvez não acreditassem, nascido ainda na fase final da ditadura – com uma câmera e muitas ideias, e sonhos –, mas que vem se consolidando como alternativa democrática e plural. Uma disputa que o diretor da Fundação Sociedade Comunicação Cultura e Trabalho, Paulo Vannuchi, considera crucial. "Ou consolidamos e ampliamos a voz das lideranças e dos movimentos populares junto a milhões de pessoas que clamam por trabalho, justiça e dignidade, ou o país seguirá à mercê das ondas neoliberais capazes de anular décadas de lutas e avanços civilizatórios", diz o ex-ministro Vannuchi.

Lula: O sertão virou um mar de gente

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

A um velho brizolista é, talvez, mais fácil entender o que se passa em relação a Lula que a muitos petistas.

Estamos acostumados ao que eu chamava de “cenas de brizolismo explicito”, como temos agora as de “lulismo explícito”

Damos de ombros à crítica de que isso é populismo, porque sabemos contra o que este nome é usado.

Como não somos regidos pelo “o que sai no jornal”.

Porque o jornal é “deles”.

Privatização da Eletrobras ameaça o Brasil

Editorial do site Vermelho:

O anúncio, nesta segunda-feira (21), da intenção de privatizar a Eletrobras revela mais uma vez como o governo do ilegítimo Michel Temer se parece cada vez mais com outros governantes que infelicitaram o Brasil – os neoliberais Fernando Collor de Mello e Fernando Henrique Cardoso.

E a marca que os aproxima é o fundamentalismo neoliberal – ainda mais radical sob Temer do que antes.


O golpe e a derrota na disputa midiática

Por Felipe Bianchi, no site do Centro de Estudos Barão de Itararé:

O processo de regressão social e restrição democrática imposta pelo governo que assumiu o país após o impeachment de Dilma Rousseff deixa uma lição clara: fazer comunicação e disputa de ideias nas administrações públicas é imprescindível para sustentar projetos políticos. Essa foi a reflexão que deu o tom em debate realizado neste sábado (26), durante seminário realizado pelo Centro de Estudos da Mídia Alternativa Barão de Itararé, em São Luís-MA.

A última fonte vai se esgotar?

Por Tarso Genro, no site Sul-21:

Ainda como Secretário Executivo do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social, no início do Governo Lula, promovi uma série de debates públicos e outros mais reservados, sobre as influências da globalização na agenda de desenvolvimento do Brasil, que saia de um Governo com inflação alta, juros estratosféricos e taxas de crescimento irrisórias. Terminava o Governo FHC e iniciava o maior ciclo de prosperidade e distribuição de renda do país, nos últimos cinquenta anos. Ciclo que começou a esgotar-se já na segunda metade do primeiro Governo Dilma, cujos motivos não cabem, aqui, nesta curta crônica política.

Os novos donos do Brasil

Por Jandira Feghali

Para se sustentar na cadeira presidencial, mesmo que ilegítimo, Michel Temer pilha o patrimônio de nossa nação a qualquer custo. São 57 empresas e projetos, além da Casa da Moeda, aeroportos, lotes de terra com linhas de transmissão e parte da Amazônia. A preço de banana, numa grande feira, uma lista de estatais se esvaem às escuras. Pôr a Eletrobras no escuso balcão de negócios montado no terceiro andar do Palácio do Planalto é entregar o Brasil a um futuro sem perspectiva estratégica de desenvolvimento. Um ano e três meses depois do golpe, tudo está à venda.

segunda-feira, 28 de agosto de 2017

Como a TV Globo cobre o nazismo

Evitar a privatização da Eletrobrás

Do site do Sindicato dos Engenheiros de São Paulo:

A privatização da Eletrobras, anunciada em 21 de agosto último, caso se confirme, significará grave deterioração do setor elétrico brasileiro, atingirá frontalmente os interesses estratégicos do País e certamente representará prejuízo aos empregados da companhia e à população como um todo. Portanto, deve ser rejeitada e combatida pela sociedade brasileira.

A atração de capitais privados para a venda de ações se dará justamente pela transformação dos atuais contratos de concessão de subsidiárias da Eletrobras, que estabelecem a receitas de 14 usinas hidrelétricas antigas, remuneradas pelo regime de cotas. Isso provocará aumento brutal das tarifas a serem pagas pelas distribuidoras de energia, o que, obviamente, será repassado aos consumidores finais.

Na caravana, Lula reencontra o povo

Lula em Mossoró/RN. Foto: Ricardo Stuckert
Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

Num país onde a queixa sobre a apatia da grande massa dos cidadãos tornou-se o grande lugar comum das análises políticas, a caravana de Luiz Inácio Lula da Silva pelo Nordeste oferece uma surpresa e tanto.

Num fenômeno pouco visível para quem limita-se a acompanhar a realidade do país pela cobertura dos grandes monopólios da mídia familiar, basta reconstruir o que aconteceu neste domingo, quando a caravana completava seu décimo dia, para se ter uma noção adequada do que se passa no fundão da política brasileira.

Esquerda deu espaço para a mídia golpista

Por Cida de Oliveira, na Rede Brasil Atual:

A “regressão civilizatória” por meio do desmanche do pouco que se conquistou no país em termos de direitos sociais é fruto da derrota da esquerda brasileira e dos governos democráticos e populares na disputa da comunicação. A análise é do presidente do Centro de Estudos da Mídia Alternativa Barão de Itararé, Altamiro Borges, o Miro, durante o painel que discutiu o papel das secretarias de comunicação, na tarde deste sábado (26), já no encerramento do seminário Os desafios da Comunicação nas Administrações Públicas, em São Luís, Maranhão.

O manchetômetro do Maranhão

Por Miguel do Rosário, no blog Cafezinho:

O pessoal da comunicação do governo do Maranhão, onde o blogueiro passou o final de semana, participando de um seminário organizado pelo Barão de Itararé, nos enviou um estudo sobre o tratamento que o principal jornal do Maranhão, pertencente ao grupo Mirante, da família Sarney, dá ao governo do estado.

É importante lembrar que o grupo Mirante é o retransmissor da Globo no Maranhão.

Justiça censura o uso da palavra 'helicoca'

Por Cynara Menezes, no blog Socialista Morena:

Uma juíza de Brasília proibiu o site Diário do Centro do Mundo de utilizar a expressão HELICOCA para designar o helicóptero carregado com 445 quilos de pasta-base de cocaína há quatro anos e que a polícia nunca descobriu a quem pertencem. O helicóptero pertence à família do senador Zezé Perrella (PTB-MG), e por isso ele espantosamente conseguiu na Justiça uma liminar censurando o site e proibindo o uso do termo HELICOCA.

A 3G e o negócio do século na Eletrobrás

Por Luis Nassif, no Jornal GGN:

O pano de fundo da privatização da Eletrobrás é o seguinte.

O pai da ideia é o Secretário Executivo do Ministério de Minas e Energia, Paulo Pedrosa, operador colocado para dar as cartas no MME. O Ministro é figura decorativa.

Pedrosa é ligado ao fundo de private equity GP Investimentos, que nasceu das entranhas do Banco Garantia para administrar parte dos ativos, quando os três fundadores embarcaram na grande aventura Ambev.

A agenda da democratização da comunicação

Por Cristiane Sampaio, no jornal Brasil de Fato:

A democratização da comunicação deve constar na lista de prioridades do próximo governo do Brasil, segundo o ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad. Para o petista, que também foi ministro da Educação no governo Lula, o tema é fundamental para o fortalecimento da democracia no país.

“O debate sobre a comunicação já tardou tanto quanto o da reforma política. Está passando dos limites da irresponsabilidade, da omissão frente a isso. Essa agenda tem que estar na ordem do dia do próximo governo, se for um governo progressista, democrático e comprometido com a causa popular”, afirmou.

Maranhão discute comunicação pública

Por Kátia Passos e Lucas Martins, no site Jornalistas Livres:

Em São Luís, MA, uma das discussões mais importante da política nacional toma espaço, no seminário “Os Desafios da Comunicação nas Administrações Públicas” organizado pelo Centro de Estudos de Mídia Barão de Itararé, que nos dias 25 e 26 de agosto coloca em pauta como devem os governos progressistas se colocarem, no exercer de seus mandatos, para buscar os caminhos de uma comunicação que consiga quebrar a influência da grande mídia.

O encontro junta além de pesos pesados da política, blogueiros e jornalistas como Paulo Henrique Amorim, Eduardo Guimarães, Renato Rovai entre outros.


Moro gostaria de ser julgado por Moro?

Por Eduardo Guimarães, no Blog da Cidadania:

Por muito menos do que surgiu no último fim de semana contra o juiz Sergio Moro, este blogueiro foi sequestrado por gorilas armados que invadiram sua casa às 6 da manhã sem respeitar os trajes íntimos de sua esposa e os gritos de nervosismo de sua filha doente.

No fim de semana, amigos blogueiros compararam a situação do juiz em questão ao que ocorreu com o médico francês Joseph-Ignace Guillotin. Reza a lenda que o inventor da guilhotina teria sido vítima do instrumento que sugeriu como forma mais humana de pena de morte durante o Terror da Revolução Francesa.

O que está por trás do ataque a Gilmar Mendes

Por Kiko Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:

Gilmar Mendes.

Esse você conhece. A melhor definição dele é a do professor Dalmo Dallari: a degradação do Judiciário.

Você já sabia.

A novidade é que os amigos de Gilmar estão fingindo que não sabiam.

A Veja deu uma capa o chamando de “juiz que discorda do Brasil” e a Globo o critica dia sim, dia sim também. Dá pena ver Merval Pereira criticando o chegado.

MBL tira a máscara da negação da política

Por João Filho, no site The Intercept-Brasil:

Deu a louca nos gerentes! Enquanto Temer se prepara para vender parte da Amazônia, a Eletrobras e transformar o país em um saldão de vendas, João Doria Jr. se prepara para anunciar o primeiro lote de leilões na capital paulista e deve vender até a estátua do Borba Gato.

Sem organizar uma única manifestação contra a corrupção do governo Temer e militando ativamente pela desastrosa gestão do prefeito paulistano, o MBL segue firme na trilha da hipocrisia dos seu ídolos privatizadores. Depois de nascer e crescer com o discurso do apartidarismo, nossos jovens liberais resolveram tirar a máscara e entrar firme na política partidária.

Manchetômetro do Maranhão e a mídia nativa

Por Renato Rovai, em seu blog:

Como se sabe, a mídia maranhense é controlada por um grupo político desde antes do homem pisar na lua. Porque depois que o patriarca José Ribamar Ferreira de Araújo Costa, vulgo Sarney, derrotou o Vitorinismo em 1966, aqueles 332 mil km2 denominado Maranhão se tornaram um feudo da família. Cujo controle foi sendo ampliado na mesma proporção em que eles aumentavam sua participação na mídia local e sua parceria com as Organizações Globo em nível nacional.