quinta-feira, 19 de outubro de 2017

MBL pode perder a marca na Justiça

Por Mauro Donato, no blog Diário do Centro do Mundo:

O III Congresso Nacional do MBL ocorrerá nos dias 11 e 12 de novembro em São Paulo. Contará com a presença de João Doria, Nelson Marchezan Jr, Marco Feliciano, Luiz Felipe Pondé e outros desconhecidos para discutir ‘as importantes conquistas que tivemos no país nos últimos anos’, conforme descrito na apresentação do evento, com painéis como ‘A falácia do discurso de igualdade’. Ingressos a 100 reais.

Mas é MBL ou MRL? Porque MBL é uma marca que, segundo o advogado Vinícius Carvalho Aquino, pertence a ele.

A luta contra o fim da Lei do Audiovisual

Verdades sobre o agronegócio

Temer, Aécio e a degradação do Brasil

Por Wadih Damous, no blog Viomundo:

Não causa nenhuma surpresa a informação de que Temer atuou freneticamente nos bastidores do Senado para livrar um de seus sócios mais proeminentes no empreendimento golpista, Aécio Neves, da guilhotina.

Fazendo o uso mais execrável possível do axioma popular “uma mão lava a outra”, Temer liberou algo em torno de 200 milhões de reais em emendas individuais pendentes de senadores, para seduzi-los a votar contra as medidas cautelares impostas pelo Supremo.

Logo chegou a vez de Aécio retribuir, instando a bancada tucana, primeiro na CCJ, e depois certamente no plenário da Câmara, a rejeitar a segunda denúncia da PGR contra o usurpador, desta feita por organização criminosa e obstrução da justiça.

Mídia: Do terrorismo econômico à torcida

Foto: Cidoli
Por Felipe Bianchi, no site do Centro de Estudos Barão de Itararé:

Como podem os grandes meios de comunicação passarem do terrorismo na economia antes do impeachment para um inabalável otimismo após Michel Temer assumir a cadeira presidencial? Os economistas Márcio Pochmann e Leda Paulani discutiram o tema na noite desta quarta-feira (18), no Centro de Estudos da Mídia Alternativa Barão de Itararé, em São Paulo.


A salvação de Temer e o trabalho escravo

Editorial do site Vermelho:

O desprezo pelo povo e pelos trabalhadores, marca do governo golpista de Michel Temer, foi exposto mais uma vez quando na portaria nº 1.129/2017, que anula os avanços que o Brasil havia conquistado no combate ao trabalho escravo.

A portaria faz parte do esforço para obter o apoio da bancada ruralista na votação do pedido de impeachment de Temer que tramita na Câmara dos Deputados. Atende reivindicações antigas de fazendeiros inescrupulosos contra a legislação que reprime a prática daquele sistema iníquo de exploração da força de trabalho. Cria dificuldades enormes para a fiscalização e denúncia pelos fiscais do trabalho, submete à aprovação do ministro do Trabalho a divulgação da lista suja de patrões que usam o trabalho escravo, e reclassifica o conceito de trabalho escravo.

Destituição de Aécio não redime o PSDB

Por Tereza Cruvinel, em seu blog:

Ninguém bateu panelas mas o desgaste do PSDB com a salvação do mandato de Aécio Neves bateu fundo no partido, que saudou o retornante com a defesa de sua renúncia definitiva à presidência da sigla. Tasso Jereissati, interino desde maio, não falou sozinho. Foi porta-voz de uma confabulação interna entre os tucanos, no sentido de que teriam fazer alguma coisa para mitigar o estrago e afastar a ideia de que o partido juntou-se com Temer numa operação casada para salvar Aécio e depois ajudar a enterrar a segunda denúncia na Câmara.

A crise econômica que a mídia oculta

A certidão de casamento do PMDB e o PSDB

Por Jeferson Miola

Michel Temer [PMDB], o chefe da cleptocracia, desempenhou um papel decisivo no senado para safar Aécio Neves [PSDB] da cassação.

A imagem é uma marca vergonhosa; inapagável da história do Brasil.

Em troca disso, Temer receberá o apoio do PSDB na câmara. Apoio esse que vai safar Temer da cassação e que, ao mesmo tempo, conseguirá livrar Padilha e Moreira – o primo e o angorá, na planilha de propinas da Odebrecht – do julgamento, no STF, pelos crimes de obstrução da justiça e organização criminosa.

A face arcaica do governo Temer

Por Manoel Dias

Elevado a Presidência da República, por meio das mais baixas conspirações das elites brasileiras, o governo de Michel Temer revela a sua face mais primitiva, revela sua cruzada de desmonte do Estado nacional associados às suas medidas que beiram a barbárie civilizatória e assombram o mundo.

Sua mais nova investida reacionária a Portaria 1.129/2017 que altera o conceito sobre o trabalho escravo. Remontando-nos à quase abolição da Lei Áurea de 1888, absurdamente assistimos esse governo ainda com o conceito ultrapassado de que o trabalhador seja mero objeto de exploração, desprovido de direitos e garantias.

quarta-feira, 18 de outubro de 2017

Lista dos deputados que salvaram Temer

Da revista CartaCapital:

Mais uma vez a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara decidiu barrar o prosseguimento da denúncia contra o presidente Michel Temer (PMDB-SP). Os deputados aprovaram nesta quarta-feira 18 o relatório do deputado Bonifácio de Andrada (PSDB-MG), que defende a rejeição da segunda denúncia contra o presidente, e desta vez incluía também os ministros Eliseu Padilha (Casa Civil) e Moreira Franco (Secretaria-Geral). Foram 39votos a favor do relatório - e contra o prosseguimento da denúncia - e 26 contra.

O dia em que o Senado virou Supremo

Por Luis Nassif, no Jornal GGN:

É um exercício curioso acompanhar as justificativas dos votos dos Senadores que votaram pelo “não” no caso Aécio Neves. Isto é, por não dar autorização para o STF (Supremo Tribunal Federal) investigá-lo.

Alguns foram mais sinceros e alegaram que, se o próprio STF passou a batata quente para o Senado, agora o Senado devolveria a batata quente ao Supremo.

Muito se falou nas prerrogativas do Senado, nas suas atribuições de fazer as leis e, exagerando, de ser o verdadeiro guardião da Constituição, de ser compostos por pessoas eleitas pelo voto popular. Falou-se do risco da ditadura do Judiciário, dos diversos casos em que a Procuradoria Geral da República se precipitou, com as trapalhadas de Rodrigo Janot, e depois o próprio Supremo corrigiu.

Cultura inútil: Moralismo e moralistas

Por Mouzar Benedito, no Blog da Boitempo:

Estamos num tempo em que se fecham exposições “imorais”, se proíbe peças de teatro “ofensivas”… E os moralistas que promovem isso fecham os olhos para um governo imoral, veem seus líderes políticos cometendo imoralidades imensas (ferraram outros por muito menos) e ficam de bico calado, fazem parte dos 3% da população que aprovam um governo que acaba com direitos sociais, entregam o país à sanha negocista, promovem a entrega de reservas ambientais e indígenas aos sanguessugas do agronegócio…

E daí?

A ficha corrida de João Doria (em 22 itens)

Por Eduardo Hegenberg, no site Jornalistas Livres:

João Doria não esconde de ninguém que irá deixar no ano que vem o posto de garoto-propaganda da prefeitura (já que o cargo de prefeito jamais assumiu) para disputar a presidência da república. Ambição à qual devemos expressar o nosso mais sincero respeito. Afinal, é preciso admitir, João Doria atende com distinção os requisitos para a posição: seu currículo é de causar inveja aos mais gabaritados sanguessugas do Planalto. Um natural sucessor ao presidente Michel Temer, sem nada a dever em matéria de sobreposição do público com o privado, associação com os piores estratos da elite empresarial e arsenal infalível de manobras para abafar as ilegalidades.

Profecia de Jucá falha com Aécio Neves

Por Katia Guimarães, no blog Socialista Morena:

Um dos principais personagens do golpe que derrubou a presidenta eleita Dilma Rousseff, o tucano Aécio Neves foi salvo nesta terça-feira, 17 de outubro, pelo plenário do Senado, que rejeitou, por 44 votos a 26, a determinação do STF (Supremo Tribunal Federal) de afastar o parlamentar mineiro de seu mandato. A postura da Casa foi totalmente inversa à decisão tomada no caso do ex-senador Delcídio do Amaral, então no PT, que teve sua prisão mantida pela maioria absoluta dos senadores em 2015. É que tucano tem foro “diferenciado”.

Anticomunismo ainda cega os militares

Por Bepe Damasco, em seu blog:                                                                 
Como não consegue ver um palmo além do nariz, a mídia monopolista interpretou como uma manifestação de revolta contra a corrupção generalizada o recente assanhamento golpista dos militares. Nada mais falso.

Ressalvadas todas as exceções - eu mesmo sou testemunha da retidão moral de um irmão militar e de meu falecido pai, veterano da FEB-, mas desde quando os militares têm autoridade para posar de paladinos da lisura no trato da coisa pública?

Sob o escudo protetor da censura, sabe-se que a corrupção correu solta durante a ditadura. Uma ínfima minoria de casos veio a público depois que a imprensa, mesmo amordaçada, furou o cerco e conseguiu denunciar escândalos como as tenebrosas transações (salve Chico Buarque de Holanda) reveladas pelos escândalos Coroa-Brastel e Delfim.

O Senado na terra do salve-se quem puder

Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

A sabedoria popular ensina que em casa onde falta pão todo mundo briga e ninguém tem razão. No Brasil de 2017, o desemprego em alta e o salário em baixa explicam a falta de pão à mesa de muitos brasileiros.

Mas não é a única carência essencial. Também falta o pão da política civilizada, que são princípios e valores democráticos.

Um ano e seis meses depois do golpe que afastou Dilma Rousseff, as sucessivas operações de guerra para construir uma ordem econômica e política em desacordo aberto da vontade da maioria da população transformaram a Constituição num farrapo sem valor real, que cada parte procura utilizar de acordo com a própria conveniência, o que pode variar de acordo com o momento e o personagem envolvido.

Os interesses da mídia monopolista


O Centro de Estudos da Mídia Alternativa Barão de Itararé preparou um ciclo de debates que marcam a Semana Nacional pela Democratização da Comunicação, que vai até o próximo sábado (21). O encontro de abertura, na noite desta segunda-feira (16), tratou o tema Crise Política e o Papel da Mídia. Fizeram parte da mesa a ex-diretora executiva do jornal Folha de S.Paulo Eleonora Lucena, o autor do blog Escrevinhador, Rodrigo Vianna, e o editor do portal Vermelho, Inácio Carvalho.

Os mortos governarão os vivos?

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

As decisões do Supremo e do Senado completaram o império, na classe média, de que “todos eles são iguais” em relação aos políticos.

A sobrevivência de Michel Temer e de Aécio Neves, ainda que na condição de zumbis, despertando o asco quase unânime da opinião pública, claro, representa a degradação da política.

Ao mesmo tempo, reduz a menos do que pó a legitimidade do Congresso que destituiu o governo eleito e enfia todo o golpismo num saco só, e de odor insuportável.

Destrói qualquer possibilidade de que, no conglomerado governo-PMDB-PSDB, surja uma candidatura viável para 2018, ao menos neste momento.

Aécio teve a vitória amarga dos canalhas

Por Kiko Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:

A imagem definitiva da saga de Aécio Neves é a dele na janela de sua casa em Brasília, no Lago Sul, logo após o resultado da votação no Senado que o livrou do afastamento, olhando a movimentação na rua.

A foto, assinada por Natália Lambert, retrata o que restou do senador tucano: um pária, salvo por seus cúmplices, com medo da vida real.

Blindado pelos colegas, Aécio não poderá aparecer em público tão cedo. A antiga promessa da direita foi reduzida a um jagunço dedicado a salvar a própria pele, refém de si mesmo.