sábado, 11 de novembro de 2017

A vingança do Capital contra o Trabalho

Por José Álvaro de Lima Cardoso, no site Outras Palavras:

As revoluções industriais são da própria natureza do capitalismo. O capital revoluciona o tempo todo os meios de produção e, assim, mudam também as relações sociais. Muda o jeito de produzir, mudam as relações sociais, mudam as ideias. A quarta revolução industrial, a exemplo das revoluções anteriores, coloca os meios técnicos e as forças produtivas num patamar muito superior, fornecendo as condições objetivas, do ponto de vista tecnológico, para a melhoria de vida das pessoas.

Greve geral contra a 'reforma' da Previdência

Por Vitor Nuzzi, na Rede Brasil Atual:

A manifestação mais numerosa desta sexta-feira (10), dia de protestos por todo o país, na Praça da Sé, região central de São Paulo, terminou com uma votação aprovando um dia nacional de paralisação, ou uma greve geral, se o governo insistir na Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 287, de "reforma" da Previdência. Centrais sindicais e movimentos sociais também repudiaram a Lei 13.467, que muda a CLT e entra em vigor amanhã (11), e querem eleger em 2018 uma maior representação parlamentar aliada dos trabalhadores para, inclusive, reverter medidas do governo Temer.

Reforma trabalhista: De volta ao passado

Editorial do site Vermelho:

Os brasileiros rejeitam o ocupante do Palácio do Planalto, Michel Temer, como nunca haviam antes rejeitado outro mandatário.

Os brasileiros têm razão. Estão na raiz de seu descontentamento as sucessivas traições que Temer cometeu – primeiro, contra a presidenta Dilma Rousseff, ao protagonizar o golpe que roubou o poder que o povo havia conferido a ela em eleições legítimas e legais.

A lista de traições aumentou desde que ele ocupou o governo, levado pelo golpe. Cortou recursos que a Constituição destinou à saúde, educação, ao investimento público. Tenta cortar o direito dos trabalhadores à aposentadoria. Tenta reimplantar o trabalho escravo. Fez aprovar a contrarreforma trabalhista, que rasgou a CLT e empurrou o Brasil de volta ao passado, aos tempos em que os trabalhadores ficavam sob a ganância e as arbitrariedades patronais.

"A TV Globo maquia o racismo"

Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

Uma das mais respeitadas lideranças do movimento negro, Douglas Belchior, também conhecido pelo blog Negro Belchior, se encontrava em Nova York quando o vídeo exibindo comentários racistas de William Waack explodiu na internet brasileira, provocando sua queda poucas horas depois. "Este episódio demonstra a potência do debate racial no país," diz Belchior em entrevista ao 247, iniciada por telefone e completada por email. Formado em História pela PUC-SP, professor da rede pública, Belchior acredita que o país atingiu um ponto no qual, "no plano das relações individuais, o racismo se tornou intolerável." Seu depoimento:


sexta-feira, 10 de novembro de 2017

MBL ferra Frota. Cadê o valentão do pornô?

Foto: Divulgação
Por Altamiro Borges

A guerra entre os fascistas mirins do Movimento Brasil Livre (MBL) e o patético Alexandre Frota está hilária. É pura baixaria. Por enquanto, o ator-pornô está levando a pior. Nesta terça-feira (7), em uma decisão judicial em caráter liminar, a 17ª Vara Cível de Brasília determinou que ele e a sua Associação Movimento Brasil Livre “se abstenham de utilizar a marca MBL ou de se identificarem como seus detentores”, fixando multa de R$ 1.000 para cada uso indevido. Ela exigiu que Alexandre Frota e seu grupelho retirem do ar o site movimentobrasillivre.com.br, no prazo de cinco dias, sob pena de multa de R$ 1.000 por dia.

Le Monde Diplomatique Brasil: indispensável

Os mordomos e a 'reforma' da Previdência

Por João Paulo Cunha, no jornal Brasil de Fato:

O ganhador do prêmio Nobel de literatura deste ano foi o escritor Kazuo Ishiguro, nascido no Japão em 1954, mas que mora na Inglaterra desde a infância e escreve em inglês. Seu livro mais conhecido é o romance “Os vestígios do dia”, que foi adaptado para o cinema, com Anthony Hopkins no papel principal, o do velho mordomo Stevens. Livro e filme são excelentes e permitem, além do prazer estético e do conhecimento de personagens ricos e situações históricas muito singulares, refletir sobre questões muito próximas de nós. Como a reforma da Previdência, por exemplo.

Dilma e a morte do cachorro Nego

Do site de Dilma Rousseff:

A propósito de notícias divulgadas pela imprensa sobre a abertura de investigação para apurar as circunstâncias da morte do cachorro Nego, o labrador de Dilma Rousseff, a assessoria de imprensa da presidenta eleita esclarece:

1. Nego nasceu em setembro de 2003 e morreu em setembro de 2016. Foi dado de presente por José Dirceu ainda em 2005 para Dilma Rousseff, quando ela assumiu a chefia da Casa Civil no governo Lula. Nego foi criado e amado pela presidenta e familiares durante os quase 12 anos em que conviveu com ela. Era um cão grande e forte, que gostava de nadar e correr. Era um dos prediletos de Dilma Rousseff.

Roberto Marinho e a cultura racista da Globo

Por Kiko Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:

Meu amigo Manuel Enriquez lembrou, a respeito do imbroglio William Waack, que a Globo tem um passivo racista “complicado” - Enriquez gosta dessa palavra.

Pedro Bial narra em sua biografia autorizada que Roberto Marinho usou pó de arroz até o fim da vida em razão de um desconforto com a cor da pele.

O eufemismo esconde que o “doutor Roberto” não queria parecer mulato.

Para além da fofoca, isso demonstra a maneira como o dono da emissora encarava os negros. A empresa é o dono.

O MBL e sua rede de ódio fascista

Por Demian Melo, no site da Fundação Maurício Grabois:

Há alguns anos comecei a me interessar pelo estudo das novas formas de organização da direita brasileira, levantando algumas informações sobre o Instituto Millenium. Impressionava-me o grau de penetração na grande mídia, a coluna de intelectuais que abrigava, tanto no quadro permanente quanto entre os convidados, além dos vínculos com o setor mais internacionalizado do capitalismo brasileiro, o que inclui a própria mídia.

Venda do pré-sal é um desastre para o Brasil

Por Carlos Drummond, na revista CartaCapital:

No leilão do pré-sal realizado na sexta-feira 27, a Petrobras e o Brasil perderam, mas multinacionais como a Statoil fizeram o negócio do século. O presidente da empresa, Pedro Parente, mostrou um desconhecimento espantoso sobre o setor petrolífero e ajudou concorrentes com informações estratégicas, acusa o renomado geólogo Luciano Seixas Chagas.

O resultado desastroso evidencia o enorme dano ao País resultante da retirada da obrigatoriedade de participação daquela estatal em todos os ativos do pré-sal, diz Chagas.

O anúncio fúnebre do PSDB

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

Olhar para as capas dos jornais de hoje é ver que o mais importante pilar do tucanato ruiu.

A grande mídia mostra o seu antigo grande amor enlameado, roto, histérico.

A massa cheirosa, onde Aécio já fedia, agora estiola-se em praça pública.

As brasas, que ardiam faz tempo nos bastidores, viraram chamas – labaredas de fogo, dizia o pleonástico poema de Michel Temer – com o balde de gasolina que o artigo de Fernando Henrique, domingo, lhe atirou.

O "suposto" racismo de William Waack

Judith Butler e a nação de tapados

Por Cynara Menezes, no blog Socialista Morena:

É indescritível a vergonha alheia que sinto diante da filósofa norte-americana Judith Butler. Uma das principais pensadoras do feminismo contemporâneo e da teoria queer, professora da Universidade da Califórnia em Berkeley, ela foi convidada para dar uma palestra no Sesc Pompeia, em São Paulo, no seminário Os fins da democracia. Foi o suficiente para reaças que jamais leram um livro dela e não têm a mais remota ideia sobre o que Judith pensa organizarem um abaixo-assinado para proibir sua fala. Até agora, 367 mil tapados assinaram.

Internet obriga a Globo a "limar" Waack

Por Eduardo Guimarães, no Blog da Cidadania:

O Brasil acaba de colher uma vitória com o afastamento de William Waack, alguém que se tornou conhecido na Globo por seu comportamento antissocial, por seu racismo explícito, que era praticado diante de colegas.

Que ninguém se engane: apesar de algumas teorias conspiratórias que até devem ser verdadeiras, como a de que a própria Globo vazou o vídeo do ex-âncora do Jornal da Globo, o fato é que o racismo e o comportamento antissocial de Waack são tolerados pela emissora há décadas.

Gramsci e a Revolução Russa

Por Alvaro Bianchi e Daniela Mussi, no Blog da Boitempo:

Oitenta anos atrás, em 27 de abril de 1937, Antonio Gramsci morreu depois de passar sua última década numa prisão fascista. Reconhecido postumamente por seu trabalho teórico em seus cadernos do cárcere, as contribuições políticas de Gramsci começaram durante a Guerra Mundial, quando ele era um jovem estudante de linguística na Universidade de Turim. Mas mesmo naquela época, seus artigos na imprensa socialista desafiavam não apenas a guerra, mas a cultura italiana liberal, nacionalista e católica.

Barão fecha o ano com festa de apoio

Do site do Centro de Estudos Barão de Itararé:

Anote em sua agenda: no dia 6 de dezembro, o Centro de Estudos da Mídia Alternativa Barão de Itararé promove um verdadeiro bota-fora para o duro ano de 2017. A festa acontecerá no restaurante Feijão do Norte, na Galeria Metrópole (Avenida São Luiz, 187), em São Paulo, a partir das 18 horas. A ideia é comer, beber e estreitar laços para marcar o fim de uma temporada de muita luta contra graves retrocessos e já recarregar as baterias para 2018.

Quem nomeou o novo diretor da PF? Quem?

quinta-feira, 9 de novembro de 2017

O caso Waack e o tempo de fogueiras

Por Tereza Cruvinel, em seu blog:

O caso William Waack não se encerra com seu afastamento do Jornal da Globo. Diante da tempestade na Internet, nas próximas horas a emissora deve apresentar uma solução definitiva para o problema criado pela divulgação do vídeo em que ele parece ter proferido frases racistas.

Ele foi afastado, diz a nota da TV Globo, “até que a situação seja esclarecida”. Não faltam recursos técnicos que permitam o esclarecimento. Confesso ter dúvidas sobre o que ele realmente disse, em função da baixa qualidade do áudio, embora quando a cena é apresentada com legendas, o reforço da leitura labial sugere que foi aquilo mesmo. “É preto. É coisa de preto”.

O que são os Paradise Papers e o que revelam

Por Nick Hopkins e Helena Bengtsson, no site Outras Palavras:

O que são os Paradise Papers?

O nome refere-se a um vazamento de 13,4milhões de arquivos, que abrangem o período de 1950 a 2016. A maioria dos documentos – 6,8 milhões – é relativa a um escritório de advocacia e um provedor de serviços corporativos que operavam juntos em 10 jurisdições sob o nome de Appleby. Ano passado, o braço “fiduciário” do negócio foi submetido a uma compra de ações e agora chama-se Estera.