segunda-feira, 5 de março de 2018

WhatsApp deve ser o centro das eleições

Por Laura Castanho, na revista CartaCapital:

Lugar comum no cotidiano de qualquer brasileiro com um smartphone e acesso à internet, o WhatsApp deve ser crucial nas eleições deste ano. Alvo prioritário de marqueteiros políticos, a rede social tem diversas características que a tornam central para a disputa política: é amplamente disseminada; fechada e, portanto, com conteúdo de difícil verificação; e, ao contrário do Facebook, que comprou o WhatsApp em 2014, ainda não tem uma preocupação explícita com a disseminação de notícias falsas, as chamadas fake news.

Nobel Esquivel mostra dimensão real de Lula

Celso Amorim, Adolfo Pérez Esquivel, Lula, Paulo Okamotto
e Caro Proner. Foto: Ricardo Stuckert
Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

Numa conjuntura em que nossa democracia enfrenta uma situação de beira de abismo, a visita do Premio Nobel da Paz Adolfo Perez Esquivel ao país não poderia ser mais oportuna.

Após três anos de criminalização intensiva, era preciso um olhar protegido pela distância para recordar aos brasileiros e brasileiras a dimensão real de Luiz Inácio Lula da Silva, personagem que, mais uma vez, encontra-se no ponto de passagem no esforço da nação para reencontrar seu destino.

Sabemos que a perseguição judicial permanente não representa apenas uma ameaça a liberdade e aos direitos de Lula. Também vulgariza sua imagem pública. Apequena - para empregar o vocabulário da ministra do STF Carmen Lucia - o que fez de melhor, altera os dados da memória coletiva, corroendo verdades que deveriam ser puras e claras como o melhor aço.

O PIB e a propaganda enganosa de Temer

Por Marcio Pochmann, na Rede Brasil Atual:

Na semana que passou, o IBGE confirmou que a economia brasileira, após dois anos de encolhimento acumulado de 7% do Produto Interno Bruto (PIB), voltou a crescer 1%. Essa constatação positiva, todavia, não resulta da adoção da política econômica neoliberal executada pelo governo Temer.

Isso porque a chegada da nova equipe econômica, em decorrência do afastamento da presidenta Rousseff, terminou por postergar a recessão para o segundo semestre de 2016. No ano passado, a expansão do PIB deveu-se fundamentalmente ao ótimo desempenho da safra agrícola, responsável pelo crescimento de 13% do setor primário da economia, uma vez que a indústria simplesmente não cresceu e o setor de serviços somente aumentou em 0,3%.

Segurança pública é um direito democrático

Por João Paulo Cunha, no jornal Brasil de Fato:

A esquerda nunca gostou de falar da segurança. Pelo menos no que diz respeito às políticas públicas para o setor, sobretudo quando se tratava de polícia. O tema trazia uma proximidade com a memória da repressão, com ação violenta contra os movimentos democráticos e com organizações que nunca foram abertas ao controle social. Além disso, e em escala determinante para explicar a distância da questão, havia a presença do militarismo, tradicional e organicamente ligado à segurança pública no Brasil, desde que o samba é samba.

domingo, 4 de março de 2018

Monarquistas apoiam Alckmin. Agora vai!

Por Altamiro Borges

Geraldo Alckmin, o “picolé de chuchu” que governa São Paulo, segue empacado nas pesquisas e ainda enfrenta problemas em seu próprio partido. Ninguém se entende no ninho. FHC, por exemplo, não esconde a sua rejeição ao presidenciável do PSDB e espalha a cizânia. Após a desistência de Luciano Huck, que fugiu da briga temendo a exposição das suas tretas, o grão-tucano agora resolveu testar o nome do dono da Riachuelo, o escravocrata Flávio Rocha. Outros tucaninhos, menos paparicados pela mídia, também já fixam prazo para depenar o governador. Caso não decole nas pesquisas até abril, eles prometem retomar a campanha do traíra João Doria, o “prefake” da capital paulista. No meio destas bicadas sangrentas, porém, Geraldo Alckmin teve uma notícia alvissareira na semana passada. Os monarquistas sinalizaram apoio ao seu sonho presidencial. Agora vai!

Centrais protestam no consulado dos EUA

Por Altamiro Borges

Nesta segunda-feira (5), a partir das 11 horas, as principais centrais sindicais do país farão um protesto diante do consulado dos EUA em São Paulo. O objetivo é condenar a decisão do presidente Donald Trump, que anunciou na semana passada que irá impor uma sobretaxa de 25% nas importações de aço e de 10% nas de alumínio. A medida deve afetar duramente o setor de minérios no Brasil, resultando em mais falências e desemprego. Enquanto o usurpador Michel Temer, que assaltou o poder com o apoio do império ianque, promove o entreguismo das empresas e das riquezas nacionais – como o pré-sal –, Donald Trump fecha a economia dos EUA. Vale o ditado: façam o que falo, não façam o que eu faço!

O verdadeiro inimigo da classe trabalhadora

Por Adilson Araújo, no site da CTB:

O editorial do Jornal Estado de São Paulo publicado nesta quarta-feira (28), com o título os "Sindicatos contra o trabalhador", é mais uma peça venenosa contra o livre direito à organização contido em nossa Constituição. O qual, pelo teor do editorial, deve ser desconhecido pelo autor do famigerado texto.

Ao afirmar que as “centrais sindicais estão aconselhando seus filiados a aprovarem, por votação em assembleia extraordinária, a manutenção da cobrança da contribuição sindical”, o Estadão esquece que tal orientação se baseia no ART. 8º da Constituição Federal, que orienta sobre a autonomia sindical, a livre organização e o direito da fixação da contribuição sindical:


Por que querem liquidar a Constituição?

Por Aldo Arantes, no Blog do Renato:

Em matéria sobre o “Fórum Estadão - A Reconstrução do Brasil”, o Jornal O Estado de São Paulo, de 28 de fevereiro, estampou matéria sob o título “Juristas veem ‘excessos’ da Constituição”. Os juristas em questão eram os ex-ministros do Supremo Tribunal Federal, Nelson Jobim e Eros Grau, e o professor de direito constitucional Joaquim Falcão, da FGV.
Nelson Jobim defendeu a retirada de “excessos” da Constituição afirmando: “Precisamos fazer uma lipoaspiração na Constituição, retirar todos esses excessos das regras constitucionais para reconstruir a harmonia de poderes”. E destacou que este excesso alimenta o presidencialismo de coalizão, defendendo a recomposição das maiorias parlamentares, através da mudança do sistema eleitoral.

Liberdade para Lula vira campanha mundial

Por Eduardo Guimarães, no Blog da Cidadania:

Eis a descrição do quadro político brasileiro no terceiro mês de 2018: uma revista semanal anuncia que 350 homens, avião e tropas da Polícia Militar de São Paulo se preparam para encarcerar um homem que acaba de ser indicado para o Prêmio Nobel da Paz e que pesquisa eleitoral – divulgada no dia da reportagem da tal revista – mostra que, além de ser o político mais admirado do Brasil, é o candidato mais forte a governar o país a partir de 2019. Além disso, a pesquisa mostra que 54% dos brasileiros querem que Lula dispute a Presidência. Eis a razão pela qual surge uma campanha internacional pela liberdade de Lula.

Multis querem comprar o Aquífero Guarani

Do blog Nocaute:

As negociações para privatizar o Aquífero Guarani avançam. A segunda maior reserva de água doce do mundo se estende pela Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai. O governo Temer e transnacionais, como a Coca-Cola e a Nestlé, estariam discutindo uma forma que garanta aos conglomerados o direito exclusivo ao aquífero e à venda da água.

Neymar e a espetacularização do fútil

Por Jeferson Miola, em seu blog:

A reportagem do Jornal Nacional que noticiou a cirurgia para reparação da fratura do 5º metatarso do dedinho do pé direito do jogador Neymar é o retrato fiel da sociedade mercantilista, que celebriza e espetaculariza o fútil e aliena o povo em relação aos seus problemas reais.

Antes de um ser humano, Neymar é tratado como uma imagem [certas religiões também cultuam e exploram as imagens de seus ícones] que gera negócios que movimentam milhões e milhões de dólares no mercado esportivo e publicitário mundial.

Lava-Jato foi pensada como operação de guerra

Por Luis Nassif, no Jornal GGN:

O vazamento torrencial de depoimentos, a marcação cerrada sobre Lula, o pacto incondicional com os grupos de mídia, a prisão de suspeitos até que aceitem a delação premiada, essas e demais práticas adotadas pela Operação Lava Jato estavam previstas em artigo de 2004 do juiz Sérgio Moro, analisando o sucesso da Operação Mãos Limpas (ou mani pulite) na Itália.

O paper "Considerações sobre a operação Mani Pulite", de autoria de Moro é o melhor preâmbulo até agora escrito para a Operação Lava Jato. E serviu de base para a estratégia montada.

Em sete páginas, Moro analisa a operação Mãos Limpas na Itália e, a partir dai, escreve um verdadeiro manual de como montar operação similar no Brasil, valendo-se da experiência acumulada pelos juízes italianos.


Segovia é premiado com salário de R$ 56 mil

Por Ricardo Kotscho, em seu blog:

Em tempo: ao se despedir da corporação, depois de ser demitido do cargo de diretor-geral da Polícia Federal e antes de assumir seu novo posto em Roma, Fernando Segovia teve a coragem de citar o imperador romano Júlio Cesar: “Vim, vi e venci… Essa foi a mensagem enviada pelo imperador descrevendo a sua vitória e é assim que me sinto: `combati o bom combate, terminei a corrida, guardei a fé´”.

Que combate, que corrida, que fé? Do que este homem está falando? Será que ele foi submetido a algum exame psicotécnico antes de ser enviado a Roma?

Do que nos livramos… Mas continuamos pagando, agora em dólares ou euros.

Metade da população já desconfia da Lava-Jato

Por Miguel do Rosário, no blog Cafezinho:

O título é uma interpretação minha sobre os números do Vox Populi. Mas eu acho que fui até conservador, porque usei o termo “desconfia”. Poderia ter dito “já sabe”, mas talvez fosse exagero.

A pesquisa informa que 49% dos brasileiros (metade, portanto) acham que a condenação de Lula foi injusta, sem provas, e que ele não deveria ser preso.

Quem acha isso, a meu ver, é porque já desconfia que a Lava Jato faz parte da estratégia do golpe.

Como os EUA seduzem autoridades brasileiras

Por Joaquim de Carvalho, no blog Diário do Centro do Mundo:

Em 1920, o então presidente dos Estados Unidos, Warren G. Harding, disse: “Esta é uma nação essencialmente de negócios”. Seu sucessor, Calvin Coolidge, complementou: “O negócio da América são os negócios”.

Os Estados Unidos não têm amigos, têm interesses e, em nome deles, até mantêm uma política de amizades aparentes.

Digo isso a propósito da decisão do governo de Donald Trump de sobretaxar a importação de aço, que atinge em cheio as siderúrgicas brasileiras.

Imprensa-carcereira descreve prisão de Lula

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

Primeiro, eles detalharam os supostos “planos de fuga” do ex-presidente Lula. Que, claro, não existiam.

Agora, a Veja, num exercício de prazeirosa morbidez, descreve os complicados planos para a “captura” do líder petista, dando como certa até a data (23 de março) em que o TRF-4 julgará improcedentes os embargos de declaração apresentados por sua defesa.

350 policiais, viaturas aos montes e até um avião para alguém que, no caso de triunfar a Operação Cala a Boca, dirigida por Cármen Lúcia para que o Supremo seja impedido de julgar o seu pedido de habeas corpus, irá apresentar-se tranquilamente a seus algozes.

sábado, 3 de março de 2018

Em decadência, revista Época virou encarte

Por Altamiro Borges

O que já era boato desde o final do ano passado agora virou realidade. A revista Época não terá mais as suas capas golpistas e espalhafatosas estampadas nas bancas nos finais de semanas. Ela passa a ser um mero encarte dos jornais O Globo e Valor, que também pertencem à famiglia Marinho. Na primeira versão deste novo formato, os editores até tentaram dourar a pílula, afirmando que a decisão visa beneficiar os leitores. Mas, na prática, a medida confirma a decadência da publicação, que vinha perdendo tiragem e anunciantes nos últimos anos em decorrência da explosão da internet, da perda da sua credibilidade e da estagnação da economia brasileira – que os apoiadores globais do “vampirão” Michel Temer ainda tentam esconder.

Meirelles vai bancar as dívidas de Ratinho?

Por Altamiro Borges

O falastrão Carlos Massa, do “Programa do Ratinho”, parece que virou garoto propaganda do covil golpista. Ele já entrevistou – ou melhor, bajulou – o “Vampirão” Michel Temer e agora paparica o “ministro” da Fazenda. Segundo Maurício Stycer, em nota postada no UOL, “no intervalo de um mês, Henrique Meirelles deu duas entrevistas ao ‘Programa do Ratinho’. A primeira, em fevereiro, tinha como tema a reforma da Previdência. Mas como demorou a ir ao ar, foi atropelada pelos acontecimentos e engavetada – ao decretar a intervenção federal no Rio, o governo abriu mão de votar a reforma no Congresso. A nova entrevista com o ministro da Fazenda, nesta sexta (02), vai tratar, entre outros assuntos, segundo o SBT, ‘sobre a sua possível candidatura a Presidente da República’”.

Ex-presidentes da OAB criticam intervenção

Por Marcello Lavenère, Roberto Batochio e Cezar Britto, no site Congresso em Foco:

Em debates filosóficos costuma-se afirmar, recorrentemente, que a história é cíclica, fazendo com que os acontecimentos se repitam ao longo da evolução de qualquer sociedade humana, ainda que modulados em versões e personagens distintos. O filósofo alemão Friedrich Hegel, que tinha perfeita compreensão desta rotina fixada pelo tempo, limita-a ao firmar que “um acontecimento histórico acontece, não uma, mas duas vezes”. O também alemão Karl Marx, ao escrever sobre “O 18 Brumário de Luis Bonaparte”, redefine o conceito de seu compatriota, agora para afirmar que as repetições ocorrem “uma vez como tragédia e outra como farsa”.

Lula será indicado ao Prêmio Nobel da Paz

Lula e Esquivel. Foto: Ricardo Stuckert
Da revista Fórum:

Vencedor do Prêmio Nobel da Paz em 1980, o ativista Adolfo Pérez Esquivel disse em seu site que irá propor o nome do ex-presidente Lula para receber o prêmio. Ele esteve no Brasil e se encontrou com o ex-presidente no Instituto Lula, nesta sexta-feira (2).

“A chegada do PT e Lula à presidência marcou um antes e depois para o Brasil, a ponto de se tornar uma referência internacional no combate à pobreza. Mais de 30 milhões de pessoas foram resgatadas da pobreza extrema (um país inteiro), diminuiu a desigualdade e aumentou o índice de desenvolvimento humano”, afirmou Pérez Esquivel. “Seu governo foi crucial para a paz dos brasileiros e foi um exemplo para o mundo.”