quinta-feira, 19 de abril de 2018

Barbosa é candidato a “Rei dos chuchus”

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:



A Folha, ao que parece, embarcou na candidatura Joaquim Barbosa, embora esta esteja ainda no dique das pretensões do ex-ministro do Supremo.

Anuncia hoje encontros de Barbosa com Delfim Netto e com Eduardo Gianetti, ex-guru de Marina Silva. Mas, lendo com atenção a reportagem vê-se que “Barbosa conversou com Delfim Netto há cerca de um ano, e com o economista Eduardo Giannetti, há cerca de seis meses”.

Ex-presidentes do Metrô viram réus em SP

Por Rodrigo Gomes, na Rede Brasil Atual:

Ex-presidentes da Companhia do Metropolitano de São Paulo (Metrô) se tornaram réus na Justiça paulista. Eles responderão por improbidade administrativa pela compra de 26 trens para a linha 5-Lilás (Capão Redondo-Chácara Klabin) em 2011, quando ainda não havia condições de uso para as composições. Como a RBA mostrou em abril de 2016, os trens ficaram parados em desvios no trajeto, deteriorando e expostos a intempéries por, pelo menos, quatro anos . As composições foram adquiridas por R$ 630 milhões.

Ana Amélia é uma direitista espertalhona

Por Joaquim de Carvalho, no blog Diário do Centro do Mundo:

É tentador colar na senadora Ana Amélia Lemos, que é jornalista, a etiqueta de ignorante, por associar o pronunciamento da presidente do PT, Gleisi Hoffmann, na TV Al Jazeera ao Estado Islâmico.

“Eu só espero que essa exortação feita pela senadora presidente do PT não tenha sido para convocar o Exército Islâmico para vir ao Brasil fazer as operações de proteção ao partido que perdeu o poder e agora parece ter perdido também a compostura e o respeito, e o apoio popular”, disse.

É tentador, mas não é correto.

Disputar a narrativa para enfrentar o golpe

Por Felipe Bianchi, no site do FNDC:

Enfrentar os retrocessos impostos pelo golpe e a escalada conservadora na sociedade brasileira exige dedicação à disputa de narrativas, à defesa da liberdade de expressão e à luta pela democratização da comunicação. Essa foi a tônica do debate que inaugurou, neste sábado (14), a 21ª Plenária do Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação (FNDC). A mesa contou com a presença de Joselício Junior, o Juninho, presidente estadual do PSOL; Altamiro Borges, secretário nacional de questões de mídia do PCdoB; e Paulo Teixeira, deputado federal e vice-presidente do PT.

Classe média já se arrependeu do golpe

A batalha dos dois mundos: Síria e Brasil

Por Marcelo Zero

O nível de desinformação da imprensa brasileira sobre o que acontece na Síria e no Oriente Médio é simplesmente espantoso.

Beira o patético. De um modo geral, a imprensa da oligárquica brasileira apenas reproduz acriticamente as "informações" que são produzidas pelos governos ocidentais e veiculadas pelas agências de notícias internacionais.

Essas "informações" compõem um conjunto de meias verdades e mentiras que não permite uma análise objetiva e aprofundada do que realmente acontece e porque acontece.

A democracia pede passagem

Editorial do site Vermelho:

O Brasil lembra nesta terça-feira (17) o dia da vergonha – a sessão da Câmara dos Deputados que, há exatos dois anos, deu início ao impeachment da presidenta Dilma Rousseff. O país assistiu ao deprimente espetáculo da votação que autorizou (por 367 votos a favor, 137 contrários, sete abstenções e duas ausências) o início do processo que acelerou a deposição da presidenta eleita e sem crime de responsabilidade capaz de legitimar sua derrubada.

Quantos imbecis têm o Brasil?

Por Bepe Damasco, em seu blog:                                                                                                                   
Sou daqueles que desprezam as chances eleitorais do candidato do nazismo nativo, o capitão da reserva do Exército Jair Bolsonaro. Mas é forçoso reconhecer que sua aventura presidencial acaba provocando um efeito colateral positivo: quando os votos das urnas eletrônicas forem computados, na noite de 7 de outubro, saberemos exatamente quantos imbecis compõem o eleitorado brasileiro.

Disse o presidente do PT-RJ, Washington Quaquá, em recente entrevista, que o teto de Bolsonaro não passa de 15%, pois, na sua visão, o país não dispõe de um número de imbecis acima desse patamar. Concordo e vou além: será difícil para ele até se manter nessa posição ante o chumbo grosso que se avizinha.

A prisão de Lula e a esquerda unida

Por Joaquim Ernesto Palhares, no site Carta Maior:

No Brasil e no exterior, crescem as manifestações em apoio ao ex-presidente Lula. Neste fim de semana, Pilar del Rio, presidente da Fundação José Saramago, e Boaventura de Sousa Santos, do Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra, organizaram o seminário “O futuro das lutas democráticas: em defesa da democracia brasileira” (confira aqui).

“Quem podia imaginar que o presidente mais brilhante da história do Brasil estivesse hoje preso em uma masmorra e ainda por cima ilegalmente?”, questionou Boaventura de Souza. Na França, o deputado francês Jean-Luc Mélenchon, em entrevista à Rádio Europe 1, foi categórico: “Lula tem uma estatura política que não está à venta” (leia Cartas de Paris).

Ana Amélia e a trincheira do atraso

Por Marco Aurélio Weissheimer, no blog RS-Urgente:

O Rio Grande do Sul não cansa de passar vergonha na cena nacional. O mais recente capítulo desta saga vexaminosa foi protagonizada pela senadora Ana Amélia Lemos (PP-RS). A ex-colunista política e ex-chefe da sucursal da RBS em Brasília ficou incomodada com uma entrevista que a presidenta nacional do PT, a senadora Gleise Hoffmann (PT-PR), concedeu à rede Al Jazeera, onde, entre outras coisas, definiu a condição de Lula como a de um preso político, trancafiado na carceragem da Polícia (política) Federal, em Curitiba. “Que essa exortação não tenha sido para convocar o Exército Islâmico a vir ao Brasil proteger o PT!” – disse Ana Amélia Lemos em sua conta no Twitter. O imaginário da senadora não hesitou em associar a Al Jazeera ao Estado Islâmico.

Marielle, Lula e o fantasma do esquecimento

Por Mário Magalhães, no site The Intercept-Brasil:

Em meados de março, um tapume em torno do elevador da estação Cinelândia do Metrô foi pichado em letra cursiva: “Marielle presente!”. A vereadora Marielle Franco e o motorista Anderson Pedro Gomes tinham sido assassinados a tiros poucas horas antes. Em protesto, dezenas de milhares de cariocas e agregados ocuparam praças e avenidas do Centro do Rio.

Trinta dias mais tarde, a pichação sumiu. Funcionários me contaram que o Metrô mandou pintar o tapume.

sábado, 14 de abril de 2018

Banda larga: retrocessos e desafios

Foto: Bia Barbosa
Por Felipe Bianchi, no site do Centro de Estudos Barão de Itararé:

Os desafios para a universalização do acesso à banda larga, o retrocessos nas políticas para o setor e o próprio modelo de Internet vigente no país e no mundo foram temas de debate nesta sexta-feira (13), em São Paulo. A discussão abriu o Seminário Internet, liberdade de expressão e democracia: desafios regulatórios para a garantia de direitos, promovido pelo Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação (FNDC).

O massacre midiático contra Lula

Por Maurício Dias, na revista CartaCapital:

O ódio a Lula, hoje divisor dos brasileiros estabelecido pela elite política e social, é extensão do preconceito a um metalúrgico que, após três derrotas eleitorais, tirou do poder um partido debilitado, cujo líder é um sociólogo da classe média, o dito FHC.

Lula tornou-se presidente da República com uma inédita agenda de programas sociais em um país onde 10% da população concentra quase a metade da renda, como atesta o IBGE em informação recentíssima.

Corrupção na Lava-Jato e na Procuradoria

Por Jeferson Miola, em seu blog:

“Eu não queria mais falar sobre isso mais uma vez, doutora Raquel, mas a corrupção já entrou na Lava Jato, na Procuradoria”.

Esta denúncia é de extrema gravidade:

1- foi feita por ninguém menos que Gilmar Mendes, juiz da suprema corte do país;

2- foi formalizada no próprio stf, durante a sessão plenária de 11 de abril de 2018, diante da presença de todos/as integrantes da suprema corte e da procuradora-geral da república;

3- implica agentes do ministério público e do judiciário;

A vida de Lula e o futuro do PT

Por Renato Rovai, em seu blog:

O PT está diante do seu maior desafio histórico. Tem que lutar contra uma perseguição kafkiana da justiça e dos aparelhos de força do Estado, denunciar a prisão e lutar pela liberdade do seu maior líder e se organizar para disputar (se ela vier a ocorrer, claro) as eleições deste ano que serão entendidas como um tira teima do Golpe 16.

Não seria tarefa fácil para qualquer partido do mundo. E por isso é covardia destacar os defeitos do PT ao invés de abordar a perseguição que tem sofrido. Que o faz ter uma vida muito diferente, por exemplo, da que leva o PSDB. Que mesmo tendo inúmeros de seus líderes denunciados, não é acossado pela justiça.

‘O Mecanismo’ e sua leitura da corrupção

Por Henrique Braga e Caroline Tresoldi, no site Brasil Debate:

Lançada em março com oito episódios em sua primeira temporada, O Mecanismo, série da Netflix assinada por José Padilha, tem causado um razoável debate em torno de sua forma e de seu conteúdo. Por um lado, alguns sugerem que os assinantes boicotem a provedora do seriado, uma vez que a série não é fidedigna aos “fatos” que são narrados, colocando a culpa dos males do país em um partido e, mais especificamente, em um político. Outros afirmam, por outro lado, que estórias são produtos da ficção, de modo que a dramatização estar “baseada em fatos reais” não implica segui-los à risca, pois os produtores têm “liberdade” para criar.

Desafios da esquerda após a prisão de Lula

Por Renato Rabelo, no site da Fundação Maurício Grabois:

Lula está preso. O eco de Lula Livre, Lula liberdade se dissemina em todos os Estados da Federação, ultrapassando fronteiras nacionais e repercutindo em muitos países de vários continentes. Agora, a sua ausência repõe com imensa força a sua presença, o seu legado, as suas ideias e projeta mais o simbolismo da sua existência fecunda.

A força da narrativa de que Lula foi arrebatado do âmago e dos braços do povo ganha maior dimensão. A “Liberdade para Lula” é o lema que deve mover o espírito democrático e o anseio de liberdade política em ondas mais largas reforçando a luta pela democracia. Volta à tona o que relembra de forma luminosa o jornalista Wilson Gomes: “O cárcere nunca significou fim, perda ou morte da esquerda. Ao contrário, representou batismo de sangue e fogo, coerência e autenticidade”. Ou a imagem revelada pela história afirmada por Lula antes de sua prisão: “Eu não sou mais um ser humano, eu sou uma ideia. E uma ideia não vai para prisão”.

Para 73%, elite quer tirar Lula das eleições

Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

Quem ainda tem dúvidas sobre a perda de credibilidade da Lava Jato e a crescimento da visão de que ela realiza um trabalho seletivo contra Lula precisa prestar atenção aos números recentes de um levantamento do Instituto Ipsos. Pelos ângulos relativo ou absoluto, os números falam por si.

Para 55% dos entrevistados "a Lava Jato faz perseguição política contra Lula". Para 73%, "os poderosos querem tirar Lula da eleição". Enquanto 41% acham que a Lava Jato "está investigando todos os políticos", 52% dizem o contrário.

Joaquim Barbosa e o 'novo' na praça

Por Tereza Cruvinel, no Jornal do Brasil:

Com Lula preso e fora do páreo, o tucano Geraldo Alckmin e outros candidatos de direita empacados e Ciro Gomes tamponado, como ele diz, pelo drama do PT, Jair Bolsonaro nada de braçadas. A candidatura do ex-presidente do STF Joaquim Barbosa pelo PSB pode finalmente tornar-se a variável tão buscada pelos caçadores do “novo”. “Ele só não será candidato se não quiser, porque 98% dos problemas internos já foram superados”, garante o deputado Júlio Delgado, líder do PSB, ao qual Barbosa se filiou no dia 7. Compreendendo isso, ontem o ex-deputado Aldo Rebelo anunciou sua desfiliação do partido, onde passou sete meses tentando se viabilizar como alternativa. Os mais entusiasmados com a candidatura de Barbosa sonham ainda com uma aliança que faria de Marina Silva sua vice.

Síria: Mas míssil não mata igual?

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

John Reed, em seu fantástico “Mexico Rebelde” conta que Pancho Villa, durante a Revolução Mexicana, no início do século 20, foi informado por um oficial norte-americano de que convenções internacionais proibiam o uso de balas de ponta oca (as dum-dum, criadas pelos ingleses para conter rebeliões na Índia) . Villa, espantado, perguntou: mas qual é a diferença, se as outras matam do mesmo jeito?

O “ataque humanitário” dos EUA a Síria, conquanto tenha casusado menos danos do que seria de esperar, dada a presença de baterias antimísseis russas ao redor de damasco e outras cidades, lembra essa perplexidade de Villa.