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Pesquisa divulgada na Folha de São Paulo na semana passada estampou três resultados acachapantes: a greve dos caminhoneiros tinha o apoio de 87% da população; e 92% consideravam justas as reivindicações. Mais relevante, ainda, foi que também 87% consideravam que as propostas de Temer para solucionar a crise não eram satisfatórias.
De onde veio tanto apoio aos caminhoneiros? Não é preciso consultar as análises de conjuntura feitas pela esquerda. Os analistas mais antenados do mercado financeiro reconhecem as razões profundas de tanto apoio social: a agenda neoliberal tornou-se irremediavelmente impopular no Brasil. E perceberam o impasse. Ítalo Lombardi, estrategista sênior para mercados emergentes do Crédit Agricole em Nova York, na edição do Valor Econômico de 28/05/2018, declara: "É uma agenda econômica que claramente a população está rechaçando. [...] Consigo ver perdedores claros: o governo e sua agenda econômica".