quinta-feira, 18 de outubro de 2018

Ainda é possível derrotar o fascismo

Por Joaquim Ernesto Palhares, no site Carta Maior:

Gravemente atingido por décadas de perseguição midiática e, desde 2005, perseguição política e judicial, o PT se apresenta à sociedade brasileira neste segundo turno eleitoral, como uma via de centro-esquerda, em defesa da institucionalidade e da democracia, visando angariar o apoio de setores da centro-direita. A composição do verde-amarelo junto ao vermelho e a característica estrela em seu material de campanha, concorde-se ou não, passa uma mensagem clara.

Manifesto #RapPelaDemocracia

Globo se submete à censura de Bolsonaro

Por Renato Rovai, em seu blog:

O assunto se tornou o mais comentado nos trending topics do Twitter, foi abordado em quase todos os blogues e sites do Brasil, levou o candidato Bolsonaro a se explicar nas redes, mas foi completamente ignorado pelos jornais da TV Globo, pela GloboNews e pelos portais G1 e o Globo.com.

Mas por que a Globo decidiu silenciar a respeito da mais completa denúncia de manipulação e corrupção desta campanha eleitoral que envolve diretamente um candidato a presidência da República e ao menos 156 empresários que teriam financiado de forma ilegal não só o candidato a presidente do PSL, como também candidatos aos governos de vários estados, como os de Minas Gerais e do Rio de Janeiro?

WhatsApp e o Caixa-2 de Bolsonaro

Por Altamiro Borges

Já se sabia que a eleição deste ano, em um país destroçado por um golpe de Estado, tinha o novo e perigoso componente da guerra cibernética. Agora, porém, o fato ganha contornos ainda mais nítidos e alarmantes. Segundo reportagem da Folha, o candidato das trevas, Jair Bolsonaro, foi favorecido por empresas que compraram pacotes de disparos em massa de mensagens no WhatsApp. A difusão de mensagens e de fake news, que teve forte impacto no primeiro turno, seria novamente acionada no segundo turno em uma operação ainda maior. O gasto milionário não foi declarado ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o que caracteriza crime eleitoral e poderia, se o país vivesse em uma democracia, cassar a candidatura do fascista.

quarta-feira, 17 de outubro de 2018

Você sabe quem é Jair Bolsonaro?

Bolsonaristas querem uma Noite dos Cristais

Por Mário Magalhães, no site The Intercept-Brasil:

Nas ruas do Rio vê-se cada vez menos gente com adesivos contendo mensagens políticas e eleitorais colados em roupas, bolsas e mochilas. Os adesivos sumiram por causa do medo sentido por quem os exibia até a votação do primeiro turno. Medo da violência contra quem pensa diferente. Além do medo político e do medo existencial, alastra-se o medo físico.

Não é paranoia dos que se recolheram à discrição. A onda de violência não aguardou, para rebentar, o sol da manhã seguinte ao tsunami eleitoral bolsonarista. Na madrugada de 8 de outubro, o mestre capoeirista, compositor, fundador do Afoxé Badauê e militante negro Moa do Katendê foi morto a sangue frio em Salvador. O barbeiro Paulo Sérgio Ferreira de Santana desferiu-lhe 12 facadas. Moa tinha 63 anos. Paulo Sérgio tem 36.

As consequências econômicas de Bolsonaro

Por Douglas Alencar, no site Brasil Debate:

O plano econômico de Bolsonaro apresenta três pilares, que não são explicados em sua exaustão no plano de governo do candidato, mas indicam o caminho para a economia brasileira sob a sua gestão. Os três pilares são i) a privatização sem limites; ii) a redução dos direitos do trabalhador (a Carteira Amarela), e iii) a independência do Banco Central do Brasil. O conjunto dessas políticas irão agravar a crise econômica brasileira, que levará ao caos as grandes cidades, e irá impactar negativamente a vida da população mais vulnerável.

Por que lutar até o fim para virar o jogo

Por Bepe Damasco, em seu blog:

1- Em primeiro lugar, por um imperativo de ordem moral: a história cobrará de todos e todas em que trincheira se encontravam em 2018, encruzilhada dramática da história do país.

2- Uma eleição atípica como a atual não pode ser considerada resolvida porque, faltando pouco mais de dez dias para a votação, um dos candidatos abriu boa diferença, de acordo com as pesquisas. Escrevo na tarde de terça-feira, 16 de outubro, e até agora todos os levantamentos de segundo turno foram a campo sábado e domingo passados. Como a propaganda eleitoral de rádio e TV foi retomada na última sexta-feira, seus efeitos pouco se refletiram nessas pesquisas.

Na reta final, lutar e vencer

Por José Reinaldo Carvalho, no blog Resistência:

Alguém em sã consciência e honestidade de propósitos duvida de que foi uma vitória Fernando Haddad se qualificar para o segundo turno com 31.342.005 votos, no quadro de uma luta desigual?

Desde 2013, o Brasil vive uma vertiginosa onda de direita, que se tem acentuado e avolumado com uma sucessão de fatos que em seu conjunto podem ser qualificados como uma espécie de contrarrevolução. Dentre esses acontecimentos funestos se destacam a destituição da presidenta Dilma Rousseff e a prisão do presidente Lula.

A guerra cibernética contra Haddad-Manuela

Por Jeferson Miola, em seu blog: 

Os surpreendentes resultados da eleição deste ano não encontram suficientes explicações nos marcos da sociologia, da antropologia, da ciência política ou nas falhas metodológicas das pesquisas de opinião.

Além de completos desconhecidos eleitos para o Congresso e de outros candidatos exóticos liderando o segundo turno para governos estaduais, elegeu-se deputado federal até um candidato youtuber que reside há 4 anos em Miami/EUA!

Esse fenômeno, que decididamente está longe de representar um processo democrático e soberano de deliberação pública para a representação política, está atrelado à onda nazi-bolsonarista que ocupou a cena nacional.

O primeiro turno em três tempos

Por Marcos Coimbra, na revista CartaCapital:

Três eventos marcaram a primeira fase da campanha presidencial. Na sequência, avalio cada um:

1. A facada

Em 6 de setembro, Jair Bolsonaro sofreu a facada durante evento de campanha e saiu gravemente ferido, ao que parece. A primeira reação de seu staff foi demonstrar receio de que o ferimento prejudicasse a imagem de força física cultivada pelo candidato.

Correram para afirmar que não havia sido nada, que o candidato era “forte como um cavalo”, nas palavras de um dos filhos.

"Bolsonaro já ganhou" é fake news

Editorial do site Vermelho:

O campo democrático e popular tem que repelir o clima derrotista que a mídia tenta impor à militância e aos simpatizantes da chapa Fernando Haddad-Manuela d’Ávila, como base nas pesquisa de intenção de voto. Quer, com isso, passar a mensagem de que restaria ao campo progressista somente esperar por um acontecimento fortuito, de grande peso, algo que abalroasse a campanha de Bolsonaro. Por esse raciocínio, só um raio – ou coisa que o valha –, que acertasse em cheio a candidatura da extrema-direita, poderia tirar-lhe a vitória. Esse consórcio mídia-Bolsonaro visivelmente proclama sua vitória antes da hora, com o nítido objetivo de paralisar a militância e os apoiadores da chapa democrática e progressista.


O que aprender de um primeiro turno atípico

Por Róber Iturriet Avila, no site Outras Palavras:

- A extrema-direita teve uma evidente vitória. Deputados, senadores e talvez governadores. Mesmo que leve a virada, Bolsonaro afirma-se como líder e conquista grande espaço. Encampa o desejo de mudança contra o sistema.

- A última semana trouxe uma onda bolsonarista. Aparentemente, as igrejas evangélicas tiveram influência.

- Temos um novo partido com mistos de autoritarismo (político) neoliberalismo (econômico) e protofascismo (político e cultural). Houve força fascista no passado brasileiro, mas não com tamanho enraizamento e representatividade eleitoral. Outros países têm também partidos e mesmo governos fascistas.

Bolsonaro e a ascensão do fascismo

Por Jessé Souza, no Jornal GGN:

Todo fascismo é reflexo de uma luta de classes truncada, percebida de modo distorcido e por conta disso violento e irracional no seu cerne. A elite e a alta classe média haviam, com sucesso, legitimado a opressão das classes populares pelo moralismo seletivo da corrupção apenas do Estado e da política como forma de criminalizar a soberania popular. Os “belgas”, que se vem como estrangeiros na própria terra, oprimiram o “Congo”, ou seja, o próprio povo, e o reduziram á pobreza e á ignorância. O ódio ao escravo se transformou simplesmente em ódio ao pobre. O escravo negro é eternizado nas massas majoritariamente mestiças com escolaridade precária condenadas ao trabalho desqualificado e semiqualificado. Esta é a base primeira de todo o ódio e ressentimento reprimido e recalcado que é o núcleo da sociedade brasileira. O fascismo implícito sempre foi o DNA da opressão de classes entre nós. O que tem que ser explicado, portanto, é como ele contaminou as próprias classes populares.

Um canalha à porta do Planalto

Por Francisco Assis, no site Jornalistas Livres:

1. Carlos Alberto Brilhante Ustra foi um dos maiores, senão mesmo o maior torcionário [torturador], no tempo da ditadura militar que vigorou no Brasil entre 1964 e 1985. Em 2008 foi o primeiro oficial condenado por sequestro e tortura. Comprovadamente, maltratou física e psicologicamente centenas de pessoas e chegou ao limite de obrigar crianças a presenciarem o dilacerante espetáculo do espancamento dos respectivos progenitores. Nunca reconheceu os seus crimes nem manifestou o mais leve arrependimento pelos seus atos desumanos. Era um canalha. Morreu em 2015, em Brasília, na cama de um hospital.

terça-feira, 16 de outubro de 2018

Barcelona ‘expulsa’ Ronaldinho, o direitista

Por Altamiro Borges

Foi postado nesta terça-feira (16) no jornal espanhol Sport: “O FC Barcelona fez uma declaração institucional, através do seu porta-voz, Josep Vives, sobre o apoio que Ronaldinho, embaixador do clube, deu ao candidato ultradireitista à presidência do Brasil, Jair Bolsonaro – um militar da reserva que fez do racismo, da misoginia e da homofobia suas bandeiras. ‘Nossos valores democráticos não coincidem com as palavras que temos escutado desse candidato’, sentenciou Vives, que acresceu: ‘De toda forma, respeitamos a liberdade de expressão, inclusive as palavras de Ronaldinho’”. O porta-voz do time catalão, porém, não descartou a possibilidade de punição do ex-jogador – com a perda do seu posto de embaixador. “Vives deixou no ar se o Barcelona tomará alguma decisão drástica sobre Ronaldinho: ‘Não tomamos uma decisão a respeito. Veremos mais adiante’”.

Tsunami do absurdo quer destruir o Brasil

Por Eleonora de Lucena e Rodolfo Lucena, no site Tutaméia:

“Estamos numa tsunami do absurdo, surreal. Ela é tão poderosa, violenta e descomunal em termos de tamanho e forma que não para. Não dá ouvidos a nada, não reflete sobre nada. Essa tsunami ameaça engolir o país. Ela ameaça afogar a cultura e a civilização brasileira”. É o que afirma o cientista Miguel Nicolelis em entrevista ao Tutaméia (acompanhe no vídeo).

Para ele, que vota em Fernando Haddad, a eventual vitória de Jair Bolsonaro e o caos interessam “a quem não quer o Brasil sendo um país protagonista”. O país, reforça, “participou [nos governos do PT] da criação de uma multipolaridade geopolítica que incomodou profundamente. Claramente o Brasil tinha que ser removido como protagonista internacional”.

A máquina das mentiras

Por Tereza Cruvinel, no Jornal do Brasil:

A vantagem de Jair Bolsonaro sobre Fernando Haddad subiu para 18 pontos percentuais (em relação aos 16 apurados na semana passada por Datafolha).

Podia ser até maior, nas circunstâncias: Bolsonaro cresce surfando nova e forte onda antipetista, turbinada pelo mar de mentiras, calúnias e baixarias disseminadas contra o adversário pelo aplicativo whastsapp, através de milhares de grupos fechados, muitos criados a partir do exterior.

O que se diz neste tubo de esgoto só é conhecido por quem lê, não podendo ser desmentido ou combatido.

Democracia e liberdade contra a violência

Do site do FNDC:

Nesta Semana Nacional de Luta pela Democratização da Comunicação, que vai de 15 a 21 de outubro, o FNDC levanta as bandeiras da democracia e da liberdade contra a violência e o ódio.

Nossa liberdade está em perigo. A liberdade de expressão, de manifestação, de pensamento. A imprensa livre está em perigo. A democracia está em xeque. E quem ameaça nossos direitos fundamentais, hoje, é o candidato à presidência da República, Jair Bolsonaro.

Ele representa a censura, a violência e o ódio. Ele e seus seguidores querem intimidar jornalistas, artistas e todos os que, segundo sua perspectiva, tenham ideologia de esquerda. Bolsonaro já afirmou que, combater a ideologia de esquerda é mais importante do que combater a corrupção.

Trump e Bolsonaro: sensível diferença

Por Arnóbio Rocha, no blog Diário do Centro do Mundo:

Muitas pessoas comparam as duas eleições como iguais: candidatos absolutamente irracionais conquistam uma manada violenta, furibundos e movidos pelo ódio extremo.

Muitos apostam no efeito Trump, pois lá foi a mesma histeria coletiva, os mesmos avisos desesperados de que ele destruiria os EUA.

Vamos aos fatos: