sexta-feira, 17 de maio de 2019

Governo contra o progresso da ciência

Por Luiza Dulci, na revista Teoria e Debate:

Em todas as áreas, o presidente Jair Bolsonaro estimula o combate ao que ele associa à ideologia comunista, de esquerda, petista e autoriza a desconstrução de políticas públicas que estariam sob essa égide. O presidente que se coloca contra o exercício da política indicou para o Ministério do Meio Ambiente alguém contra a preservação ambiental; para o Incra alguém contra a reforma agrária, para os direitos humanos alguém contra a diversidade; para as relações exteriores alguém contra a cooperação, o diálogo e a soberania nacional. Para o MEC, a diretriz é desinvestir em educação e combater a “balbúrdia” do ensino público, mesmo que isso custe o fechamento de universidades e institutos federais. O primeiro indicado para o ministério, um olavista de carteirinha, mais trabalhou para desconstruir a pasta do que implementar uma política educacional.

Bolsonaro se aproxima da hora da verdade

Por Luis Nassif, no Jornal GGN:

Não há que se surpreender com Paulo Guedes, assim como não havia razões para esperar algo diferente de Jair Bolsonaro.

Desde o começo se sabia que Guedes era um gestor atrapalhado. É muito mais fácil comandar uma equipe de analistas, do que uma equipe multidisciplinar como o super-ministério que ele assumiu. No caso do banco de investimento, o objeto é um só, assim como o nível de conhecimento e de analise. Mesmo assim, Guedes foi um desastre, criando conflitos desnecessários com seus sócios e suas equipes, não demonstrando capacidade de convivência e de liderança. Sempre foi um grande desorganizado – e nem se tome como ofensa, porque é a característica dos intelectuais.

Como e quando Bolsonaro vai cair?

Por Ricardo Kotscho, em seu blog:

Renúncia? Internação? Impeachment? Golpe dos generais?

Como diria o êmulo Trump, todas as opções estão sobre a mesa, mas uma coisa é certa: Jair Bolsonaro não tem mais condições políticas, mentais e morais para governar o país.

Já não tinha quando tomou posse. Mas, de lá para cá, tudo só piorou - para ele e para nós.

O país esta perto de um colapso político e econômico sem precedentes na nossa história.

Antes de completar cinco meses no poder e de começar a governar, o tempo do capitão já acabou.

Desigualdade no Brasil é medida pelos dentes

Transplante de dentes/Thomas Rowlandson, 1787
Por Rosana Pinheiro-Machado, no site The Intercept-Brasil:

Maria da Luz teve sua primeira escova de dentes aos 15 anos. Antes disso, usava folhas para limpar os dentes, como era de praxe em Mulungu do Morro, interior da Bahia, onde nasceu. Aos 14, sentiu uma dor forte no dente da frente e seu avô a levou ao farmacêutico, ordenando que extraísse todos os dentes da frente de uma vez só - sem anestesia - para que não voltasse a incomodar. Aos 17 anos, depois de muito trabalhar na roça, ela conseguiu juntar dinheiro para comprar uma dentadura, com a qual nunca se adaptou.

quinta-feira, 16 de maio de 2019

Brasil afora multidões contra Bolsonaro

O machismo e a masculinidade tóxica

Diga não ao golpe da Previdência

A Educação e o ministro sem educação

Editorial do site Vermelho:

O conhecimento destrói mitos. Essa assertiva presente em cartazes das manifestações contra o corte de verbas da Educação em todo o país é a melhor imagem desse trágico cenário criado pelo governo Bolsonaro. A ação perspicaz do deputado Orlando Silva (PCdoB-SP) que requereu a presença do ministro Abraham Weintraub na Câmara dos Deputados no dia dos grandes atos de protesto contribuiu muito para que mais mitos fossem lançados por terra, como a falácia de que a prioridade é a educação básica, posta a pique por uma contundente intervenção da deputada Jandira Feghali (PCdoB-RJ).

Defesa da educação catalisa insatisfação

Recife/PE, 15/5/19. Foto: Rodolfo Loepert/Mídia Ninja
Por Jeferson Miola, em seu blog:                                 

Os protestos multitudinários em defesa da educação que ocorreram em todo o Brasil neste 15 de maio catalisaram a ampla insatisfação da sociedade brasileira com Bolsonaro.

A resistência ao projeto de destruição da educação e da Universidade pública se transformou na plataforma de enfrentamento global ao governo Bolsonaro e suas políticas ultraliberais, eugenistas e racistas. A resistência à contrarreforma previdenciária ganhou ainda mais centralidade.

Em algumas capitais brasileiras, como Porto Alegre e Rio de Janeiro, as manifestações foram de magnitude equivalente aos comícios das Diretas Já de 1983/1984 – até então o principal marco de mobilizações populares do país.

Bolsonaro, Guedes e o pato manco

Por Roberto Amaral, em seu blog:

Velho em seu quinto mês, o governo, desarticulado na política, incompetente na gestão econômica, navega como nau sem rumo, frustrando não apenas as esperanças do eleitorado que mobilizou, mas, até, muitas das expectativas da Avenida Paulista.

Para além da ‘reforma’ da Previdência e seu furor austericídico, o “Posto Ipiranga” não conseguiu sinalizar para a sociedade com algum projeto, seja de desenvolvimento, seja de recuperação da economia. Esta caminha da estagnação para a recessão, e dela não sairemos enquanto o “mercado” não entender que a única alternativa para a crise fiscal (que, ademais, não é nosso desafio crucial) é o desenvolvimento do país, a saber, a promoção da riqueza. Mas tal objetivo é uma incongruência, tratando-se, como é o caso, de um governo retracionista.

Povo foi às ruas e ajudou a mudar a História

Ponta Grossa/PR, 15/5/19. Foto: Angelo Rocha/Mídia Ninja
Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

Num dia que será lembrado por muitos anos, o 15 de maio de 2019 marca uma mobilização que modificou o curso político do país, estabelecendo novas bases para a luta dos estudantes, trabalhadores e da maioria da população. 

Três anos depois do golpe parlamentar que arrancou Dilma do Planalto, treze meses depois da prisão que retirou Lula de uma campanha presidencial na qual era um candidato imbatível, o dia 15 começou a modificar a relação de forças estabelecida desde então.

As estimativas sobre o total de pessoas que foram às ruas para defender o ensino público e o direito da juventude a um futuro podem variar, mas o significado político é imenso, cristalino.

Na rota das grandes lutas

Chapecó/SC, 15/5/19. Foto: Ana Laura Baldo/Estudantes NINJA
Por Haroldo Lima

Foi um espetáculo portentoso o que ontem se viu pelas praças e ruas do Brasil. Centenas de milhares de estudantes, professores, trabalhadores em educação e povo em geral desfilaram sua indignação, suas denúncias e sua criatividade em todos os 26 estados da Federação e no Distrito Federal.

Cortejos enormes e numerosos, de norte a sul do país, puseram-se em marcha na defesa da educação ameaçada. Não se viu a “bagunça” que o ministro da educação Abraham Weintraub enxergou nas universidades efervescentes brasileiras. Via-se protesto contra o descalabro e repulsa ao obscurantismo que reduz o governo federal a um organismo necrosado que se orienta por um farsante boquirroto acoitado nos Estados Unidos.

Evangélicos e a ascensão da extrema-direita

Por Ana Keila Mosca Pinezi, no jornal Le Monde Diplomatique-Brasil:

A Igreja Universal do Reino de Deus (Iurd) é um complexo que envolve um império midiático não voltado apenas à propagação de seus preceitos religiosos e morais e ao proselitismo, mas também como a expressão do crescimento extraordinário evangélico no Brasil, em especial o do neopentecostalismo, cujo cerne está na Teologia da Prosperidade e da Saúde. Dessa maneira, os evangélicos neopentecostais são uma clara ameaça ao catolicismo tradicional e também popular. 

Cerco se fecha ao redor de Flávio Bolsonaro

Por Giovanna Galvani, na revista CartaCapital:

Após o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro ter autorizado a quebra do sigilo bancário do senador Flavio Bolsonaro (PSL) e de mais 95 pessoas, incluindo Fabricio Queiroz, o vespeiro pareceu se agitar. Na quinta-feira, 15, o filho 01 do presidente foi apontado em reportagem da revista Veja como articulador de lavagem de dinheiro – feita por meio de compra de 19 imóveis por 9 milhões de reais no Rio de Janeiro.

Garantir a segunda vitória

São Luís/MA, 15/5/19. Foto: Vanessa Cutrim‬/Mídia Ninja
Por João Guilherme Vargas Netto

Um tsunami cívico nacional em defesa da Educação tomou conta das ruas do Brasil surpreendendo o presidente da República que havia profetizado também um tsunami, mas não o que aconteceu e cujos milhões de participantes foram por ele insultados como “idiotas úteis que não sabem quanto é 7 x 8, nem a fórmula da água”.

Poder transformador da educação uniu o Brasil

Franca/SP, 15/5/19. Foto: Eliara Alvarez/Mídia Ninja
Por Cláudia Motta, na Rede Brasil Atual:

“Ô, Bolsonaro, preste atenção: a juventude vai fazer revolução”, dizia um grito de guerra dos estudantes. E foi o que pareceu ontem. Em todo o Brasil, as ruas das capitais e de mais de 200 cidades, grandes e pequenas, se encheram de gente para protestar contra o governo Jair Bolsonaro e os cortes de recursos para a educação, sobretudo as universidades e institutos federais.

Em São Paulo, a Avenida Paulista foi tomada (assista o vídeo). A multidão se estendia desde a Rua da Consolação por mais de um quilômetro e meio e ultrapassava as imediações da Fiesp, a federação das indústrias, sempre vaiada por sua participação no golpe de 2016.

O dia em que o governo perdeu as ruas

Barbacena/MG, 15/5/19. Foto: Max @maxlien/Estudante NINJA
Por Antonio Martins, no site Outras Palavras:

Saiu melhor que a encomenda. Os sinais de que a oposição aos cortes de verbas na Educação e Ciência era potente, visíveis há dias em centenas de assembleias, desaguaram caudalosos nas ruas. Mais de cem mil pessoas no Rio, Recife e em São Paulo. Dezenas de milhares em Salvador, Fortaleza, Belém, Brasília, Belo Horizonte, Florianópolis, São Luís e Porto Alegre. Centenas de cidades com protestos numerosos. Mais uma vez, ficou claro que a hipótese de “onda de apatia” é falsa. A tentativa de submeter o Brasil à tirania dupla do ultracapitalismo e do obscurantismo cultural e comportamental tem brechas e contradições. Elas vão se manifestar com mais frequência, daqui em diante. Quando houver sabedoria política – como nas últimas semanas – irão se traduzir em novas derrotas, e provocar divisões no bloco conservador.

quarta-feira, 15 de maio de 2019

Tsunami Flávio: 19 imóveis por R$ 9 milhões

Por Altamiro Borges

De Dallas, nos EUA, onde novamente dá vexame internacional – isolado, rechaçado pelas autoridades locais e causando "surpresa inesperada" na visita a George Bush, segundo o próprio assessor do ex-presidente ianque –, Jair Bolsonaro só recebeu péssimas notícias neste fatídico 15 de maio. Além dos protestos gigantescos em várias cidades do Brasil contra o corte de verbas na educação, ainda veio a confirmação do Banco Central sobre a queda no Produto Interno Bruto (PIB), já caracterizando uma nova "recessão técnica", e o vazamento de documento sobre o sinistro patrimônio do "pimpolho" Flávio Bolsonaro, que comprou 19 imóveis por R$ 9 milhões nos últimos anos. Essa bomba pode virar o verdadeiro tsunami antecipado enigmaticamente pelo "capetão" antes da viagem aos EUA. 

Cadê os “imbecis”, Bolsonaro?

A Paulista tomada pelos estudantes
Por Kiko Nogueira, no Diário do Centro do Mundo:

Bolsonaro conseguiu, em cinco meses de governo, a maior manifestação na Paulista desde as primeiras pedindo o impeachment de Dilma.

Quem diz isso não é o DCM, mas o MBL.

Mov. Brasil Livre
✔@MBLivre


Governo se embabanou todo com a história da balbúrdia, ficou uma semana em cima de uma narrativa falsa e esquerda soube aproveitar, mesmo que com distorção, a oportunidade pra fazer uma de suas maiores mobilizações de rua desde o começo do impeachment.


1.124
15:30 - 15 de mai de 2019
448 pessoas estão falando sobre isso

Informações e privacidade no Twitter Ads

Balbúrdia no governo paralisa a educação

Salvador, 15/5/19
Por Vilma Bokany, no site da Fundação Perseu Abramo:

A Câmara dos Deputados convocou o ministro Abraham Weintraub, para explicar os cortes orçamentários na área da Educação, principalmente nas universidades federais. Deputados do Centrão se uniram à oposição e impuseram mais essa derrota ao governo, com 87 votos contra e 307 a favor da convocação do ministro da Educação para prestar esclarecimentos contra o contingenciamento dos recursos, na ordem de R$ 7 bilhões A audiência será no plenário da Câmara nesta quarta-feira, dia em que ocorrem manifestações em todo o país, contra os cortes na educação.