Por Altamiro Borges
"Também em novembro de 2012, Flávio comprou, por 170 mil reais, um apartamento na Rua Barata Ribeiro, também em Copacabana, que, um ano depois, seria vendido por 573 mil reais, lucro de 237%. No período, o índice de valorização ficou em 9%. Na medida cautelar, os promotores apontam que os valores declarados para a compra foram inferiores aos do mercado; e, os da venda, superiores. Citam também que os dois imóveis foram intermediados por um americano, Glenn Howard Dillard. Proprietário do apartamento na Prado Junior, o também americano Charles Eldering, acusou Dillard de não ter lhe repassado o valor da venda".
A compra de outros imóveis também gerou suspeitas. "Entre dezembro de 2008 e setembro de 2010, Flávio adquiriu dez salas comerciais na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio, por 2,662 milhões de reais. Em outubro de 2010, todos os imóveis foram vendidos para a empresa MCA Exportação e Participações por 3,167 milhões de reais. Os promotores ressaltam que o comprador tem, entre os sócios, a Listel S.A., sediada no Panamá, um paraíso fiscal. Os autores do documento citam que o Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras) considera como 'sérios indícios' de lavagem de dinheiro, 'a realização de operações imobiliárias envolvendo pessoas jurídicas cujos sócios mantenham domicílio em países com tributação favorecida'. Todas as pessoas físicas e jurídicas envolvidas em transações imobiliárias de Flávio tiveram seu sigilo quebrado pela Justiça.
De Dallas, nos EUA, onde novamente dá vexame internacional – isolado, rechaçado pelas autoridades locais e causando "surpresa inesperada" na visita a George Bush, segundo o próprio assessor do ex-presidente ianque –, Jair Bolsonaro só recebeu péssimas notícias neste fatídico 15 de maio. Além dos protestos gigantescos em várias cidades do Brasil contra o corte de verbas na educação, ainda veio a confirmação do Banco Central sobre a queda no Produto Interno Bruto (PIB), já caracterizando uma nova "recessão técnica", e o vazamento de documento sobre o sinistro patrimônio do "pimpolho" Flávio Bolsonaro, que comprou 19 imóveis por R$ 9 milhões nos últimos anos. Essa bomba pode virar o verdadeiro tsunami antecipado enigmaticamente pelo "capetão" antes da viagem aos EUA.
Segundo o site da revista Veja, que postou com exclusividade o documento na noite desta quarta-feira, "ao pedir à Justiça a quebra do sigilo bancário e fiscal de 95 pessoas e empresas relacionadas ao senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ), o Ministério Público apontou indícios de que o parlamentar tenha utilizado a compra e venda de imóveis para lavar dinheiro. Segundo os promotores, entre 2010 e 2017, o então deputado estadual lucrou 3,089 milhões de reais em transações imobiliárias em que há 'suspeitas de subfaturamento nas compras e superfaturamento nas vendas'. No período, ele investiu 9,425 milhões de reais na compra de 19 imóveis, entre salas e apartamentos".
No documento sigiloso obtido pela revista, o Ministério Público afirma que a suposta fraude pode ter ocorrido para “simular ganhos de capital fictícios” que encobririam “o enriquecimento ilícito decorrente dos desvios de recursos” da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro. A quebra de sigilo foi concedida pelo juiz da 27ª Vara Criminal do Rio, Flávio Itabaiana Nicolau. "Os promotores citam no documento casos em que teria havido valorização excessiva de imóveis comprados por Flávio. Em 27 de novembro de 2012, ele comprou, por 140 mil reais, um apartamento na Avenida Prado Junior, em Copacabana – 15 meses depois, em fevereiro de 2014, vendeu o imóvel por 550 mil reais, o que representa um lucro de 292%. O MP aponta que, de acordo com o índice Fipezap, utilizado no mercado imobiliário, a valorização de imóveis no bairro ficou, no período, em 11%".
"Também em novembro de 2012, Flávio comprou, por 170 mil reais, um apartamento na Rua Barata Ribeiro, também em Copacabana, que, um ano depois, seria vendido por 573 mil reais, lucro de 237%. No período, o índice de valorização ficou em 9%. Na medida cautelar, os promotores apontam que os valores declarados para a compra foram inferiores aos do mercado; e, os da venda, superiores. Citam também que os dois imóveis foram intermediados por um americano, Glenn Howard Dillard. Proprietário do apartamento na Prado Junior, o também americano Charles Eldering, acusou Dillard de não ter lhe repassado o valor da venda".
A compra de outros imóveis também gerou suspeitas. "Entre dezembro de 2008 e setembro de 2010, Flávio adquiriu dez salas comerciais na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio, por 2,662 milhões de reais. Em outubro de 2010, todos os imóveis foram vendidos para a empresa MCA Exportação e Participações por 3,167 milhões de reais. Os promotores ressaltam que o comprador tem, entre os sócios, a Listel S.A., sediada no Panamá, um paraíso fiscal. Os autores do documento citam que o Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras) considera como 'sérios indícios' de lavagem de dinheiro, 'a realização de operações imobiliárias envolvendo pessoas jurídicas cujos sócios mantenham domicílio em países com tributação favorecida'. Todas as pessoas físicas e jurídicas envolvidas em transações imobiliárias de Flávio tiveram seu sigilo quebrado pela Justiça.
Diante de tantos negócios sinistros, o Ministério Público afirma ter encontrado indícios que indicam a prática, no gabinete do então deputado estadual, dos crimes de peculato (apropriação, por funcionário público de bens alheios), lavagem de dinheiro e organização criminosa. Procurado pela revista, o hoje senador negou as denúncias e acusou o MP de ter quebrado seu sigilo. Já seu pai, o metido a valentão Jair Bolsonaro – que de Dallas acusou os professores e estudantes de "imbecis" e de "idiotas úteis" – deve ter ficado com cara de nádega. A vida é dura, "capetão"!
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