Por Nirlando Beirão, na revista CartaCapital:
Na última semana de novembro de 2015, dia 24, uma segunda-feira, selou-se com estrepitoso simbolismo o pacto de mentiras entre a mídia oligárquica e o juiz Sérgio Moro à frente da matilha punitiva de Curitiba. O condottiere da Operação Lava Jato já recebera troféu da família Marinho e se encaminhava para virar, com direito a infindáveis honrarias, o xodó do establishment anti-PT. No entanto, ser incensado como salvador da pátria pela Associação Nacional de Editoras de Revistas (Aner) iria funcionar como chancela pública, definitiva, inoxidável do acordão que levaria ao golpe do impeachment, à prisão sem provas de Lula e a um elenco de arbitrariedades extralegais a culminar com uma eleição presidencial fajuta, ilegítima e catastrófica.