Por Antonio Martins, no site Outras Palavras:
A enorme facilidade com que a coalizão governista aprovou, na quarta-feira, o texto-base da Contrarreforma da Previdência, desfez-se desde ontem. Na votação de destaques – propostas que, apresentadas por bancadas partidárias, alteram o texto inicial –, as bancadas bolsonarista, do Centrão e de fundamentalistas do mercado desorganizaram-se, dividiram-se em alguns casos e sofreram derrotas com que não contavam. O deputado Rodrigo Maia, que havia previsto encerrar a primeira rodada de votações ontem (11/7) e fazer o segundo turno hoje (12), agora já não tem sequer a certeza de que a tramitação, naquela casa, se encerrará este semestre. Dois fatores concorrem para tornar mais difícil o trabalho dos governistas: o temor (ainda presente) de eliminar direitos; e a cobrança, pelos deputados, das benesses inéditas (dinheiro e cargos públicos) prometidas pelo Palácio do Planalto – a despeito do discurso sobre “nova política”.
A enorme facilidade com que a coalizão governista aprovou, na quarta-feira, o texto-base da Contrarreforma da Previdência, desfez-se desde ontem. Na votação de destaques – propostas que, apresentadas por bancadas partidárias, alteram o texto inicial –, as bancadas bolsonarista, do Centrão e de fundamentalistas do mercado desorganizaram-se, dividiram-se em alguns casos e sofreram derrotas com que não contavam. O deputado Rodrigo Maia, que havia previsto encerrar a primeira rodada de votações ontem (11/7) e fazer o segundo turno hoje (12), agora já não tem sequer a certeza de que a tramitação, naquela casa, se encerrará este semestre. Dois fatores concorrem para tornar mais difícil o trabalho dos governistas: o temor (ainda presente) de eliminar direitos; e a cobrança, pelos deputados, das benesses inéditas (dinheiro e cargos públicos) prometidas pelo Palácio do Planalto – a despeito do discurso sobre “nova política”.