terça-feira, 23 de julho de 2019
Holofotes, autógrafos e autofagia processual
Por Cezar Britto, no site Congresso em Foco:
Venho registrando em artigos e palestras – anual e repetidamente – que as populares “forças-tarefas” feriam diversas regras constitucionais, especialmente quando integradas por policiais, membros do Ministério Público e magistrados. Esta conformação – segundo penso – viola todo o espírito constitucional protetivo da pessoa humana, especialmente o devido processo legal, o direito de defesa, o contraditório, a igualdade processual e o princípio da segurança, enquanto direitos fundamentais, expressamente previstos no caput do art. 5º e no caput do art. 6º, da Constituição Federal.
Venho registrando em artigos e palestras – anual e repetidamente – que as populares “forças-tarefas” feriam diversas regras constitucionais, especialmente quando integradas por policiais, membros do Ministério Público e magistrados. Esta conformação – segundo penso – viola todo o espírito constitucional protetivo da pessoa humana, especialmente o devido processo legal, o direito de defesa, o contraditório, a igualdade processual e o princípio da segurança, enquanto direitos fundamentais, expressamente previstos no caput do art. 5º e no caput do art. 6º, da Constituição Federal.
Bolsonaro fez do Brasil vergonha mundial
Charge: Rayma Suprani |
É importante ler as matérias produzidas pelos correspondentes internacionais para se entender o quão os estrangeiros estão estupefatos em relação ao Brasil.
Não creio que nenhum deles poderia ter imaginado essa experiência, nem de vida, nem profissional, de estar diante de um demente em vias de transformar o maior país da América do Sul - e uma das maiores economias do planeta - numa piada internacional.
Bolsonaro não gosta do Brasil
Por Roberto Malvezzi (Gogó), no site Outras Palavras:
Um caso raro na história, um presidente que não gosta de seu país. Já na campanha eleitoral ele ofereceu capim aos nordestinos. Aquela propaganda já mostrava que sua estratégia eleitoral era explorar os piores sentimentos da alma brasileira, como o preconceito contra o Nordeste, os negros quilombolas, os indígenas, os pobres e a população LGBT. Como processo eleitoral, deu certo. Porém, ninguém que tenha uma ética generosa faria campanha baseada em preconceitos tão medonhos. Portanto, além de uma estratégia eleitoral, havia ali um caráter, uma ética que desconhece qualquer ética.
Um caso raro na história, um presidente que não gosta de seu país. Já na campanha eleitoral ele ofereceu capim aos nordestinos. Aquela propaganda já mostrava que sua estratégia eleitoral era explorar os piores sentimentos da alma brasileira, como o preconceito contra o Nordeste, os negros quilombolas, os indígenas, os pobres e a população LGBT. Como processo eleitoral, deu certo. Porém, ninguém que tenha uma ética generosa faria campanha baseada em preconceitos tão medonhos. Portanto, além de uma estratégia eleitoral, havia ali um caráter, uma ética que desconhece qualquer ética.
A destruição do futuro do Brasil
Por Ricardo Kotscho, em seu blog:
“E aí, pessoal? Vamos acabar com a Ancine ou não?”, perguntou ele a seus seguidores, sábado de manhã, na entrada do Alvorada,
“Vamos!!! responderam em uníssono os bolsominions, certamente sem ter a menor ideia de que se trata da Agência Nacional de Cinema.
Bolsonaro até agora não tem um programa de governo, mas já colocou em execução um plano de destruição em massa do futuro do Brasil.
Educação, Cultura e Meio Ambiente são os principais alvos dos seus primeiros 200 dias de guerra à civilização.
A ignorância em nome da plutocracia
Por Gustavo Freire Barbosa, na revista CartaCapital:
No documentário “A Terra é plana”, da Netflix, uma famosa terraplanista chamada Patricia Steere reclama ser alvo das teorias da conspiração de seus colegas também terraplanistas. Segundo alegam, Steere faria parte de um grande complô envolvendo o governo norte-americano. As evidências? O fato de seu nome terminar com CIA e seu sobrenome ser “Steere” (uma alusão a “sphere”, esfera).
Desde o início de junho, quando começou a série de reportagens publicadas pelo The Intercept Brasil que trouxe à luz o submundo da operação Lava Jato, o bolsonarismo devotou todas as suas forças às tentativas de descredibilizar Glenn Greenwald, jornalista idealizador do site.
Desde o início de junho, quando começou a série de reportagens publicadas pelo The Intercept Brasil que trouxe à luz o submundo da operação Lava Jato, o bolsonarismo devotou todas as suas forças às tentativas de descredibilizar Glenn Greenwald, jornalista idealizador do site.
A luta contra a MP-881 da escravidão
Por João Guilherme Vargas Netto
Um dos exemplos fortes da confusão que se procura causar em nossas fileiras é a MP 881, dita da “liberdade econômica” e que deverá ser votada logo após terminarem os trâmites da deforma previdenciária na Câmara dos Deputados e no Senado.
Já a classifiquei de “caldeirão da bruxa” tal a quantidade e a disparidade de ingredientes malévolos que ela contém.
Para dar um exemplo só agora a mídia grande descobriu que entre seus artigos há o que libera os jogos nas corridas de cavalo. Eu mesmo, quando tentei resenhá-la, subestimei a quase completa proibição de fiscalizações das atividades empresariais, fiscalizações trabalhistas, ambientais e todas as outras.
Um dos exemplos fortes da confusão que se procura causar em nossas fileiras é a MP 881, dita da “liberdade econômica” e que deverá ser votada logo após terminarem os trâmites da deforma previdenciária na Câmara dos Deputados e no Senado.
Já a classifiquei de “caldeirão da bruxa” tal a quantidade e a disparidade de ingredientes malévolos que ela contém.
Para dar um exemplo só agora a mídia grande descobriu que entre seus artigos há o que libera os jogos nas corridas de cavalo. Eu mesmo, quando tentei resenhá-la, subestimei a quase completa proibição de fiscalizações das atividades empresariais, fiscalizações trabalhistas, ambientais e todas as outras.
segunda-feira, 22 de julho de 2019
Terrorismo da ‘Veja’ atiça ódio bolsonarista
Por Altamiro Borges
Totalmente identificada com a agenda ultraneoliberal da dupla Bolsonaro-Guedes, como demonstrou em sua militância ativa pela aprovação do golpe da Previdência, a ‘Veja’ vinha se distanciando do governo no tocante à pauta política. Parecia temer o avanço do autoritarismo. Tanto que virou parceira do site The Intercept na difusão das mensagens dos jagunços da Lava-Jato – que antes eram tratados como heróis pela revista. Esta mudança na linha editorial até nutriu algumas ilusões sobre o semanário. Mas não durou muito tempo.
Totalmente identificada com a agenda ultraneoliberal da dupla Bolsonaro-Guedes, como demonstrou em sua militância ativa pela aprovação do golpe da Previdência, a ‘Veja’ vinha se distanciando do governo no tocante à pauta política. Parecia temer o avanço do autoritarismo. Tanto que virou parceira do site The Intercept na difusão das mensagens dos jagunços da Lava-Jato – que antes eram tratados como heróis pela revista. Esta mudança na linha editorial até nutriu algumas ilusões sobre o semanário. Mas não durou muito tempo.
Diretor do Inpe detona Bolsonaro, o covarde
Mapa da Amazônia feito pelo Prodes, projeto do Inpe que monitora a Amazônia desde 1988 |
Com a intenção de esconder o aumento do desmatamento no campo, visando beneficiar os latifundiários e sua corrompida bancada ruralista, o “capetão” Jair Bolsonaro disparou sua verborragia na sexta-feira (19) contra o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Em um café da manhã com a imprensa estrangeira, ele vomitou que dará uma bronca no diretor do órgão, Ricardo Galvão. “É lógico que eu vou conversar com o chefe do Inpe. Matérias repetidas apenas ajudam a fazer com que o nome do Brasil seja malvisto lá fora”.
Falando sem parar Bolsonaro tenta calar o país
Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:
O governo Bolsonaro é um discurso sem silêncios nem pausas. Não há intervalo para contraponto nem para questionamentos. Muitos menos para a construção de um ponto de vista alternativo, que implicaria em admitir democraticamente que o espaço público é um local de eterna disputa, onde cabe aos brasileiros e brasileiras a palavra final para seus problemas e soluções.
A agenda do "embaixador" Bolsonaro nos EUA
Por João Filho, no site The Intercept-Brasil:
A indicação de Eduardo Bolsonaro para a embaixada dos EUA não deveria causar surpresa por dois motivos. O primeiro é que distribuir cargos para parentes no serviço público é uma das marcas da vida política da família Bolsonaro. Flávio Bolsonaro, por exemplo, estreou carreira política aos 19 anos como funcionário-fantasma. Ele era assistente técnico de gabinete do partido do seu pai na Câmara, mas nunca apareceu para pegar no batente. Há muitos outros casos de parentes de Bolsonaro que ganharam empregos públicos, fantasmas ou não.
Os latifúndios dos Dallagnol na Amazônia
Por Leonardo Fuhrmann e Alceu Luís Castilho, no site De olho nos ruralistas:
A revista CartaCapital que circulou na sexta-feira adiantou algumas informações sobre os latifúndios da família Dallagnol no Mato Grosso, em plena floresta Amazônica, em reportagem feita pelo De Olho nos Ruralistas. O observatório detalha agora, em uma série de textos, uma versão mais completa dessa saga. Do desmatamento aos conflitos agrários (numa região onde protagonistas da disputa foram assassinados), do histórico fundiário peculiar ao atual litígio com o Incra descortina-se um país bem diferente daquele do imaginário da Operação Lava Jato.
Cresce número de pessoas famintas no mundo
Por Ana Luíza Matos de Oliveira, no site da Fundação Perseu Abramo:
Após anos de declínio, volta a aumentar o número de pessoas famintas no mundo a partir de 2015, colocando em risco o compromisso assumido pela comunidade internacional de acabar com a fome até 2030. É o que discute relatório da FAO (Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação, em português), disponível no site da organização.
Se em 2015 o percentual de pessoas famintas no mundo esteve em 11%, o número de pessoas famintas no mundo tem crescido, alcançando 820 milhões em 2018. Apesar de a África ser o continente com os maiores percentuais de população desnutrida, na América Latina e no Caribe a fome também tem crescido, em especial pelo seu aumento na Venezuela. Na América Latina e no Caribe como um todo, em 2018, 6,5% da população estava desnutrida (ou 42,5 milhões de pessoas) e na América do Sul especificamente 5,7% da população estava desnutrida (23,7 milhões de pessoas), segundo a publicação.
Após anos de declínio, volta a aumentar o número de pessoas famintas no mundo a partir de 2015, colocando em risco o compromisso assumido pela comunidade internacional de acabar com a fome até 2030. É o que discute relatório da FAO (Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação, em português), disponível no site da organização.
Se em 2015 o percentual de pessoas famintas no mundo esteve em 11%, o número de pessoas famintas no mundo tem crescido, alcançando 820 milhões em 2018. Apesar de a África ser o continente com os maiores percentuais de população desnutrida, na América Latina e no Caribe a fome também tem crescido, em especial pelo seu aumento na Venezuela. Na América Latina e no Caribe como um todo, em 2018, 6,5% da população estava desnutrida (ou 42,5 milhões de pessoas) e na América do Sul especificamente 5,7% da população estava desnutrida (23,7 milhões de pessoas), segundo a publicação.
Bolsonaro é um líder de turba
Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:
Helena Chagas, n’Os Divergentes, indaga a razão de Bolsonaro não se calar e seguir produzindo declarações que lhe arranjam adversários em quase tudo.
Bernardo Mello Franco, em O Globo, escreve sobre a compulsão bolsonariana pela mentira, à moda de seu guru Donald Trump.
Ótimos artigos, à altura do vigor corajoso de seus autores.
Mas, modestamente, acho que não “chegaram ao ponto”.
Bolsonaro funciona de outra maneira e é isso o que explica porque age assim e fala asneiras às catadupas.
Helena Chagas, n’Os Divergentes, indaga a razão de Bolsonaro não se calar e seguir produzindo declarações que lhe arranjam adversários em quase tudo.
Bernardo Mello Franco, em O Globo, escreve sobre a compulsão bolsonariana pela mentira, à moda de seu guru Donald Trump.
Ótimos artigos, à altura do vigor corajoso de seus autores.
Mas, modestamente, acho que não “chegaram ao ponto”.
Bolsonaro funciona de outra maneira e é isso o que explica porque age assim e fala asneiras às catadupas.
Assinar:
Postagens (Atom)