domingo, 4 de agosto de 2019

MBL, Doria e Novo estão sujos de lama

Por João Filho, no site The Intercept-Brasil:

Ninguém mais está querendo sair na foto ao lado de Bolsonaro. O bonde da barbárie está descendo a ladeira sem freio, e cada vez menos gente está disposta a continuar nessa roubada. Quanto mais pessoas pularem fora, melhor. Embora seja tentador, não podemos nos dar ao luxo de ficar apontando dedos. Que os desertores sejam bem-vindos. Mas também não podemos passar pano. Nem rancor, nem flores. A história precisa ser contada com precisão para que nunca mais o país tope uma proposta declaradamente antidemocrática e fascistoide.

Bolsonaro reduz Moro à servidão

Por Fernando Brito, em seu blog:

Jair Bolsonaro, informalmente, confirmou que Moro vai perder o controle que ainda mantinha sobre o Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras), através de seu presidente, Roberto Leonel, um ex-integrante da República de Curitiba.

Ao dizer que Paulo Guedes é livre para trocar, quando quiser, o comando do órgão, que tem acesso à movimentação financeira de qualquer pessoa, dá o sinal para que isso aconteça, até mesmo se não estiver entre as prioridades do ministro da Economia.

Lava-Jato e os objetivos dos Estados Unidos

Por Samuel Pinheiro Guimarães

1. Os objetivos estratégicos dos Estados Unidos para a América Latina e, em especial para o Brasil, são importantes para compreender a política externa e interna brasileira, inclusive a Operação Lava Jato.

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2. A América Latina foi declarada zona de influência exclusiva de fato americana pela Doutrina Monroe, em mensagem do Presidente dos Estados Unidos ao Congresso americano, em 02/12/ 1823.

3. Esta Doutrina corresponde a uma visão e convicção histórica, nos Estados Unidos, de direito ao exercício de uma hegemonia natural sobre a América Latina, como o Corolário Roosevelt, de 1904, viria a explicitar.

Por que Moro ainda não caiu?

Por Jessé Souza, em seu blog:

O escândalo da “Vaza Jato”, provocado pelo The Intercept e pela extraordinária coragem de Glenn Greenwald, desmascarou a hipocrisia do jeito brasileiro de fazer política que já vem acontecendo há mais de cem anos. A Lava Jato não é, afinal, uma história de cinco anos que começa em 2014 com o “escândalo da Petrobras”, mas sim uma história que vem desde 1930, quando Getúlio toma da “elite do atraso” o poder de Estado. Foi aí que se construiu a ideia estapafúrdia de que a “corrupção só da política”, usando o conceito de patrimonialismo como contrabando, é a raiz de todos os problemas brasileiros. A construção dessa ideia ridícula como suposta explicação central para os problemas brasileiros “coincide” com a ascensão de Vargas ao poder político contra as elites do dinheiro. Como a elite do dinheiro tem que “moralizar” sua rapina, desde então seus inimigos são perseguidos e sistematicamente depostos do poder com falsas acusações de irregularidade pelo uso supostamente “patrimonialista” e corrupto do Estado e da política.

A esquerda e o debate sobre o impeachment

Por Bepe Damasco, em seu blog:                                                                                                   

Queira a oposição de esquerda ou não, mais cedo ou mais tarde, por imposição da realidade, os meios políticos e jurídicos e a sociedade brasileira serão instados a enfrentar o debate sobre o afastamento de Bolsonaro.

Não custa transcrever o artigo 9º da Lei 1.079 : “É crime de responsabilidade contra a probidade na administração proceder de modo incompatível com a dignidade, a honra e o decoro do cargo.”

Pois um ser repugnante e desprezível, autêntico lixo humano, como Bolsonaro, envergando a faixa presidencial significa uma ofensa permanente à dignidade do cargo.

Bolsonaro agride cientistas como a ditadura

Os 10 cientistas cassados à época de sua reintegração
à Fiocruz, em 1986. Foto: divulgação
Por Cynara Menezes, no blog Socialista Morena:

Em apenas sete meses de governo, o presidente de extrema direita Jair Bolsonaro já coleciona diversos ataques à ciência brasileira. Em abril, duvidou dos números do IBGE em relação ao desemprego; em maio, censurou a divulgação de uma pesquisa nacional sobre drogas elaborada pela Fiocruz; e agora demitiu o diretor do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), Ricardo Galvão, simplesmente porque não aceita que o desmatamento, em sua gestão, disparou.

Trump, Bolsonaro e Guedes contra o Brasil

Editorial do site Vermelho:

O encontro do presidente Bolsonaro e do ministro da Economia, Paulo Guedes, com o secretário de Comércio dos Estados Unidos, Wilbur L. Ross Jr, para iniciar oficialmente as negociações de um acordo comercial escancara o entreguismo deste governo. De acordo com o ministro, o objetivo é fechar uma “aliança estratégica”, algo que seria mais profundo do que um acordo comercial. O presidente norte-americano, Donald Trump, ao elogiar o clã Bolsonaro já havia comentado o sinal verde para a “aliança”.

Bolsonaro é incapaz para o debate público

Por Pedro Serrano, na revista CartaCapital:

A coleção de ofensas de Jair Bolsonaro para com a memória dos mortos e desaparecidos durante a ditadura ganhou nos últimos dias mais uma declaração indecorosa. Ao afirmar de forma zombeteira que poderia contar ao presidente da Ordem dos Advogados do Brasil, Felipe Santa Cruz, como o pai dele havia morrido, Bolsonaro não apenas ofendeu seu interlocutor e familiares, mas também sugeriu saber mais do que os documentos oficiais registram.

Jandira Feghali no programa Entre Vistas

O ministro francês e do desgaste do Brasil

Os 70 anos da Chacina de Tupã

Por Augusto C. Buonicore, no site da Fundação Maurício Grabois:

O ano era 1949 e vivia-se em meio à guerra fria, que no ano seguinte se tornaria quente na Coreia. O Brasil, sob o governo do marechal Eurico Gaspar Dutra, havia entrado firme – e prematuramente –nessa sombria era. Em maio de 1947, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) cancelou o registro do Partido Comunista do Brasil (PCB) e, em janeiro do ano seguinte, foi cassado o mandato de seus parlamentares num golpe parlamentar. Desde então, aumentou a escalada da repressão aos “vermelhos”. Os seus principais dirigentes, tendo suas prisões preventivas decretadas, entraram na clandestinidade. Vários jornais, mesmo não pertencendo oficialmente ao partido comunista, passaram a ser constantemente censurados e empastelados pela polícia.

Tática do impeachment, agora, seria um erro?

Por Valerio Arcary, no site Esquerda:

Nesta última semana só se discute na esquerda, se chegou ou não a hora de pedir o impeachment. O escárnio de Bolsonaro por aqueles que sacrificaram suas vidas na luta contra a ditadura fez a repulsa aumentar entre nós todos. Examinemos, então, quais são os melhores argumentos a favor e contra a apresentação de um pedido de impeachment neste Congresso Nacional.

A favor da apresentação do pedido de impeachment foram esgrimidos três argumentos principais. Vejamos quais são:

Bolsonaro incentiva uso de veneno na comida

Por Alexandre Guerra, no site da Fundação Perseu Abramo:

No dia 22 de julho, o Ministério da Agricultura liberou o registro de 51 novos tipos de agrotóxicos. Desde o inicio do governo Bolsonaro já foram liberados o registro de 290 agrotóxicos no país, sendo 41% extremamente tóxicos. Do total de agrotóxicos liberados por Bolsonaro, 32% estão proibidos na Europa.

Além disso, no dia 23 de julho de 2019, houve a divulgação de uma nova classificação de agrotóxicos feita pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) que ameniza o rótulo de toxidade dessas substâncias. A regulação legal em vigor classifica os agrotóxicos atuantes no país em quatro categorias segundo grau de perigo. As novas normas aumentarão para cinco categorias de toxidade, entretanto flexibilizará a categoria classificada como extremamente tóxica, que passará de 800 para 300 substâncias - ou seja, o consumidor ficará sem advertências de manipulação e de risco para um conjunto significativo de agrotóxicos.

Indústria farmacêutica esconde cura de doença

Por Marques Casara, no jornal Brasil de Fato:

O escândalo da vez, no setor de medicamentos, foi a revelação de que a Pfizer escondeu informações sobre um remédio que poderia reduzir em 64% o risco de uma pessoa contrair Alzheimer. Motivo: a patente do medicamento havia expirado. Com isso, qualquer empresa do setor poderia lucrar com a descoberta. Os doentes seriam beneficiados, mas o lucro não ficaria apenas com a Pfizer. A alta gestão da companhia optou por ocultar a informação, para não beneficiar a concorrência. O caso foi descoberto pelo jornal The Washington Post.

sábado, 3 de agosto de 2019

Os desafios dos movimentos sociais

Foto: Felipe Bianchi
Por Bruna Caetano, no site do Centro de Estudos Barão de Itararé:

Os desafios impostos pela nova configuração do mundo do trabalho e pelos ataques do governo federal aos movimentos populares foram tema da mesa “A ofensiva contra os movimentos sociais”, no IV Curso Nacional de Comunicação do Barão de Itararé, nesta quarta-feira (31).

A mesa foi composta por Clemente Ganz Lucio, diretor técnico do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese); Iago Montalvão, presidente da União Nacional dos Estudantes (UNE); e João Paulo Rodrigues, coordenador nacional do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). Ela pretendia iluminar o debate sobre a atuação dos movimentos populares ao longo dos últimos anos, e como devem se comportar diante do cenário de ataques protagonizados pelo presidente Jair Bolsonaro.

Future-se e o aporte de recursos de empresas

Por Renato Dagnino, Wagner Romão e Rogerio Bezerra, no jornal Le Monde Diplomatique-Brasil:

Em 17 de julho, O Ministério da Educação lançou o que parece ser o núcleo da política cognitiva (de educação e de ciência, tecnologia e inovação) da gestão de Jair Bolsonaro: o programa Future-se. Este texto procura complementar as várias manifestações que têm surgido desde então. Ele foca a sua intenção em equacionar o que considera o principal problema das instituições federais de ensino superior (IFES) – seu despropositado e insustentável custo para o Estado – mediante a captação de recursos das empresas para pesquisa e desenvolvimento (P&D).

Conter o fascismo é prioridade

Por Marcelo Zero

Logo no início do governo Bolsonaro, escrevi um artigo intitulado “Bolsonaro não Descerá do Palanque”, no qual vaticinava que o ex-capitão não assumiria qualquer compromisso com a democracia e suas instituições e que governaria com o recurso fascista do ódio ao “inimigo interno”.

O artigo dizia o seguinte:

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É tocante ver a expectativa ansiosa com que a imprensa e certos setores políticos esperam algum gesto republicano, de conciliação, de comprometimento democrático, ou mesmo de mínima civilização por parte de Bolsonaro et caterva.

Tutaméia entrevista Dilma Rousseff

Nazismo adotava métodos da Lava-Jato

Dallagnol é o bode expiatório da Lava-Jato