quinta-feira, 26 de setembro de 2019
CTPS digital é o fim da "carteira assinada"
Por Cynara Menezes, no blog Socialista Morena:
Lembro vagamente que a repartição onde se solicitava a carteira era na avenida Sete, no centro de Salvador. No retrato 3 X 4 em preto e branco tirado no lambe-lambe, o cabelinho curto e a cara de menina recém-saída da infância. Eu tinha acabado de fazer 18 anos, estava na faculdade de jornalismo da UFBA e saí de lá com a carteirinha azul na mão, orgulhosa e confiante de, quem sabe, descolar algum trabalho fixo. Tirar a Carteira de Trabalho e Previdência Social era como conquistar um sonho de futuro, era sinônimo de independência financeira, de poder morar sozinha, de liberdade…
Bolsonaro faz papel de gandula de Trump
Por Ricardo Kotscho, em seu blog:
Em tempo (às 18h30): “Câmara dos EUA anuncia processo de impeachment contra Trump” (agora, no UOL). Mais uma do pé-frio… Por isso, o chefe dele estava tão de farol baixo hoje na ONU, com o topete caindo na testa…
***
Jair Bolsonaro entrou e saiu da ONU do mesmo tamanho que entrou: um nanico folclórico que assusta o mundo pelas besteiras que fala e faz.
Durante meia hora, com dificuldades para ler o teleprompter, fez o Brasil passar a maior vergonha depois do vexame dos 7 a 1 para a Alemanha.
Bolsonaro divulga fake news na ONU
Por Ronnie Aldrin Silva, no site da Fundação Perseu Abramo:
Bolsonaro discursou na Assembleia Geral da ONU na manhã desta terça (24) e fez uso de um arsenal de fake news para tentar melhorar a atual imagem internacional brasileira. Ele iniciou falando que o Programa Mais Médicos contava com dez mil trabalhadores escravos cubanos respaldados pela ONU e que Cuba enviou, há poucas décadas, vários agentes para implantar uma ditadura nos demais países americanos.
Bolsonaro discursou na Assembleia Geral da ONU na manhã desta terça (24) e fez uso de um arsenal de fake news para tentar melhorar a atual imagem internacional brasileira. Ele iniciou falando que o Programa Mais Médicos contava com dez mil trabalhadores escravos cubanos respaldados pela ONU e que Cuba enviou, há poucas décadas, vários agentes para implantar uma ditadura nos demais países americanos.
A primavera política não nasce em setembro
Por Ricardo Gebrim, no jornal Brasil de Fato:
Neste cenário atribulado em que os brasileiros se deparam espantados todo os dias com notícias desconcertantes, enfrentamos uma derrota profunda em que os nossos inimigos nos atacam com espantosa rapidez, extrema força e munidos com a capacidade de promover desmontes simultâneos.
Todo esse processo está aí, a nos desafiar, exigindo das forças de esquerda um esforço de análise mais árduo do que aquele realizado pelas gerações anteriores.
Nestas condições, como a ação das forças de esquerda pode deixar de ser apenas um mero amontoado de reclamações e iniciativas dispersas, sem teoria nem fidelidade a uma estratégia de poder?
Todo esse processo está aí, a nos desafiar, exigindo das forças de esquerda um esforço de análise mais árduo do que aquele realizado pelas gerações anteriores.
Nestas condições, como a ação das forças de esquerda pode deixar de ser apenas um mero amontoado de reclamações e iniciativas dispersas, sem teoria nem fidelidade a uma estratégia de poder?
ComunicaSul na Argentina, Bolívia e Uruguai
Do site do Centro de Estudos Barão de Itararé:
Articulação iniciada em 2012, o ComunicaSul é um coletivo de comunicação colaborativa formado por jornalistas da mídia alternativa brasileira com a missão de romper o bloqueio informativo sobre grandes eventos políticos do continente. No currículo, o ComunicaSul conta com a cobertura de vitórias eleitorais de Hugo Chávez (2012), Nicolás Maduro (2013), Rafael Correa (2013) e Evo Morales (2014), além de diversas lutas políticas e sociais na Argentina, Paraguai, Guatemala e Honduras.
Articulação iniciada em 2012, o ComunicaSul é um coletivo de comunicação colaborativa formado por jornalistas da mídia alternativa brasileira com a missão de romper o bloqueio informativo sobre grandes eventos políticos do continente. No currículo, o ComunicaSul conta com a cobertura de vitórias eleitorais de Hugo Chávez (2012), Nicolás Maduro (2013), Rafael Correa (2013) e Evo Morales (2014), além de diversas lutas políticas e sociais na Argentina, Paraguai, Guatemala e Honduras.
Região Sul começa a abandonar Bolsonaro
Por Altamiro Borges
No segundo turno das eleições presidenciais, em 28 de outubro do ano passado, o “capetão” Jair Bolsonaro deu uma surra nas urnas na região Sul do país: 68,4% dos votos no Paraná; 75,9% em Santa Catarina; e 63,2% no Rio Grande do Sul. Por inúmeras razões, o neofascismo cativou o eleitorado sulista com o seu falso discurso contra a corrupção e com seus preconceitos racistas, machistas, homofóbicos e outros. Essa sedução, porém, começa a refluir – para desespero do presidente demagogo e psicopata. O principal dado da pesquisa Ibope divulgada nesta quarta-feira (25) é o que revela a acentuada queda de popularidade de Jair Bolsonaro nestes três estados estratégicos.
No segundo turno das eleições presidenciais, em 28 de outubro do ano passado, o “capetão” Jair Bolsonaro deu uma surra nas urnas na região Sul do país: 68,4% dos votos no Paraná; 75,9% em Santa Catarina; e 63,2% no Rio Grande do Sul. Por inúmeras razões, o neofascismo cativou o eleitorado sulista com o seu falso discurso contra a corrupção e com seus preconceitos racistas, machistas, homofóbicos e outros. Essa sedução, porém, começa a refluir – para desespero do presidente demagogo e psicopata. O principal dado da pesquisa Ibope divulgada nesta quarta-feira (25) é o que revela a acentuada queda de popularidade de Jair Bolsonaro nestes três estados estratégicos.
quarta-feira, 25 de setembro de 2019
Bolsonaro vai à guerra com o mundo
Por Fernando Brito, em seu blog:
Errei, na companhia de todas pessoas de bom-senso, na avaliação do que seria o discurso de Jair Bolsonaro na ONU.
Ele deixou de lado qualquer prudência e ensarilhou armas contra a opinião pública mundial.
Tratou a assembleia das Nações Unidas como se fosse um bando de minions dispostos a aplaudir sua verborragia de extrema-direita.
Disse que nós vivíamos num regime muito próximo a uma “ditadura socialista”.
Que a Floresta Amazônica está intocada.
Que a ideologia “invadiu a alma humana para expulsar Deus”.
Errei, na companhia de todas pessoas de bom-senso, na avaliação do que seria o discurso de Jair Bolsonaro na ONU.
Ele deixou de lado qualquer prudência e ensarilhou armas contra a opinião pública mundial.
Tratou a assembleia das Nações Unidas como se fosse um bando de minions dispostos a aplaudir sua verborragia de extrema-direita.
Disse que nós vivíamos num regime muito próximo a uma “ditadura socialista”.
Que a Floresta Amazônica está intocada.
Que a ideologia “invadiu a alma humana para expulsar Deus”.
Na ONU, Bolsonaro passa recibo como imbecil
Por Jeferson Miola, em seu blog:
O discurso do Bolsonaro na ONU é um primoroso cartão de visita. Bolsonaro se apresentou autenticamente como é: uma genuína Aberração [aqui].
O mundo inteiro conheceu, de viva voz e em corpo presente, quem é o imbecil delirante que foi alçado ao mais alto posto de mando do Brasil por meio da farsa eleitoral planejada pela Lava Jato.
Os trechos do discurso, adiante relacionados, dão a exata noção da vergonha a que o Brasil foi exposto desde a mais alta tribuna das Nações Unidas neste 24 de setembro de 2019.
Bolsonaro proclamou o “novo Brasil”, livre do socialismo [sic]:
O discurso do Bolsonaro na ONU é um primoroso cartão de visita. Bolsonaro se apresentou autenticamente como é: uma genuína Aberração [aqui].
O mundo inteiro conheceu, de viva voz e em corpo presente, quem é o imbecil delirante que foi alçado ao mais alto posto de mando do Brasil por meio da farsa eleitoral planejada pela Lava Jato.
Os trechos do discurso, adiante relacionados, dão a exata noção da vergonha a que o Brasil foi exposto desde a mais alta tribuna das Nações Unidas neste 24 de setembro de 2019.
Bolsonaro proclamou o “novo Brasil”, livre do socialismo [sic]:
Triste página da política externa brasileira
Editorial do site Vermelho:
Um discurso que não fugiu à expectativa. Jair Bolsonaro abriu a 74º Assembleia-Geral da Organização das nações Unidas (ONU) demarcando a posição do governo brasileiro nos estreitos parâmetros da ideologia da extrema direita.
Não economizou agressividade e adjetivações para atacar os inimigos preferenciais de sempre — os progressistas, democratas, patriotas e ambientalistas. O tom beligerante, de confrontação e de forte carga ideológica se distancia da tradição diplomática brasileira, bem como o caráter de alinhamento a outra potência, neste caso aos EUA.
Um discurso que não fugiu à expectativa. Jair Bolsonaro abriu a 74º Assembleia-Geral da Organização das nações Unidas (ONU) demarcando a posição do governo brasileiro nos estreitos parâmetros da ideologia da extrema direita.
Não economizou agressividade e adjetivações para atacar os inimigos preferenciais de sempre — os progressistas, democratas, patriotas e ambientalistas. O tom beligerante, de confrontação e de forte carga ideológica se distancia da tradição diplomática brasileira, bem como o caráter de alinhamento a outra potência, neste caso aos EUA.
Os pobres e o voto como guilhotina
O assassinato da menina Ághata, de oito anos, pela polícia do governador genocida do Rio, somado às 1.246 execuções praticadas pelas forças de segurança do estado só no primeiro semestre de 2019 (mais de 80% das vítimas eram jovens, negros e moradores de favelas), fizeram com que nas redes sociais muitos alertassem para as consequências da opção eleitoral das pessoas.
Nas zonas eleitorais em torno do Complexo do Alemão (local onde Ághata foi alvejada por um tiro de fuzil nas costas), nos bairros da Penha, Olaria, Ramos, Bonsucesso e adjacências, Witzel e Bolsonaro foram os mais votados, com larga vantagem sobre os adversários.
Projeto de Moro e o assassinato de Ágatha
Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:
Sabemos que a impunidade garantida por antecipação foi o estímulo que apertou o gatilho que assassinou Agatha Felix, 8 anos, apenas mais uma vítima numa Estado onde cinco civis são mortos por dia em confrontos com a polícia.
Nem todas as vítimas da violência policial tem o sorriso inocente que Agatha deixou a posteridade de um Brasil que se nega a fazer justiça aos mais fracos e mais pobres.
Mas a execução brutal de inocentes é a prova definitiva da deformação de uma força policial, com integrantes convencidos de que jamais serão chamadas a prestar contas de seus atos - e terão direito a suprema indecência de contar com autoridades prontas a garantir proteção e apagar suas responsabilidades, como já se via momentos depois da morte de Agatha.
Sabemos que a impunidade garantida por antecipação foi o estímulo que apertou o gatilho que assassinou Agatha Felix, 8 anos, apenas mais uma vítima numa Estado onde cinco civis são mortos por dia em confrontos com a polícia.
Nem todas as vítimas da violência policial tem o sorriso inocente que Agatha deixou a posteridade de um Brasil que se nega a fazer justiça aos mais fracos e mais pobres.
Mas a execução brutal de inocentes é a prova definitiva da deformação de uma força policial, com integrantes convencidos de que jamais serão chamadas a prestar contas de seus atos - e terão direito a suprema indecência de contar com autoridades prontas a garantir proteção e apagar suas responsabilidades, como já se via momentos depois da morte de Agatha.
O sindicalismo devia valorizar o SUS
Por João Guilherme Vargas Netto
Um dos maiores erros estratégicos do novo sindicalismo brasileiro foi o de subestimar o sistema público de saúde, mesmo antes da instituição do SUS (artigo 196 da Constituição) na qual não teve participação efetiva.
Até a Constituição e o SUS o sistema público de saúde prestava assistência apenas aos trabalhadores vinculados à Previdência Social com as ineficiências de praxe; não era universal.
Na década dos anos 80 com a estratégia do novo sindicalismo de negociar diretamente com o patronato e desprezar o poder público e o Estado passou a fazer parte dos acordos e convenções coletivas a cláusula do plano de saúde empresarial privado logo generalizada, como modernidade, para todo o movimento sindical mesmo na contramão do que se discutia e se projetava na Constituinte.
Um dos maiores erros estratégicos do novo sindicalismo brasileiro foi o de subestimar o sistema público de saúde, mesmo antes da instituição do SUS (artigo 196 da Constituição) na qual não teve participação efetiva.
Até a Constituição e o SUS o sistema público de saúde prestava assistência apenas aos trabalhadores vinculados à Previdência Social com as ineficiências de praxe; não era universal.
Na década dos anos 80 com a estratégia do novo sindicalismo de negociar diretamente com o patronato e desprezar o poder público e o Estado passou a fazer parte dos acordos e convenções coletivas a cláusula do plano de saúde empresarial privado logo generalizada, como modernidade, para todo o movimento sindical mesmo na contramão do que se discutia e se projetava na Constituinte.
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