segunda-feira, 7 de outubro de 2019

Barroso, Fachin e Fux blindaram a Lava-Jato

Por João Filho, no site The Intercept-Brasil:

Quando Sergio Moro e os procuradores da Lava Jato gravaram e vazaram ilegalmente a conversa entre o ex-presidente Lula e a então presidente Dilma, eles sabiam que estavam cometendo um crime, conforme revelou reportagem da Folha de S. Paulo em parceria com o Intercept.

O procurador Andrey Borges de Mendonça comentou com seus colegas no Telegram que seria “juridicamente difícil de argumentar” sobre a validade da prova e disse “que o STF não a aceitaria”.

Outro procurador, Carlos Fernando Lima, rebateu: “Nesta altura, filigranas não vão convencer ninguém”.

A conversa continua até que o chefe da operação, Deltan Dallagnol, encerra o assunto com uma frase que é uma síntese da atuação da Lava Jato: “a questão jurídica é filigrana dentro do contexto maior que é político.”

A defesa da Constituição e o novo normal

Por João Guilherme Vargas Netto

Aos trancos e barrancos o Brasil se encaminha, se não houver resistência, a um novo normal que consagraria a desigualdade mais abjeta e a desorganização social do “todos contra todos”.

Este parece ser o plano estratégico do bolsonarismo, conduzido a partir da presidência da República com táticas comprovadas de um agente-provocador.

A multidão de desempregados, subempregados e desalentados serve de adubo às práticas mais atrasadas e escorchantes de emprego possível com que sobrevivem milhões de jovens sem outra perspectiva que não seja a de “ganhar algum”.

domingo, 6 de outubro de 2019

PMs fizeram bico ilegal para Bolsonaro

Crise climática e o fascismo global

O livro de Rodrigo Janot é um 'mea culpa'

Joice vai pular fora do barco bolsonarista?

As platitudes de Moro na revista Veja

Óleo no Nordeste e o crime ambiental

Acuada, Globo segue atacando Lula

Extrema-direita começa a perder força

"Laranjal do PSL" implica Bolsonaro

Da Rede Brasil Atual:

Reportagem do jornal Folha de S. Paulo deste domingo (6) aponta que o depoimento de um ex-assessor parlamentar do ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio, e uma planilha apreendida em uma gráfica sugerem o desvio de recursos do esquema de candidaturas laranjas do PSL em Minas Gerais para as campanhas de Jair Bolsonaro à presidência da República e de Marcelo Álvaro a deputado federal. A prática configuraria caixa 2, movimentação de recursos de campanha sem declaração oficial à Justiça

IBGE mostra má-fé neoliberal

Editorial do site Vermelho:

Pesquisas sobre desigualdade social no Brasil revelam na verdade o óbvio ululante. Essa categoria rodriguiana acaba de ser novamente mostrada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) com a Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF). Os dados indicam que apenas 2,7% das famílias acumularam 20% do total da renda entre os anos de 2017 e 2018. Outra informação relevante é que na última POF, de 2007-08, o percentual de concentração era ainda maior: 22,1% da renda ficava entre as famílias com renda superior a dez salários mínimos.

A arte contra a opressão

Por Chico D’Angelo, no jornal Le Monde Diplomatique-Brasil:

Governos autoritários temem o poder de expressão e o anseio de liberdade manifestado pela criação artística através dos tempos. Ditaduras costumam tentar exercer forte controle ideológico sobre as manifestações artísticas, submetendo a criação ao crivo da censura ou tentando domesticá-la a partir da lógica da propaganda.

A censura federal atuou durante a ditadura militar instaurada em 1964, por exemplo, vendo na criação artística inimigo em potencial que poderia fomentar a subversão. Especialmente após o lançamento do Ato Institucional 5 (AI-5), em 1968, o cinema, as artes plásticas, a literatura e o teatro foram constante e ostensivamente acossados por censores desvairados. A máquina de tortura dos porões também atuou contra dezenas de artistas brasileiros.


Paulo Guedes segue cavalgando a tragédia

Por Marcelo Manzano, no site da Fundação Perseu Abramo:

O rosário de reformas de inspiração ultraliberal que vêm sendo desfiado desde que a presidenta Dilma foi golpeada (a imposição do teto de gastos, a reforma trabalhista, a MP da “liberdade econômica” e agora a quase concluída reforma da Previdência) não cumpriram com nenhuma de suas promessas, tão somente prolongando a estagnação econômica que angustia a sociedade brasileira e deixa a grande maioria da população ao Deus dará.

A Globo conseguirá evitar sua ruína?

Por Hildegard Angel, em seu blog:

Que irônico é o destino da Rede Globo. Acuada pela possibilidade de extinção da “reserva de mercado” das comunicações no país, dado o desejo manifesto de Donald Trump de a AT&T entrar aqui para concorrer com ela; sob prejuízo mensal de cerca de 100 milhões imposto pelo fracasso econômico do país e o boicote publicitário de Bolsonaro; ameaçada pela concorrência cada vez maior dos veículos de mídia dos neopentecostais – formadores da opinião de enorme fatia de nosso povo, exército de crentes obedientes ao “voto de cabresto” ordenado por bispos e pastores, nesse contexto catastrófico, a única possibilidade de salvação para a Globo é se compor com um líder político carismático capaz de sensibilizar e mobilizar multidões, e assim mudar o curso desse desastre iminente que dela se aproxima. E esse líder se chama Luís Inácio Lula da Silva.

Da prisão, Lula "trucou" a Lava-Jato

Por Guilherme Boulos, na revista CartaCapital:

A Lava Jato vive a sua maior crise desde o seu início. As revelações do site The Intercept, em junho, abriram a porta. A operação acaba, porém, de sofrer seu revés mais importante, com a decisão do STF que assegura o direito de manifestação final da defesa após aquela dos delatores, tese que pode anular várias sentenças de Curitiba. A derrota foi acompanhada de requintes de desmoralização, com as inacreditáveis declarações do ex-PGR Rodrigo Janot que colocaram em xeque o equilíbrio do então chefe das investigações.

A instabilidade na América do Sul

Por Marcelo Zero

Não é apenas no Brasil que a combinação de políticas neoliberais de austeridade com a lawfare contra forças progressistas vem provocando substanciais danos econômicos, sociais e políticos.

No Equador, país que tem boas reservas de petróleo, o presidente Lenín Moreno, que se beneficiou politicamente da absurda perseguição jurídica e política a Rafael Correa, grande liderança progressista, agora resolveu perseguir o povo equatoriano.

Decretou estado de emergência e proibiu reuniões e manifestações em todo o país, bem como o livre trânsito de pessoas, como resposta às revoltas populares que se seguiram ao anúncio das novas medidas econômicas receitadas pelo FMI, entre as quais se destaca a eliminação dos subsídios à gasolina e ao diesel, que tiveram aumentos de 123%.

O castelo da Lava-Jato era de areia

Por Fernando Brito, em seu blog:

Quem “pegou” primeiro o significado da imagem da capa da Veja com Sergio Moro foi o jornalista Luís Costa Pinto.

O ex-juiz, apequenado, está desconfortável na cadeira – ela, visivelmente, não é para alguém com a estatura dele: observem que os pés por um milímetro não ficam balançando no ar. Para sentar ali, diz o mobiliário histórico [do Ministério da Justiça], tem de ser maior em tudo do que essa ameba disforme e sem núcleo pensante.

Bolsonaro tende a ficar mais isolado

Por Emilly Dulce, no jornal Brasil de Fato:

A rápida perda de popularidade do presidente Jair Bolsonaro (PSL) – apontada por seguidas pesquisas de opinião pública desde o início do governo – deve se acentuar com o tempo e deixá-lo cada dia mais isolado, uma vez que o ex-capitão não conseguiu até agora apresentar um projeto para o país nem dispõe de base social capaz de sustentar por muito tempo seu discurso belicista e antipopular.

A avaliação é de João Pedro Stedile, membro da direção nacional do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) e da Via Campesina Internacional.

Equador reage ao 'Capitalismo de Desastre'

Foto: Reuters
Por Antonio Martins, no site Outras Palavras:

O Equador está em chamas e agora qualquer prognóstico sobre o futuro imediato do país é incerto. Na quarta-feira (2/10), o governo anunciou abruptamente um conjunto de medidas impopulares, adotadas em sintonia com o FMI, e cujo item mais visível (mas não o mais importante) é o aumento de 123% nos preços dos combustíveis. A população, enfurecida, foi às ruas. Os transportes públicos pararam, por revolta tanto dos trabalhadores quanto dos empresários. A atividade nas escolas foi suspensa.