A crise no laranjal do PSL, além de reforçar as suspeitas sobre as ilegalidades eleitorais de Jair Bolsonaro e ameaçar de implosão o partido de aluguel, serviu para jogar luz sobre uma figura influente nos bastidores do governo. De carreira inexpressiva no mercado publicitário paulista, Fabio Wajngarten, de 43 anos, foi premiado com o comando da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República pelo empenho na campanha do ex-capitão. A maneira entusiasmada e ligeira com que aderiu ao bolsonarismo não só lhe garantiu o controle de uma verba estimada em 450 milhões de reais como o papel de principal negociador com os meios de comunicação e de censor do Palácio do Planalto. Em nove meses, Wajngarten notabilizou-se por reclamar de jornalistas críticos e pedir cabeças nas redações.
segunda-feira, 14 de outubro de 2019
O bolsonarista escalado para atacar a mídia
A crise no laranjal do PSL, além de reforçar as suspeitas sobre as ilegalidades eleitorais de Jair Bolsonaro e ameaçar de implosão o partido de aluguel, serviu para jogar luz sobre uma figura influente nos bastidores do governo. De carreira inexpressiva no mercado publicitário paulista, Fabio Wajngarten, de 43 anos, foi premiado com o comando da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República pelo empenho na campanha do ex-capitão. A maneira entusiasmada e ligeira com que aderiu ao bolsonarismo não só lhe garantiu o controle de uma verba estimada em 450 milhões de reais como o papel de principal negociador com os meios de comunicação e de censor do Palácio do Planalto. Em nove meses, Wajngarten notabilizou-se por reclamar de jornalistas críticos e pedir cabeças nas redações.
DCM processará Ciro Gomes por calúnias
Por Joaquim de Carvalho, no Diário do Centro do Mundo:
Na entrevista ao UOL, Ciro Gomes voltou sua metralhadora para dois sites progressistas, o DCM e o Brasil 247, e ofendeu, nominalmente, dois jornalistas, com declarações que não encontram amparo mínimo em fatos.
Os jornalistas do UOL perguntaram se a oposição falhava em não mostrar os fatos que ligam Bolsonaro ao esquema de uso abusivo do WhatsApp na sua campanha eleitoral em 2018.
“Claramente, por causa dessa fração da oposição, que é o PT, a burocracia do PT. O PT fez a mesma coisa. O PT continua fazendo a mesma coisa. Se você olhar os sites 247, Diário do Centro do Mundo, é tudo picareta que o PT contrata nas piores escolas do jornalismo brasileiro e traz para servi-lo, fazendo a prática corrupta que fazia a serviço da direita bandida do Brasil para eles”, respondeu Ciro.
Os jornalistas do UOL perguntaram se a oposição falhava em não mostrar os fatos que ligam Bolsonaro ao esquema de uso abusivo do WhatsApp na sua campanha eleitoral em 2018.
“Claramente, por causa dessa fração da oposição, que é o PT, a burocracia do PT. O PT fez a mesma coisa. O PT continua fazendo a mesma coisa. Se você olhar os sites 247, Diário do Centro do Mundo, é tudo picareta que o PT contrata nas piores escolas do jornalismo brasileiro e traz para servi-lo, fazendo a prática corrupta que fazia a serviço da direita bandida do Brasil para eles”, respondeu Ciro.
A verdadeira base de apoio de Trump
Por Jesse Jackson, no site Vermelho:
Em seguida, Trump voou para a Califórnia e foi a uma série de angariadores de fundos de alto valor que foram fechados ao público, embolsando o que sua campanha ostentou como mais de US$ 15 milhões de financiamento de campanha, principalmente de doadores ricos e anônimos.
Esta é apenas uma pequena parte do fundo recorde de campanha que os ricos estão construindo para a reeleição de Trump.
No mês passado, por exemplo, Trump se apresentou em comícios na Carolina do Norte e no Novo México. Ele divertia multidões extasiadas, que usavam bonés e camisetas MAGA de Trump. Os comícios foram exibidos na Fox e em outras emissoras.
Em seguida, Trump voou para a Califórnia e foi a uma série de angariadores de fundos de alto valor que foram fechados ao público, embolsando o que sua campanha ostentou como mais de US$ 15 milhões de financiamento de campanha, principalmente de doadores ricos e anônimos.
Esta é apenas uma pequena parte do fundo recorde de campanha que os ricos estão construindo para a reeleição de Trump.
A metralhadora giratória vesga de Ciro Gomes
Por Luis Nassif, no Jornal GGN:
Não sei onde Ciro Gomes pretende chegar com suas incontinências verbais e sua absoluta intolerância às críticas que recebe.
Ciro torna-se um paradoxo ambulante. Seu estilo é o de promover polêmicas.
Logo, provocar adesões e críticas. A cada crítica, responde com mão pesada.
Todos os críticos são corruptos, diz ele, em uma mesma entrevista em que define o seu estilo como racional, baseado nos fatos e na razão. Ou seja, Ciro não mente, não chuta, não faz críticas irresponsáveis e todas suas denúncias são fundamentadas, é este o seu bordão.
Não sei onde Ciro Gomes pretende chegar com suas incontinências verbais e sua absoluta intolerância às críticas que recebe.
Ciro torna-se um paradoxo ambulante. Seu estilo é o de promover polêmicas.
Logo, provocar adesões e críticas. A cada crítica, responde com mão pesada.
Todos os críticos são corruptos, diz ele, em uma mesma entrevista em que define o seu estilo como racional, baseado nos fatos e na razão. Ou seja, Ciro não mente, não chuta, não faz críticas irresponsáveis e todas suas denúncias são fundamentadas, é este o seu bordão.
Luciano Huck tem lado na política
Foto: Reprodução |
Parece que a candidatura de Luciano Huck à presidência da República é mesmo pra valer. O apresentador vem conversando com lideranças partidárias, participando de palestras e dando entrevistas com frequência. Na última eleição, ele esteve muito perto de concorrer, mas desistiu após a revelação de que comprou um avião com milhões emprestados do BNDES com juros subsidiados. Não foi fácil abandonar o sonho de ser presidente. “Vou ali chorar um pouquinho e já volto”, disse para amigos ao anunciar a desistência. Huck só adiou o seu projeto político de conquistar o Planalto.
Finanças: antes da tempestade, o mormaço
Por Eric Toussaint, no site Outras Palavras:
Num cenário de pânico, em 17/9 o Fed [Federal Reserve, banco central dos EUA] injetou, em poucas horas, 53,2 bilhões de dólares nos grandes bancos norte-americanos. Estes não conseguiam cumprir suas obrigações financeiras diárias, nem no mercado interbancário de dinheiro, nem nos money market funds (ver «O que são os money market funds?»). O Fed voltou a fazer o mesmo nos dias 18 e 19 de setembro. Além disso, sob pressão de Trump, dos grandes bancos e das grandes empresas, baixou a taxa de juros oficial, pela primeira vez em 3 meses.
Sindicalismo, o trigo e o joio
Por João Guilherme Vargas Netto
Tanto o deputado Marcelo Ramos autor da PEC 161 (que deverá ser renumerada) quanto o deputado Paulo Pereira da Silva, seu propagandista, enfatizaram em entrevista e postagem pelo menos dois aspectos defensáveis desta proposição.
O primeiro deles é a separação do Estado das atividades sindicais e o segundo é o estabelecimento de critérios aferíveis e controlados ao longo do tempo de representatividade através do CNOS – Conselho Nacional de Organização Sindical.
Afirmo que ambos os objetivos elogiados não precisariam de uma PEC para sua efetivação. A PEC 161 (que deverá ser renumerada) continua sendo uma armação contra a estrutura sindical, disfarçada pela relevância e atratividade de seus aspectos modernizantes e moralizadores; a isca no anzol.
Tanto o deputado Marcelo Ramos autor da PEC 161 (que deverá ser renumerada) quanto o deputado Paulo Pereira da Silva, seu propagandista, enfatizaram em entrevista e postagem pelo menos dois aspectos defensáveis desta proposição.
O primeiro deles é a separação do Estado das atividades sindicais e o segundo é o estabelecimento de critérios aferíveis e controlados ao longo do tempo de representatividade através do CNOS – Conselho Nacional de Organização Sindical.
Afirmo que ambos os objetivos elogiados não precisariam de uma PEC para sua efetivação. A PEC 161 (que deverá ser renumerada) continua sendo uma armação contra a estrutura sindical, disfarçada pela relevância e atratividade de seus aspectos modernizantes e moralizadores; a isca no anzol.
domingo, 13 de outubro de 2019
Ciro Gomes e a liberdade de expressão
Nota de solidariedade aos jornalistas Paulo Moreira Leite e Kiko Nogueira
O Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo (SJSP) e a Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) repudiam os ataques do ex-candidato à Presidência Ciro Gomes aos jornalistas Paulo Moreira Leite e Kiko Nogueira.
Numa sociedade democrática, qualquer cidadão tem o direito de criticar a imprensa e de se posicionar em relação a reportagens ou à linha editorial de veículos de comunicação. O que Ciro Gomes faz, em entrevista divulgada neste domingo (13), porém, é partir para agressões verbais sem fundamento e para acusações sem provas. Passa, assim, a atacar a liberdade de imprensa e a prática do jornalismo.
Numa sociedade democrática, qualquer cidadão tem o direito de criticar a imprensa e de se posicionar em relação a reportagens ou à linha editorial de veículos de comunicação. O que Ciro Gomes faz, em entrevista divulgada neste domingo (13), porém, é partir para agressões verbais sem fundamento e para acusações sem provas. Passa, assim, a atacar a liberdade de imprensa e a prática do jornalismo.
O significado da reeleição de Evo Morales
Por Leonardo Wexell Severo, de Santa Cruz, Bolívia:
A presidenta do Senado da Bolívia, a jovem Adriana Salvatierra, de 29 anos, afirmou que mais do que uma disputa eleitoral, as eleições do próximo dia 20 de outubro em seu país serão “um marco”, “refletindo as tensões vividas nos processos da América Latina entre o aprofundamento da democracia política e econômica ou as limitações que pode deixar a administração de um novo modelo”. Em entrevista exclusiva dada à nossa reportagem em Santa Cruz de la Sierra, a líder boliviana lembrou que o “período neoliberal, de 1985 a 2005, largou o Produto Interno Bruto com US$ 9,5 bilhões, enquanto este ano, sob o comando do presidente Evo Morales, será encerrado com um PIB de US$ 43 bilhões.
A presidenta do Senado da Bolívia, a jovem Adriana Salvatierra, de 29 anos, afirmou que mais do que uma disputa eleitoral, as eleições do próximo dia 20 de outubro em seu país serão “um marco”, “refletindo as tensões vividas nos processos da América Latina entre o aprofundamento da democracia política e econômica ou as limitações que pode deixar a administração de um novo modelo”. Em entrevista exclusiva dada à nossa reportagem em Santa Cruz de la Sierra, a líder boliviana lembrou que o “período neoliberal, de 1985 a 2005, largou o Produto Interno Bruto com US$ 9,5 bilhões, enquanto este ano, sob o comando do presidente Evo Morales, será encerrado com um PIB de US$ 43 bilhões.
A irresponsabilidade do ministro aventureiro
Por Marcelo Manzano, no site da Fundação Perseu Abramo:
O incansável Paulo Guedes anunciou que o governo Bolsonaro pretende flexibilizar ainda mais a política cambial brasileira. Segundo o ministro da Economia, a ideia é autorizar a abertura de contas em moeda estrangeira no Brasil e também liberar residentes do país a manter contas em reais no exterior. Com isso, os homens de mercado que comandam o Estado brasileiro dizem pretender transformar o real em uma moeda plenamente conversível, o que simplificaria os negócios de investidores estrangeiros que atuam ou pretendem atuar no Brasil.
O incansável Paulo Guedes anunciou que o governo Bolsonaro pretende flexibilizar ainda mais a política cambial brasileira. Segundo o ministro da Economia, a ideia é autorizar a abertura de contas em moeda estrangeira no Brasil e também liberar residentes do país a manter contas em reais no exterior. Com isso, os homens de mercado que comandam o Estado brasileiro dizem pretender transformar o real em uma moeda plenamente conversível, o que simplificaria os negócios de investidores estrangeiros que atuam ou pretendem atuar no Brasil.
Laranjão Bolsonaro no país é saqueado
Por Ricardo Kotscho, em seu blog:
No papel de laranjão-mor do pomar, Bolsonaro é imbatível.
Dia sim, e no outro também, ele arruma alguma confusão, bate o bumbo contra inimigos imaginários, briga com seu próprio partido, roda a baiana, faz cara feia e, assim, vai distraindo a platéia que ainda grita “Mito!”.
Ninguém poderá negar que ele está cumprindo à risca sua missão de entregar o país, na senda aberta pela Lava Jato, seguindo disciplinadamente o cronograma golpista de 2016.
Pode parecer coisa de maluco, mas quem bancou sua candidatura está muito satisfeito e não rasga dinheiro.
Dia sim, e no outro também, ele arruma alguma confusão, bate o bumbo contra inimigos imaginários, briga com seu próprio partido, roda a baiana, faz cara feia e, assim, vai distraindo a platéia que ainda grita “Mito!”.
Ninguém poderá negar que ele está cumprindo à risca sua missão de entregar o país, na senda aberta pela Lava Jato, seguindo disciplinadamente o cronograma golpista de 2016.
Pode parecer coisa de maluco, mas quem bancou sua candidatura está muito satisfeito e não rasga dinheiro.
O bolsonarismo em ação no Rio Grande do Sul
Por Tarso Genro, no site Sul-21:
Os lucros dos 4 maiores bancos do país subiram 21,3 por cento no segundo trimestre de 2019. Nos últimos 12 meses, os bancos lucraram 109 bilhões, o maior valor em 25 anos, segundo informa o distinto Banco Central. Impossível deixar de ligar estes fatos “financeiros”, no bojo do que Piketty chamou de “hiper-financeirização” da economia (combinada com “perda de soberania), com dois outros acontecimentos recentes: a vitória do Governo moderado de Antonio Costa, nas eleições portuguesas, e as reformas propostas pelo Governador Leite, aqui no Rio Grande.
Os lucros dos 4 maiores bancos do país subiram 21,3 por cento no segundo trimestre de 2019. Nos últimos 12 meses, os bancos lucraram 109 bilhões, o maior valor em 25 anos, segundo informa o distinto Banco Central. Impossível deixar de ligar estes fatos “financeiros”, no bojo do que Piketty chamou de “hiper-financeirização” da economia (combinada com “perda de soberania), com dois outros acontecimentos recentes: a vitória do Governo moderado de Antonio Costa, nas eleições portuguesas, e as reformas propostas pelo Governador Leite, aqui no Rio Grande.
Algumas consequências da Lava-Jato
Por Fábio Konder Comparato, no site A terra é redonda:
Até hoje, praticamente em todos os países, o controlador de uma empresa privada é considerado como seu dono ou proprietário. Nessa condição, ele pode usá-la ou dela dispor como um bem integrante de seu patrimônio, independentemente da dimensão da empresa, seja ela unipessoal ou multinacional. E de acordo com o dogma básico do sistema capitalista, a supressão dessa propriedade é inadmissível.
Mas em que consiste realmente uma empresa? Entra ela na classificação das diferentes espécies de bens, constante do Livro II da Parte Geral do Código Civil Brasileiro? Certamente não, pois toda empresa é integrada também pelos trabalhadores, seus empregados; pelo menos enquanto os avanços da robótica não os fizerem totalmente dispensáveis…
Até hoje, praticamente em todos os países, o controlador de uma empresa privada é considerado como seu dono ou proprietário. Nessa condição, ele pode usá-la ou dela dispor como um bem integrante de seu patrimônio, independentemente da dimensão da empresa, seja ela unipessoal ou multinacional. E de acordo com o dogma básico do sistema capitalista, a supressão dessa propriedade é inadmissível.
Mas em que consiste realmente uma empresa? Entra ela na classificação das diferentes espécies de bens, constante do Livro II da Parte Geral do Código Civil Brasileiro? Certamente não, pois toda empresa é integrada também pelos trabalhadores, seus empregados; pelo menos enquanto os avanços da robótica não os fizerem totalmente dispensáveis…
Bolsonarismo prova a inocência de Lula
Por Ivan Hegenberg, no jornal Le Monde Diplomatique-Brasil:
O apoio consolidado a Moro e Dallagnol, mesmo após os vazamentos do The Intercept Brasil, mostra que uma grande parte da população não se deixa perturbar por um processo jurídico viciado. É cada vez mais difícil sustentar a versão que teria havido alteração nas mensagens expostas por Glenn Greenwald, considerando que até mesmo membros do MPF já passaram recibo sobre a veracidade do conteúdo. Contudo, se a própria realidade parece desfocada em tempos de bombardeios de fake news, não são poucos os que ainda se aferram ao lavajatismo.
A mortal 'fantasiepolitik' de Bolsonaro
Por Marcelo Zero
A política externa norte-americana é guiada (pasmem!) pelos interesses maiores dos EUA. O que vale, o único que vale, nessa política são as necessidades e os interesses econômicos, geopolíticos e geoestratégicos do Império.
Interesses de outros países são eventualmente atendidos apenas na medida em que isso convenha aos interesses nacionais.
De forma singular, a atual política externa do Brasil também é determinada exclusivamente pelos interesses dos EUA. Coisas do amor.
Sob Bolsonaro e seu chanceler pré-iluminista, o Itamaraty, outrora bastião sólido do interesse nacional, transformou-se em mero puxadinho do Departamento de Estado.
A política externa norte-americana é guiada (pasmem!) pelos interesses maiores dos EUA. O que vale, o único que vale, nessa política são as necessidades e os interesses econômicos, geopolíticos e geoestratégicos do Império.
Interesses de outros países são eventualmente atendidos apenas na medida em que isso convenha aos interesses nacionais.
De forma singular, a atual política externa do Brasil também é determinada exclusivamente pelos interesses dos EUA. Coisas do amor.
Sob Bolsonaro e seu chanceler pré-iluminista, o Itamaraty, outrora bastião sólido do interesse nacional, transformou-se em mero puxadinho do Departamento de Estado.
O 'Dia da Criança Armada' de Bolsonaro
Por Fernando Brito, em seu blog:
Temos perto de 20 mil procuradores no Brasil, entre estaduais e federais, que têm a atribuição de fiscalizar o cumprimento da lei.
Há uma, em vigor, chamada “Estatuto do Desarmamento, a 10.826/03, que diz expressamente, no seu artigo 26, que é proibida “a fabricação, a venda, a comercialização e a importação de brinquedos, réplicas e simulacros de armas de fogo, que com estas se possam confundir.”
Será que nenhum deles lê jornal ou acessa a internet?
Temos perto de 20 mil procuradores no Brasil, entre estaduais e federais, que têm a atribuição de fiscalizar o cumprimento da lei.
Há uma, em vigor, chamada “Estatuto do Desarmamento, a 10.826/03, que diz expressamente, no seu artigo 26, que é proibida “a fabricação, a venda, a comercialização e a importação de brinquedos, réplicas e simulacros de armas de fogo, que com estas se possam confundir.”
Será que nenhum deles lê jornal ou acessa a internet?
A "banalização da exploração" do trabalho
Por Vitor Nuzzi, na Rede Brasil Atual:
Para a ministra Kátia Magalhães Arruda, do Tribunal Superior do Trabalho (TST), o Brasil vive um período de “banalização da exploração do trabalhador”, marcado pela terceirização sem limites, pela possibilidade de dispensas coletivas, pela prevalência de negociações sobre a lei, trabalho infantil, escravo e informal, o enfraquecimento da Justiça especializada e a própria “reforma” trabalhista, implementada há dois anos. Isso em um país em que a maioria dos trabalhadores, conforme observou, tem baixa escolaridade, ganha pouco (mais de 90% da força de trabalho recebe até cinco salários mínimos, conforme dados do IBGE) e realiza jornadas extensas.
Para a ministra Kátia Magalhães Arruda, do Tribunal Superior do Trabalho (TST), o Brasil vive um período de “banalização da exploração do trabalhador”, marcado pela terceirização sem limites, pela possibilidade de dispensas coletivas, pela prevalência de negociações sobre a lei, trabalho infantil, escravo e informal, o enfraquecimento da Justiça especializada e a própria “reforma” trabalhista, implementada há dois anos. Isso em um país em que a maioria dos trabalhadores, conforme observou, tem baixa escolaridade, ganha pouco (mais de 90% da força de trabalho recebe até cinco salários mínimos, conforme dados do IBGE) e realiza jornadas extensas.
A tortura na era das escolas militarizadas
Por Ana Luiza Basílio, na revista CartaCapital:
“Mas o que é isso, Filipe? É a escola cívico-militar.” Em mais uma demonstração de seus dotes teatrais e publicitários, o ministro da Educação, Abraham Weintraub, participou de um jogral com o deputado federal Filipe Barros, do PSL do Paraná. Pretendia promover o mais recente projeto do governo e uma das promessas de campanha de Jair Bolsonaro. “Filipe”, diz Weintraub no vídeo, “você acredita que teve estado que não quis?” Como uma espécie de Laurel da dupla O Gordo e o Magro, o parlamentar comenta: “O governador não pensa no seu povo”. Até agora, 16 unidades da federação, mais o Distrito Federal, “pensaram no seu povo” e demonstraram interesse no programa, que basicamente pagará o salário de militares para colocar “ordem” e eliminar a balbúrdia nas escolas. Em entrevista, o ministro discorreu sobre as maravilhas do modelo: “Eu digo que conheci como funciona e, toda vez que visito uma escola, fico encantado com o que vejo. A gente imagina que é uma coisa rígida, severa, dura. Pelo contrário, as crianças têm um sentimento de coleguismo, amizade. É muito fraternal”.
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