quinta-feira, 16 de janeiro de 2020

Globo dá aula sobre o que é ser bolsonarista

Por Jeferson Miola, em seu blog:             

A Folha de São Paulo [15/1] denunciou que Fabio Wajngarten, chefe da Secretaria de Comunicação da Presidência [SECOM], é proprietário da empresa FW Comunicação e Marketing. Segundo a reportagem, através desta empresa Fabio “recebe dinheiro de emissoras de TV e de agências de publicidade contratadas pela própria secretaria, ministérios e estatais do governo Jair Bolsonaro”.

É um caso enciclopédico de violação do código de ética do serviço público, de conflito de interesses e de improbidade administrativa. Em outros tempos que não os atuais, cinicamente denominados como de “normalidade institucional”, isso daria até cadeia.

quarta-feira, 15 de janeiro de 2020

Brasil e OCDE: o selo de vira-lata

Por Marcelo Zero

1. O governo subserviente de Bolsonaro está comemorando a troca na “fila da OCDE”. Os EUA, que apoiavam a entrada da Argentina antes do Brasil, agora querem que o Brasil entre em primeiro lugar. O caráter político-ideológico da troca é evidente, face à eleição do progressista Fernández naquele país.

2. Mas não há nada a comemorar.

3. Em primeiro lugar, porque o apoio dos EUA, embora importante, não assegura o ingresso do Brasil, pois esse processo depende do voto de todos os membros da organização (36, ao todo).

4. Há de se lembrar que, hoje em dia, o Brasil tem uma péssima imagem lá fora, em razão das trapalhadas do governo Bolsonaro em política externa, na questão ambiental e nos temas concernentes aos direitos humanos.

O plano de Trump para militarizar o espaço

Por Nazanín Armanian, no site Outras Palavras:

Em 1983, Ronald Reagan, um fanático religioso e ator de cinema convertido em presidente dos EUA, lançou sua Guerra nas Estrelas com o código Excalibur: enviaria ao espaço cerca de 2.200 satélites equipados com armas de partículas subatômicas, ainda por inventar, e que com a velocidade da luz destruiriam as ogivas nucleares soviéticas, hipoteticamente lançadas em direção aos EUA. O projeto não se concretizou: custava cerca de 20 bilhões de dólares e só serviria como um videogame infantil.

Hoje, 34 anos depois, o Congresso dos EUA, de maioria democrata, aprovou um projeto de lei de “defesa”, com orçamento de 738 bilhões de dólares, que inclui a criação da Força Espacial (FE), proposto por Donald Trump, outro “presidente por acidente” que afirma que o espaço é o “novo território de combate”.

A reforma agrária às avessas no Brasil

Por Marcio Pochmann, no site da Fundação Perseu Abramo:

Do ponto de vista dos indígenas, originários detentores do conjunto de mais de 8,5 milhões de quilômetros quadrados da extensão territorial que forma o país, o quinto maior do mundo, o Brasil ingressou em sua sexta reforma na propriedade de suas terras. Ou seja, a apropriação em grandes dimensões de terras pelo capital internacional (land grabbing) que faz com que o país ocupe atualmente a terceira na posição no mundo, após a República do Congo e Rússia, em transações negociadas por empresas estrangeiras, segundo relatório Land Matrix para o ano de 2018.

A teocracia miliciana: Bolsonaro ou Edir?

Por Ricardo Kotscho, em seu blog:

Teocracia (do grego Teo: Deus + cracia: poder) é o sistema de governo em que as ações políticas, jurídicas e policiais são submetidas às normas de algumas religiões. O poder teocrático pode ser exercido direta ou indiretamente pelos clérigos de uma religião (Wikipédia).

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Edir Macedo e sua turma tinham um projeto de poder e chegaram lá com Bolsonaro, antes do que eles poderiam imaginar.

Está tudo no livro do jornalista Gilberto Nascimento: “O reino: a história de Edir Macedo e uma radiografia da Igreja Universal” (Companhia das Letras), que acaba de ser lançado.

Os evangélicos fundamentalistas neopentecostais, antigamente chamados de “crentes”, já mandam mais no governo e no país do que os militares, de quem o presidente vem se afastando e vice-versa.

Fila do INSS volta a humilhar os brasileiros

Cresce o número de endividados no Brasil

Record, SBT e Band abocanham verbas

Por Fernando Brito, em seu blog:

Se o Brasil tivesse ainda um Ministério Público, a reportagem da Folha sobre o fato de que Fábio Wajngarten, chefe da Secretaria de Comunicação da Presidência da República, continua com seus negócios privados com emissoras e agências de propaganda com as quais trata, em nome do Estado brasileiro, de negócios, além do sujeito ser expelido do cargo, por intolerável desvio ético, o Brasil estaria discutindo agora o inexplicável favoritismo que a Record e a Bandeirantes têm na distribuição da publicidade estatal.

Sindicalismo deve derrotar duas MPs

Por João Guilherme Vargas Netto

A última grande iniciativa unitária do movimento sindical em 2019 foi a distribuição militante da “carteira de trabalho verde e amarela” que denunciava a retirada de direitos trabalhistas com a MP 905.

No Congresso Nacional chegamos a ter ilusões de que o presidente Davi Alcolumbre a devolvesse, o que não ocorreu. Mas o número recorde de 1.900 emendas apresentadas revelava a fragilidade dela e o sentimento generalizado de repúdio parlamentar. No Judiciário confirmou-se o envio de ações diretas de inconstitucionalidade ao STF, a serem julgadas.

História começa a prestar contas a Dilma

Por Cynara Menezes, no blog Socialista Morena:

“Neste momento, me inspiro em Darcy Ribeiro para dizer: não gostaria de estar no lugar dos que se julgam vencedores. A História será implacável com eles”, disse a presidenta Dilma Rousseff em 31 de agosto de 2016, ao ser consumado o golpe do qual foi vítima. A direita, liderada pelo PSDB e seus parceiros na mídia, conquistara o objetivo: fragilizar as instituições democráticas brasileiras e arrancar do cargo uma presidenta honesta, que havia sido legitimamente eleita dois anos antes.

A herança perversa do colonialismo racista

Família brasileira no Rio de Janeiro
Obra de Jean-Baptiste Debret
 
Por Fábio Konder Comparato, no site A terra é redonda:

Segundo estudo divulgado em outubro deste ano pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, a crônica desigualdade social que marcou todo o curso de nossa história, desde que Pedro Álvares Cabral aqui aportou no dealbar do século XVI, aumentou em 2018. O rendimento médio mensal do 1% mais rico do país foi quase 34 vezes maior do que o da metade mais pobre de toda nossa população.

Não é difícil perceber que tais dados escandalosos representam o fruto podre do capitalismo excludente e do racismo genocida, implantados aqui desde o início do processo colonizador.

Fila no INSS é desrespeito ao trabalhador

Da Rede Brasil Atual:

Em 2020, o trabalhador voltou a enfrentar um problema que parecia superado, com filas nos postos do INSS por todo o país. Desde a aprovação da “reforma” da Previdência, que restringiu o acesso às aposentadorias, nenhum benefício foi concedido. Já são cerca de 2 milhões de pedidos, entre aposentadorias e pensões, que aguardam análise. O governo Bolsonaro deve anunciar medidas nesta quarta-feira (15), mas reconhece que a fila não deve ser normalizada pelo menos até junho deste ano.

terça-feira, 14 de janeiro de 2020

Lula alerta que "está solto, não está livre"

Oscar 2020: A verdade vos libertará

O Lado B da operação Lava-Jato

Quanto vale a nossa democracia?

Petra Costa no programa Entre Vistas

Um país sem inovação tecnológica

Editorial do site Vermelho:

Um dos aspectos mais relevantes do abandono da ideia de projeto nacional pelo governo Bolsonaro é o descaso com a ciência e tecnologia. Era uma postura prevista no escopo do seu programa, mas a sua evolução não pode ser ignorada. A questão se agrava com a constatação de que há um processo de desmonte do que foi construído ao longo do tempo.

A irresponsabilidade geral do governo Bolsonaro com relação aos problemas estruturais do país é notória, mas nesse caso ela compromete a soberania nacional. Sem ciência e tecnologia, a economia não se desenvolve de modo autônomo e competitivo. As consequências passam por questões como vulnerabilidade externa, estagnação econômica e subdesenvolvimento social.

"Juiz de garantias" e a nova derrota de Moro

Por Carlos Frederico Barcellos Guazzelli, no site Sul-21:

No último artigo publicado nesta coluna, tratou-se da frustração do atual ministro da justiça – o ex-magistrado que quer ser presidente – em fazer passar na Câmara dos Deputados seu auto-intitulado “pacote anticrime”. Como se procurou demonstrar ali, tratava-se de proposta de reforma da legislação penal (lato senso) profundamente infeliz e perigosa, atentatória aos preceitos constitucionais e legais que visam preservar os direitos de cidadania, em face dos poderes investigativos e persecutórios das agências estatais.

Os 'negócios ocultos' do ministro Paulo Guedes

Por André Barrocal, na revista CartaCapital:

O ministro da Economia, Paulo Guedes, voltou de férias na segunda-feira, 13, e já fará as malas de novo. Entre os dias 21 e 24 estará em Davos, na Suíça, para o convescote anual da elite global. Essa turma evitou o Brasil em 2019. O fluxo cambial no País ficou negativo em 44 bilhões de dólares, um recorde. A Bolsa atingiu níveis inéditos, graças à queda dos juros básicos do Banco Central, não ao crescimento do PIB, mas os gringos escaparam dela. Não importa. Guedes deve se sentir em casa nos Alpes suíços, ele que enriqueceu no “mercado”, sócio de empresas e fundos. No governo, sua gestão é do jeito que o diabo financeiro gosta. “É um infiltrado na máquina pública. Fez uma aliança com o capital e tem desenvolvido políticas públicas para essas alianças que construiu em seus negócios privados durante a vida”, afirma o deputado Paulo Ramos, do PDT do Rio de Janeiro.