sábado, 11 de abril de 2020
sexta-feira, 10 de abril de 2020
Petardo: O diálogo mafioso entre Onyx e Terra
Por Altamiro Borges
Só dá oportunista no laranjal de Bolsonaro. Áudio vazado pela CNN-Brasil na quinta-feira (9) mostrou o diálogo mafioso entre Osmar Terra (MDB-RS) e Onyx Lorenzoni (DEM-RS) para apunhalar e trocar o ministro da Saúde, de quem divergem sobre o combate à pandemia. "Eu ajudo, Onyx. E não precisa ser eu o ministro".
***
No diálogo de cafajestes, Onyx Lorenzoni, atual ministro da Cidadania, também insinua que o "capetão" deu uma fraquejada ao não demitir Luiz Henrique Mandetta. "Se eu estivesse na cadeira [de Bolsonaro]... O que aconteceu na reunião eu não teria segurado, eu teria cortado a cabeça dele".
***
Ainda segundo a Folha, "o áudio relevado pela CNN foi entendido por políticos como uma amostra de que Onyx Lorenzoni vê Jair Bolsonaro fraco e sem pulso... Além disso, avaliam parlamentares, o diálogo deixa implícito que havia um plano em execução que fracassou". O laranjal está podre!
Só dá oportunista no laranjal de Bolsonaro. Áudio vazado pela CNN-Brasil na quinta-feira (9) mostrou o diálogo mafioso entre Osmar Terra (MDB-RS) e Onyx Lorenzoni (DEM-RS) para apunhalar e trocar o ministro da Saúde, de quem divergem sobre o combate à pandemia. "Eu ajudo, Onyx. E não precisa ser eu o ministro".
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No diálogo de cafajestes, Onyx Lorenzoni, atual ministro da Cidadania, também insinua que o "capetão" deu uma fraquejada ao não demitir Luiz Henrique Mandetta. "Se eu estivesse na cadeira [de Bolsonaro]... O que aconteceu na reunião eu não teria segurado, eu teria cortado a cabeça dele".
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Ainda segundo a Folha, "o áudio relevado pela CNN foi entendido por políticos como uma amostra de que Onyx Lorenzoni vê Jair Bolsonaro fraco e sem pulso... Além disso, avaliam parlamentares, o diálogo deixa implícito que havia um plano em execução que fracassou". O laranjal está podre!
A catástrofe no Brasil é inevitável
Por Fernando Brito, em seu blog:
Não há jeito, porque estamos hoje apontando os doentes e os mortos de ontem ou de anteontem, dada a falta de testes em quantidade e confiabilidade necessários para sabermos o tamanho do problema.
A falta de comando harmônico entre o governo federal e os governos estaduais – inicialmente mais rígidos na política de isolamento social – confundiu a população e está levando a um afrouxamento, por toda a parte, das restrições de circulação justo no momento em que a disseminação descontrolada – e que jamais foi devidamente controlada – da doença viral.
O presidente da República – de novo, hoje, mandando as pessoas apara a rua e sugerindo que reclamem dos governadores pelas medidas restritivas – foi o elemento chave para que a sociedade se desmobilizasse da autoquarentena e aumentasse seu grau de exposição, o que cobrará seu preço nos próximos dias.
Não há jeito, porque estamos hoje apontando os doentes e os mortos de ontem ou de anteontem, dada a falta de testes em quantidade e confiabilidade necessários para sabermos o tamanho do problema.
A falta de comando harmônico entre o governo federal e os governos estaduais – inicialmente mais rígidos na política de isolamento social – confundiu a população e está levando a um afrouxamento, por toda a parte, das restrições de circulação justo no momento em que a disseminação descontrolada – e que jamais foi devidamente controlada – da doença viral.
O presidente da República – de novo, hoje, mandando as pessoas apara a rua e sugerindo que reclamem dos governadores pelas medidas restritivas – foi o elemento chave para que a sociedade se desmobilizasse da autoquarentena e aumentasse seu grau de exposição, o que cobrará seu preço nos próximos dias.
Com Bolsonaro, o pão e a vida correm riscos
Editorial do site Vermelho:
A aceleração do ritmo da pandemia do coronavírus, a Covid-19, no Brasil deveria servir de alerta para o governo federal. Os próximos dias prenunciam, de acordo com as autoridades no assunto, um cenário dramático, com o cruzamento de fatores como, além da doença em si, a precária infraestrutura na saúde e a ausência de políticas públicas para socorrer os que ficaram sem fonte de renda.
Em meio a esse prognóstico sombrio, o chefe do Estado, o presidente Jair Bolsonaro, faz questão de dar a sua contribuição para fomentar o caos. O povo deve ignorá-lo e ter a consciência de que, acima de tudo e de todos, deve estar a vida, seja ela inspirada no que for. Mas os danos que sua postura de incentivar perambulações pelas ruas na busca do “pão de cada dia”, conforme seu pronunciamento oficial do dia 8, são incalculáveis.
Em meio a esse prognóstico sombrio, o chefe do Estado, o presidente Jair Bolsonaro, faz questão de dar a sua contribuição para fomentar o caos. O povo deve ignorá-lo e ter a consciência de que, acima de tudo e de todos, deve estar a vida, seja ela inspirada no que for. Mas os danos que sua postura de incentivar perambulações pelas ruas na busca do “pão de cada dia”, conforme seu pronunciamento oficial do dia 8, são incalculáveis.
A pandemia e o capitalismo de vigilância
Por Sergio Amadeu da Silveira, no site A terra é redonda:
A pandemia do novo coronavírus despertou a voracidade dos vendedores de dispositivos de vigilância. Tecnologias de rastreamento de pessoas estão em alta. O pressuposto é que a ciência de dados será fundamental para derrotar o inimigo invisível. Ao presumir o sucesso da China e da Coreia no combate ao novo coronavírus, líderes políticos das democracias liberais, da direita à esquerda, se encantaram com a capacidade de controle dos dispositivos digitais e da modelagem estatística dos algoritmos que extraem padrões e realizam predições. Câmeras, softwares, sensores, celulares, aplicativos, detectores são apresentados como as armas mais sofisticadas para o combate ao vírus.
A pandemia do novo coronavírus despertou a voracidade dos vendedores de dispositivos de vigilância. Tecnologias de rastreamento de pessoas estão em alta. O pressuposto é que a ciência de dados será fundamental para derrotar o inimigo invisível. Ao presumir o sucesso da China e da Coreia no combate ao novo coronavírus, líderes políticos das democracias liberais, da direita à esquerda, se encantaram com a capacidade de controle dos dispositivos digitais e da modelagem estatística dos algoritmos que extraem padrões e realizam predições. Câmeras, softwares, sensores, celulares, aplicativos, detectores são apresentados como as armas mais sofisticadas para o combate ao vírus.
A moeda de troca entre Mandetta e Bolsonaro
Por Bepe Damasco, em seu blog:
O principal ponto de pauta da reunião entre Bolsonaro e seus ministros, realizada nesta segunda-feira (6), girou em torno da construção de um acordo que pavimente o caminho para que o sonho dourado de Bolsonaro, o fim da quarentena, vire realidade
Não por acaso, ainda durante o transcurso da reunião, o Ministério da Saúde, em pleno avanço vertiginoso do número de mortos pela pandemia do coronavírus no Brasil, divulgou mais um boletim epidemiológico. Seu conteúdo põe a nu o acerto macabro costurado para garantir a permanência do ministro mais popular do governo atualmente.
Chocando-se com todos os estudos científicos e ações que deram certo em outros países, o Ministério da Saúde propõe a flexibilização da quarentena já a partir do próximo dia 13, em princípio nas cidades e estados em que o total de leitos na rede hospitalar não tenha superado os 50% de ocupação.
O principal ponto de pauta da reunião entre Bolsonaro e seus ministros, realizada nesta segunda-feira (6), girou em torno da construção de um acordo que pavimente o caminho para que o sonho dourado de Bolsonaro, o fim da quarentena, vire realidade
Não por acaso, ainda durante o transcurso da reunião, o Ministério da Saúde, em pleno avanço vertiginoso do número de mortos pela pandemia do coronavírus no Brasil, divulgou mais um boletim epidemiológico. Seu conteúdo põe a nu o acerto macabro costurado para garantir a permanência do ministro mais popular do governo atualmente.
Chocando-se com todos os estudos científicos e ações que deram certo em outros países, o Ministério da Saúde propõe a flexibilização da quarentena já a partir do próximo dia 13, em princípio nas cidades e estados em que o total de leitos na rede hospitalar não tenha superado os 50% de ocupação.
Cenários da pandemia e da pós-pandemia
Por Marcelo Zero
É certo que a pandemia do Covid-19 passará, como toda pandemia. Não se sabe ao certo, contudo, qual sua intensidade e extensão e que consequências trará para o mundo, especialmente sobre sua economia.
A última grande pandemia mundial, a da mal chamada gripe espanhola, ocorrida há pouco mais de um século, matou, de acordo com as estimativas mais conservadoras, cerca de 17,3 milhões de pessoas em todo o planeta. Na época, a população mundial era de 1,8 bilhão. Portanto, essa pandemia teria ceifado ao redor de 1% dos habitantes da Terra.
Como a população mundial é hoje de cerca de 7,7 bilhões de pessoas, a pandemia do Covid-19 teria de matar ao redor de 77 milhões de seres humanos para chegar ao nível de letalidade da gripe espanhola.
Pelo andar da carruagem, e apesar do terraplanismo sanitário de gente como Trump e Bolsonaro, parece pouco provável que isso aconteça, até mesmo porque hoje a ciência dispõe de armas muito mais poderosas para enfrentar esse tipo de pandemia. Além disso, atualmente muitos países dispõem de sistemas públicos de saúde, coisa que não existia na época da gripe espanhola. Na realidade, esses sistemas universais e públicos de saúde começaram a surgir, de forma embrionária, justamente após a pandemia da gripe espanhola.
É certo que a pandemia do Covid-19 passará, como toda pandemia. Não se sabe ao certo, contudo, qual sua intensidade e extensão e que consequências trará para o mundo, especialmente sobre sua economia.
A última grande pandemia mundial, a da mal chamada gripe espanhola, ocorrida há pouco mais de um século, matou, de acordo com as estimativas mais conservadoras, cerca de 17,3 milhões de pessoas em todo o planeta. Na época, a população mundial era de 1,8 bilhão. Portanto, essa pandemia teria ceifado ao redor de 1% dos habitantes da Terra.
Como a população mundial é hoje de cerca de 7,7 bilhões de pessoas, a pandemia do Covid-19 teria de matar ao redor de 77 milhões de seres humanos para chegar ao nível de letalidade da gripe espanhola.
Pelo andar da carruagem, e apesar do terraplanismo sanitário de gente como Trump e Bolsonaro, parece pouco provável que isso aconteça, até mesmo porque hoje a ciência dispõe de armas muito mais poderosas para enfrentar esse tipo de pandemia. Além disso, atualmente muitos países dispõem de sistemas públicos de saúde, coisa que não existia na época da gripe espanhola. Na realidade, esses sistemas universais e públicos de saúde começaram a surgir, de forma embrionária, justamente após a pandemia da gripe espanhola.
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