quinta-feira, 16 de abril de 2020

Bolsonaro e o pacto com o vírus

Charge: Pedro Silva/Cartoon Movement
Por Flávio Aguiar, no site A terra é redonda:

Procurei uma figura literária comparável a Jair Messias. Encontrei: é o Hermógenes, um dos chefes de jagunços do romance Grande sertão: veredas, de Guimarães Rosa. Hermógenes é maligno e não aceita que a história evolua, mudando de patamar político. Assassina o chefe supremo dos jagunços, Joca Ramiro, porque a seu ver este teria traído a jagunçagem ao esboçar um pacto político com o enviado do governo, Zé Bebelo, depois de derrotá-lo militarmente.

Coronavírus: verdades e mentiras

Nordeste mapeia vírus e combate fake news

Mandetta e a adesão da PGR ao genocídio

Compensa dar dignidade aos presos

Casos de feminicídio crescem na pandemia

O que muda com a Carteira Verde e Amarela?

Só nos resta a desobediência civil

Jim Jones e Gérson: Dois nomes nefastos

Do site: http://carolynolson.net/
Por João Guilherme Vargas Netto

Na luta do povo brasileiro contra o coronavírus e dos trabalhadores para garantir sua relevância e a de seus representantes sindicais, dois nomes encarnam os procedimentos dos mais detestáveis adversários: Jim Jones e Gérson.

Jim Jones foi líder de uma seita de fanáticos que levou mil deles ao suicídio coletivo em 1978, na Guiana. Gérson, jogador meio campista e campeão do mundo em 1970, adquiriu uma fama lamentável (a chamada lei de Gérson) ao fazer propaganda do cigarro Vila Rica dizendo que “o importante é levar vantagem, certo?”.

quarta-feira, 15 de abril de 2020

Petardo: Traições no laranjal de Bolsonaro

Por Altamiro Borges

No laranjal infectado de Bolsonaro, ninguém se entende e só dá traíras. A Folha informa que até os chefões do DEM desprezam Onyx Lorenzoni. "O ministro é chamado de 'empregado' do presidente e interlocutores lembram de sua saída da Casa Civil" – quando foi humilhado pelo "capetão".

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A covardia do capacho Onyx ficou visível na entrevista coletiva de terça-feira (14). "Ele chutou o balde com Mandetta e mostrou que só pensa em refazer sua relação com Bolsonaro. Na semana passada, áudio da CNN foi entendido por políticos como amostra de que Onyx via Bolsonaro fraco e sem pulso".

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A Folha fustiga: Nos bastidores, além de ser chamado de judas, Onyx Lorenzoni é referido como 'empregado' do presidente. Colegas do DEM se disseram perplexos ao ver a declaração por ocorrer menos de dois meses depois do que foi uma humilhação do ministro, quando foi retirado da Casa Civil".

Estratégias para superar a "coronacrise"

Charge: Naser Jafari/Cartoon Movement
Por Guilherme Mello, na revista Teoria e Debate:

O coronavírus já pode ser considerado um marco histórico na economia global, não apenas pelos seus efeitos imediatos, mas por seu potencial transformador na forma de organização das sociedades e da produção. Em curto prazo, a necessidade de isolamento social e quarentena deve levar a economia global, que já vinha desacelerando, à recessão. O desemprego, a redução de renda das famílias e das empresas, assim como a destruição de riqueza financeira, são marcas imediatas da coronacrise.

Necropolítica contra direitos trabalhistas

Por Vladimir Paes de Castro

Inicialmente cumpre trazer algumas considerações sobre o conceito de necropolítica, para que adiante possamos fazer a intersecção com a destruição dos direitos do trabalhador, iniciada no governo Temer e prosseguida no atual governo Bolsonaro. Será objeto de destaque a manutenção desse cenário de desconstrução do Direito do Trabalho até no atual estado de calamidade pública decorrente da pandemia do Covid-19.

A filantropia no lugar do Estado

Por Gilberto Maringoni

O Jornal Nacional desta terça (14) parece ter definido sua linha de atuação no grande embate político-ideológico desses tempos de pandemia.

Aliás, não apenas o JN. Toda a Alta Finança e suas ramificações pela sociedade.

Usaram um bloco inteiro do telejornal mais assistido do país para propagar o pote de ouro no fim da praga devastadora que nos envolve. A saída não é mais Estado, mas mais bondade...

Por trás do combate ao coronavírus, por trás do rebotalho humano fardado e civil que pilota o governo federal, por trás da hecatombe depressiva-sanitária que toma conta do globo, está em curso um questionamento sério ao grande pilar do neoliberalismo. Trata-se da lorota repetida há quatro décadas de o mercado tudo resolve na sociedade.

A economia no Brasil pós-coronavírus

https://www.youtube.com/canaldobarao
Do site do Centro de Estudos Barão de Itararé:

Para contribuir com o debate não apenas sobre a crise agravada com a pandemia, mas também com o Brasil que teremos pós-coronavírus, o Centro de Estudos da Mídia Alternativa Barão de Itararé inicia, nesta quinta-feira (16), um ciclo de debates virtuais (webinars). A partir das 17 horas, a jornalista Larissa Gould media o diálogo entre o economista Ladislau Dowbor (professor da PUC-SP) e Patricia Pelatieri, coordenadora de pesquisas do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).

Violência contra a mulher com pandemia

Ilustração: Tasos Anastasiou/Cartoon Movement
Por Rodrigo Gomes, na Rede Brasil Atual:

A quarentena decretada em São Paulo para conter a pandemia de coronavírus está registrando crescimento da violência contra a mulher, segundo levantamento realizado pelo Ministério Público (MP) paulista. “Durante o primeiro mês de pandemia ocorreu um aumento significativo dos procedimentos urgentes e principalmente das prisões em flagrante por violência contra a mulher”, indica a nota técnica do Centro de Apoio Operacional Criminal – Núcleo de Gênero, do MP.

Contrato Verde e Amarelo contra trabalhador

Editorial do site Vermelho:

A aprovação da Medida Provisória (MP) 905 que cria o contrato de trabalho Verde e Amarelo, um conjunto de medidas que precariza ainda mais o vínculo empregatício, é um grave retrocesso. Elas reduzem direitos trabalhistas e outros benefícios e, ao alterar mais de 40 dispositivos da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), desregula categorias, aumenta jornadas e institui o trabalho aos sábados e domingos para alguns trabalhadores.

Absurdo tirar direito em meio à pandemia

O papel do Estado na atual crise

Pandemia, mercados e as crianças na sala

Por Leda Maria Paulani, no site A terra é redonda:

A pandemia do coronavírus, com as duras exigências de isolamento social, provocou, dentre outros resultados, o fechamento das escolas. As consequências da medida para as relações familiares são complexas, com problemas de variada ordem. Para determinados segmentos da classe média brasileira, sobretudo nos estratos mais elevados, um dos desdobramentos mais visíveis é que pais por longo tempo desacostumados de filhos têm sido obrigados (é dura a vida) a conviver com eles 24 horas por dia, sete dias por semana, e por quanto tempo ainda nem Deus sabe.

Está começando o colapso. Da saúde e do país

Por Fernando Brito, em seu blog:

Os jornais voltam a anunciar para as próximas horas, ou até o fim de semana, a demissão de Luiz Henrique Mandetta do Ministério da Saúde.

O secretário de Vigilância Sanitária, Wanderson Oliveira, já enviou mensagem aos seus auxiliares dizendo que “a gestão do Mandetta acabou e preciso me preparar para sair junto” e disse-lhes que “todos estão livres para fazer o que desejarem”, numa referência óbvia sobre continuarem em seus cargos.

Tudo nos dias em que a barreira de exames represados vai se abrir sobre as estatísticas e inundar o noticiário com milhares de casos e centenas de mortes, se for esta e não maior a ordem de grandeza nos números.