segunda-feira, 27 de abril de 2020

Cresce o apoio ao impeachment de Bolsonaro

Por Altamiro Borges

Do jornal El País: "Apoio ao impeachment de Bolsonaro alcança 54% e aprovação de Moro vai a 57% após sair do governo". Matéria tem como base a nova pesquisa do Atlas Político. Pela primeira vez, maioria dos brasileiros é favorável à degola do "capetão". O laranjal apodreceu de vez!

Segundo a reportagem, "a guerra pública travada entre Jair Bolsonaro e o agora ex-ministro Sergio Moro em meio às acusações de interferência política no comando da Polícia Federal empurrou o presidente para um patamar inédito no derretimento de sua imagem pública".

Saída de Moro marca nova fase em Brasília

Por Kiko Nogueira, no Diário do Centro do Mundo:

O governo Bolsonaro está começando agora.

Calma, que eu explico.

A demissão de Sergio Moro após um longo processo de fritura sinaliza um novo tempo no Planalto.

Chega de “critérios técnicos”.

Chega do verniz civilizatório do ex-juiz da Lava Jato ou de Mandetta e os protocolos da OMS.

É hora do comprometimento com o ideário bolso-olavista, com o projeto.

A palavra chave é lealdade. Não há espaço para relativização, dúvidas ou bom senso.

Biografia do Moro é extensa ficha criminal

Por Jeferson Miola, em seu blog:

Durante todo período da Lava Jato em que Sérgio Moro atropelou direitos, cometeu abusos, perpetrou ilegalidades, interferiu e coordenou indevidamente a atuação do Ministério Público Federal [MPF] e da Polícia Federal, atuou como acusador e juiz, corrompeu o sistema de justiça para tirar Lula do jogo político e favorecer a eleição da extrema-direita fascista, ele estava protegido pela imunidade do cargo, pela proteção corporativa e pela mídia capitaneada pela Globo.

Não foram poucos os questionamentos a estes abusos e ilegalidades barrados no CNJ, no STJ ou no STF.

Guedes é meio-ministro, mas ortodoxia reina

Por Carlos Drummond, na revista CartaCapital:

Aquilo que parecia ser a melhor chance, sob o governo atual, de o País dar algum impulso à economia, até agora acorrentada à ortodoxia radical, corre risco, entretanto, de nem chegar a decolar, ou de ser mais um voo de galinha.

O plano Pró-Brasil, de investimentos em infraestrutura, anunciado sem números nem projeções pelo ministro-chefe da Casa Civil Walter Souza Braga Netto na quinta-feira 23 e que tem pontos de contato com propostas defendidas há décadas por economistas e empresários comprometidos com o desenvolvimento, conta com a iniciativa privada, mas esta defende que o primeiro passo deve ser dado pelo governo, que hesita.

Globo, o partido dos ricos e seu candidato

Por Ângela Carrato, no blog Viomundo:

A pompa e a circunstância com que o Jornal Nacional, na edição da sexta-feira (24/04) noticiou a demissão do agora ex-ministro da Justiça, Sérgio Moro, não deixam dúvidas.

O maior partido brasileiro, a TV Globo, da família Marinho, já tem candidato para as eleições de 2022.

A TV Globo, claro, não é um partido político no sentido estrito do termo.

Mas como já deixava patente em seus escritos o filósofo italiano Antônio Gramsci (1891-1937), ela funciona como tal.

Gramsci, um teórico e também um militante político, viveu em uma época em que a mídia restringia-se aos jornais. O rádio estava começando e a televisão só entraria em cena para valer depois do fim da Segunda Guerra Mundial.

Celso de Mello e as acusações de Moro

Por Tereza Cruvinel, no site Brasil-247:

A semana começa como a continuação da sexta-feira passada, o 24 de março que talvez fique na história como o dia que marcou o início do fim do governo Bolsonaro.

No final de semana Moro começou a ser chamado de “traidor da pátria” e até de comunista pelos bolsonaristas. Um grupelho fez uma manifestação pró-Bolsonaro na Esplanada, em Brasília, mas as redes sociais mostraram que a extrema direita rachou.

Quanto Bolsonaro perderá, é cedo para saber. Só com as novas pesquisas.

Moro, que chocou o ovo da serpente de muitas cabeças que envenenou o Brasil – neofascismo, antipetismo, negacionismos e fobias de toda ordem - reclamou dos ataques e fake-news.

Bolsonaro cai? Não parece provável agora

Por Fernando Brito, em seu blog:

Haverá, é certo, alguma perda de apoio na classe média, mas não é de crer que a demissão de Sérgio Moro vá reduzir de forma significativa o apoio remanescente a Jair Bolsonaro.

Perde, é verdade. na classe média, mas neste grupo o seu prestígio já estava bastante abalado e os danos, pode-se assim dizer, foram perda sobre perda. Menores, portanto.

Mas que não se subestime o efeito que a distribuição da renda emergencial que o choque da pandemia do novo coronavírus obrigou o governo a fazer não vá provocar efeitos positivos sobre a popularidade do presidente, o que é natural dado o estado de miséria em que se encontra boa parte do país.

Saúde, emprego, renda e democracia

Copiado do banner da Confederación Intersindical Galega (CIG)
Por João Guilherme Vargas Netto

Amanhã, dia 28 de abril, o mundo prestará atenção às vítimas de acidentes de trabalho e de doenças profissionais, como faz todo ano. Neste, o foco será a solidariedade aos trabalhadores da saúde que enfrentam o coronavírus e são atingidos pela doença.

O sindicato dos metalúrgicos de Curitiba organizou um evento virtual – com filmes, entrevistas e frases de efeito – para marcar a data, chamando também a atenção para a situação dos trabalhadores que devem exercer suas funções e exigem cuidados sanitários redobrados nas empresas e em suas atividades.

O pedido dos empresários do ensino

Por Carlos Pompe

As entidades dos empresários do ensino enviaram ao ministro da Economia, Paulo Guedes, ofício pedindo “medidas estruturais que minimizam o impacto na educação” da pandemia do Covid-19, no que consideram a “maior crise que o país já enfrentou em sua história”. Com essa atitude, negaram o que vinham dizendo à Contee e ao Ministério Público do Trabalho nas conversações sobre busca da saída da crise. “Eles disseram que não queriam ajuda do governo e, na verdade, estão excluindo os trabalhadores e estudantes das tratativas e negociando os nossos direitos, buscando vantagens exclusivamente para eles. Revelam, mais uma vez, que têm interesse apenas no lucro, e nenhum na educação”, denuncia o coordenador-geral da Contee, Gilson Reis.

Flávio Bolsonaro e as milícias do RJ

Genocídios por atos, gestos e palavras

Uma bolsonarista arrependida

A geopolítica do petróleo na pandemia

As mortes escondidas em Minas Gerais

Bolsonaro e Moro: quem está mentindo?