Por Paulo Moreira Leite, no site Brasil-247:
A noção de que vivemos num país condenado a jamais resolver seus principais problemas econômicos e sociais é bastante antiga.
Incapaz de enxergar as próprias responsabilidades pelo atraso de uma nação onde uma monarquia que nasceu fora de época convivia com uma escravidão que envergonhava a humanidade, a elite da Primeira República atribuía o atraso social e econômico do país à teoria das três raças tristes -- índio, negro e português.
Assim, com base num pensamento racista de pretensões científicas que iria alimentar as grandes tragédias do século XX, justificava-se nossas dificuldades para construir uma democracia de verdade.
A noção de que vivemos num país condenado a jamais resolver seus principais problemas econômicos e sociais é bastante antiga.
Incapaz de enxergar as próprias responsabilidades pelo atraso de uma nação onde uma monarquia que nasceu fora de época convivia com uma escravidão que envergonhava a humanidade, a elite da Primeira República atribuía o atraso social e econômico do país à teoria das três raças tristes -- índio, negro e português.
Assim, com base num pensamento racista de pretensões científicas que iria alimentar as grandes tragédias do século XX, justificava-se nossas dificuldades para construir uma democracia de verdade.