Por Fernando Brito, em seu blog:
O silêncio mal-humorado de Jair Bolsonaro diante da vitória eleitoral de Joe Biden nos Estados Unidos não apenas aumenta o tamanho da derrota que ele próprio sofre com o resultado das urnas norte-americanas como serve de medida para as dificuldades que o brasileiro enfrentará com a perda não só do seu “grande irmão do Norte” como, também, da ideia de ‘mito invencível’ que seu paradigma “gringo” ostentava.
Não adianta que integrantes do seu governo digam que nada muda nas nossas relações com os Estados Unidos.
domingo, 8 de novembro de 2020
Dois mentirosos compulsivos numa era suja
Por Tarso Genro, no site Sul-21:
Vendo as caras e bocas e o esgar paranóico de Trump, falando pelo Estado Americano e conferindo o seu reflexo nas redes, vi toda a decadência do Império: sua impossibilidade de explorar como nos “velhos tempos”, dentro da “democracia liberal” falsificada por ditaduras militares, sem adoecer a sociedade com o vírus o fascismo e sem usar a “exceção” autoritária, como regra permanente. Lembrei-me da genialidade de Maquiavel com a sua afirmação de que “a política (moderna) é uma atividade independente e autônoma, que tem seus princípios e suas leis, diferentes daquelas da moral e da religião em geral”.
Banco Central: as nádegas expostas do Senado
Por Jeferson Miola, em seu blog:
As atenções do Brasil e do mundo inteiro estão voltadas para o enfrentamento da nova onda da pandemia e para a eleição presidencial dos EUA. O Senado Federal, por sua vez, segue a filosofia do anti-ministro bolsonarista do Meio Ambiente e aproveita a distração do distinto público com estas questões para fazer avançar o devastador processo de saqueio e pilhagem do país.
Na sessão de 3ª feira [3/11] o Senado dominado por uma maioria bolsonarista aprovou o Projeto de Lei do tucano Plínio Valério/PSDB-AM que torna o Banco Central [BC] “independente”.
As atenções do Brasil e do mundo inteiro estão voltadas para o enfrentamento da nova onda da pandemia e para a eleição presidencial dos EUA. O Senado Federal, por sua vez, segue a filosofia do anti-ministro bolsonarista do Meio Ambiente e aproveita a distração do distinto público com estas questões para fazer avançar o devastador processo de saqueio e pilhagem do país.
Na sessão de 3ª feira [3/11] o Senado dominado por uma maioria bolsonarista aprovou o Projeto de Lei do tucano Plínio Valério/PSDB-AM que torna o Banco Central [BC] “independente”.
Apagão no Amapá é culpa da privatização
Arte: Gladson Targa |
A mídia privatista tem dado pouco destaque para o apagão no Amapá. Talvez porque a culpa pelo caos seja da iniciativa privada – nos dois sentidos da palavra. Mais de 730 mil pessoas, em 13 dos 16 municípios do estado da região Norte, estão sem energia elétrica, água e combustíveis desde terça-feira (3).
Uma subestação de energia pegou fogo na capital Macapá, o que levou ao desligamento automático da linha de transmissão. A empresa responsável pela manutenção dos equipamentos é a espanhola Isolux, que tem um histórico de maus serviços prestados em outros países.
RedeTV corta salários e gasta em vinhos
Amilcare Dallevo e Marcelo de Carvalho, donos da RedeTV Foto: Divulgação Rede TV |
A situação dos profissionais da RedeTV! é lamentável. A emissora comandada pelos bolsonaristas Marcelo de Carvalho e Amilcare Dallevo só sacaneia os trabalhadores. Ela prolongou o corte salarial dos jornalistas contratados como Pessoas Jurídicas (PJs) em até 35% por tempo indeterminado. Já para os funcionários registrados em carteira (CLT), a empresa impôs nova prorrogação na redução de 25% nos salários por mais 60 dias, totalizando oito meses de corte.
sábado, 7 de novembro de 2020
sexta-feira, 6 de novembro de 2020
Vira-latas de Trump estão preocupados
A provável derrota de Donald Trump na caótica eleição dos EUA deixará Jair Bolsonaro, seu vira-lata sarnento no Brasil, meio sem dono. Mas as primeiras vítimas da justa surra do facínora serão o olavete Ernesto Araújo, sinistro das Relações Exteriores, e o ricaço Ricardo Salles, sinistro da devastação ambiental.
"A pressão interna contra Salles e Araújo aumenta com vitória de Biden", destaca a revista Veja, que aposta no pragmatismo nas relações comerciais. Segundo a publicação, o general-vice Hamilton Mourão e a ruralista Tereza Cristina, ministra da Agricultura, já estariam em campo contra os dois sinistros da tal "ala ideológica”.
"A vitória do democrata Joe Biden nos EUA reforça campanha da dupla pela retirada de dois nomes fortes da área radical do governo: Ricardo Salles, do Meio Ambiente, e Ernesto Araújo, do Itamaraty. A avaliação de membros do Executivo é de que Araújo e Salles 'balançam'', especula a revista.
Araújo e Salles, bodes da derrota de Trump
Por Tereza Cruvinel, no site Brasil-247:
Antes mesmo da cena final do dramalhão eleitoral norte-americano Jair Bolsonaro já começou a transfigurar-se.
“Trump não é a pessoa mais importante do mundo”. Podia ter encontrado uma frase melhor para dizer que os interesses brasileiros devem sobrepor-se a seu amor pelo republicano, mas seria pedir muito.
No poder bolsonarista, os aliados políticos conservadores do Centrão e os militares são os que mais torcem pela vitória de Joe Baden, mas não porque prefiram o Partido Democrata.
Eles acham com Trump derrotado, e depois de ter ido tão longe em seu alinhamento, será mais fácil convencer Bolsonaro a mudar a política externa, avançar no pragmatismo interno e reduzir a influência da ala ideológica. E na prática isso significaria, para começar, a substituição do chanceler Ernesto Araújo e do ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles.
Antes mesmo da cena final do dramalhão eleitoral norte-americano Jair Bolsonaro já começou a transfigurar-se.
“Trump não é a pessoa mais importante do mundo”. Podia ter encontrado uma frase melhor para dizer que os interesses brasileiros devem sobrepor-se a seu amor pelo republicano, mas seria pedir muito.
No poder bolsonarista, os aliados políticos conservadores do Centrão e os militares são os que mais torcem pela vitória de Joe Baden, mas não porque prefiram o Partido Democrata.
Eles acham com Trump derrotado, e depois de ter ido tão longe em seu alinhamento, será mais fácil convencer Bolsonaro a mudar a política externa, avançar no pragmatismo interno e reduzir a influência da ala ideológica. E na prática isso significaria, para começar, a substituição do chanceler Ernesto Araújo e do ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles.
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