terça-feira, 26 de janeiro de 2021
Milhões vão passar fome. “E daí?”
Bolsonaro, inferno na terra |
Pesquisa Datafolha, com resultados divulgados hoje, mostra que 40% dos brasileiros (86 milhões de pessoas) receberam uma ou mais parcelas do auxílio emergencial e, deles, 69% não têm mais nenhuma renda com que contar.
Isto é, perto de 60 milhões de pessoas estão chegando ao fim de janeiro sem qualquer renda, alguns ainda tendo como saída o que puderam guardar das “vacas gordas” que lhes foram os R$ 600 e depois a metade disso, do ano que passou ou que ainda têm alguma parcela atrasada para “rapar o tacho”.
Um pouco menos, perto de 43 milhões, se considerarmos o que já relatavam perda de renda na pesquisa. Ou, ao contrário, um pouco mais, pois a pesquisa é feita pelo celular e isso provoca distorções.
Bolsonaro entra no seu inferno astral
Por Luis Nassif, no Jornal GGN:
Os cenários econômicos brasileiros, e a formação de expectativas, são definidas da seguinte maneira:
1. O mercado dá o tema, impreterivelmente em cima de expectativas de curtíssimo prazo, uma frase de Bolsonaro, uma reafirmação da Lei do Teto, uma promessa de reforma, um avanço no negócio da privatização, um conjunto de irrelevâncias, que nada diz sobre o cenário real da economia.
2. A imprensa repercute, sem nenhuma visão de conjunto, em uma mediocrização pouco vista em 50 anos de história do jornalismo econômico brasileiro. Tratam cada episódio como se fosse decisivo, quanto muito, influenciam apenas o próximo vencimento de opções.
3. Em cima desse efeito manada, os verdadeiros estrategistas deitam e rolam. Eles analisam os temas centrais e, a partir deles, traçam uma linha de médio prazo, sobre o que pode acontecer com a economia. Traçada a linha, vão comendo pelas bordas, comprando quando os indicadores estão abaixo da linha, vendendo quando acima.
Quais os pontos relevantes a se considerar (há muito tempo, saliente-se)?
Os cenários econômicos brasileiros, e a formação de expectativas, são definidas da seguinte maneira:
1. O mercado dá o tema, impreterivelmente em cima de expectativas de curtíssimo prazo, uma frase de Bolsonaro, uma reafirmação da Lei do Teto, uma promessa de reforma, um avanço no negócio da privatização, um conjunto de irrelevâncias, que nada diz sobre o cenário real da economia.
2. A imprensa repercute, sem nenhuma visão de conjunto, em uma mediocrização pouco vista em 50 anos de história do jornalismo econômico brasileiro. Tratam cada episódio como se fosse decisivo, quanto muito, influenciam apenas o próximo vencimento de opções.
3. Em cima desse efeito manada, os verdadeiros estrategistas deitam e rolam. Eles analisam os temas centrais e, a partir deles, traçam uma linha de médio prazo, sobre o que pode acontecer com a economia. Traçada a linha, vão comendo pelas bordas, comprando quando os indicadores estão abaixo da linha, vendendo quando acima.
Quais os pontos relevantes a se considerar (há muito tempo, saliente-se)?
Inimigos da humanidade merecem a Haia
Por Marcelo Zero
Bolsonaro não é apenas um grave problema para o Brasil e os brasileiros.
Ele é grave ameaça ao planeta e à humanidade.
No início, ele era visto como uma ameaça global “apenas” por causa de seu ativo antiambientalismo.
Ele e Ricardo Salles se dedicaram a “abrir a porteira” para o “deixa queimar”. Viam e veem as questões ambientais, que afetam todo o planeta, como uma espécie de “frescura” de país desenvolvido, que atrapalha a ocupação predatória da Amazônia e outras regiões do país.
Mais recentemente, no entanto, ele e seu governo passaram a ser vistos também como grave ameaça sanitária global, em razão do total descontrole da epidemia no Brasil.
Esse descontrole tem levado ao surgimento de variantes mais agressivas do coronavírus, o que preocupa muito outros governos do planeta.
Bolsonaro não é apenas um grave problema para o Brasil e os brasileiros.
Ele é grave ameaça ao planeta e à humanidade.
No início, ele era visto como uma ameaça global “apenas” por causa de seu ativo antiambientalismo.
Ele e Ricardo Salles se dedicaram a “abrir a porteira” para o “deixa queimar”. Viam e veem as questões ambientais, que afetam todo o planeta, como uma espécie de “frescura” de país desenvolvido, que atrapalha a ocupação predatória da Amazônia e outras regiões do país.
Mais recentemente, no entanto, ele e seu governo passaram a ser vistos também como grave ameaça sanitária global, em razão do total descontrole da epidemia no Brasil.
Esse descontrole tem levado ao surgimento de variantes mais agressivas do coronavírus, o que preocupa muito outros governos do planeta.
Faustão vai deixar a Globo. O que houve?
Por Altamiro Borges
Após 32 anos no comando do programa “Domingão do Faustão”, o apresentador Fausto Silva confirmou nesta segunda-feira (25) que deixará a TV Globo até o final de 2021. A notícia agitou as redes sociais. De imediato, o império midiático afirmou em nota que a saída foi uma “decisão do apresentador” e que “só cabe respeitar e aplaudir a história que ele construiu” na emissora.
Mas há controvérsias sobre a razão da saída. Como aponta Mauricio Stycer no UOL, “a informação oficial difere parcialmente da justificativa, apresentada pelos colunistas Flavio Ricco e Daniel Castro, de que Faustão não teria aceitado a proposta de fazer um programa semanal às quintas-feiras, em 2022, tendo preferido encerrar o contrato no final deste ano”.
Centrão já comemora a eleição de Arthur Lira
Por Altamiro Borges
A turma do Centrão já dá como certa a vitória de Arthur Lira (PP-AL), o candidato de Jair Bolsonaro e das milícias de ultradireita, na disputa pela presidência da Câmara Federal, em 1º de fevereiro. Em entrevista à revista Época, o senador Ciro Nogueira, presidente nacional do PP, disse em tom arrogante que considera "a eleição resolvida".
Nas contas da velha raposa política, "Arthur já está com mais de 300 votos. Agora temos o apoio do PSL. E tem ainda o DEM que não formalizou apoio ao bloco dele [Baleia Rossi, do MDB). Resta saber se o Baleia vai desistir". Pode ser jogo de cena do chefão do PP, mas é bom ficar esperto e não subestimar o inimigo – que é ardiloso e conta com inúmeros recursos.
A turma do Centrão já dá como certa a vitória de Arthur Lira (PP-AL), o candidato de Jair Bolsonaro e das milícias de ultradireita, na disputa pela presidência da Câmara Federal, em 1º de fevereiro. Em entrevista à revista Época, o senador Ciro Nogueira, presidente nacional do PP, disse em tom arrogante que considera "a eleição resolvida".
Nas contas da velha raposa política, "Arthur já está com mais de 300 votos. Agora temos o apoio do PSL. E tem ainda o DEM que não formalizou apoio ao bloco dele [Baleia Rossi, do MDB). Resta saber se o Baleia vai desistir". Pode ser jogo de cena do chefão do PP, mas é bom ficar esperto e não subestimar o inimigo – que é ardiloso e conta com inúmeros recursos.
segunda-feira, 25 de janeiro de 2021
Zara e 3M também fecham unidades e demitem
Por Altamiro Borges
Depois da Ford, que fechou três fábricas, encerrou suas atividades no Brasil e demitiu 6 mil operários, outras empresas seguem o mesmo trágico caminho – o que enterra as bravatas do ministro Paulo Guedes sobre a “retomada em V” da economia. Agora, 3M e Zara anunciam o fechamento de unidades de trabalho.
Segundo notinha da Folha, publicada na sexta-feira (22), "a multinacional 3M anunciou que irá fechar sua fábrica em São José do Rio Preto, no interior de São Paulo, até o meio do ano. Com isso, 120 funcionários serão demitidos. A produção local, voltada ao segmento odontológico, será transferida para Sumaré, também no interior paulista".
Depois da Ford, que fechou três fábricas, encerrou suas atividades no Brasil e demitiu 6 mil operários, outras empresas seguem o mesmo trágico caminho – o que enterra as bravatas do ministro Paulo Guedes sobre a “retomada em V” da economia. Agora, 3M e Zara anunciam o fechamento de unidades de trabalho.
Segundo notinha da Folha, publicada na sexta-feira (22), "a multinacional 3M anunciou que irá fechar sua fábrica em São José do Rio Preto, no interior de São Paulo, até o meio do ano. Com isso, 120 funcionários serão demitidos. A produção local, voltada ao segmento odontológico, será transferida para Sumaré, também no interior paulista".
A lógica absurda de Miriam Leitão
Por Dilma Rousseff, em seu site:
Miriam Leitão comete sincericidio tardio em sua coluna no Globo de hoje (24 de janeiro) ao admitir que o impeachment que me derrubou foi ilegal e, portanto, injusto, porque, segundo ela, motivado pela situação da economia brasileira e pela queda da minha popularidade. Sabidamente, crises econômicas e maus resultados em pesquisas de opinião não estão previstos na Constituição como justificativas legais para impeachment. Miriam Leitão sabe disso, mas finge ignorar. Sabia disso, na época, mas atuou como uma das principais porta vozes da defesa de um impeachment que, sem comprovação de crime de responsabilidade, foi um golpe de estado.
Os nossos dramas atuais
Por Paulo Nogueira Batista Jr.
Volto a falar da nossa conturbada conjuntura política e econômica. O político prevalece sobre o econômico, como de costume. Mais do que de costume. A razão é que o Brasil tem um governo excepcionalmente inepto, que funciona como entrave para a economia em todas ou quase todas as áreas relevantes. O Brasil é o último dos países do G20 (o grupo que reúne as 19 principais economias do mundo e a União Europeia) ainda governado por um trumpista. No mundo inteiro, inclusive e notadamente nos Estados Unidos, a onda de extrema-direita dos últimos anos começou a refluir.
Volto a falar da nossa conturbada conjuntura política e econômica. O político prevalece sobre o econômico, como de costume. Mais do que de costume. A razão é que o Brasil tem um governo excepcionalmente inepto, que funciona como entrave para a economia em todas ou quase todas as áreas relevantes. O Brasil é o último dos países do G20 (o grupo que reúne as 19 principais economias do mundo e a União Europeia) ainda governado por um trumpista. No mundo inteiro, inclusive e notadamente nos Estados Unidos, a onda de extrema-direita dos últimos anos começou a refluir.
Falando sério sobre a terra de Simón Bolívar
Por Bepe Damasco, em seu blog:
As imagens de caminhões venezuelanos cruzando a fronteira brasileira, para levar oxigênio e impedir que mais pessoas morram asfixiadas, e o acordo inédito e histórico que o governo do presidente Nicolás Maduro fez com a CUT, CTB e centrais sindicais visando a ampliação do fornecimento desse insumo essencial à vida, levantam pontos importantes de reflexão sobre o país vizinho.
Vale destacar que o exercício genuíno da solidariedade entre os povos latino-americanos prevaleceu sobre os ataques sistemáticos do governo neofascista brasileiro à soberania da Venezuela.
Até de força-tarefa golpista na fronteira entre os dois países o governo Bolsonaro participou, bem como da “visita” acintosa e provocativa do então secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo, a Roraima. Sem falar no apoio decidido do Itamaraty bolsonarista ao farsante Juan Guaidó.
As imagens de caminhões venezuelanos cruzando a fronteira brasileira, para levar oxigênio e impedir que mais pessoas morram asfixiadas, e o acordo inédito e histórico que o governo do presidente Nicolás Maduro fez com a CUT, CTB e centrais sindicais visando a ampliação do fornecimento desse insumo essencial à vida, levantam pontos importantes de reflexão sobre o país vizinho.
Vale destacar que o exercício genuíno da solidariedade entre os povos latino-americanos prevaleceu sobre os ataques sistemáticos do governo neofascista brasileiro à soberania da Venezuela.
Até de força-tarefa golpista na fronteira entre os dois países o governo Bolsonaro participou, bem como da “visita” acintosa e provocativa do então secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo, a Roraima. Sem falar no apoio decidido do Itamaraty bolsonarista ao farsante Juan Guaidó.
Em Manaus, general Pazuello está desenganado
Por Fernando Brito, em seu blog:
Eduardo Pazuello foi para Manaus e, segundo sua própria assessoria, o ministro da “não tem voo de volta a Brasília”.
Oficialmente, claro, o presidente da República mandou-o comandar a ação do governo federal na crise sanitária amazonense até que ela esteja equacionada.
Na prática, manda o ministro para fora do alcance da grande mídia, impede-o de dar suas desastrosas entrevistas temperadas a coices e tenta evitar a iminente explosão de nervos que ele vem sinalizando.
O exílio manauara serve também para tentar tira-lo do furacão representado pelo pedido de abertura de inquérito feito pelo Ministério Público que deve ser aceito pelo STF e converter-se numa investigação policial.
Oficialmente, claro, o presidente da República mandou-o comandar a ação do governo federal na crise sanitária amazonense até que ela esteja equacionada.
Na prática, manda o ministro para fora do alcance da grande mídia, impede-o de dar suas desastrosas entrevistas temperadas a coices e tenta evitar a iminente explosão de nervos que ele vem sinalizando.
O exílio manauara serve também para tentar tira-lo do furacão representado pelo pedido de abertura de inquérito feito pelo Ministério Público que deve ser aceito pelo STF e converter-se numa investigação policial.
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