sexta-feira, 26 de fevereiro de 2021

Queda de Paulo Guedes é “questão de tempo”


Por Altamiro Borges

A agência de notícias e “análise de mercado” Bloomberg, dedicada à oligarquia financeira, garante que "a saída de Paulo Guedes do comando do Ministério da Economia é considerada uma questão de tempo dentro do governo, afirma um interlocutor do Palácio do Planalto". O clima é de expectativa com a possível queda do “Posto Ipiranga”.

Nos bastidores, a troca no comando da Petrobras de um "executivo do mercado" – o privatista Roberto Castello Branco – por um general servil ao capitão – Joaquim Silva e Luna – foi “somente o sinal mais visível do afastamento entre Bolsonaro e a agenda do ministro”, afirma a agência. Há vários outros sintomas de desgaste na relação entre ambos.

Daniel Silveira expõe oito bolsonaristas

A doença é o neoliberalismo

Por Marcelo Zero

Segundo a Bloomberg, se o atual ritmo de vacinação, lento e desigual, permanecer, o mundo demorará cerca de sete anos para obter imunidade coletiva contra o coronavírus.

Nesse ínterim, surgiriam, é claro, novas variantes resistentes às atuais vacinas.

Imunidade que tarda não é imunidade.

Obviamente, isso não é aceitável.

O conhecimento científico para controlar a pandemia já existe.

Há cerca de 10 vacinas, algumas já disponíveis e outras em fase avançada de testes, bastante eficientes para conferir imunidade.

Além disso, estão sendo desenvolvidos também medicamentos para mitigar os efeitos do vírus nos doentes.

Qual é o problema, então?

Abaixo a máscara, vejam o rosto da morte!

Por Fernando Brito, em seu blog:


É tão assustador que muitos preferem fechar os olhos e não ver.

Racionalmente, porém, já não há como negar que há uma intenção deliberada de Jair Bolsonaro – e não só dele, infelizmente – que o vírus Sars Cov 2 faça o papel de “aliviar” aquilo que consideram uma carga inútil para o país: os velhos, os doentes, os “maricas”, sobretudo os mais pobres, menos capazes de obter cuidados.

Duvidar como, se o presidente da República do país que é o segundo em mortes no mundo apela para que não se use máscaras, alegando que elas prejudicam as crianças.

Se o prefeito de Porto Alegre pede que as pessoas “contribuam com a sua vida” para salvar a economia do município.

Empoderado realiza curso de jornalismo social


No dia 27 de fevereiro, o Jornal Empoderado realiza um poderoso curso de formação para jornalistas e midialivristas. Com realização online, o evento terá diversas palestras com diferentes enfoques no jornalismo e como cumprir com sua função social em tempos de tecnologias da informação e fake news.

O Barão de Itararé participa do curso com sua diretora Larissa Gould, que fará uma palestra sobre democratização dos meios de comunicação. Escutamos o editor do Jornal Empoderado, Anderson Moraes, sobre a iniciativa. Saiba mais sobre o Jornal Empoderado: http://jornalempoderado.com.br/

Bolsonaro ainda despreza tragédia da Covid-19

Editorial do site Vermelho:


Sob praticamente qualquer aspecto, o governo Jair Bolsonaro transformou o Brasil numa das piores referências internacionais – talvez a pior – no combate à pandemia do novo coronavírus. Nesta semana em que a detecção do primeiro caso de Covid-19 no País completa um ano, não faltam números e fatos a exporem a tragédia brasileira.

Conforme o consórcio de imprensa que atualiza diariamente as estatísticas da pandemia, o Brasil ultrapassou, nesta quarta-feira (24), os patamares de 10 milhões de casos e 250 mil mortes. Em termos absolutos, só perdemos para os Estados Unidos na quantidade de vítimas, apesar de sermos apenas o sexto país do mundo em moradores, com o equivalente a 16% da população indiana e a 15% da chinesa.

A sanha dos generais insubordinados

Por Roberto Amaral, em seu blog:

O famigerado tweet do general Villas Bôas tinha endereço certo, e alcançou seus objetivos: o STF se curvou. Sob a liderança do ministro Edson Fachin (que só agora se deu conta da intimidação dos fardados) negou o habeas corpus impetrado pela defesa do ex-presidente Lula, que, assim excluído da disputa presidencial, deixava livre a estrada para a aventura do capitão. O resto é história sabida. Na mesma lógica se insere o livro do ex-comandante do exército, que tampouco é obra do acaso. O texto e a oportunidade de sua divulgação implicam um objetivo, que, ao que tudo indica, desta feita não foi alcançado. Se era para desestabilizar o sistema, como parece haver suposto o meliante Daniel Silveira, o tiro saiu pela culatra. A exegese fica para os especialistas. Por enquanto, aplausos para o STF e para a Câmara dos Deputados: a democracia, por seus poderes constituídos, parece haver acionado seu instinto de defesa. E saudações ao ministro Gilmar Mendes, ao proclamar: “Ditadura nunca mais”. Hosanas!

Sentença de morte do prefeito de Porto Alegre

Por Jeferson Miola, em seu blog:

Porto Alegre está a um passo de se transformar na Manaus do sul do Brasil. Qualquer porto-alegrense que for contaminado e tiver o infortúnio de agravamento da doença, recebe uma sentença de morte.

A cidade se aproxima cada vez mais do cenário lúgubre de óbitos domiciliares e de sepultamentos em valas comuns. O sistema municipal de saúde está colapsado e o sistema funerário poderá entrar em pane.

Em consequência da gestão irresponsável e incompetente do governo, sobram pacientes desesperados nas filas pela sobrevivência enquanto faltam leitos de UTI, respiradores mecânicos, oxigênio, EPI’s etc.

Uma verdadeira hecatombe! Uma hecatombe anunciada e alertada há semanas por especialistas, epidemiologistas e sanitaristas sérios, aqueles não carreiristas, que apelaram, em vão, pela adoção dos protocolos técnicos mundialmente recomendados.

O descortinar do retrocesso civilizacional

Por Henrique Matthiesen

A polarização da insanidade recheada de preconceitos, ódios seculares, falso moralismo, inabilidade e a luta por hegemonismo, entre outras desinteligências, aflorou nosso miserável retrocesso civilizacional.

A porta do absurdo foi escancarada, a bestialidade perdeu a modéstia e as vísceras da insensatez estão expostas em praça pública.

Vivemos uma profunda e perturbadora crise moral cuja resquícios de qualquer ética se esvaem rapidamente por entre os ralos dos esgotos.

O caso do “pit-deputado” Daniel Silveira é mais um dos atinadíssimos sintomas de nossa gravíssima patologia do retrocesso, que caminha para um golpe e para a ruptura da ordem democrática.

Neste cenário perturbador constata-se que não há inocentes; nas digitais do oportunismo do jogo subterrâneo do poder encontram-se o Congresso Nacional, o Supremo Tribunal Federal, e a própria Presidência da República. Todos os poderes corroídos e corresponsáveis pelo momento bestial que vivenciamos.

As dez mentiras da Globo sobre a Petrobras

Por Bepe Damasco, em seu blog:


1) A prioridade da empresa, por ter ações negociadas em bolsa, é oferecer lucratividade máxima, no curto prazo, aos seus acionistas minoritários nacionais e internacionais.

Mentira: A União detém mais de 64% das ações da estatal, que como empresa estratégica para os interesses do país deve zelar pelos direitos dos consumidores e produtores brasileiros.

Variáveis como a flutuação de preços do barril de petróleo no mercado internacional e a variação do dólar no Brasil não podem ser os únicos parâmetros para definir os preços dos combustíveis.

2) Queda das ações da Petrobrás na bolsa de valores significa perda bilionária do valor de marcado da empresa.

Mentira: A jogatina típica do mercado de ações implica oscilação do valor dos papéis, com um sobe e desce constante. A propalada e artificial perda de valor de mercado não leva em conta os ativos da empresa, tais como poços de petróleo, potencial de aumento de extração de óleo, produção de gás, refinarias e distribuidoras.

SUS: um cidadão sem voz

Por Ronaldo Teodoro, no site do Centro de Estudos Estratégicos da Fiocruz:

Como é formado o julgamento público dos milhões de cidadãos e cidadãs acerca dos temas conflitantes na res pública? Como se forma a rejeição ou a aceitação coletiva aos partidos políticos e seus distintos programas, ou às reformas de Estado que aprofundam as opressões de raça, gênero e classe? É relativamente explícito que o correnteprocesso de destruição das instituições que conformam o sistema de proteção social brasileiro foi precedido por um intenso trabalho de saturação dos valores públicos que fundamentavam a própria democracia no país.Esse modo de formular o entendimento da crise democrática nacional evoca uma atenção cuidadosa aos processos e lugares de força que disputam a legitimação das escolhas públicas – repondo ao centro das preocupações políticas os termos de uma formação democrática da opinião pública.

A PEC da chantagem não pode passar

Por Tereza Cruvinel, no site Brasil-247:


Em troca de três parcelas de auxilio emergencial de R$ 250, para um número bem menor de beneficiados, o governo Bolsonaro quer empurrar goela abaixo do Congresso (e de todos nós) a tal PEC Emergencial, quintessência do neoliberalismo, destinada a liquidar com os últimos pilares do estado de bem estar social, a vinculação de receitas e os gastos mínimos da União, estados e municípios com educação e saúde.

Diante de texto tão aberrante. senadores governistas juntaram-se aos da oposição e se recusaram a votá-lo amanhã (quinta-feira, 25), como estava previsto.

O Congresso não pode engolir esta mudança constitucional, que se aprovada transformará em párias os milhões de brasileiros que dependem os sistemas públicos de educação e saúde. Com o financiamento congelado, eles serão sucateados progressivamente até deixarem um dia de existir.

Geometria variável e o sindicalismo

Por João Guilherme Vargas Netto


No mundo dos aviões de guerra a geometria variável diz respeito a asas e configurações que, alteradas de maneira planejada, melhoram o desempenho das aeronaves.

Esta pode ser uma boa metáfora para as estratégias das direções sindicais ao se relacionarem com os poderes institucionais da República.

Se os campos de aferição são definidos com suas interações podemos discriminar as preocupações políticas democráticas, as preocupações com a economia, as relações de trabalho e o emprego, as preocupações com a pauta de costumes e de segurança e as preocupações com a própria efetividade dos sindicatos e da ação sindical.