Por Altamiro Borges
A agência de notícias e “análise de mercado” Bloomberg, dedicada à oligarquia financeira, garante que "a saída de Paulo Guedes do comando do Ministério da Economia é considerada uma questão de tempo dentro do governo, afirma um interlocutor do Palácio do Planalto". O clima é de expectativa com a possível queda do “Posto Ipiranga”.
Nos bastidores, a troca no comando da Petrobras de um "executivo do mercado" – o privatista Roberto Castello Branco – por um general servil ao capitão – Joaquim Silva e Luna – foi “somente o sinal mais visível do afastamento entre Bolsonaro e a agenda do ministro”, afirma a agência. Há vários outros sintomas de desgaste na relação entre ambos.
"Outro alerta, afirma o interlocutor, é o fato de que ninguém no entorno do presidente fala em defesa de Paulo Guedes ou de suas medidas de austeridade fiscal. No Planalto, a equipe econômica foi apelidada de governo paralelo". Com isso, o "deus-mercado" já prevê a queda eminente do seu laranja.
Bolsonaro se acovarda diante do "mercado"
Mas a Bloomberg registra que "o timing da eventual saída de Guedes ninguém se arrisca a dar. Isso porque Bolsonaro ainda recorre ao chefe da Economia para pedir ajuda quando a situação aperta. O presidente se assustou com o estrago que sua intervenção fez nas ações da Petrobras".
Não é para menos que o "capetão", que adora posar de valentão, passou "o resto da semana fazendo afagos a Paulo Guedes e correndo para mostrar uma agenda, com a sanção da autonomia do BC e propostas para privatizar a Eletrobrás e os Correios". Ele se acovardou diante do "deus mercado".
A agência dos rentistas, que torce pelo czar da economia, pondera que "tirar Guedes do posto não é tarefa fácil. Bolsonaro ainda teme a repercussão negativa que isso pode ter sobre o mercado, diz o interlocutor do Planalto". O fato concreto é que o clima está azedando rapidamente no laranjal.
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