domingo, 11 de julho de 2021

Papel dos militares nas quadrilhas da vacina

Por Tereza Cruvinel, no site Brasil-247:


Mais importante que a prisão de Roberto Dias pela CPI da Covid foi a nota do Ministro da Defesa e comandantes das Forças Armadas, desproporcionalmente agressiva em reação ao comentário do senador Omar Aziz, de que autoridades militares devem estar envergonhadas pelo envolvimento de tantos fardados com a corrupção no Ministério da Saúde.

Aziz repudiou a intimidação mas o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, não fez a defesa da soberania e da independência do Senado como tantos senadores lhe cobraram.

Ontem ele se esmerou no equilibrismo.

A nota termina dizendo que as Forças Armadas "não aceitarão qualquer ataque leviano às instituições que defendem a democracia e a liberdade do povo brasileiro".

O Partido Militar e as eleições de 2022

Por Rodrigo Lentz e Ana Penido, no jornal Brasil de Fato:

À luz do crescimento de Lula nas pesquisas que pautam as eleições de 2022, diversas análises políticas têm abordado a permanência ou não de Bolsonaro na presidência, e seus reflexos nas diferentes estratégias de poder que classes sociais e agrupamentos políticos têm adotado.

Neste breve artigo, não exaustivo, discutiremos algumas projeções para o comportamento de um segmento social específico, hoje coordenado pelo Partido Militar.

Pressupostos:

a) O que definirá o posicionamento do Partido Militar diante das eleições são as definições políticas de duas elites em particular: o sistema bancário-financeiro e do agronegócio brasileiros. No caso do segundo, as relações com o Partido Militar são sólidas e antigas, e se manifestam, por exemplo, na política indigenista, políticas de ocupação territorial, comércio internacional de commodities, etc.

Militarização da Saúde resultou na tragédia

Por Eduardo Maretti, na Rede Brasil Atual:

Em sua inquirição ao ex-diretor de Logística do Ministério da Saúde Roberto Ferreira Dias, o senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE) afirmou que a gestão do ex-ministro e general Eduardo Pazuello representou “verdadeira intervenção militar” na pasta.

O senador quis saber se essa “ocupação” levou algum beneficio ao serviço e se, com a militarização, o Ministério da Saúde passou a trabalhar melhor. A resposta de Dias foi que “não teve nenhuma melhora”.

O depoimento do primeiro ouvido da CPI que acabou detido, na quarta-feira (7), deixou claro, segundo senadores, que as principais decisões do ministério, inclusive em relação às vacinas, eram tomadas pelo coronel da reserva Élcio Franco, secretário-executivo do ministério na gestão Pazuello, o número 2 na hierarquia.

Bolsonaro e chefes militares apostam no caos

Por Jeferson Miola, em seu blog:


Os comandantes das Forças Armadas se viram obrigados a sair das sombras.

No momento em que o governo militar é flanqueado por escabrosas denúncias de corrupção e é responsabilizado pelo morticínio e pela catástrofe econômica nacional, os militares “saem da toca” e partem para a ofensiva política. Fazem isso acirrando e incendiando o clima político.

Se a impunidade do general transgressor Eduardo Pazuello removeu o véu que recobria a imagem de falso-moralismo, falso-legalismo e falso-profissionalismo das Forças Armadas, a nota infame de ataque ao Senado [8/7] evidenciou o total desvirtuamento desta instituição de Estado, convertida em facção político-partidária de extrema-direita.

A elite e o uso perverso do falso moralismo

Por Jair de Souza


Recentemente, fomos surpreendidos pela notícia de que Eduardo Leite, um político até então associado ao bolsonarismo, declarou publicamente sua condição homossexual. Tal feito ganhou enorme repercussão na mídia corporativa, que tratou de redesenhar a imagem de Eduardo Leite de modo a que seus vínculos anteriores com Jair Bolsonaro (o campeão da homofobia e da intolerância sexual no Brasil) se vissem atenuados.

sábado, 10 de julho de 2021

A reação ditatorial do Ministério da Defesa

"Vai uma vacina aí, chefia"

A reação das instituições contra Bolsonaro

Advogado dos Bolsonaro ameaça jornalista

Bolsonaro prepara baderneiros armados

Inflação e a previdência dos militares

A imprensa e a ascensão do neofascismo

A luta dos trabalhadores, ontem e hoje

Empresas tecnológicas e o trabalho infantil

"Militares como guarda-costas de Bolsonaro"

Há hegemonia no campo político?

sexta-feira, 9 de julho de 2021

Bolsonaro é um gângster, afirma Spike Lee


Por Altamiro Borges


A fama do "cagão" Jair Bolsonaro se espalha rapidamente pelo mundo. Na abertura da 74ª edição do Festival de Cannes, na terça-feira (6), o premiado cineasta estadunidense Spike Lee, que preside o júri, chamou o presidente brasileiro e outros dois líderes políticos (Donald Trump e Vladimir Putin) de "gângsteres", que "não têm moral ou escrúpulos".

“O mundo está sendo comandado por gângsteres. Há o Agente Laranja [o ex-presidente dos EUA, Donald Trump], o cara do Brasil [Jair Bolsonaro] e o Putin [presidente russo]. São bandidos e vão fazer o que desejarem. Eles não têm moral ou escrúpulos, precisamos falar alto sobre gente assim”, afirmou.

McDonald’s é investigada por racismo e assédio

Por Altamiro Borges


No final de junho, a procuradora do trabalho Elisa Maria Brant de Carvalho Malta decidiu abrir um inquérito para apurar denúncias sobre as práticas de racismo, assédio sexual e assédio moral praticadas pela rede McDonald’s no Brasil. Alguns casos já vinham sendo apurados desde 2020 em um procedimento preparatório. Agora, o processo deve se acelerar.

Reportagem da Folha publicada na terça-feira (6) cita alguns episódios revoltantes e afirma que eles “integram o corpo de denúncias recebidas pela ‘Sem direitos não é legal’, uma campanha global que atende os trabalhadores do McDonald’s no país, e que estão em representação feita pela União Geral dos Trabalhadores (UGT) ao Ministério Público do Trabalho”.

Nota infame dos militares encobre gangues

Por Jeferson Miola, em seu blog:

A nota assinada pelo general-ministro da Defesa e comandantes da Marinha, Exército e Aeronáutica é despropositada e intolerável:

1. é totalmente absurdo e impróprio, à luz da Constituição e da Lei Complementar 97/1999, que comandantes das Forças Armadas se manifestem politicamente e assinem libelo político de ataque a outro Poder da República;

2. reforça que as Forças Armadas atuam como facção político-partidária do governo militar, não como instituição permanente de Estado;

3. aprofunda a participação ilegal e inconstitucional das Forças Armadas, em especial do Exército, no jogo político;

Afronta de militares deve ser repelida

Editorial do site Vermelho:

Com provas testemunhais e documentais, a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid-19, em curso no Senado Federal, vem demonstrando a conduta negligente e danosa do presidente Jair Bolsonaro no combate à pandemia do novo coronavírus. A resultante dessa política genocida é trágica. Até esta quarta-feira (7), 528.611 brasileiros morreram em consequência da doença.

Segundo o epidemiologista Pedro Hallal, o governo poderia ter evitado cerca de 400 mil dessas mortes se tivesse adotado com maior rigor as medidas preventivas recomendadas pela ciência. Bolsonaro, ao contrário, não cumpriu seu dever constitucional de assegurar aos brasileiros o direito à vida e à saúde.