quinta-feira, 7 de outubro de 2021
Paulo Guedes na corda bamba
Por Tereza Cruvinel, no site Brasil-247:
Não são frequentes as convocações de ministros para dar explicações aos plenários da Câmara ou do Senado.
Ainda mais por um placar tão expressivo - 310 a 142 - como na decisão da Câmara, de chamar o ministro da Economia, Paulo Guedes, para falar de sua fortuna oculta num paraíso fiscal sob forma de uma offshore. Vou rememorar três episódios em que ministros foram exonerados ou tiveram que pedir demissão após terem sido metralhados pela maioria parlamentar, em uma Casa ou na outra.
Os 310 votos - suficientes até para aprovar uma PEC - favoráveis à convocação de Guedes vieram da oposição e do Centrão, com destaque para a gorda contribuição do PP, partido do presidente da Casa, Arthur Lyra, do PL e do Republicanos.
O escravismo criou o Brasil
Por Roberto Amaral
Somos filhos do escravismo, a chaga colonial que pautou o império, argamassa daquilo que chamamos de nação, uma aspiração de povo, um projeto de país: “Não há, nunca houve, aqui, um povo livre, regendo seu destino na busca da própria prosperidade. [...] Nós, brasileiros, somos um povo em ser impedido de sê-lo” (Darcy Ribeiro, O povo brasileiro). Continuamos como um projeto, um advir, olhando com justo mal-estar para nossa formação de povo, nação, país, uma expectativa sempre adiada, uma realidade sempre anacrônica, um permanente descompasso em face do mundo.
Somos filhos do escravismo, a chaga colonial que pautou o império, argamassa daquilo que chamamos de nação, uma aspiração de povo, um projeto de país: “Não há, nunca houve, aqui, um povo livre, regendo seu destino na busca da própria prosperidade. [...] Nós, brasileiros, somos um povo em ser impedido de sê-lo” (Darcy Ribeiro, O povo brasileiro). Continuamos como um projeto, um advir, olhando com justo mal-estar para nossa formação de povo, nação, país, uma expectativa sempre adiada, uma realidade sempre anacrônica, um permanente descompasso em face do mundo.
Fatos relevantes no sindicalismo
Foto: Fepospetro/SP |
Quero registrar a persistente luta dos frentistas, conduzida por suas direções sindicais com grande habilidade, ao resistirem à proposta de autoatendimento nos postos de gasolina. Inúmeras reuniões com lideranças partidárias e legislativas têm, até agora, convencido-as da disfuncionalidade desta alternativa em uma situação de desemprego severo.
Também registro, como exemplo de luta, a greve dos metalúrgicos de São Caetano contra a tentativa da GM de impor-lhes o parcelamento e o adiamento do INPC em seus reajustes de salários e retirar-lhes inúmeras conquistas consagradas em convenção coletiva.
quarta-feira, 6 de outubro de 2021
Ruralista abandona Sérgio Reis e Zé Trovão
Por Altamiro Borges
O "sertanojo" Sérgio Reis e o "caminhoneiro" Zé Trovão foram traídos. Que dó! Primeiro foi o "mito" Jair Bolsonaro, com sua "cartinha de arrego" ao Supremo Tribunal Federal (STF), que deixou os dois ao relento. Agora, o ruralista Antonio Galvan, presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Soja (Aprosoja), “corneou” seus compadres!
Segundo revela o site Metrópoles, o valentão "tentou se distanciar das ameaças radicais do ex-deputado Sérgio Reis e de Zé Trovão contra o STF em seu depoimento à Polícia Federal. Galvan é investigado por supostos ataques à democracia e é suspeito de ter financiado os atos golpistas no 7 de Setembro". A PF ouviu o ruralista em 25 de agosto.
O "sertanojo" Sérgio Reis e o "caminhoneiro" Zé Trovão foram traídos. Que dó! Primeiro foi o "mito" Jair Bolsonaro, com sua "cartinha de arrego" ao Supremo Tribunal Federal (STF), que deixou os dois ao relento. Agora, o ruralista Antonio Galvan, presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Soja (Aprosoja), “corneou” seus compadres!
Segundo revela o site Metrópoles, o valentão "tentou se distanciar das ameaças radicais do ex-deputado Sérgio Reis e de Zé Trovão contra o STF em seu depoimento à Polícia Federal. Galvan é investigado por supostos ataques à democracia e é suspeito de ter financiado os atos golpistas no 7 de Setembro". A PF ouviu o ruralista em 25 de agosto.
Pane do Facebook revela a exclusão digital
Por Cezar Xavier, no site da CTB:
A jornalista Renata Mielli explica que os mecanismos de monopólio estabelecidos entre operadoras de celulares e plataformas da “família Facebook” evidenciaram a exclusão digital dos brasileiros que só podem pagar por pacotes de dados que incluem Facebook, Instagram e WhatsApp.
O incidente com a “família Facebook” de aplicativos e provedores mostrou de forma explícita os diversos perigos de haver um monopólio privado - proprietário de três dos maiores serviços de trocas comunicacionais e simbólicas na internet -, deixando bilhões de pessoas no mundo sem o principal mecanismo de comunicação que têm. Esta é a constatação da jornalista e pesquisadora de Comunicação, Renata Mielli.
A jornalista Renata Mielli explica que os mecanismos de monopólio estabelecidos entre operadoras de celulares e plataformas da “família Facebook” evidenciaram a exclusão digital dos brasileiros que só podem pagar por pacotes de dados que incluem Facebook, Instagram e WhatsApp.
O incidente com a “família Facebook” de aplicativos e provedores mostrou de forma explícita os diversos perigos de haver um monopólio privado - proprietário de três dos maiores serviços de trocas comunicacionais e simbólicas na internet -, deixando bilhões de pessoas no mundo sem o principal mecanismo de comunicação que têm. Esta é a constatação da jornalista e pesquisadora de Comunicação, Renata Mielli.
Um governo que somente “administra o caos”
Editorial do site Vermelho:
Foi-se o tempo em que a economia despontava como uma das principais vitrines do País. Em 2010, no último ano da “era Lula”, o PIB (Produto Interno Bruto) brasileiro cresceu 7,5% – maior alta em 24 anos. No final de 2011, já com Dilma Rousseff na Presidência, o Brasil ultrapassou o Reino Unido e se tornou a sexta economia do mundo.
Dois anos depois, em 2013, nosso PIB per capita alcançou a marca recorde de R$ 26.445. E antes que o primeiro governo Dilma terminasse, em dezembro de 2014, houve um novo feito: a PME (Pesquisa Mensal de Emprego) apontava que apenas 4,3% dos brasileiros estavam desempregados, menor taxa – até hoje – da série histórica, iniciada em 2002.
Foi-se o tempo em que a economia despontava como uma das principais vitrines do País. Em 2010, no último ano da “era Lula”, o PIB (Produto Interno Bruto) brasileiro cresceu 7,5% – maior alta em 24 anos. No final de 2011, já com Dilma Rousseff na Presidência, o Brasil ultrapassou o Reino Unido e se tornou a sexta economia do mundo.
Dois anos depois, em 2013, nosso PIB per capita alcançou a marca recorde de R$ 26.445. E antes que o primeiro governo Dilma terminasse, em dezembro de 2014, houve um novo feito: a PME (Pesquisa Mensal de Emprego) apontava que apenas 4,3% dos brasileiros estavam desempregados, menor taxa – até hoje – da série histórica, iniciada em 2002.
Paulo Guedes e a decência
Por Eric Nepomuceno, no site Brasil-247:
Se até agora, na sua absoluta ineficácia e na mais completa dedicação a destruir o patrimônio público, Paulo Guedes era, ao menos neste aspecto, um retrato redondo do pior governo da história da República, a mais recente novidade envolvendo sua figura reforça essa imagem de maneira contundente: ele também não tem a mais remota ideia do que significa a palavra decência.
Outra estrela desse governo, Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central, forma, com Guedes, o par perfeito.
Um é ministro da Economia. O outro preside o Banco Central, e, em tal condição, também o Copom, o Comitê de Política Monetária, que entre outras funções tem a de determinar a taxa de juros básicos, a Selic.
Os dois, como todo rico muito rico, tratam de escapar de instabilidade, prejuízos e, acima de tudo, impostos.
Se até agora, na sua absoluta ineficácia e na mais completa dedicação a destruir o patrimônio público, Paulo Guedes era, ao menos neste aspecto, um retrato redondo do pior governo da história da República, a mais recente novidade envolvendo sua figura reforça essa imagem de maneira contundente: ele também não tem a mais remota ideia do que significa a palavra decência.
Outra estrela desse governo, Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central, forma, com Guedes, o par perfeito.
Um é ministro da Economia. O outro preside o Banco Central, e, em tal condição, também o Copom, o Comitê de Política Monetária, que entre outras funções tem a de determinar a taxa de juros básicos, a Selic.
Os dois, como todo rico muito rico, tratam de escapar de instabilidade, prejuízos e, acima de tudo, impostos.
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