terça-feira, 11 de janeiro de 2022

O Judiciário que trata bem os poderosos

Por Moisés Mendes, em seu blog:

Anthony Kelly, um juiz australiano, decidiu que o tenista Novak Djokovic entre e jogue na Austrália, e se quiser que circule sem máscara, mesmo sem ter sido vacinado e mesmo que tenha participado de eventos com crianças quando estava infectado.

Timothy Holroyde, um juiz de Londres, decidiu que Julian Assange seja extraditado para os Estados Unidos, mesmo correndo o risco de morrer na prisão do país por ele exposto por seus crimes de guerra.

Sergio Moro, um juiz paranaense, decidiu caçar, condenar e encarcerar Lula e agora tem a pretensão de disputar a eleição e de enfrentar Lula e o fascista para o qual trabalhou.

Temer e as falsificações históricas da mídia

Charge: Nando Motta
Por Bepe Damasco, em seu blog:


1) Pesquisa Datafolha, de 27 de dezembro de 2018, a quatro dias do fim do mandato presidencial que Temer roubou de Dilma Rousseff: avaliação do governo Temer - Ótimo e bom: 7%; Regular: 29%; Ruim e péssimo: 62%.

Mesmo assim, o oligopólio midiático brasileiro sempre que menciona Temer esconde a altíssima rejeição ao seu governo, que perdurou durante os dois anos de seu mandato. Nada mais fraudulento em termos históricos do que o tratamento que Temer recebe, digno de um estadista que levou o Brasil a um porto seguro.

A verdade se impõe aos negacionistas

Por Fernando Brito, em seu blog:

A manchete do jornal O Globo, aí em cima, não é alarmista, é moderada.

Há dias, todos sabem que não é possível que as atividades econômicas deixem de sofrer o impacto de uma nova onda de contágio da Covid-19 que, nas palavras do diretor da OMS, Thedros Adhanom, é “um tsunami”.

Aliás, a Organização Mundial de Saúde acaba de projetar que, na Europa, metade da população vai contrair o vírus nas próximas semanas. Isso que dizer 370 milhões de pessoas.

Almirante da Anvisa: Num instante, a glória!

Charge: Clayton
Por Manuel Domingos Neto

Bela tacada, a do Almirante! Num lance, virou celebridade e herói da esquerda.

Que importa ter ajudado a eleição do fascista? E que tenha subido sem máscaras em seu palanque no auge da epidemia! Ou que esteja envolto em trapalhadas que prejudiquem a saúde dos brasileiros!

Ninguém ligou para o fato de o médico-marinheiro, sem credenciais, ter disputado e arrematado uma vaga na agência que cuida vigilância sanitária. Na sabatina no Senado que aprovou seu nome, o candidato nada teve a dizer. Aliás, disse que adorava automobilismo e viagens às terras distantes.

Há um século a esquerda busca dissidentes militares. Na única tentativa de assalto ao poder, em 1935, confiou apenas na farda. Imaginou que bastava a legenda do Cavaleiro da Esperança.

Assange, voz da liberdade

Charge: Latuff
Por Emiliano José, na revista Teoria e Debate:


Julian Paul Assange parece um enigma para esses tempos. Desde a revelação dos documentos sigilosos do governo dos EUA, em 2010, aparece assim para o mundo. A formulação liberal sobre as liberdades, de modo especial a chamada liberdade de expressão, não se aplica no caso dele. Vai sendo pouco a pouco crucificado. Vão apertando a coroa de espinhos em torno de sua cabeça, sem compaixão.

Poucas, muito poucas, as vozes dispostas a defendê-lo. A mídia tradicional, parte dela com imensa dívida com ele, repercute timidamente a crucificação. Não pode deixar de noticiar, mas o faz, torcendo o nariz, e sem o destaque merecido. Qual o crime de Assange? Quais os crimes?

Sindicalismo-4: Novas formas de resistência

A árvore da vida (1957), Portinari
Por Altamiro Borges


Os dados dramáticos sobre desemprego, informalidade, queda de renda e precarização, entre outros, evidenciam que o sindicalismo hoje é mais necessário do que nunca. No passado, ele serviu para obter conquistas; atualmente, é essencial para evitar retrocessos. Passou a ser uma questão de sobrevivência dos trabalhadores.

Sem sindicatos, o assalariado será reconduzido à condição de escravidão, humilhado e sugado. Essa compreensão cresce no mundo inteiro e os exploradores testam novas formas de resistência e de organização de classe. Em meados de outubro a jornalista Lúcia Guimarães da Folha em Nova York relatou o clima de revolta trabalhista nos EUA.

segunda-feira, 10 de janeiro de 2022

Sindicalismo-3: Ódio à organização de classe

Mensagem etérea I (1946), Portinari
Por Altamiro Borges


Essa resistência ativa é o que explica o ódio das forças da direita – do golpista Michel Temer ao fascista Jair Bolsonaro – aos sindicatos. Para destruir direitos trabalhistas históricos, arrochar salários e precarizar ainda mais o trabalho, o capital necessita fragilizar e até mesmo destruir as organizações de classe dos explorados.

Essa ofensiva contra o sindicalismo se dá no mundo inteiro. Ela ajuda a explicar a drástica queda das taxas de sindicalização nos últimos anos. Em vários países da Europa e nos EUA, por exemplo, esse índice hoje está abaixo dos 10% – o que só reforça a sanha destrutiva do capitalismo.

Sindicalismo-2: Impacto das novas tecnologias

Espantalho da tempestade (1944-1959), Portinari
Por Altamiro Borges


Muitas dessas transformações no mundo do trabalho já estavam em curso antes da pandemia. A Covid-19 só fez acelerar o processo. E a tendência é que elas ganhem mais celeridade no próximo período, até como forma do capitalismo enfrentar a sua crise prolongada e sistêmica.

Inteligência Artificial (IA), Banco de Dados (Big Date), 5G (internet de quinta geração), entre outras mudanças tecnológicas, terão ainda maior impacto no mundo do trabalho, em todos os ramos de atividade. Se a automação microeletrônica afetou principalmente a indústria e os bancos, estas novas mudanças atingirão em cheio o setor público, o campo e o ramo de serviços e do comércio.

Sindicalismo-1: Desafios num cenário adverso?

Bois e espantalho (1940), Portinari
Por Altamiro Borges


Em um cenário de profundas transformações no mundo do trabalho e de violentos ataques aos direitos trabalhistas, o sindicalismo tem travado uma dificílima resistência, procurando mobilizar, conscientizar e organizar a classe na luta por seus anseios imediatos e futuros.

Na atual fase regressiva e destrutiva do capitalismo, o desemprego, a informalidade e a precarização batem recordes no planeta e no Brasil. As aceleradas mutações tecnológicas, que poderiam servir ao bem-estar da humanidade – reduzindo drasticamente a jornada de trabalho, garantindo mais tempo livre para o estudo, o convívio familiar, o lazer e a cultura e gerando mais empregos –, têm seus frutos apropriados por uma minoria de ricaços.

Para onde vai a economia do Brasil?

Bolsonaro acuado pelo almirante da Anvisa?

Barra Torres cobra retratação de Bolsonaro

Não haverá crescimento econômico em 2022

Bolsonaro recicla a facada com camarão

A mídia não está preocupada com os fatos

As batalhas jurídicas da campanha de 2022

2022 começa com ultimatos de Putin e Biden

Negacionismo, esfera pública e pós-verdade

domingo, 9 de janeiro de 2022

SP-4: Doria é um neoliberal radical

Circo (1957), Portinari
Por Altamiro Borges


O projeto de desmonte dos serviços públicos, do Estado-Mínimo, faz parte do ideário neoliberal do PSDB desde a sua fundação em 1988. As privatizações – também apelidadas de “privatarias” – são uma marca do tucanato, desde FHC até os governadores e prefeitos da sigla.

Antes mesmo de ingressar no partido, João Doria já era um privatista radical, um ultraneoliberal. Ao se apossar do Palácio dos Bandeirantes, ele anunciou 220 projetos de privatizações, incluindo setores essenciais para a infraestrutura, como o Metrô, estradas e aeroportos, até áreas de administração do Estado, como a Prodesp.

SP-3: O desastre do longo reinado tucano

Favela (1957), Portinari
Por Altamiro Borges


Mesmo no setor da segurança pública, tão papagaiado pelo tucano-fake como uma vitrine do seu governo, a situação é trágica. Assaltos e homicídios seguem em alta. O Estado tem o maior contingente policial do país, mas convive com cenas cruéis de violência – como na chacina que matou nove jovens em Paraisópolis, na Zona Sul da capital.

A morte já faz parte da rotina do trabalhador pobre, preto e periférico. Segundo dados da própria Ouvidoria das Polícias, a PM paulista mata, em média, uma pessoa a cada 12 horas. De acordo com a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP/SP), 33,1% dos assassinatos que acontecem no Estado são cometidos pela Polícia Militar.